Alma Pura escrita por Neko D Lully


Capítulo 9
Descoberta esperançosa


Notas iniciais do capítulo

E ai vem o nono capitulo. Esse ai muitos que gostão de SoulxMaka vão gostar do que vai rolar. Agora leiam para descobrir o que é, hehehehe.

Aproveitem!!



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                                      Cap. 9: Descoberta esperançosa

SOUL POV.

Estava chegando perto de onde estava Black Star e Tsubaki. Mas o que me aliviava mesmo era que os ferimentos de Maka já estavam se curando.

Essa era uma das vantagens de estar morto. Pode se machucar o quanto quiser e, depois de um tempo, as feridas se curam sozinhas e mais rapidamente de quando você esta vivo. O único problema é que, se você morrer (de novo) sua alma desaparece completamente, e é como se você nunca tivesse existido para as pessoas que te conheceram.

  Era tranqüilizador saber que Maka estava bem, mas não podia deixar de pensar no que havia me dito aquele demônio. Ela iria embora de qualquer jeito e eu não poderia impedir. Ela iria para um lugar para onde eu nunca poderia ir. E, quando isso acontecesse, eu iria voltar a estar só.

Preocupado, Soul?”, perguntou o diabinho em minha cabeça.

- Cala a boca! – falei irritado.

Ora, que grosseiro. Só por que vai perder-la não quer dizer que tenha que ser tão estressado.”

- Só sou estressado quando você aparece. E o que quer agora?

Que tão seu corpo?”

- Nem em sonhos.

Unf! Tudo por causa daquela pirralha!”

- Não a chame assim!

Então você ainda gosta dela, hum?”

- Isso não é da sua conta. – disse já perdendo a paciência.

Não seja tão rude! Não sou eu que estou sego esse tempo todo!”

  - Do que esta falando? Eu estou enxergando muito bem. – O diabinho apenas riu.

De repente pude perceber um pequeno movimento em meus braços e um ligeiro gemido.

Olhei para baixo e vi como Maka abria seus olhos lentamente. Sorri e há apertei um pouco mais contra mim.

- Que bom que acordou. – disse lhe sorrindo docemente.

- O-o que houve? – perguntou olhando em volta. Logo percebeu que eu a estava carregando e corou. – P-pode me por no chão?

- Não – respondi simplesmente.

- Como?

- Eu disse que não. – repeti com calma – Você esta muito fraca por causa daquele demônio idiota.

- Mas eu estou bem. – insistiu tentando se soltar de meus braços.

- Não, não está. – falei apertando-a mais. – Ainda não se recuperou totalmente dos ferimentos que ele te causou. Não esta em condições de andar sozinha ainda.

Ela suspirou derrotada e se aninhou em meu peito, procurando conforto.

- Obrigada. – sussurrou fechando os olhos.

- E agora isso por que? – perguntei estranhado.

- Por ter me salvado antes que ele me violasse. – murmurou ainda de olhos fechados.

Um pequeno sorriso apareceu em seu rosto e ela respirou fundo. Seu rosto estava relaxado igual ao corpo e suas feições eram tão angelicais que me dediquei a mirar cada detalhe atentamente.

Realmente era linda. Podia não ser tão atrativa fisicamente como as garotas de sua idade, mas mesmo assim era bonita. Com esses olhos verdes brilhantes, os cabelos loiros acinzentados e lisos, sua pele macia e pálida como a neve e seu rosto com feições angelicais.

Não podia negar que ela me encantava de uma maneira que nunca pensei que seria capas de sentir novamente.

Finalmente chegamos a onde estavam Black Star e Tsubaki. O primeiro brincava com o filho que ria sem controle, e a segunda estava sentada perto de uma árvore mirando os dois com um sorriso terno.

Deixei Maka perto da árvore onde Tsubaki estava sentada. A mesma se aproximou dela preocupada. Maka lhe sorriu para garantir-lhe que estava bem.

Enquanto me afastava na direção de Black Star as duas começaram a conversar animadamente. Quando estava já perto do demônio de cabelos azuis dei um suspiro cansado.

- Vejo que esta meio exausto amigo! – comentou Black Star ainda brincando com o filho.

Devo dizer que depois de ser absorvido pelo sangue negro me deixou completamente exausto. Mas como não queria que Maka se preocupasse, fingi que estava tudo bem.

- Só to um pouco cansado. – confessei – To tão ruim assim?

- Só um pouco. Mas aposto que minha grande presença vai te fazer melhorar!! HAHAHAHAHAHA!!! – gritou a todo pulmão enquanto seu filho ria.

Uma gotinha estilo anime escorreu em minha cabeça. Ta ai o ditado: “Filho de peixe, peixinho é”

Voltei a ver Maka que ria alegre junto a Tsubaki. Ela parecia estar bem melhor. Não havia traços do que aconteceu antes, apenas demonstrava um pouco de cansaço. E não a culpava. Ter suas feridas curadas tão rapidamente pode te deixar um pouco cansado.

- Você parece mesmo gostar dessa garota. – comentou Black Star me tirando de meus pensamentos.

- Hum? – perguntei corado.

- Melhor se apressar amigo. – sugeriu em um tom melancólico. – Se não se apressar vai perdê-la para sempre.

O mirei com tristeza para logo depois mirar a Maka. Mesmo se eu disse a ela não iria fazer diferença. Ela iria embora e eu ficaria aqui. Ela começaria de novo e eu apenas a miraria na escuridão, vendo-a crescer, sofrer, amar, ter uma família enquanto eu vivia a eternidade sozinho.

Suspirei. Era impossível ficarmos juntos.

- E você? – perguntei ainda mirando as garotas conversando. – Vai deixá-la ir ou fazê-la ficar aqui?

- Vou deixá-la ir. – respondeu triste deixando de brincar com o filho que o mirou estranhado. – Não tenho outra opção. – começou a acariciar ao rosto de seu filho mexendo-o com delicadeza de um lado para o outro enquanto sorria tristemente – A amo de mais e não poderia deixá-la em um mundo onde corre perigo.

- E seu filho? – o mirei atentamente – Ele é fruto de um pecado. Não vai poder atravessar o portal mesmo sendo meio humano.

- Eu sei. Não queria que ele vivesse nesse lugar. Vou cuidar dele só que lá na terra.

- Vai levá-lo para a terra? – o mirei surpreendido.

Mas antes dele responder um exercito de demônios saiu de todos os lados da floresta nos cercando e nos deixando sem lugar para escapar.

Pude ver Black Star apertando seu filho contra o peito, como se quisesse escondê-lo com seu corpo e Maka tirando a espada do cabo (que eu havia colocado antes de carregá-la) e se posicionando na frente de Tsubaki com dificuldade.

  Olhei para todos os lados tentando achar pelo menos uma brecha entre os demônios. Mas não havia. Tinha demônios tanto no chão como nos galhos das árvores. Era impossível sair desse circulo que haviam formado a nossa volta.

- Não tem como escapar. – disse uma voz fina e irritante.

De entre os demônios saiu uma garota de olhos meio avermelhados, cabelos castanhos e uma pele rosada. Parecia ter apenas sete anos, mas seu olhar mostrava o quão perigosa era. 

- Não sairão daqui ate eu acabar com todos vocês! – exclamou com os olhos cheios de ódio.

- O que quer Ângela? – perguntou Black Star afastando alguns passos da garota.

- Vim ter minha vingança contra esse bastardo! – gritou apontando na minha direção. – Ele matou meu pai e agora vai ter que pagar.

Não falei nada, apenas me dediquei a mirá-la e me posicionar de uma maneira defensiva.

  - Você matou Mifune? – perguntou Black Star surpreendido.

- Sai do controle. – respondi sem vê-lo. – Não pude evitar depois do que ele quase fez e pelo que me disse.

Ângela me mirou com mais ódio ainda. Uma energia forte e sombria começou a rodear seu corpo. O que me fez afastar um passo

- Você vai pagar pelo o que fez! – gritou ela. Seus olhos tomarão uma cor negra, de uma escuridão tão profunda que parecia não ter fim. – Vou te fazer sofrer igual você fez comigo matando meu pai! – sua vista se dirigiu para Maka que tentava se levantar com muito custo. – E que maneira melhor se não tirando a vida dessa humana que você tanto protege?

Quando vi que já se lançava na direção de Maka, materializei minha foice e me pus na frente de Ângela antes que chegasse ate Maka. Parando seu golpe com minha foice.

- Nem se atreva a chegar perto dela. – lhe sussurrei tentando agüentar a força de seu golpe (que não era para nada fraco).

- E o que vai fazer? Matar-me? – ela riu sem humor. – Não vai conseguir me deter. Vou acabar com essa humana e comerei sua alma, como você fez com meu pai.

Com um agiu movimento consegui empurrá-la para trás. Enquanto ela voava para trás me impulsionei e me atirei para frente em sua direção, com o intento de atacá-la.

Mas, quando fiz meu ataque com a foice, ela desapareceu e reapareceu atrás de mim. Surpreendi-me com sua velocidade e, antes que tivesse tempo de raciocinar, ela me deu um golpe nas costas me lançando contra uma árvore que se partiu com o choque.

- SERVOS!! – gritou enquanto eu tentava me levantar. – Ataquem a todos! Menos a caça-demônios! Ela é minha. – disse o ultimo em um sussurro, mas que consegui ouvir.

Quando me levantei uns sete ou oito demônios pularam em cima de mim. Tive um pouco de dificuldade para desviar, mas consegui e ainda contra ataquei matando dois.

Pude ver enquanto lutava com os demônios Black Star lutando contra uns dez com uma katana negra e tentando proteger Tsubaki que segurava seu filho com força. E Maka que tentava escapar dos golpes de Ângela com muita dificuldade e torpeza.

Eu tentava escapar dos demônios para poder ajudar a Maka, mas cada vez que matava um mais dois vinham para cima de mim.

Depois de um tempo lutando pude ouvir um grito desesperado e cheio de dor. Olhei na direção que veio o grito e pude ver que era Maka caída no chão com uma adaga enfiada bem fundo na perna enquanto Ângela ria se aproximando dela lentamente. Maka se arrasta tentando escapar de Ângela e alcançar sua espada que estava a uns dois metros de distancia da onde estava.

Ângela voltou seu olhar para mim e me sorriu de uma maneira macabra enquanto eu a mirava aterrado. Ela riu mais uma vez e saltou na direção de Maka.

- MAKA!!! – gritei desesperado. Tentei o máximo possível escapar dos demônios que me atacavam para poder salvar a Maka. Mas já não tinha mais tempo.

Ângela já estava a ponto de perfurar o coração de Maka com mais uma adaga quando Black Star apareceu atrás dela e cortou-lhe a cabeça em apenas um golpe. Seu corpo desapareceu em uma nuvem negra deixando apenas uma alma vermelha que Black Star devorou na mesma hora.

Os demônios pararam de atacar e miraram a Black Star surpresos. Eu não perdi tempo e fui correndo ate Maka que gemia de dor com uma mão em volta da adaga ainda fincada na perna, que sangrava sem parar e escorria por sua coxa.

- Agora que matei sua líder vocês devem me obedecer! – exclamou Black Star em um tom autoritário. – E quero que vocês saiam daqui!

E todos desapareceram no mesmo instante. Mas não prestei atenção. Encostei Maka num tronco de uma árvore. Ela não parava de chiar e gemer por causa do ferimento que não parava de sangrar.

Isso não era nada bom. Se continuasse perdendo tanto sangue não agüentaria muito tempo.

MAKA POV.

  Minha perna não parava de latejar de dor. Não conseguia falar e mal podia respirar.

  - Maka. – disse uma voz doce e bem familiar perto de mim. Não conseguia ver quem era já que estava de olhos fechados. – Isso vai doer um pouco, mas logo passa, ta?

  Eu apenas assenti com a cabeça e tentei respirar fundo. Mas quando já ia fazer uma forte dor passou por minha perna e atravessou meu corpo me fazendo gritar a todo pulmão.

Podia ter sofrido todo tipo de ferimento que pudesse imaginar e ainda continuar lutando como se não tivesse acontecido nada. Mas dessa vez, por alguma razão, a situação era diferente.

- A adaga tinha veneno. – disse outra voz perto de mim. – Tem que tirar o veneno antes que a mate e ela desapareça!

- Mas como eu faço isso? – perguntou aquela voz doce e roca que pude reconhecer como a do Evans.

- Tem que beber o sangue dela. – disse a outra voz masculina que reconhece como a do Black Star.

  A dor começava a subir por minha perna quando senti algo frio tocar minha coxa. No exato local onde estava concentrada a dor.

  A sensação que me transmitia esse ligeiro contato era a melhor que já havia sentido em anos. Era como se lábios frios tocassem delicadamente minha pele e tirasse toda aquela dor de dentro de mim.

Parecia estar bebendo meu sangue devagar, saboreando-o cada gota. E eu apenas deixava que ele fizesse isso. Relaxando com cada gole que dava.

Depois de alguns minutos (que para mim eram eternos) aqueles doces lábios (que havia acabado de descobrir que era isso que eram) se separaram da minha perna e eu cai rendida ao sono.

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  Havíamos acabado de fazer minha espada agora estávamos mirando o por do sol no jardim da minha casa.

  O fim do dia era sempre um fenômeno que me encantava. E parecia que a Soul também.

Fechei os olhos por uns instantes, me deixando cair na grama macia do jardim, desfrutando de cada momento que passava junto a Soul.

- Ei! – disse chamando minha atenção.

Quando abri os olhos dei de cara com o rosto de Soul muito próximo do meu. Senti meu rosto arder e o sangue se concentrar na região da bochecha.

- O que foi Soul? – perguntei enquanto me levantava e ele se afastava de mim.

- B-bem... É-é que... – ele mexia suas mãos de uma forma nervosa, coisa que era muito raro nele. – E-eu li uma vez que para um por do sol ficar ainda mais bonito, duas pessoas que se gostam muito tem que se beijar.

Corei bem no momento que ele terminou de falar. Desviei a mirada igual a ele.

- V-você tem certeza? – perguntei meio sem graça. Ele apenas assentiu com a cabeça. – V-você quer provar.

Ele virou o rosto para me encarar e pude ver seu rosto tomar um tom rosado quando percebeu que eu me aproximava lentamente dele. Mas ao invés de me afastar como eu esperava ele colocou delicadamente sua mão em cima da minha e fechou os olhos, esperando o contato de nossos lábios.

Eu também fechei os olhos bem no momento em que a distancia entre nós era completamente nula.

Nossos lábios se tocaram em um beijo inocente. Mas foi o bastante para me derreter completamente e fazer com que meu coração disparasse.

- Mas o que significa isso?! – gritou meu pai fazendo com que nos separássemos pelo susto. – Como ousa tocar desse jeito minha filha seu demônio desgraçado!!!

Meu pai deu um golpe em Soul, lançando-o para longe de mim. Quando vi que meu pai tinha a intenção de matá-lo, me pus na frente dele e de Soul, que tremia de medo no chão.

- Nem ouse matá-lo, pai. – disse levantando os braços para o lado.

- Saia da frente filha! – gritou meu pai. – Vou acabar com essa criatura!

- Não vai mesmo! – rebati confiante. – Eu que comecei! A culpa não é do Soul, é toda minha! Agora deixe-o em paz!

Meu pai murmurou mais alguma coisa que não pude ouvir e se foi. Quando vi que já havia sumido dentro da casa fui correndo ate Soul que ainda tremia com os olhos arregalados.

O abracei com força escondendo meu rosto em seu pescoço e deixando as lagrimas saírem.

  - Me desculpa Soul. – disse entre soluços.

- M-mas pelo que? – perguntou Soul parecendo sair do choque.

- Se eu não tivesse feito aquilo meu pai não teria se zangado com você. – falei apertando meu abraço.

- A culpa não foi sua. – disse com ternura correspondendo meu abraço. – Afinal, fui eu que sugeri.

Continuei chorando nos braços de Soul ate que o dia finalmente acabou.

Comecei a acordar lentamente. Olhei para todos os lados e pude ver que ainda estava no mesmo local onde Ângela havia nos atacado.

Senti um ligeiro aperto em meu ombro, o que me fez olhar para cima e encontrar dois olhos cor rubi olhando para mim preocupados.

- Esta bem? – perguntou mirando todo o meu corpo.

Eu apenas assente. Demorei um pouco para assimilar que ele estava me carregando, o que me fez corar ligeiramente.

- Que bom que acordou Maka-cham. – disse Tsubaki se aproximando de mim com o seu bebê nos braços. – Ficamos preocupados com você.

- Estou bem. – falei com um tom meio cansado. – Só estou um pouco cansada. Só isso. E... O que aconteceu?

  - Parece que a adaga que Ângelo fincou na sua perna tinha um veneno bem potente. – falou Black Star que apareceu do lado de Tsubaki e passou um braço por seu ombro. Depois mirei minha perna e vi que estava vendada com uma faixa branca – Se não fosse o Evans ter bebido seu sangue, com certeza você teria morrido. Tinha que ver a cara de desesperado dele.

Olhei para Evans que mirava outro lado distraído e com um ligeiro tom rosa no rosto. Ri um pouco e logo sussurrei:

- Obrigada. – lhe sorri com gratidão.

- Não foi nada. – respondeu simplesmente. – Agora temos que ir.

- Nos lhe damos boa sorte em sua viagem. – disse Tsubaki com um sorriso animador. Eu os mirei confundida.

- Vocês não vêm? – perguntei. – Pensei que também iam na direção do portal.

- E vamos! – respondeu Black Star com um grande sorriso. – Mas primeiro vamos passar um tempo juntos para matar a saudade e para nos despedirmos. Um grande Deus como eu, tem que aproveitar seu ultimo momento com sua família!!!!

- Entendo – disse com um sorriso melancólico. – Então nos vemos depois.

Eles se despedirão de nos e foram na direção contraria de onde nos dirigimos.

- Evans pode me colocar no chão agora. – disse enquanto ele continuava andando comigo no colo.

  - Claro que não! – disse um pouco irritado. – Sua perna ainda vai demorar a sarar e não pode fazer muito esforço para que o ferimento não se volte a abrir!

  Não falei mais nada. Deixei que ele me levasse sem mais nenhuma objeção, por mais que isso não me agradasse.

  O silencio que dominou a atmosfera era incomodo. Parecia que o clima tinha ficado pesado de uma hora para outra.

Enquanto tentava achar um assunto para quebrar o silencio uma duvida passou por minha cabeça.

- Evans. – o chamei com a voz um pouco tímida.

- Hum? – foi o único que me respondeu.

- Fiquei pensando e... Realmente não sei ainda por que você quis me ajudar. – disse em um tom baixo, mas audível.

Ele pareceu ficar meio tenso e melancólico, mas quando ia responder uma grande explosão nos atingiu e saímos voando.

Evans me abraçou com força e colocou meu corpo em cima do seu para me proteger do impacto que viria ou com o chão ou com alguma árvore ou pedra da floresta.

Acabou que chocamos contra uma árvore que suportou o impacto. Quando a poeira da explosão se dissipou pude ver que ela tinha eliminado boa parte da vegetação do local. Formando uma imensa área com absolutamente nada alem de terra morta.

- Você esta bem? – perguntou Evans me colocando no chão com delicadeza e me encostando na árvore que havíamos chocado.

Eu apenas assenti quando uma risada feminina soou vinda do nada. Evans se posicionou na minha frente de uma maneira protetora e começou a mirar para todos os lados, igual a mim.

- Há quanto tempo... – de repente uma mulher de cabelos negros como a noite, uma pele pálida e olhos roxos apareceu a alguns metros de nós. Ela usava um vestido negro com detalhe no formato de teias de aranha. – Não é mesmo... Soul?

Vi Evans apertando os punhos e serrando os dentes com tanta força que pareceram trincar.

- O que você quer Aracne? – perguntou furioso.

- Ora Soul! – disse com um tom falsamente ofendido. – É assim que você trata todos os seus conhecidos? Mas que pena, por que vim aqui pegar esse pequeno pacote que traz consigo.

  - Nem ouse! – ameaçou Evans se colocando em posição de ataque.

Um minuto... Como ela o chamava?

- Não seja tão egoísta Soul – Soul? Ela o chamou de Soul?

- Pare de me chamar assim! – gritou Evans pulando em cima de Aracne materializando sua foice e começando a atacá-la – Ninguém tem o direito de me chamar assim a não ser ela? – gritava enquanto atacava Aracne sem parar. – Ela é a única que pode pronunciar o nome que ela me deu!!

Lagrimas começaram a sair de meus olhos de tanta emoção que se acumulava dentro de mim.

Não podia acreditar. Era ele. Ele estava do meu lado o tempo todo e eu não notei. Ele me protegia o tempo todo e eu não sabia. Finalmente o havia achado e não o havia reconhecido.

Mais lagrimas caiam de meus olhos enquanto tentava me levantar. Queria abraçá-lo. Queria gritar de alegria e correr ate ele para beijá-lo e falar o que sempre quis dizer.

E o que mais me alegrava disso tudo era ele mesmo ter dito que me amava igual eu a ele!!


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam? Fiquei feliz com a quantidade de reviews que estou recebendo e espero que continuem.

Um pequeno adiantamento: no proximo capitulo tem lemmon!!!

Bjss