Alma Pura escrita por Neko D Lully


Capítulo 8
Em busca de Tsubaki 2


Notas iniciais do capítulo

E ai vem mais um capitulo de Alma pura espero que gostem porque esse tem muito mais emoção.
E aqui em ele!!!



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ALMA PURA

Cap. 8: Em busca de Tsubaki 2

    MAKA POV.

  A garota a nossa frente nos mirava com curiosidade. Seu rosto com detalhes doces e delicados não parecia mostrar nenhuma ameaça, mas não podia evitar que meu coração palpitasse descontrolado e que a adrenalina começasse a se espalhar pelo meu corpo, me preparando para a batalha.

- Quem são vocês? - perguntou de novo se afastando alguns passos para trás e apertando mais o pequeno lençol contra o peito.

- Lhe perguntamos a mesma coisa. – retrucou Evans se colocando na minha frente de maneira protetora. – Quem é você?

- Meu nome é Tsubaki Nakatsukasa. – disse em uma voz firme, mas dava para se notar o medo que tinha.

Ao ouvir seu nome arregalei os olhos e dei a volto no Evans, que me mirou preocupado, e fiquei na frente dele, olhando diretamente para aquela garota.

- Seu nome é Tsubaki? – perguntei. Ela assentiu coma cabeça, temerosa. – V-você conhece o demônio chamado Black Star?

Seu rosto se iluminou e lagrimas começaram a escorrer de seus olhos. Seu corpo começou a tremer, e já não sabia se era medo ou emoção.

- Black Star? – perguntou esperançosa. Eu assenti com a cabeça. – Como ele está? Vocês o viram? Ele esta bem?

Ela começou a nos bombardear de perguntas em uma velocidade incrível. Tive que fazer um esforço enorme para não ficar confusa.

- Sim, sim, nós o vimos. – disse interrompendo seu interrogatório. – Ele esta bem e sente sua falta.

Ela caiu na cama que havia atrás dela e olhou para o conteúdo do lençol com um sorriso doce e maternal.

- Ouviu isso querido? – sussurrou para a pequena coisa em seus braços. – Papai está bem. E sente nossa falta.

Estiquei um pouco o pescoço para poder ver o que era que tinha nos braços e pude ver um pequeno rostinho de um bebê que dormia tranqüilo com um sorriso no rosto. Não pude evitar me surpreender.

- Esse... Esse bebê é... – minha voz morreu antes de terminar a frase.

- Do Black Star? – completou para mim. Eu apenas assenti. – É. É sim.

- Ele não disse nada que tinha um filho. – comentou Evans se aproximando de nos.

- Ah! Ele ainda não sabe. – disse com um sorriso doce, para logo depois voltar a ver o bebê e acariciá-lo o rosto. – Eu só fiquei sabendo que estava grávida quando já estava aqui. Ele nasceu a mais ou menos um mês atrás.

Sentei-me do lado dela e olhei atenta para o bebê. Ele tinha o rosto delicado com feições parecidas com as da mãe, um cabelo azulado como o do pai e apele meio rosada igual à mãe.

De repente ele começou a abrir os olhos lentamente revelando dois orbes verde água. Era realmente filho dos dois. As semelhanças eram inacreditáveis.

O bebê olhou para todos os lados ate que seus olhos se pousaram em sua mãe que lhe sorriu com ternura e começou a acariciar seu rosto. O bebê apenas a olhou mais uma vez e começou a rir sem mais nem menos. Mas era uma risada tão gostosa e infantil que era impossível não rir também.

Evans se aproximou um pouco analisado o bebê muito detalhadamente. Depois se afastou e disse na maior casualidade:

-É um demônio. – seu rosto estava serio e sem emoção.

- E como você pode saber? Nem eu sinto uma preção demoníaca nele. – indaguei o mirando com desconfiança.

- Eu sei porque sou um demônio e consigo identificar um dos meus. – respondeu como se não fosse nada.

- Mas eu sou uma caça-demônios e também posso identificar uma aura demoníaca. E posso confirmar que esse bebê não tem. – rebati com firmeza.

- Mas ele é metade humano, o que interfere um pouco na sua percepção que não é tão aguçada quanto a minha. – retrucou.

Franzi o cenho irritada. Ele era muito irritante e orgulhoso as vezes.

- Ahm! Por que estão juntos se ele é um demônio e você um caça-demônios? – perguntou Tsubaki mirando a mim e ao Evans.

- Bom... É uma história meio longa, mas resumindo: Ele me salvou quando cheguei – mesmo não precisando – e está me ajudando a chegar ao portão. – respondi dando de ombros.

Ela apenas assentiu ainda sem acreditar, mas decidiu não tocar mais no assunto.

- E o que vieram fazer aqui? – voltou a perguntar.

- Viemos tirar você daqui. – respondeu Evans antes que eu tivesse a chance.

- E como pretendem fazer isso? – Tsubaki parecia esperançosa.

Eu e Evans nos entreolhamos. Não havíamos pensado nisso.

Passamos algum tempo em silencio quando uma idéia cruzou minha cabeça. Mas antes que pudesse dizê-la um estrondo chamou nossa atenção.

Estava vindo da porta.

- São eles. – disse Tsubaki se levantando e se afastando o máximo que podia da porta em passos lentos. – Sabem que vocês estão aqui.

Levantei-me de golpe e segurei o cabo da minha espada me preparando para lutar.

Os estrondos eram cada vez mais fortes e a porta não parecia que ia aquentar por muito mais tempo.

Vi como Evans se posicionava de maneira defensiva enquanto Tsubaki tremia e apertava mais seu filho contra o peito. O mesmo chorava de uma maneira descontrolada.

- Evans! – gritei, tentando fazer com que minha voz ficasse acima dos estrondos. – Tira a Tsubaki daqui!

- Mas e você?! – gritou de volta.

- Vou distraí-los enquanto vocês fogem! Encontro vocês depois! – a porta foi arrebentada. – Vão! Agora!

Evans duvidou por uns segundos, mas logo correu ate Tsubaki a carregou e pulou da janela. Não sem antes voltar a me ver para confirmar que estava bem.

Logo depois que saíram um demônio todo deformado saltou para cima de mim, com o intento de matar-me. Mas o esquivei na hora e, tirando minha espada da capa, o cortei no meio. Seu corpo se escureceu para logo depois desaparecer deixando apenas uma alma vermelha.

  Outros também me atacaram, mas esquivei de todos e, sempre com um corte certeiro e definitivo, matei-os sem muito esforço.  

Mesmo vendo que não tinham chance contra mim eles continuavam a atacar. E eu os matava um por um como se não fossem nada. Eles vinham aos montes. Parecia que nunca iriam parar de atacar.

Mas de repente, quando estavam prestes a pular em cima de mim, eles pararam e se afastaram, deixando um pequeno caminho da porta ate mim.

Permanece na posição de ataque enquanto olhava para porta. Esperava que alguma coisa grande saísse de lá e me atacasse. Mas ao invés disso, saiu um homem alto de cabelos cinza e olhos castanhos. Sua pele era muito pálida e seu corpo muito magro. Ele vestia um casaco grande marrom, uma blusa branca de botões e uma calça meio esverdeada.

Atrás dele vinha uma garotinha que parecia ter apenas uns sete anos com cabelos castanhos e olhos meio avermelhados. Ela usava uma blusa branca e uma saía azul. Não parava de sorrir nem um minuto.

- Vejo que temos mesmo visitas. – disse o homem com um sorriso sarcástico.

Não falei nada. Ele mirou minha espada a qual eu apertei com mais força, e riu com força para logo depois olhar para todas as almas de demônios que estavam no quarto.

- É uma caça-demônios. – não foi uma pergunta – E das boas pelo que parece. Mas a pergunta é: o que veio fazer aqui?

Não o respondi. Apenas o mirei com fúria. Não iria lhe dar a satisfação de saber os motivos do que faço ou não. Isso nunca.

- Ah! – disse de repente. – Veio salvar aquela humana, não é mesmo?

Meu corpo se tenso mais, e ele pareceu notar já que soltou uma gargalhada.

- É. Foi esse o motivo.

- Pai, posso ficar com ela? – perguntou a garota puxando-lhe a manga da blusa.

- Não querida. Tenho outros planos para ela. – foi tudo o que disse antes que sentisse uma forte energia chocar contra meu corpo.

Fiquei em choque. Era incrível a energia demoníaca que ele possuía. Era tão forte que quase dava para tocá-la.

Meu corpo começou a tremer e meus olhos se arregalaram. Não podia enfrentar um demônio desses. Não tinha força suficiente para fazer isso.

De repente ele havia desaparecido. Olhei para todos os lados em pânico procurando-o. Mas não pude percebê-lo a tempo. Tudo que soube foi que algo havia me atingindo fortemente no estomago, me lançando para fora da janela atrás de mim.

Só fui parar quando choquei contra uma pedra bem adentro da floresta que havia do lado da mansão.

Soltei um gemido de dor ao me chocar com tal rocha. Meu corpo doía horrores e minha respiração falhava por causa do impacto. Também podia sentir um liquido quente escorrendo por algumas partes de meu corpo dolorido, o que supus que era sangue.

Havia se formado um buraco na pedra com o impacto e eu acabei ficando nele. Mas antes que pudesse sair (ou pelo menos tentar) alguma coisa ou “alguém” se colocou sobre mim, me impedindo de sair daquele incomodo buraco.

Não conseguia ver mesmo meus olhos estando abertos. Minha visão estava completamente turva e só podia ver borrões.

Desesperei-me ao sentir uma mão tocando minha cintura, acariciando-a de uma forma faminta, e uns lábios frios tocavam meu pescoço.

- N-não! Por favor, não! – supliquei debilmente.

Contorce-me debaixo de suas caricias e tentava escapar, mas a dor que sentia era muito intensa, o que fez com que meus esforços fossem inúteis.

Ele apenas riu e se aproximou de meu ouvido.

- Não precisa se preocupar. Só vamos nos divertir um pouquinho. – sussurrou. – Você é muito bonita garota, sabia? Mesmo não tendo um corpo tão esbanjado, você ainda me excita.

Sua mão foi para em minha perna subindo e descendo lentamente. Eu apenas conseguia balançar a cabeça negando e suplicar para que parasse. Coisa que não aconteceu.

Consegui mexer meus braços e tentei tira-lo de cima de mim, mas ele acabou me acertando na cara e segurando meus pulsos com uma mão acima da minha cabeça.

Gritei. Não sei da onde tirei forças para gritar, mas gritei. Gritei com todas as focas que me faltavam, esperando que alguém me ouvisse e viesse a meu resgate. Mas ninguém viria. Ninguém se importava. Por que as únicas pessoas que já se importaram comigo se foram. Se foram do meu lado.

  Perdi minhas forças logo depois de levar outro golpe na cara. E então parei de gritar, e minhas esperanças pararam de vibrar.

Agora sabia realmente. No final de tudo ia acabar sozinha. Sem ninguém. Sem ele.

SOUL POV.

  Levava a Tsubaki em meus braços na direção de onde estava Black Star. Mas a única coisa que podia pensar era em como estava Maka.

Sei que ela é uma caça-demônios e coisa e tal, mas não posso deixar de me preocupar se estará bem ou não. Afinal, eram muitos demônios que havia naquela mansão e que poderiam lhe fazer mal.

Quando chegamos baixei Tsubaki de meus braços, a colocando em segurança no chão.

Ela não perdeu tempo e correu ate a árvore em que estava preso Black Star. Fui logo atrás dela e pude ver a cara de espanto de Black Star ao ver a garota que amava bem na sua frente.

- T-tsubaki? – balbuciou incrédulo. – É você mesma?

Ela apenas assentiu com a cabeça enquanto lagrimas saiam de seus olhos. Eu apenas ficava observando a cena e pensando o quanto os invejava. Agora, depois de muito tempo, podiam ficar juntos. E eu nunca mais poderei ver quem amo.

Tsubaki se ajoelhou na frente de Black Star e levou uma mão ate seu rosto,acariciando-o, enquanto carregava seu bebê com a outra.

Bleck Star fechou os olhos com a caricia para logo depois abri-los e mirar com curiosidade o conteúdo que Tsubaki levava em braços.

- O que é isso? – perguntou curioso. Tsubaki apenas riu.

- É seu filho. – disse com um grande sorriso. – Nosso filho.

O rosto de Black Star se iluminou ao instante e logo começou a gritar de alegria:

  - YAHOOOOOO!!! Sou pai!! Sou pai!! Hahahaha!!!

Tsubaki riu e tirou uma chave roxa reluzente do bolso. A levou ate as fechaduras das correntes de Bleck Star e o soltou.

Ele não perdeu tempo e a abraçou para logo depois separar-se um pouco e acariciar o rosto de seu filho com ternura.

Com certeza eles não sabiam o MUITO que eu os invejava. Eles tinham uma família. Uma família juntos. E eu não tinha nada.

Levantei minha cabeça dirigindo minha vista para o céu. Não aquentava ficar vendo aquela cena de tanto afeto e carinho.

Suspirei pesadamente e comecei a me concentrar nos sons de dentro da floresta a nossa volta. E foi ai que o escutei. Um grito desesperado que conhecia muito bem.

Era Maka.

Sem pensar duas vezes corri na direção dos gritos, torcendo para que ela esteja bem. Ou que pelo menos aquente ate eu chegar.

Desesperei-me quando os gritos cessaram de golpe e toda a floresta ficou em silencio. Mas pude chegar a onde se originou os gritos.

Pude ver um demônio de forma humana com cabelos cinza em cima de alguma coisa em um buraco em uma rocha.

Custei a identificar que aquele “alguém” era Maka, que tinha os olhos cheios de lagrimas que escorriam por seu rosto, estavam vidrados em algum ponto da floresta, mas parecia que não via nada. Seus olhos estavam opacos e sem brilho, como se toda a vida dentro deles estivessem sumido. Enquanto o demônio beijava seu pescoço e passava as mãos por seu corpo.

Uma raiva descontrolada tomou conta de meu corpo e, antes que o maldito demônio rasgasse alguma parte da roupa de Maka, corri ate ele e lhe dei um murro na cara com toda a minha força.

- Nem ouse em encostar nela novamente! – gritei a todo pulmão com a ira e o ódio transbordando da voz.

Ele começou a se levantar do chão (já que havia caído no mesmo quando eu lhe dei um murro) e limpou o sangue que escorria pelo canto de sua boca.

Estava me preparando para bater nele de novo quando uma voz fraca e débil me chamou com dificuldade.

- E-evans? – era Maka que virou a cabeça na minha direção.

- Maka! – disse indo ate ela – Sou eu. Não se preocupe, vou tirar você daqui.

Seu corpo estava todo machucado e sangrando. Parecia ter também alguns ossos quebrados ou fraturados e seu peito subia e descia com dificuldade visível.

Ela ergueu uma mão ate meu rosto e o tocou com delicadeza, sujando meu rosto com o sangue que havia em suas mãos.

- V-você v-veio m-me... salvar? – perguntou com a voz quebrada e um pouco roca por causa dos gritos que dera.

- Claro que vim! – disse surpreso, segurando a mão que estava no meu rosto com um pouco de força. – Por que não viria?

- Achei q-que n-não se im-importava. – sua voz ficava cada vez mais baixa. – Pen-pensei q-que estava s-sozinha.

- Não seja boba! Você não esta sozinha! – ela me sorriu e seus olhos começaram a se fechar lentamente. – Maka! Por favor, não feche os olhos. Fique acordada.

- Eu to cansada. Só quero relaxar um pouco. – e seus olhos se fecharam.

Seu rosto caiu para o lado e sua mão que eu segurava amoleceu. Não preciso falar que me desesperei ate não poder.

- MAKA! Por favor, abra os olhos! – gritei desesperado apertando mais sua mão. – Você tem que acordar Maka, por favor!

- Que lindo! – disse uma voz sarcástica atrás de mim. Virei-me e pude ver aquele demônio com um sorriso de orelha a orelha. – Dois seres apaixonados! Isso não é lindo?!

- Ora seu... – agora estava mais que furioso. Mais que irritado ou possesso. Aquele cara ia pagar pelo o que fez a Maka.

- Parece ate o Black Star. – comentou entre risos – Se pensar bem vocês são muito semelhantes. Ele se apaixonou por uma humana igual a você e vai perdê-la da mesma maneira que você.

- O que quer dizer com isso? – perguntei serrando os punhos para não me jogar em cima dele e arranca sua cabeça.

- Você sabe muito bem do que eu estou falando! – exclamou ele – Ela vai ter que ir embora para um lugar onde você nunca poderá ir. Ela tem que atravessar o portal enquanto você tem que ficar aqui e pagar pelo seu pecado de ser o que é.

Trinquei os dentes. Ele estava passando dos limites, junto com meu alto controle.

- Seu amor é impossível e você sabe disso. Ela não te pertence e não pode ficar e você vai ficar aqui, sozinho, sofrendo com a falta dela igual ao idiota do Black Star. – ele deu uma gargalhada cheia de sarcasmo – Ela, provavelmente, vai ter uma vida nova e vai se apaixonar por outra pessoa e te esquecer. Enquanto você vai ficar aqui a vendo ser feliz sem você. Vendo-a ter uma família cujo você não faz parte.

Essa foi a gota d’água. Joguei-me contra ele me deixando cair na loucura dentro de mim. Deixando que aquele diabinho me absorvesse e me levasse para a insanidade, e que meu corpo fosse dominado pelo sangue negro em minhas veias.

Materializei minha foice e comecei a manejá-la com suma habilidade, tentando cortar o demônio a minha frente, que ria sem parar e desviava de meus golpes.

Em um agiu movimento fiquei atrás dele erguendo a foice em uma posição de ataque. Ele me mirou surpreso e ao invés de atingi-lo com a foice o chutei fazendo com que batesse de costas em uma árvore, cujo tronco se partiu com o impacto.

Ele me mirou assustado enquanto eu me aproximava. Podia sentir minha mente mergulhando naquele mar negro de loucura e a energia negra transbordando de meu corpo enquanto andava lentamente na direção do demônio.

- O-o q-que é você? – perguntou se apertando mais contra a árvore e olhando para todos os lados tentando achar um meio de escapar.

Ri com o quão patético parecia. E se dizia um demônio forte.

- Sou apenas um demônio nascido do sofrimento e da loucura. – respondi – E você – ergui a foice me preparando para cortá-lo – Vai pagar pelo o que disse.

E em um único movimento o cortei ao meio. Seu corpo ficou negro e desapareceu deixando apenas uma alma vermelha flutuando perto da árvore.

Devorei a alma sem nenhum remorso enquanto ria de uma maneira um tanto macabra. Estava quase completamente absorvido pela loucura.

Virei-me e fui na direção do buraco na rocha, ainda com o sorriso macabro no rosto. Estava sendo guiado pelo doce cheiro de sangue e a energia tão pura de uma alma.

  Fiquei em cima da pequena figura feminina inconsciente debaixo de mim e coloquei minha foice em seu pescoço e passava uma das minhas mãos por seu plano ventre. Ela estremeceu e, em um sussurro, falou em sonhos:

- Não... – sua bela voz me fez para o que estava fazendo e mira-la atento. – Por favor... Não me deixe. Não quero ficar sozinha... Por favor...

Bastavam apenas aquelas palavras para me tirar da loucura em que estava mergulhado.

- Maka... – sussurrei levando uma mão a seu rosto e desmaterializando minha foice. – Não vou te deixar. Prometo...

Sai de cima dela e comecei a carregá-la com cuidado. Não iria deixá-la. Isso nunca.


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Notas finais do capítulo

HAHAHA!!! Eu sou muito malvada! Quase que eu faço o Soul matar a Maka, mas todos nós sabemos que o amor dele por ela é muito forte para ele poder fazer isso.

Esperem o proximo capitulo para vocês verem a confusão que vai rolar.