Alma Pura escrita por Neko D Lully


Capítulo 11
O shinigami apaixonado. Perigo a frente!!


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo ficou bem melancolico. Mas espero que mesmo assim vocês gostem. E como prometido eu não demorei nada para posar, demorei?

Bom provito



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                                                    ALMA PURA

                           Cap.11 : O shinigami apaixonado. Perigo à frente!

  MAKA POV.

     Já estava de noite e eu me preparava para dormir depois do dia maravilhosos e cansativo que tive.

   Logo depois de entrar em casa tive que ouvir um sermão de meus pais sobre o que havia acontecido com Soul no jardim. O mesmo “bla bla bla” de sempre.

 

   Mas mesmo que eles achassem ruim eu ter beijado um demônio, para mim aquilo foi a melhor coisa que aconteceu na minha curta vida.

  Coloquei minha camisola de ursinho que usava para dormir e me deitei na cama. Mas só consegui dormir uma hora depois de deitar. Não conseguia deixar de pensar no que eu e Soul tínhamos feito.

  Algumas horas depois de pegar no sono senti como alguém balançava meu ombro levemente me fazendo acordar.

  Quando abri os olhos me encontrei com dois orbes vermelhos me mirando atentamente.

   - Soul, é você? – perguntei esfregando o olho para poder ver melhor.

  - Sou. – ouvi sua voz rouca na escuridão e pude relaxar um pouco. – Posso dormir com você. Tive um pesadelo.

  Senti meu rosto arder, mas ignorei e falei com doçura: - Pode. Claro que pode.

  Ele se acomodou ao meu lado e eu o abracei levemente. Sentia-me segura ao seu lado, e tê-lo assim tão perto era a melhor coisa que me podia acontecer.

Dessa vez não tive dificuldade para dormir. Foi apenas fechar os olhos e já estava embarcando para o mundo dos sonhos.

   Comecei a acordar lentamente. Meu corpo doía um pouco – principalmente entre as pernas e o quadril – e me sentia um pouco mareada.

     Sentia algo confortável e frio debaixo de mim. Era bom sentir aquilo, me dava uma sensação aconchegante.

      Tentei me levantar, mas algo segurava minha cintura com força, me fazendo ficar no mesmo lugar. Olhei para cima para ver o que ou quem me prendia. E, quando vi o rosto dormido de Soul, as lembranças da noite passada – ou dia, não sei definir ainda noite do dia aqui X_X - vieram à tona.

       Levei uma mão ate seu rosto e o acariciei com delicadeza. Ele sussurrou meu nome em sonhos e sorriu.

       Meu coração derreteu nesse momento. Ele estava sonhando comigo. Não podia acreditar. Claro ele disse que me amava ontem, mas não podia engolir ainda a historia de ser ele mesmo, o garoto que havia me apaixonado quando criança, e que havíamos feito amor ontem. Estava mais que feliz.

       Ele começou a abrir lentamente os olhos e me mirou logo em seguida. Pareceu ficar surpreendido ao me ver. Começou a subir suas mãos que estavam na minha cintura, passando por minhas costas e ombros nus, transmitindo-me calafrios, ate chegar a meu rosto, acariciando-o com delicadeza. Um pequeno sorriso apareceu em seu rosto.

       - Então não foi um sonho. – sussurrou com um tom de alivio.

       O beijei delicadamente nos lábios e disse logo depois de nos separarmos: - Para mim foi. O mais maravilhoso sonho que já tive em toda a minha vida.

       - E posso lhe dar algo ainda melhor e mais cool.- sussurrou sedutoramente descendo a mão que estava em minha cintura para o quadril, pressionando um pouco o mesmo contra o dele.

       Gemi ao sentir o forte atrito entre nossos corpos. Um calafrio de prazer percorreu meu corpo no mesmo instante.

        - Disso eu já sei. – disse passando meus braços por seu pescoço e escondendo meu rosto em seu peito.

        Inalei profundamente tentando absorver o máximo possível de seu doce odor que me encantava completamente. Estava misturado um pouco com o cheiro de suor, mas isso não me importou.

        Soul acariciou minha cabeça com carinho. Ficamos assim por vários minutos ate que de repente Soul aumentou seu abraço, me pressionando com muita força contra seu corpo.

        - O que houve? – perguntei preocupada ao ver seu olhar melancólico e cheio de dor.

        - Seria melhor se isso nunca tivesse acontecido. – disse fazendo meu coração se apertar.

        Será que tudo aquilo que fizemos ontem não tinha valido nada? Tudo que ele me disse, que me amava e queria estar comigo, era mentira? Ele só havia me usado?

        - Por quê? – perguntei um pouco temerosa.

        - Porque agora vai ser mais difícil dizer adeus. – falou apertando-me um pouco mais contra seu corpo.

        Relaxei com aquilo. Então não era nada do que pensava, só era por uma despedida?

        Acariciei-lhe os cabelos, baixando de vagar para seu peito. Acariciando-o e beijando-o de vez em quando.

        - Então era isso? – falei com doçura. – É fácil de resolver.

        - Ah é? – perguntou levantando uma sobrancelha.

        - É! – responde com um sorriso. – Só eu ficar aqui, com você.

        - Isso nunca! – exclamou desconcertado.

        - Mas por quê? – perguntei mirando-o nos olhos. – Não quer que eu fique com você?

        - Claro que quero! – exclamou um pouco ofendido. – O que mais quero é que você fique comigo!

      

         - Então por que não me deixa ficar aqui? – perguntei quase com desespero. Queria ficar aqui com ele e sabia que se passasse por aquele portal poderia nunca mais vê-lo de novo, e isso eu não suportaria.

 

         - Porque não quero que você acabe desaparecendo aqui pelo meu egoísmo. – Soul fechou os olhos com força e jogou o rosto para o lado como se tivesse sentindo muita dor. – Você é a coisa mais importante pra mim e nunca iria me perdoar se algo passasse com você e a culpa fosse minha por ter te deixado em um lugar arriscado.

        

        Levei uma mão ate seu rosto e o acaricie fazendo com que voltasse a me ver. O mirei com doçura e tristeza.

        - E você também é o mais importante pra mim. Por isso não quero te deixar, porque sei que se atravessar aquele portal poderei nunca mais te ver. – falei com lagrimas nos olhos. – E não conseguiria suportar se isso acontecesse.

       Não pude mais e deixei as lagrimas saírem. Só a idéia de perdê-lo já me deixava triste.

       - Vamos, não chore. – ele começou a limpar minhas lagrimas com delicadeza e me sorriu com doçura. – Não gosto de te ver chorar.

      Respirei fundo e tentei me acalmar e deter as lagrimas: - E... E o que vamos fazer.

      - Não sei. – confessou acariciando minha cabeça de leve. – Mas não temos tempo. Vamos nos vestir e ir na direção do portal.

     - Mas... – tentei protestar, mas ele me interrompeu.

     - Não vai ser bom se ficarmos aqui. A única escolha que temos é ir para o portal e derrotar o demônio que o vigia para podermos ficar seguros. – disse para logo depois me dar um beijo e me tirar de cima de se.

    Me enrolei nas cobertas quase transparentes e o vi vestir a roupa em segundos para logo ir para a porta da cabana.

    - A onde vai? – perguntei curiosa. Ele voltou a me ver e sorriu.

    - Pegar nosso café da manhã. – disse para logo sair e fechar a porta atrás de se.

    Levantei-me com um sorriso no rosto e comecei a colocar minha roupa, que se encontrada espalhada por todo o lugar. Não pude evitar recordar novamente o que havia acontecido ontem. Nunca havia sentido nada igual.

    Quando havia terminado de colocar minha roupa Soul entrou pela porta com duas maçãs e uma capa branca com detalhes em dourado. Ele me deu a capa e uma das maçãs.

     - Para que isso? – perguntei mostrando a capa.

     - A achei na floresta. – começou sem muito interesse. – Estava em boas condições e já que esta fazendo frio lá fora pensei em trazê-lo para você vestir e não sentir frio lá fora.

    - Obrigada. – sussurrei sorrindo levemente para logo vestir a capa.

   Ela era bem grande, chegando ate meu tornozelo. Ela também tinha mangas longas que quase passavam de meu pulso, alem de ter também um capuz que não chegava a cobrir todo meu rosto.

    Dei uma volta ao meu redor me vendo de baixo para cima. Realmente havia ficado muito bem em mim.

   Senti de repente alguém me abraçar por trás e colocar o rosto em meu ombro, para logo depois sussurrar.

   - Você ficou linda nessa capa. – falou Soul me apertando contra seu corpo.

   - Obrigada. – passei meus braços sobre os seus e me deixando levar pela sensação de sua respiração em meu pescoço descoberto.

   - Agora melhor irmos, ou se não um demônio pode acabar nos atacando. – comentou se afastando um pouco de mim. – Também com uma alma tão tentadora como a sua é difícil não ter nenhum demônio atrás dela.

   - Não tenho medo. – disse me virando e ficando frente a frente com ele. – Tenho você do meu lado.

   Ele me deu um doce beijo nos lábios e segurou minha mão com delicadeza. Pequei minha espada e a maçã que Soul havia me dado e começamos a caminhar pela floresta escura.

   Encontrava-me nos braços de Soul, com a cabeça em seu ombro. Ele tinha um braço em volta de minha cintura e sua cabeça encostada na minha.

   Andávamos tranqüilos, mergulhados por um silencio agradável ate que uma pergunta cruzou minha cabeça.

   - Soul. – o chamei com a mirada perdida.

   - Hum? – foi à única coisa que disse.

   - Você disse que tem um demônio vigiando o portal. – disse um pouco insegura. – Mas não faz sentido. Como é que as pessoas passam?

  - Nem sempre foi assim. – disse Soul com um tom um pouco melancólico.

  - E o que aconteceu? – estava morrendo de curiosidade e ao mesmo tempo estava preocupada. Não queria que nada acontecesse com Soul caso precisasse lutar.

  - Antes era um Shinigami que cuidava do portal, mas um dia ele conheceu uma humana que estava sendo perseguida por um demônio. – seu rosto estava neutro e seu olhar perdido. – Ele a ajudou e falou com ela sobre o portal dizendo que se atravessasse seus problemas com essas coisas que a estavam perseguindo iria acabar. Mas ela disse que não sabia como lidar com aquilo e estava com medo. Ele a aconselhou a ficar ali com ele ate que estivesse preparada para passar pelo portal.

Cada dia iam se conhecendo mais, e quanto mais ele a conhecia mais se apegava a ela enquanto ela se sentia cada vez mais cômoda perto dele. Um dia ele a confessou que estava apaixonado por ela e ela o correspondia. Ficaram juntos e ela não pensava mais em ir embora. – Soul deu um longo suspiro para logo continuar. – Foi quando ele chegou. Ele se alto denominava deus dos demônios e atacou os dois. Deixou o Shinigami muito ferido e lançou uma lança na humana que estava com ele, na frente de seus olhos. Ela caiu no lago que fica perto do portal enquanto o Shinigami a via desesperado.

Ashura, o nome do demônio, fez um feitiço que havia aprendido com uma bruxa a anos atrás e transformou o Shinigame em pedra. A única coisa que podia trazê-lo de volta era quem ele mais amava, e essa pessoa provavelmente desapareceu para sempre.”

  Quando Soul terminou de contar a historia senti um nó na minha garganta. Era uma historia um pouco triste.

   - Que triste. – sussurrei me apertando mais contra ele. – Mas como é que você sabe de tudo isso? Estava lá?

  - Não. – respondeu simplesmente. – Mas a historia foi passada de demônio para demônio. Ninguém sabe da onde começou, mas sabemos que é verdade.        

                                              

  - E como passaremos do demônio? – perguntei – Ele não conseguiu derrotar um Shinigame? Provavelmente não conseguiremos derrotá-lo.

  - Ora, tenha pensamentos positivos. – pela primeira vez ele me mirou e sorriu docemente.

  - Mas... – não pude terminar já que Soul me beijou impedindo minhas palavras. Mas logo que ele se separou soltei em um suspiro cheio de preocupação. – E se algo acontecer?

  - Nada vai acontecer. – sussurrou – Não deixarei.

  Deixei de discutir e continuamos andando. Mas não podia deixar de me preocupar. E se algo realmente acontecesse e eu me separasse de Soul? Seria o fim.

  De repente ouvi o barulho de uma corredeira e ao longe da floresta podia distinguir um brilho intenso.

  Quando saímos de dentro da floresta fiquei impressionada com a vista a minha frente. Na nossa frente estava um penhasco da onde surgia de dentro da terra uma cachoeira que desaguava em um pequeno lago, que parecia não transbordar por mais que a cachoeira jogasse água no mesmo. Mais a frente tinha uma faixa de luz que ia do chão ate o céu. Tudo parecia brilhar nesse lugar. 

  Estava tão distraída que quando Soul falou quase morri de susto (que irônico, porque já estou morta.)

  - Tem alguém aqui. – sussurrou em um tom sombrio.

  Logo depois pude ouvir uma risada carregada de loucura e maldade. Só precisou disso para fazer meu sangue gelar e o medo tomar conta de meu corpo.

  Foi ai que percebi. Algo ia acontecer, e não seria nada bom.

  SOUL POV.

  Quando ouvi aquela risada cheia de loucura e insanidade vindo da floresta atrás de nós me posicionei na frente de Maka de maneira protetora. Conhecia aquela risada. Pelo menos o estilo dela.

  Com certeza era um demônio já dominado pela loucura e pelo sangue negro. Seria muito perigoso para Maka enfrentar um ser como esse que estava escondido entre as árvores.

  - Maka. – a chamei em um sussurro. – Independente do que acontecer promete que vai ficar longe dele?

  - Mas Soul... – começou a dizer, mas eu a interrompi.

  - Apenas prometa.

  - Prometo. – sua voz quase não saiu e pude sentir como suas mãos apertavam com força minha camisa.

  Ouvi aquela risada novamente só que dessa vez mais alta e cheia de sarcasmo. De repente apareceu um homem alto de cabelos pretos que tinha pedaços brancos em cada mecha parecendo olhos. Seus olhos eram vermelhos, mas não como os meus e sua pele era de um pálido acinzentado. Usava uma calça preta, sapatos pretos, uma blusa azul e uma jaqueta vermelha.

  Seu olhar mostrava pura maldade e desejo. Desejo pela alma de Maka.

  Esconde mais Maka atrás de mim, tampando-a da visão do demônio a minha frente.

  - O que quer? – perguntei ríspido. Ele voltou a rir.

  - Será que você não percebe a preciosidade que tem? – perguntou ainda com um sorriso no rosto. – Essa pequenina que esta atrás de você é uma raridade. Nunca vi uma alma tão pura e deliciosa quanto essa.

  - Não te deixarei encostar um dedo nela. – ameacei materializando minha foice.

  Ele me mirou atentamente colocando uma expressão seria, o que me pós mais alerta. Não parecia ser coisa boa o que estava pensando.

  

De repente sua face voltou a ter aquela expressão de divertimento, com aquele sorriso sinistro no rosto.

  - Você é igual a ele, não? – perguntou sem dar muita explicação. O mirei com curiosidade. – Você é igual aquele shinigame idiota. Cometeu o erro de se apaixonar por uma humana.

  Meu corpo ficou tenso ao ouvir isso. Ele começou a andar em nossa direção enquanto nós nos afastávamos.

  - Será que não percebe demoniozinho? – perguntou com um sorriso ainda maior. – Não percebe que cair nos encantos desses seres estúpidos e frágeis é a pior coisa que você pode fazer com sua vida imortal?

  - Está enganado! – exclamei escondendo ainda mais a Maka atrás de mim. Podia sentir seu corpo tremer atrás de mim. Provavelmente podia sentir a forte preção de maldade que sua alma emanava.

  - Há! Não seja trocha seu garoto idiota. – falou se aproximando perigosamente. – Essas criaturas só servem para nos atrapalhar e nos tornar fracos. São estorvos que devem ser eliminados.

De repente ele se lançou contra nós. Consegui tirar eu e Maka de lá antes que ele nos atingisse. Mas antes que pudéssemos nos afastar dele, ao atingir o chão ele se impulsionou para nossa direção me atingindo nas costas.

  Eu acabei soltando Maka e nós dois saímos arrastando pelo chão. Acabei parando perto de uns arbustos no inicio da floresta. Maka parou a alguns metros de mim.

  Vi como ele se aproximava de Maka que ao parecer não conseguia se levantar. Com custo, me levantei e tentei atacá-lo com minha foice, mas ele desviou e me deu um soco na cara.

  A força que usou foi tão grande que fui impulsionado para traz. Ele apareceu atrás de mim e me chutou na direção do penhasco. Por pouco não caio, mas acabei quebrando meu braço já que cai em cima dele.

  Vir-me-ei e vi Ashura se aproximando lentamente de mim (não cabia mais duvidas de que era ele). Ele ainda tinha aquele sorriso sarcástico no rosto. Minha foice estava a apenas alguns centímetros de mim. Só precisava arredar um pouco para o lado e esticar o braço e a alcançaria.

  Mas não tinha tempo. Ashura já havia se lançado contra mim quando comecei a me arrastar na direção da foice.

  Quando ele estava quase me atingindo pude ver um vulto pulando contra Ashura, o empurrando para longe de mim. Era Maka, que caiu no chão logo depois.

  Sua perna voltara a sangrar o que devia ser o motivo pelo qual não conseguia ficar totalmente em pé.

  Ela levantou o rosto e me sorriu, mas seu olhar cor jade estava cheio de medo e preocupação. Tentei me levantar e ir ate ela, mas estava fraco de mais. Então me arrastei. Ela não estava muito longe então não demorou muito.

  - Você esta bem? – perguntei acariciando seu rosto.

  - Estou. E você?

  - Estou. – falei quase sem fôlego. – O que eu disse sobre não enfrentá-lo?

  - Desculpe, mas é que eu o vi te atacando e pensei... –lagrimas começaram a sair de seus olhos que agora estavam cheios de dor. – Pensei que iria te perder. Fiquei com tanto medo.

  - Shhh. Calma, vai dar tudo certo... – não pude terminar de falar já que uma explosão nos lançou longe.

  Eu e Maka caímos a poucos metros de distancia um do outro, praticamente na beira do penhasco. Olhei para o lado e pude ver como Maka havia caído e tido vários arranhões, mas o que mais me preocupou foi um serio machucado que tinha no braço. Parecia que ao cair havia atingido uma pedra que perfurou seu braço profundamente.

  Podia ver seu sangue escorrer pelo chão tornando a areia marrom em vermelha. Acho que foi a preocupação e o medo que me deram forças para conseguir levantar, mas antes que pudesse me aproximar de Maka um barulho me chamou a atenção.

  Olhei para o lugar onde havia ocorrido a explosão e vi Ashura com os olhos brilhando de excitação e loucura com uma lança nas mãos. Ele me mirou com um sorriso maior do que qualquer outro que já tenha visto ele dar e começou a correr em minha direção.

  Nesse minuto sabia que ia morrer. Sabia que tinha chegado meu fim e não havia meio de escapar.

  - Nãoooo!!!!

  Antes que a lança de Ashura pudesse me acertar senti como alguém me empurrava para o lado e eu caia no chão.

  Olhei para traz e o que vi fez meu sangue gelar e meu coração parar. Maka estava em pé na frente de Ashura com a lança dele fincada no peito. O sangue escorria por seu corpo enquanto seus olhos perdiam o brilho lentamente.

   Ashura tirou a lança de dentro do corpo de Maka e se afastou rindo sem parar. Maka me mirou e sussurrou um leve “desculpe” para logo começar a cair para trás, na direção do penhasco.

  Levantei-me em um salto e corri ate ela para impedir sua queda, mas já era tarde. Não consegui alcançar sua mão e ela caiu no lago da cachoeira.

Ouvi Ashura rir atrás de mim enquanto via o corpo de Maka desaparecer na água. Uma raiva e ódio descomunais subiram o meu corpo e pela primeira vez segui a ordem do diabinho em minha cabeça.

Matá-lo”

- Considere isso um favor pra você caro amigo. – disse entre risadas. – Ela ia acabar acabando com você. Sem falar que ela ia embora mesmo.

  - Vai me pagar. – sussurrei com todo o ódio que estava contido dentro de mim.

  - Hãn? – perguntou parando de rir.

  - Você vai me pagar pelo que fez. – repeti só que dessa vez mais alto.

  Não me importava se caísse na loucura. Não me importava ser absorvido pelo sangue negro. Não me importava mais nada.

  A coisa mais preciosa para mim havia desaparecido. E dessa vez para sempre.

  A única coisa que queria agora era que o responsável pagasse. Pagasse com sangue.


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Notas finais do capítulo

Como ficou? Nã sou muito boa em fazer tragedias, mas acho que isso ficou um drama e tanto. Agora só esperarem pra ver o que tenho reservado para o final.
E a fic ta acabando, então aproveitem bem.

Bjsss e Bye.