Mensagens escrita por WinnieCooper
Eu não consegui dormir direito à noite pensando na carta. Eu queria me desligar, mas sempre que fechava os olhos aquele peão branco faiscava na minha frente dizendo: “Início do jogo”.
E eu nem ao menos pedi para jogar esse jogo.
Era cedo quando levantei da minha cama e resolvi ir para os jardins da minha casa pensar sobre tudo isso.
O sol ainda nem havia nascido. Sai pela porta da cozinha bem devagar para não acordar o resto da casa e andei em direção a uma árvore com a intenção de sentar embaixo dela.
Só que o lugar estava ocupado por uma garota com os cabelos extremamente volumosos.
- Mione! O que faz aqui? – perguntei bravo ela assustou e me olhou.
O que ela estava pensando? Sair de dentro da minha casa de madrugada e sentar ao ar livre? Ela não pensou nos perigos? E se aparecesse um estuprador? E se aparecesse um comensal foragido?
- Eu não consigo dormir...
Ela respondeu num sussurro.
Hermione na verdade não consegue dormir a noite, descobri isso dias atrás, por isso, tira curtos cochilos durante o dia.
- É realmente muito perigoso ficar aqui sozinha sabia senhorita Granger? Não é porque Voldemort morreu que os perigos acabaram.
- Isso vale para o senhor também. Senhor Weasley.
E então ela sorriu. Aquele sorriso que ilumina tudo ao redor.
Ela bateu a mão no chão ao seu lado, um gesto pedindo para que eu sentasse o que eu obedeci prontamente, Eu não sou bobo.
- Afinal o que faz aqui? – perguntei olhando o horizonte, o sol começou a nascer, o céu se tingiu de diferentes cores.
- Eu amo ver o nascer do sol – ela deitou a cabeça no meu ombro, passei os braços em cima do ombro dela. Quem nos visse de longe acharia que somos namorados – É aquele tipo de coisa que me faz pensar que ainda vale a pena viver – ela olhou para mim – Assim como você.
Ok! Agora realmente estou com vontade de beija - lá.
Como eu sou um completo tapado não consegui responder, apenas fiquei a encarando e eu tinha certeza que minha cara estava totalmente boba.
- Afinal o que faz aqui?
Ela perguntou quase rindo, saindo dos meus braços e se postando na minha frente.
- Vim aqui para pensar – respondi ainda meio bobo.
- Você pensa? Isso é novidade para mim – ouvi a risada gostosa dela.
- Você faz piadas? Isso é novidade para mim – rebati começando a rir com ela.
O que posso fazer? Ela é contagiante.
- Bobo. – Ela deitou na grama e colocou sua cabeça no meu colo – Pensar sobre o que?
Decidi não esconder nada dela então lá vai.
- Recebi essa mensagem ontem na hora do jantar.
Tirei o envelope do bolso e entreguei para ela.
Hermione analisou o peão intrigada e leu o conteúdo do bilhete.
- Foi você que me mandou? – perguntei.
Eu tinha motivos fortes para acreditar que era ela, pois o peão era de um jogo de xadrez trouxa e esse enigma tinha a sua cara.
- Não! Porque acha isso? A letra não é minha.
- Bom é um peão do jogo de xadrez trouxa.
- Como sabe? Você já viu um jogo trouxa?
- Meu pai, você sabe que ele é obcecado por objetos trouxas, ele me ensinou a jogar xadrez com as peças trouxas, pois achava que era menos violento, eu tinha sete anos quando aprendi. Ele tem inclusive um exemplar na garagem.
- GARAGEM – ela gritou e sentou-se esfregando o bilhete na minha cara – SENHOR DE PIJAMAS.
- O que tem?
- Esse bilhete, está falando do Senhor Weasley.
Peguei o bilhete e voltei a ler:
“Início do jogo:
O peão. Começo simples mas não fácil.
Garagem – Senhor de Pijamas listrados.
O salve”.
Olhei para a Hermione pasmo. Como não notei isso antes?
- É meu pai – confirmei em voz alta – O inicio do jogo é meu pai.
Ela balançava a cabeça confirmando.
- Mas o que eu tenho que fazer? Eu não sei... Eu não sei que jogo é esse.
Disse com a esperança que ela me explicasse como sempre fazia quando tinha uma duvida.
- Eu não sei Rony.
A decepção perpassou no meu rosto.
- Talvez, pela sua participação na guerra, o alguém que te mandou a mensagem, ache que você tem condições de ajudar.
- Mas ai seria mais lógico mandar ao Harry e não a mim, afinal foi ele que matou o Voldemort e não eu.
- Não se subestime.
- E outra, seria melhor você que é mais inteligente e esperta do que eu.
- Não se subestime! – ela gritou e segurou o meu rosto com as duas mãos – Você tem que parar de achar que é menos que eu e o Harry, pois não é!
Olhando-a de tão perto, percebi que de uma forma inexplicável ela estava mais linda.
Será que é possível se apaixonar cada vez mais por uma pessoa?
- Não vou mais me subestimar – disse respirando forte pela proximidade de nossos rostos.
- Ótimo! – Ela sorriu e retirou suas mãos de mim – O fato é que esse bilhete fala do seu pai e você tem que fazer alguma coisa para salva-lo.
- Salva-lo do que?
Ela suspirou e sacudiu a cabeça.
- Às vezes penso que você acha que tenho resposta para tudo, mas não tenho Rony. Você deve encontrar essa resposta sozinho.
A Hermione havia me ajudado bastante, sem ela não teria descoberto que esse bilhete falava do meu pai, agora cabia a eu realizar essa missão ou começar esse jogo.
Resolvo visitar o meu velho no dia seguinte. Por eu ser covarde não decifraria a mensagem e realizaria a tal tarefa no mesmo dia.
Entro na garagem e vejo que a bagunça organizada dele havia piorado. As quinquilharias que antes eram espalhadas em prateleiras, agora estavam todas no chão e em cima da grande mesa no centro.
Olho para o lado e vejo um objeto, um objeto que faz meu coração palpitar muito rápido.
“O jogo de xadrez trouxa”
Meu pensamento grita. Corro por cima dos objetos jogados no chão e alcanço o tabuleiro armado em cima da mesa.
Ele está coberto de poeira.
Está faltando um peão branco!
Justo um peão branco?
Uma lembrança repentina vem a minha mente.
Apalpo meu bolso do jeans e tiro o peão que veio na carta.
Olho no fundo e vejo um “R” e um “W” gravados.
Minhas iniciais.
Como pude me esquecer?
Quando aprendi a jogar neste tabuleiro marquei minhas iniciais no fundo de todas as peças de xadrez e ali estava.
Porque justo a peça que está faltando no jogo é a que está na minha mão?
- SAIA DAQUI!
Ouvi a voz rouca de meu pai gritar a metros de distancia da onde eu estava. O olhei e reparei como estava acabado. Seus cabelos estavam desgrenhados, havia barba por todo seu rosto e ele estava usando um pijama listrado nas cores marrom e laranja.
- Pai sou eu, o Rony – disse guardando o peão no meu bolso e começando a caminhar em direção a ele.
- EU DISSE SAIA DAQUI!
Ele gritou novamente pegando algum objeto em cima da mesa que não consegui identificar.
Continuei a andar, eu precisava saber do que teria de salva-lo.
Parei bem de frente ao meu pai, a mão direita dele estava encoberta por suas costas, provavelmente escondendo o tal objeto que havia pegado em cima da mesa. Coloquei minha mão no ombro dele e reparei pela primeira vez em seus olhos:
Estavam vermelhos.
Estavam furiosos.
Furiosos com o que?
Não tive tempo para pensar em mais nada, pois meu pai levantou o braço que escondia em suas costas no alto. Em sua mão, lá em cima, brilhava um punhal.
Porque ele segurava um punhal olhando furioso para mim?
Sua mão começou a abaixar rapidamente, ele ia me acertar.
Desviei por puro instinto para o lado oposto em que o punhal descia, sua lamina fez um aranhão no meu braço que sangrou.
Para minha sorte meu pai acabou acertando a mesa, onde o objeto afiado ficou cravado.
Totalmente assustando olhava para ele intrigado.
Ele tentava a todo custo tirar o punhal da mesa.
O que queria? Ia tentar me acertar de novo?
Bom, o que meu pai faria eu não sei, pois sai daquela garagem correndo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
N/B: Meu Deus! O que o Sr. Weasley ia fazer é um pecado! Onde já se viu tentar matar o Rony? Logo o nosso Rony?
Feliz Natal e um próspero ano novo pra vocês! E como é de praxe que tal deixarem um reviewsinho de presente de Natal pra autora?
Blood Kisses Liih.
N/A:Não julguem o pobre Senhor Weasley, tudo será explicado...
Espero que estejam gostando... Feliz Natal e um próspero ano novo pra vocês!