Malfeito Feito escrita por Miller


Capítulo 7
Lenelícious - Capítulo Sete.


Notas iniciais do capítulo

Hey peoples! Bem vindos à festa de Clair de La Vega, a mais badalada de Hogwarts High School!
Coloquem suas máscaras, arrumem suas vestes, sirvam-se de bebida e aproveitem a música, tenho certeza de que vão se divertir.
Enjoy!



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Lenelícious – Capítulo Sete

Remus Lupin

– Aqui está – o barman disse ao colocar o copo de líquido azul em frente à Remus no balcão.

Remus assentiu em agradecimento, pegando o drink enquanto seus olhos percorriam o salão enquanto procurava alguma coisa. Ou melhor, alguém.

Não era como se pudesse negar que estava totalmente a fim de Dorcas. Afinal aquilo era algo que estava praticamente estampado em sua cara há alguns bons meses, até mesmo antes de terminar com sua ex, Emmeline Vance.

Mas onde estava ela, afinal de contas?

Suspirou e tomou um longo gole da bebida, recostando-se ao grande balcão do bar.

Alguns minutos depois, Sirius surgiu em meio à multidão de pessoas dançando na pista, sua expressão era como a de um cachorro que caiu do carro de mudança enquanto balançava a cabeça como se tentasse espantar algum pensamento.

– O que houve Pads? – Remus perguntou ao amigo, enquanto este pedia algo forte para beber ao barman.

Somente quando o homem depositou uma bebida escura – a qual Remus classificou como whisky -, é que Sirius pareceu encontrar sua voz.

– Quer mesmo saber o que houve? – Sirius então deu um longo gole no whisky. – O que houve se chama Marlene McKinnon – murmurou de forma ríspida.

Remus arqueou as sobrancelhas em surpresa diante da resposta do garoto.

– Marlene? – perguntou. – O que houve com ela? Está bem?

– Se ela está bem? – Sirius perguntou de forma irônica. – Marlene está ótima! Maravilhosa – deu outro gole na bebida e voltou-se para Remus com a expressão descrente. – Como é possível que eu tenha convivido com McKinnon pelos últimos oito anos e nunca ter reparado no quanto ela é gostosa? E o pior: como é que eu, Sirius Pegador Black, nunca sai com a Marlene? Porque, meu Deus, ela é tudo sobre ser pegável.

Remus ficou algum tempo em silêncio, tentando assimilar as palavras de Sirius que não pareciam fazer sentido algum para ele.

E então sorriu.

– Ah Sirius, ao que parece Marlene te deixou mal mesmo desta vez, heim? – não era novidade que Marlene McKinnon conseguia tirar Sirius Black do sério muitas vezes, mas aquela expressão no rosto do garoto estava longe de ser algo comum. Sirius parecia não conseguir acreditar na própria sorte. Remus riu mais um pouco. – Em primeiro lugar, você é um idiota se nunca percebeu que Marlene é gostosa. Todos os caras da escola babam por ela. Em segundo você nunca saiu com ela porque deu mole, porque houve uma época em que ela era caidinha por você e você não estava nem aí. E, por último, mas não menos importante: pare com essa cara de cachorro sem dono, porque já está me dando pena.

Sirius ficou em silêncio por algum tempo, até que ergueu os olhos para Remus e sorriu de forma afetada.

– Você também estaria com a minha cara se você tivesse visto a Dorquinhas – disse e tomou mais um gole de whisky.

– Quê? – de forma automática e completamente não intencional, Remus voltou seus olhos para o salão, esticando-se à procura de Dorcas. – Ela já está aqui?

O sorriso de Sirius apenas aumentou.

– Bem ali – e apontou para o meio da pista, onde um aglomerado de, pelo menos, cinco rapazes fantasiados se amontoava em volta de uma garota fantasiada de anjinha. Provavelmente a mesma que vira chegar à festa um pouco mais cedo.

– Deus! – foi à única palavra que conseguiu proferir (o que até fazia sentido, levando em consideração que ela estava vestida de anjinha [que de anjinha não tinha absolutamente nada, aliás.]). – Ela fez algum tipo de troca de corpo? – perguntou de forma idiota a Sirius enquanto observava a garota dançar. – Desde quando ela é tão...?

Sirius riu.

– Foi exatamente a mesma coisa que pensei Remuxo – balançou a cabeça. – Essas garotas são malvadas.

Sirius Black

Sirius estava tomando alguns drinks com Remus – que ainda não conseguira parar de olhar na direção de Dorcas – enquanto conversava – ou, para falar a verdade era o que tentava, mas mais parecia estar falando com uma parede – qualquer coisa amena que não o lembrasse de quão justo estava o vestido de McKinnon.

O porquê de aquilo não sair de sua mente ainda era um mistério, mas achou que a visão de suas longas e sinuosas pernas através do minúsculo vestido culminavam em uma ótima explicação.

– Isto para não falar na Lindsay que estava na recepção – Sirius concluiu no que parecia ter sido uma conversa unilateral.

– Aham – Remus assentiu de forma aleatória.

Sirius revirou os olhos e estalou os dedos em frente aos olhos do amigo.

– Remie? – chamou-o.

– Oi? – o garoto voltou os olhos para Sirius parecendo despertar de seu torpor.

– Vai lá e chaga nela de uma vez cara! – falou de forma incisiva, fazendo Remus corar. – Antes que outro faça.

Remus parecia um pimentão – e Sirius observou mentalmente que ele poderia estar páreo a páreo com a Evans se continuasse daquele jeito no quesito “corar” – enquanto mexia-se de forma inquieta.

– Eu não acho uma boa ideia... – começou.

– Porque não? – Sirius encarou-o em confusão.

Remus se era possível, corou ainda mais. Definitivamente um grande concorrente para Evans.

– E se ela me der o fora?

– Dorcas não vai te dar o fora, pelo amor de Deus Remuxo – Sirius revirou os olhos para o amigo. – Não depois dos amassos que vocês deram lá na sua casa. Ah, aliás, ela beija bem?

– Muito – Remus disse. – Mas ela não é para o seu bico – e arqueou uma sobrancelha.

– Nem pensei nisso – Sirius ergueu as mãos como em rendição enquanto o amigo rolava os olhos. – Cara, onde é que está o James? – perguntou.

Remus, mais uma vez, rolou os olhos e apontou com o dedo para um canto escuro alguns metros do bar.

Sirius seguiu a direção e encontrou com James sussurrando alguma coisa ao ouvido de uma fada que se contorcia enquanto dava risadinhas para o garoto.

– O James não perde tempo mesmo – resmungou.

– Nem você. Aliás, o que é que ainda está fazendo aqui? – Remus perguntou de forma curiosa.

Sirius deu de ombros enquanto seus olhos passeavam pelo salão, inadvertidamente procurando Marlene.

Quando a encontrou sentiu o copo que tinha em mãos espatifar-se ao chão.

Um idiota vestido de Zorro estava praticamente pendurado ao pescoço da garota enquanto falava algo que a fazia sorrir em seu ouvido. O ZORRO ESTAVA, DEFINITIVAMENTE, GRITANDO POR MORTE.

Quando voltou seus olhos para Remus este o encarava de forma assustada.

– O que houve cara? Parece que está prestes a cometer um assassinato – disse.

– É exatamente isso o que pretendo fazer – Sirius murmurou enquanto se afastava, desviando dos cacos de vidro no chão aos seus pés.

Zorro ou não, aquele idiota precisaria de um bom tratamento para os dentes depois daquela noite.

Não que Sirius entendesse que merda estava acontecendo com ele. Talvez fosse ciúme, mas bem, não podia ser.

Deveria ser apenas o álcool. Nada mais.

É claro que sim.

Marlene McKinnon

Lene dançava a beira da pista enquanto esperava Dorcas terminar sua dança com um garoto qualquer.

Um menino vestido de Zorro meio próximo de onde estava encarava-a de forma desinibida há alguns bons vinte minutos. E, é claro, Lene retribuía.

Nunca fora uma garota tímida, muito menos retraída. Sabia o que queria e quando queria. E, naquele momento, ela estava querendo muito que o Zorro se aproximasse.

Lançou um sorriso para o garoto e ele retribuiu de forma promissora enquanto se aproximava. Marlene continuou a dançar, o sorriso aumentando ainda mais quando o Zorro tocou seu braço.

– Hey – cumprimentou-o.

Ele se aproximou mais, sua boca próxima demais de seu ouvido.

– Você está linda demais vestida desse jeito – o garoto disse enquanto roçava os lábios em seu lóbulo.

Lene sentiu um calafrio percorrer sua espinha enquanto se afastava um pouco e o encarava.

– Eu sei – disse-lhe de forma convicta.

O garoto sorriu e ela voltou a dançar, sendo acompanhada por ele que a segurou pela cintura enquanto balançavam-se no mesmo ritmo.

Não podia negar que ele era muito bonito e que aquela roupa de Zorro deixava-o muito sexy, sua máscara ressaltando seus grandes olhos azuis. Mas Lene não pôde deixar de imaginar que preferiria que ele estivesse vestido de Mosqueteiro. E que fosse outro.

Dane-se! Pensou enquanto afastava os pensamentos e se aproximava um pouco mais enquanto dançava.

A melhor parte das festas da Clair era a sensação de liberdade que as máscaras proporcionavam. É claro que o garoto à sua frente poderia ser um babaca na escola, mas, no momento, tudo em que ela conseguia pensar era no fato de que seus lábios estavam próximos demais e que queria muito beijá-lo.

Ou era disso que estava tentando se convencer enquanto afastava, mais uma vez, pensamentos de outro garoto que a cumprimentara mais cedo.

Porque era sempre tão difícil quando se tratava de Black? E por que, merda, ele não parecia nunca estar nem aí para Lene? O que é que todas as outras noventa por cento das garotas de Hogwarts tinham que ela não parecia possuir aos olhos dele?

Lene pensara que já havia superado aquilo, mas então não tinha.

Esticou a mão até segurar o Zorro pelos cabelos, sem nem se preocupar em perguntar o nome do garoto que estava prestes a beijar. Não queria saber. Não se importava nem um pouco.

Mas então, quando os lábios dos dois estavam quase se encostando, o garoto foi praticamente arrancado dos braços de Lene, fazendo-a olhar para os lados completamente confusa.

– Que me... – o garoto começou a reclamar, mas então foi impedido de prosseguir por um soco no estômago desferido por Sirius Black que pareceu tirar todo o ar de seus pulmões.

Marlene sentiu seus olhos arregalarem-se. O que aquele cachorro estúpido pensava que estava fazendo?

– BLACK! QUE MERDA VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?

Mas o garoto nem respondeu, estava muito mais concentrado em agarrar o Zorro pelo colarinho e encostou-o a parede, encarando-o com ferocidade.

– Saia daqui cara, antes que eu me arrependa de não ter socado mais forte – falou de forma lenta e ameaçadora e então o soltou.

O garoto nem pensou duas vezes antes de se afastar. Adiós, Zorro.

Marlene não conseguia acreditar na cena que estava presenciando. Quem aquele idiota pensava que era para fazer aquilo? E que merda tinha dado na cabeça daquele energúmeno para agir daquela forma?

Não encontrava nenhuma explicação plausível, então voltou seus olhos para Black, encarando-o furiosa.

– SIRIUS BLACK! QUEM VOCÊ PENSA QUE É? – quase berrou, impingindo toda sua irritação em suas palavras.

Sirius, que apenas alguns segundos atrás estava todo cheio de razão, pareceu murchar diante de seu olhar.

– E... Eu... Ah... – começou sem parecer encontrar as palavras para falar. – Lene, ele estava se aproveitando de você! Só estava querendo te proteger...

– E quem disse que eu queria que você me protegesse? – Lene sentia sua irritação aumentar enquanto o encarava de forma fulminante.

– Ele era um idiota! – Sirius pareceu irritar-se com as palavras de Lene, pois sua voz estava um pouco alterada ao voltar a falar. – Não iria deixa-lo tocar em você!

Marlene piscou algumas vezes tentando saber se tinha ouvido com clareza.

– Sirius, você está bêbado? – perguntou sem saber como reagir às palavras do garoto.

– Não.

– Tem certeza? – ela perguntou mais uma vez, sentindo-se confusa, afinal aquele tipo de comportamento... Sirius Black não poderia estar com ciúmes dela, poderia?

– Sim.

– Mas então o quê... - começou a falar, mas foi interrompida pelos lábios de Sirius que estavam colados aos dela, tão rápido que Lene demorou algum tempo até entender o que estava acontecendo.

Marlene McKinnon estava sendo beijada por Sirius Black.

E, oh Deus, não podia negar que aquilo era bom demais.

James Potter

James jogava seu charme para uma garota bastante promissora fantasiada de fada – cujo nome já havia esquecido entre uma risadinha irritante e outra – e estava a meio caminho de beijá-la quando a música parou e a voz de Clair de La Veja soou pelo salão, fazendo-o desviar sua atenção para o palco.

– Boa noite gente linda! – Clair, vestida com uma fantasia de coelhinha da playboy sorria para os convidados. – Mais uma edição da Festa de Máscaras da Clair que se inicia e eu só tenho três palavras para dizer: Oh meu Deus! – a garota disse e então arregalou os olhos em assombro.

James franziu o cenho para as palavras da garota, incerto sobre o que ela queria dizer com aquilo.

Foi então que ele – assim como todos na festa – percebeu que a garota não estava mais olhando para os convidados da pista de dança, mas sim para a porta de entrada. James seguiu o olhar e sentiu sua boca abrir.

Pelas portas de entrada adentrava uma das garotas mais lindas que já havia visto. Vestindo um vestido branco e fofo, pele pálida e olhos extremamente verdes enquanto os cabelos negros presos em um coque meio retrô com cachos soltos emoldurando seu rosto.

Parecia uma princesa (o que claramente fora a intenção da garota, ao vestir aquela fantasia [é óbvio, James]).

James franziu o cenho quando algo pareceu estalar em sua mente:

Princesa... Princesa... Princesa...

PRINCESA?

As palavras da vendedora da loja de fantasias pairaram em sua mente enquanto um sorrisinho brotava em seus lábios.

Independente de aquela ser ou não a princesa das predições malucas, ela seria sua.


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Notas finais do capítulo

Opa, James com pensamentos bastante cachorros, eu sei. Mas quem não ama esse safado do Potter?
E Sirius beijou a LENE! SIRIUS BEIJOU A LENE! Isso não é demais?
Blackinnon é simplesmente o meu segundo shipper favorito. Sirius já é charmoso naturalmente, agora imaginem ele vestido de Mosqueteiro todo sedutor? *azminainfartam*
O próximo é o tão esperado capítulo e prometo que não vou demorar a postar!
Espero que tenham gostado e que tenham se divertido, seus lindos.
Até breve!
Beijoooss