Malfeito Feito escrita por Miller


Capítulo 17
Uma linda noite - Capítulo Dezessete.


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente: obrigada a todos os comentários na fic! Chegamos aos 400 reviews e eu estou pasma! Nunca imaginei que qualquer bobagem que eu escrevesse receberia tantos comentários e críticas positivas. Fico muito feliz e grata por saber que estão gostando, cada review que vocês me mandam, independente de ser apenas um "continua" ou um review gigantesco, alegram meus dias e me dão mais animo para melhorar cada vez mais como autora.
Obrigada gente!
E um obrigada ainda mais especial à BrunaCullen, RayssaCunha, Nanda Saint Annie e LetCosta pelas recomendações incríveis



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Uma Linda Noite – Capítulo Dezessete

Dorcas Meadowes

– Eu já acabei com essas aqui – Dorcas pôs a folha de exercícios que estava fazendo em cima da escrivaninha e olhou para o namorado. Como Dorcas estava atrasada com os deveres de casa, Remus, seu namorado, perguntou se ela não queria ajuda e ela aceitou. Os dois estavam no quarto de Remus, cada um com algumas folhas de exercícios. Podia-se ouvir o programa da Oprah, que estava recebendo algum artista famoso, no andar de baixo, onde a mãe de Remus estava assistindo tevê.

Remus terminava alguma outra folha de exercícios enquanto Dorcas admirava-o escrever. Ele era tão lindo. E por incrível que pareça, era seu namorado.

Dorcas não podia negar que havia certa tensão no ar, desde que eles haviam entrado no quarto, os dois haviam ficado muito quietos, como se estivessem com medo do que poderia acontecer caso se aproximassem demais.

Talvez fosse por isso que, quando bateram na porta do quarto, os dois deram pulos de susto.

– Olá fofos – a mãe de Remus, usando um terninho de empresaria e com uma pasta na mão, cumprimentou-os da porta encarando-os como se esperasse que eles estivessem fazendo alguma coisa imprópria. - Como estão?

– Tudo bem - Dorcas e Remus responderam, sem graça.

– Eu vou ter que sair, meu chefe me chamou para uma reunião urgente - ela corou um pouco quando disse isso. Dorcas sorriu internamente. - Se comportem, sim?

Os dois fizeram que sim com a cabeça e a mãe de Remus saiu, fechando a porta. Mas antes que qualquer um dos dois pudesse fazer ou dizer qualquer coisa, ela voltou com um sorrisinho muito esquisito no rosto.

– E tomem cuidado! Precaução nunca é demais! - e atirou alguns pacotinhos prateados na direção dos dois, batendo a porta logo em seguida. Depois de algum tempo, o barulho da porta fechando no andar abaixo indicou que ela já havia saído.

– Precaução nunca é demais? Do que é que... – Mas Dorcas não acabou de falar, pois ela entendeu o significado do ‘precaução’. Os pacotinhos prateados que a mãe de Remus havia atirado neles, eram camisinhas. CAMISINHAS. Dorcas pôde sentir que corava até a raiz dos cabelos.

– Ah... – Remus tentou dizer alguma coisa, mas acabou não falando nada. A tensão entre os dois aumentou.

Dorcas pensou que talvez nunca mais conseguisse olhar para a casa da Srª. Lupin outra vez.

– Huh, é... É bem – Dorcas começou e Remus a encarou, deixando-a mais envergonhada ainda. – Ah, porque a gente não continua fazendo o trabalho?

– É! Você tem razão... Continuar o trabalho! – Remus exclamou e empurrou sutilmente os pacotinhos prateados com para debaixo da cama com os pés.

Dorcas puxou algumas folhas de exercícios para si e eles continuaram a trabalhar. Ou pelo menos estavam tentando. O silêncio entre eles era muito constrangedor.

Ela estava tentando fazer uma das questões, mas parou abruptamente quando percebeu que Remus a estava encarando. Ergueu os olhos e o encarou também. Era possível sentir a eletricidade no ar.

Dorcas tentou desviar os olhos para o livro novamente, mas o conteúdo era tão chato que ela voltou a olhar para o namorado. Ela não soube quando, nem como, mas os dois acabaram se beijando caindo por cima da cama de Remus. Ela podia sentir as mãos dele passearem por dentro de sua blusa enquanto as dela tentavam desfazer os botões da camisa dele.

Era impressão de Dorcas ou estava realmente quente naquele quarto?

Eles dois continuaram aos amassos até que a camisa de Remus voou em direção ao chão. Os dois pareceram acordar do torpor ao vê-la. Separaram-se, ofegante, e se encararam.

– Eu preciso dizer uma coisa – os dois disseram ao mesmo tempo.

– Você primeiro – os dois disseram juntos novamente.

Eles riram com a conversa e Dorcas sentiu um pouco da tensão se dissuadir. Mas ela não podia evitar se sentir nervosa também.

– Eu falo – Dorcas disse e sentou na cama, se desenroscando do corpo de Remus e encarando a janela. – Ah, o negócio é que... Bem, sabe, eu nunca... Huh – Dorcas passou as mãos pelos cabelos. – Eu nunca fiz.

Por um momento, Remus pareceu ficar estático no seu lugar, até que arregalou os olhos e sorriu. Um sorriso meio tímido.

– Uau, é sério? – ele perguntou.

Dorcas concordou com a cabeça.

– Agora é a sua vez – ela disse, indicando que ele também queria dizer alguma coisa antes de ela falar.

Remus ficou tão corado quanto a Lily era capaz.

– Ah, bem... – ele limpou a garganta. – Eu também... Sabe? Nunca... – e parou de falar, olhando para Dorcas para ver sua reação.

Dorcas ficou estática também, sem saber o que dizer. Remus era... VIRGEM? Como isso era possível? Ele era um Maroto, amigo de Sirius e James. Tudo bem que ele não saia com nem um terço da quantidade de garotas que os dois saiam, mas mesmo assim...

– Ah... – Dorcas começou a falar, mas ainda não sabia o que dizer.

Remus encarou-a por mais algum tempo, até que pareceu ficar envergonhado e levantou-se da cama catando sua blusa do chão.

– Eu acho melhor a gente terminar o trabalho outro dia – Remus disse, encarando os papéis em cima da mesa.

Merda. Ela se sentiu uma idiota. O garoto ali, falando um segredo dele para ela e Dorcas nem sequer esboça uma reação.

– Não... Quer dizer, espera, eu... – Dorcas pegou na mão de Remus e o puxou para a cama, fazendo-o sentar-se ao seu lado. – É sério?

– Sim - disse ele.

Dorcas sorriu para ele e Remus pareceu ficar confuso.

– O que...? – ele começou a falar, mas Dorcas o impediu de continuar, beijando-o.

O calor entre eles voltou com força total. Cada toque entre eles, cada beijo, cada caricia, parecia levá-los para um lugar mais distante.

A camisa de Dorcas voou para junto da de Remus. Ele interrompeu um beijo e a olhou nos olhos.

– Tem certeza? – ele perguntou carinhosamente.

– Sim... Eu quero que seja com você, Remus – disse ela, sorrindo para ele.

E foi assim, a noite mais perfeita da vida de Dorcas. Até que a mãe de Remus era bem legal...



James Potter

James estava atirado em cima da sua cama, enquanto olhava para as paredes em um completo tédio. Havia ligado para Sirius, mas este estava com Lene. Ligou para Remus, mas o celular dele só caia na caixa postal. Sem falar nas mais de seiscentas ligações que havia feito para Lily. E que ela não atendeu.

James sabia que merecia uns bons tapas pelo que havia feito, por mais que ele já houvesse desistido do plano quando Lily descobriu. Mas será que ela não podia perdoá-lo? Era tão difícil de acreditar que ele gostava de verdade dela?

O que mais poderia fazer? Ela nem o celular atendia.

James levantou da cama e foi até o banheiro para atirar uma água no rosto. Iria até a casa de Lily e falaria com ela. Faria perceber que ele realmente gostava dela.

Ele foi caminhando rápido pelas ruas, em direção à casa de Lily. Assim que chegou lá tocou a campainha da porta e a sensação de nervosismo tomou seu corpo. Sensação que foi substituída pela de horror quando uma garota que mais parecia um cavalo abriu a porta.

– Quem é você? – perguntou rudemente a garota.

– James Potter – James respondeu. – A Lily está?

Ela levantou as sobrancelhas.

– Não, ela não está. Saiu com o Harry. Quer deixar recado? – perguntou com voz de tédio.

– Não, tudo bem - disse ele saindo dali.

Um sentimento, que ele reconheceu como ciúme o tomou.

Como assim saiu com o Harry? Quem era Harry? E como Lily poderia sair com outro cara quando eles mal haviam terminado o relacionamento.

James sentiu uma imensa vontade de bater nesse cara até todos os ossos do corpo dele virarem pó.

E depois Lily falava que ele era o galinha. James passou as mãos pelo cabelo e seguiu pela rua. Estava quase virando a esquina quando alguém o chamou.

– James?

James virou-se e se deparou com Lily e o seu cachorro. Como era o nome do bicho mesmo? Rony? Hagrid? James sempre esquecia.

Lily o encarava com uma das sobrancelhas erguidas e uma expressão de stress no rosto. Talvez o encontro não tenha dado certo. Talvez esse Harry fosse um cara tão idiota que ela fugiu do encontro. Seria bem feito se isso houvesse acontecido.

James sorriu maliciosamente. E talvez Lily o tenha achado estranho porque perguntou:

– Você está bem? – ela se aproximou alguns passos na direção dele.

Não demonstre ciúmes James, não demonstre. Sua mente mandava mensagens de aviso. Mas James não conseguiu se conter.

– Quem é Harry? - perguntou ele irritado, se aproximando de Lily também.

– Quê? - perguntou ela confusa.

– Eu... Perguntei... Quem... É... Harry - disse ele furioso.

Lily o encarou por alguns momentos antes de dar um sorriso de escárnio.

– É o meu namorado.

James pôde sentir seu rosto desmoronar. Ele não podia acreditar que Lily fosse capaz de uma coisa dessas. Como... Como ela podia ter um novo namorado? Como?

– COMO ASSIM NAMORADO? - perguntou ele se descontrolando. Lily pareceu achar extremamente engraçado a cena, pois começou a rir. – E PORQUE VOCÊ ESTÁ RINDO?

Lily tinha as duas mãos na barriga e ria histericamente enquanto seu cachorro encarava-a com receio.

– Você... Não... Sabe... Quem é... Harry? - perguntou ela segurando a barriga.

James estava tão furioso que não conseguiu proferir palavras. Apenas fez que não com a cabeça.

Lily respirou fundo antes de responder.

– É o meu cachorro, dã! - disse ela, caindo na gargalhada novamente.

James fez uma careta. Então esse era o nome do cachorro? Podia jurar que era Rony... Ou Hagrid.

– Ah - disse ele, enquanto ela se recuperava do ataque histérico.

– O que é que você está fazendo aqui, James? – Lily perguntou, conseguindo ficar séria novamente.

– Eu vim falar com você - respondeu ele, não podendo deixar de se sentir mais leve com a descoberta do cachorro.

– Eu não quero falar com você – respondeu secamente Lily, abrindo os portões da casa.

James pegou-a pelo pulso.

– Por favor - pediu ele. – Eu realmente quero falar com você.

Lily pareceu avaliá-lo por algum tempo, até que concordou com a cabeça.

– Tudo bem, mas hoje não - respondeu ela entrando e segurando o portão. - Ainda tenho que acabar meu trabalho de biologia.

– Tudo bem. Amanhã depois da escola então - disse ele.

– Okay – ela disse e deu as costas para ele, levando o cão para dentro.

– Boa noite Lily - disse ele.

Ela se virou e o encarou por alguns segundos.

– Boa noite Potter - disse ela entrando.


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Notas finais do capítulo

[AINDA NÃO ESTÁ BETADO - PERDOEM-ME PELOS ERROS]
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James bêbado é tão fofo geeeeeeente *-*
E esses dois são uns idiotas! Dá vontade de dizer "FIQUEM LOGO JUNTOS, SEUS BESTAS", mas, aparentemente, como 99,9% dos seres humanos, eles gostam de complicar as coisas... Anyway.
Espero que tenham gostado meus amores!
Beijooos sabor James Potter