Mangá escrita por Hyuuga Bia


Capítulo 6
Capítulo 6




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Naruto abriu e fechou os olhos várias vezes esperando que eles, de fato, tomassem foco do lugar onde estava; ainda sonolento ele girou o corpo sobre a cama onde estava e com o movimento ele caiu; soltou um palavrão que com certeza faria com que Kushina lavasse sua boca com um ótimo sabão, antes de levantar-se e se arrumar.

  

Olhou para o cômodo onde estava; passou tanto tempo conversando com o pai na noite anterior; que ontem quando entrou no quarto, estava com tanto sono que nem prestou atenção no lugar onde ia dormir. Agora, mais ou menos acordado, ele pôde ver com um pouco mais de clareza; o quarto -assim como os outros cômodos da casa- era muito limpo; as paredes pintadas em tons que alternavam de branco e um amarelo vibrante davam mais vivacidade ao aposento; foi até a grande janela a abrindo logo em seguida, o sol que já estava suficientemente forte àquela hora da manhã, o banhou com seus raios e iluminou quase todo o cômodo. Naruto sorriu e inspirou a brisa que soprava por ali, e por um instante todos os problemas que ele tinha desapareceram, era como se o dia anunciasse que esse seria melhor que os dias passados e que o loiro Uzumaki estava mais do que convidado a participar daquele dia.

  

Deu as costas à janela e encostou-se nela de forma que seus cotovelos se apoiassem no peitoril; olhou para o quarto com mais atenção, ele não era muito mobiliado, porém, era convidativo; o criado mudo de madeira em um tom de marfim ao lado esquerdo da cama; a cama simples de solteiro com grades de ferro e a pequena cômoda também em madeira de cor marfim, acentuavam o aspecto simples.

  

-Naruto? -Em frente a porta Minato encarava o filho que mantinha o olhar vago- o café da manhã está pronto, vamos lá?

  

Minato sorriu convidativo, Naruto apenas acenou com a cabeça e seguiu o pai até a cozinha.

  

Podia ser a coisa mais simples para qualquer outra pessoa no mundo, podia ser até chato para algumas, mas na opinião do Uzumaki, não poderia haver algo melhor do que tomar um café da manhã com o seu pai. Sem estar naquela solidão de sempre, comendo o lámen religiosamente, todas as manhãs. Não que ele estivesse menosprezando seu lámen amado, longe disso, mas estar com seu pai junto à mesa, superava o gosto saboroso de qualquer lámen do mundo!

  

Minato seguiu ansioso até o fogão onde havia uma frigideira e lá várias panquecas com recheios variados, de queijo, de queijo e...de queijo. Mas os queijos eram diferentes! Queijo prato, mussarela e queijo de fazenda, daqueles em que você se sente na própria, quando come.

  

Quando ouviu isso, Naruto riu levemente; olhou para a panqueca agora em seu prato; a escolhida pelo loiro mais novo foi a de queijo prato, Minato ficou com a de ricota.

-Espero que esteja boa -Minato murmurou; aquilo era praticamente uma súplica a ninguém em especial- se eu for tão bom cozinheiro quanto sua mãe fala, nós morreremos de fome.

Os dois riram suavemente antes abocanharem seu café da manhã.

E não é que Kushina estava certa???

-Aqui é o seu quarto, Kyoko-san -Shizune informou enquanto abria a porta de um quarto enorme, Kyoko espichou os olhos pelo cômodo curiosamente para depois voltar a olhar assistente da Hokage- já tem um banheiro com chuveiro e tudo o que você eventualmente irá precisar, um guarda-roupa universitário para que você coloque suas coisas -Shizune já estava lá dentro enquanto falava, foi até o criado mudo ao lado da cama mostrando um pequeno objeto cor de cobre, pegando-o com os dedos finos- e aqui está um sino que você pode chacoalhar quando precisar de alguma coisa -Shizune chacoalhou o objeto dando ênfase ao que falava e rapidamente parou; nunca tinha percebido o quão irritante era o barulho que soava daquilo; Kyoko teve o mesmo pensamento- imediatamente a empregada que estiver de plantão irá lhe atender.

  

-A Hokage tem até empregada e ainda assim arrogante daquela forma?

  

-Tsunade-sama não é arrogante, Kyoko-san. Ela é apenas um pouco impaciente.

  

Kyoko deu de ombros.

-Então arrogante para mim, é a mesma coisa que impaciente para você -Kyoko sorriu- eu já estou bem querida, não precisa mais se preocupar comigo.

Shizune acenou afirmativamente antes de se afastar; ao fechar a porta do quarto encostou-se na mesma, imaginando se sobreviveria a presença dessa senhora e de sua mestra por vinte dias, no mesmo local.

- Minato, eu não acredito nisso. -Tomoe falou com as mãos na cintura, ao lado dela Naruto resmungava algo como ‘ai minha barriga, minha barriguinha’ enquanto massageava o lugar em questão- você deixou que o Naruto-kun comesse queijo estragado!

- Tomoe, eu juro que não imaginava que ele estava estragado -Minato coçou a nuca; embaraçado; lançou um olhar de desculpas ao filho, que nem percebeu- só tem três meses que eu comprei ele.

Tomoe arqueou as duas sobrancelhas em pura incredulidade.

 -E você acha isso pouco? Acaso você estava esperando que o queijo voltasse a ser uma vaca?

  

-Tomoe! -Minato falou meio indignado; eram poucas as vezes que a Hyuuga sempre tão doce lhe dava broncas como aquelas, e aquilo era realmente embaraçoso.

  

-D-desculpe, Minato -por um momento, Tomoe voltou a ser a mulher tímida- mas é que não dá para não se indignar vendo o menino nesse estado -a Hyuuga olhou para Naruto que não estava com uma aparência nada boa- vou levar o Naruto-kun até o hospital, e você por gentileza tome um bom remédio para o estômago, antes que o seu comece a reclamar também.

  

Tomoe fez uma breve reverência antes de sair, passou o braço de Naruto em volta de seu pescoço e rumou para fora da sala Hokage.

Kyoko passeava pelas ruas de Konoha, alheia aos olhares curiosos que lhe lançavam e até alguns que mesclavam mágoa e um pouquinho de raiva de alguns ninjas da vila, por saberem que aquela senhora tinha sumido com o ninja que mais fazia falta ali.

  

Ninguém sabia dizer ao certo, se aquela mulher era boa ou má, mas eles acreditavam cegamente no fato de que ela traria Naruto em vinte dias, porque se eles não acreditassem... bem, era melhor nem pensar.

  

Ela caminhou mais um pouco até o portão do distrito Hyuuga onde em sua frente havia uma bela jovem, de longos cabelos preto azulados, com quem Kyoko sabia precisar ter uma boa conversa, explicativa.

-Hinata-sama? -Kyoko chamou apenas quando viu Hinata dispensar o Hyuuga com quem estava falando, ao receber a atenção da morena, Kyoko fez uma breve reverência.-acho que preciso lhe esclarecer algumas coisas.

  

Hinata inspirou ar longamente e retribuiu com um sorriso doce, o sorriso que a senhora lhe lançava.

-Hey Tsunade-obaachan! -Naruto chamou a loira mais uma vez- tem certeza que isso tudo é mesmo necessário? -falava enquanto segurava desajeitadamente, uma caixinha com vários remédios- eu só tive uma dor de barriga, não to morrendo dattebayo.

  

Tsunade ergueu uma sobrancelha, uma veia saltava de sua testa.

-Se me chamar de obaa-chan de novo moleque, eu juro que corto a sua língua de um jeito que remédio e nem tratamento nenhum resolva!

  

Tomoe e Naruto se entreolharam espantados.

-Tomoe faça um favor para mim? -Tsunade sorriu falsamente ao perceber que a morena lhe olhava, ainda receosa- SUMA COM ESSE MOLEQUE DAQUI E NUNCA MAIS O TRAGA DE VOLTA!

  

Antes mesmo que Tsunade ordenasse; Tomoe já puxava Naruto pelo braço.

  

-Obrigada pelos remédios baa-chan! -Tsunade ainda ouviu Naruto gritar e por muito pouco o vaso de flor que a loira havia arremessado não bateu contra a cabeça do loiro Uzumaki.

  

-Aquele moleque era atrevido e resmungão, assim como uma certa ruiva que a princesa das lesmas conhecia...

Depois de conversar com aquela senhora os ânimos de Hinata acalmaram-se, é verdade; mas não podia conter a preocupação que sentia acerca dos sentimentos de Naruto. E se ele resolvesse ficar lá? E se ele ficou tão apegado aos pais que não quisesse voltar para essa Konoha, onde estava sozinho? Ela sabia que se Naruto imaginasse que ela estava pensando esse tipo de coisa, ele faria um discurso digno de um pai que repreende o filho por uma traquinagem feita, e ao final do discurso diria que ele não seria burro de ficar longe dela, porque eles demoraram a se juntar, mas agora juntos ele nunca permitiria que ela se afastasse dele por nada nesse mundo.

  

Mas ele não se afastaria, nem pra ficar perto dos pais dele?

Naruto estava sentado a um banco de uma pracinha, comendo um pacote de batatas fritas que claro que Tomoe -que o mandou ir para casa e ficar de repouso por pelo menos aquele dia- nunca saberia que ele comeu. Estava concentrado em mastigar as batatas onduladas e sentir o gosto tão bom que elas tinham que nem percebeu um trio logo frente; os dois meninos que compunham o trio pareciam estar brigando e a menina entre eles desesperada. Naruto lembrou-se de quando ele e Sasuke brigavam e -com um soco- imediatamente Sakura os mandava pra muito longe um do outro. Não faltava muito para que aquela menina fizesse o mesmo.

  

-Hey! Companheiros de equipe não devem brigar entre si’ttebayo! -Naruto falou percebendo que ambos eram ninjas e se estavam em trio, deveriam ser da mesma equipe.

  

-Ah, cala boca que a briga não chegou no chiqueiro! -O garoto de cabelos pretos falou, sem olhar para o Naruto.

  

O loiro ergueu as duas sobrancelhas, indignado; foi até o trio, determinado a separar aquela briga no mesmo instante; ao perceber que Naruto se aproximava, os garotos já quase se engalfinhando, afastaram-se sem parar de discutir; o que fez com que o loiro Uzumaki percebesse que aqueles meninos eram bons.

  

-Vamos ver se vocês fogem agora dattebayo.

  

Naruto falou com um sorriso divertido antes de correr velozmente, tão rápido que os meninos quase não perceberam sua presena. Segundos depois, um dos meninos estava preso ao último galho de uma árvore muito alta e o outro, Naruto segurava firmemente pelo colarinho da camiseta.

  

Ao olhar com mais atenção para o menino que segurava, Naruto o soltou, em choque.

Aquela máscara, os cabelos platinados jogados para o lado, a única coisa diferente era a expressão de superioridade e o olhar atravessado que ele lhe lançava.

  

-Kaka-Kakashi-sensei? -Naruto perguntou, sem acreditar.

  

-Hokage-sama, você bebeu?

Ao ouvir aquilo, Óbito saltou da árvore rapidamente, pensando em fugir o mais rápido possível, e Rin se aproximou suspirando mais calma.

  

Naruto passou as mãos pelo comprimento do rosto, pesadamente, fazendo com que o esticasse, Óbito não pôde deixar de rir.

  

-Eu não sou o Hokage, ele é meu pai dat-te-ba-yo.

  

-Qual é sensei? Hoje é o dia da mentira, e você inventou de fazer esse henge ridículo pra brincar com a gente???

  

Naruto encarou Óbito intrigado, o Uchiha apenas sustentava o olhar segurando-se para no rir da cara estranha que ‘Minato’ fazia.

  

-Quem é você? -Naruto perguntou, aproximando-se do Uchiha.

Óbito bufou, ele e Kakashi entreolharam-se.

  

-Sensei eu já disse que beber todas depois de ter brigado com a ruiva louca não vai adiantar nada! Que exemplo é o que você está dando para os seus alunos? - Óbito repreendeu Naruto e naquele momento, realizou o sonho de sua vida- AIII!

O moreno de roupas laranja gritou ao receber um soco de Rin, que o levou para longe.

-BAKA! Lógico que esse não é o sensei, perceba o chackra dele! -Rin exclamou irritada.

  

Era grande e realmente forte, foi o que Kakashi concluiu. Mas o jutsu que apelidou o seu sensei, aquele cara executou de igual forma!

  

-Prova. -Kakashi desafiou o loiro Uzumaki, que nesse momento lançava um olhar agradecido à Rin.

  

Naruto rolou os olhos, antes de executar um jutsu que com certeza seu pai não iria fazer nunca.

-Oiroke no jutsu!

Naruto bradou logo em seguida transformando-se em uma loira monumental, quase nua.

Kakashi e Óbito mesmo que um pouco corados não conseguiram desviar os olhos do jutsu que Naruto havia feito e nem sequer ouviam os berros proferidos por Rin.

  

-Alguém pode me explicar que pouca vergonha é essa?

  

Os meninos mais novos congelaram ao ouvir aquela voz tão conhecida e temida. Naruto virou o rosto lentamente para olhar a dona da voz, tentando ignorar o ímpeto de correr pra muito longe dali; talvez ele não devesse ter ignorado o ímpeto, concluiu, ao ver Kushina e a aura assassina que ela emanava.


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Notas finais do capítulo

Corrijam-me se estiver errada, mas Oiroke no jutsu = Jutsu Sexy!