Queria fazer tudo sem contar a ele, porque sabia que no fim ele ia fazer isso mais complicado do que já era.

Depois de duas noites de trabalho sem descanso o time Sara foi liberada para ir para casa.

Ela não gostou muito de ter sido a primeira, sabia que era por causa da gravidez.

Depois de 4 semanas de investigações: Ellie estava trabalhando em abortos para grávidas com fetos deformados.

Uma moça procurou por ela, Ellie aconselhou o aborto.

Por ser o melhor para a saúde dela, mas o pai dela não concordou com isso. E nem ela parecia concordar.

A moça teve seu filho abortado no final das contas.

A operação era em uma clínica legalizada, mas teve complicações assim mesmo e a moça morreu de hemorragia na mesa de cirurgia.

O pai culpando a médica, entrou para um grupo radical contra abortos...

Nesse grupo um fanático ouviu a história e decidiu matar a médica e destruir os arquivos da lista de espera para abortos.

Sempre colocava sua saúde em primeiro lugar. Por isso pagava os médicos mais caros e as roupas mais baratas.

Sara foi para casa pensando na moça. Tão nova...

Sem trabalho, somente com o pai de família para criar uma criança que nasceria deformada e que tinha 99% de chances de matá-la no parto.

E ainda assim estava em dúvida sobre o aborto. 

Ela desde que tinha descoberto da gravidez não teve dúvidas do que fazer.

Era duro, mas sabia que ela não podia criar uma criança.

Pensava que tinha as piores condições no mundo e aquele caso mostrou quanta gente estava pior do que ela.

Perdida em seus pensamentos quase perdeu a campainha tocando.

Ela atendeu ainda lendo o relatório do caso, na página da história da moça que morreu na mesa de operações.