Depois de levar uma surra de Sasuke, Naruto ainda no vestiário masculino, parecia que não tinha aprendido a lição, pois mesmo muito machucado, queria ir atrás de Sasuke, para ‘acertar as contas’, mas ao botar os pés para fora do vestiário, ele vê sua amada no final do corredor, ela vinha á direção dele.

NARUTO – Eu preciso conversar com você, Sakura e...

SAKURA – Precisamos conversar mesmo! Que história foi essa de desafiar o Sasuke?

NARUTO – Aquele idiota foi logo falar com você sobre o que houve!

SAKURA – Eu o encontrei no meio do caminho com a manga da camisa rasgada e contou também que você o atacou. (ela observa os vários machucados dele) – E vejo que se deu mal.

NARUTO – Foram só alguns golpes de sortes.

SAKURA – Claro que foram! (ela da um leve sorriso no canto dos lábios) – Agora me deixe cuidar desses machucados.

Sakura pegou na mão de Naruto e o guiou até a enfermaria, que estava fechada naquele momento, mas Sakura tinha a chave, pois estava tendo aulas de primeiros socorros e por isso tinha acesso ao local, assim ela começou a cuidar dos ferimentos do amigo.

SAKURA – Mas você é um cabeça-dura mesmo! Como pode desafiar Sasuke? E por quê?

NARUTO – Por você!

SAKURA – O que?! (ela para de cuidar dele) – Por mim?

NARUTO – Sakura. (ele segura a mão dela) – Eu te amo! Sempre te amei, desde que nos conhecemos.

SAKURA – Mas Naruto, eu...

NARUTO – Eu sei que você gosta de mim também! Eu vejo o modo como me trata! Eu tinha que dizer que te amo! Você tinha que ter conhecimento desse sentimento para não cometer a loucura de sair com esse Sasuke e...

SAKURA – Naruto. (ela faz com que ele solte a mão dela) – Escute-me com atenção. (ela se senta do lado dele) – Eu sempre soube dos seus sentimentos por mim.

NARUTO – Você sempre soube?

SAKURA – Sim!

NARUTO – Saiba que nunca confessei por medo, mas hoje decidi criar a coragem, a mesma coragem que me fez desafiar Sasuke.

SAKURA – Por que desafiou Sasuke?

NARUTO – Eu soube, pela Ino, de que você estava gostando dele.

SAKURA – Sim! Estou gostando muito do Sasuke e...

NARUTO – Mas por que ele?

SAKURA – Ora eu sei lá, Naruto! Química, acho eu! Ele me faz sentir segura, protegida.

NARUTO – Eu também posso te fazer sentir segura e protegida! Eu posso me tornar um cara mais atlético, mais esperto! Se quiser namorar um cara assim, eu me transformo em um! Faço o que você quiser, Sakura! Se for minha namorada, saiba que nunca a trairei, nunca a magoarei, você sempre será a minha ‘número um’.

SAKURA – Sei disso, Naruto e fico lisonjeada com seus sentimentos, mas acontece que gosto de você como...

NARUTO – Por favor, Sakura! Não fale como irmão, pois se for isso prefiro me matar.

SAKURA – Eu ia dizer como amigo. (ela se levanta) – Eu sinto muito! Amizade é tudo o que posso oferecer.

NARUTO – Mas Sakura...

SAKURA – Entenda Naruto! Eu e você nunca seremos um casal.

Sakura olha com um pouco de piedade para Naruto, aquilo era humilhante para o loiro, mas a falta de amor próprio era maior do que a humilhação.

NARUTO – Sakura espere! (ele impede a saída dela da enfermaria)

SAKURA – Já chega, Naruto! Vamos nos atrasar para a aula.

NARUTO – Não a deixarei ir sem que me prometa pensar na minha proposta.

SAKURA – Não há no que pensar, Naruto! Será que terei que soletrar? (ela o encara) – Eu não te amo! Não pode me obrigar a amá-lo.

NARUTO – Eu sei que o Sasuke é de uma classe social superior a minha, mas posso arranjar um trabalho e assim comprar presentes para você e...

Naruto não consegue terminar á frase devido á um tapa desferido por Sakura, a jovem de cabelos róseos ficou muito furiosa com aquele comentário esdrúxulo do loiro.

SAKURA – Se você acha que quero namorar o Sasuke em vez de você pela posição social de cada um, realmente, Naruto, você não me conhece.

NARUTO – Sakura. (com a mão no local atingido do rosto)

SAKURA – Se minha amizade não é suficiente para você, melhor não nos vermos mais. (ela vai até a porta da enfermaria, mas olha para Naruto antes de sair) – Vê se cresce, Naruto!

Depois de dizer aquilo, Sakura sai da enfermaria, deixando Naruto completamente humilhado, finalmente ele percebeu o quanto tinha sido tolo e infantil, dedicando todo aquele amor á alguém que não o amava.

Próximo capítulo = Depressão