Diário de Um Cupido Revoltado escrita por Brasi Blue


Capítulo 15
Dia 6 - parte 2: Sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Adivinha quem voltou! xD



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  Lembram da parte em que eu ia escrever sobre o que eu ia falar da Claris? Pois bem, acontece que a p%$# folha acabou e portanto não pude escrever. Quando eu fui escrever na outra página, a minha lapiseira acabou o grafite. Eu não tinha mais grafites pra colocar então eu tive que caminhar com o meu irmão até comprar. (uhuuuuu) Vamos continuar essa história porque o pessoal tá se matando pra saber umas histórias!


  "Que segredo é esse Eros? Você quer..."


  "Não, não... Eu não quero terminar com ela. Mas eu acredito que ela já tem muitos problemas na família dela. E depois que a gente começou a namorar, eu não sei dizer ao certo se ela está realmente feliz. Eu acertei... Digo..." - quase ia me revelando... _ _" - "O cupido nos deixou apaixonados um pelo outro."


  "E você acha que mesmo apaixonados, ela não está totalmente feliz."


  "É! Mas infelizmente eu não sei dizer o que é. Se sou eu o problema... Eu terei que conversar com ela. E eu também tenho que ajudar a minha professora. Um cara chamado Cedric..." - vulgo Cleph, o medíocre - "Está namorando com ela, eu não sei. Depois que eles se apaixonaram, ela virou um cão! Todos os meus colegas de sala comentam que ela não é mais aquela figura atrapalhada, tímida e sorridente de antes. Ela ficou assutadora, séria e só tem olhos pra aquele... Aquele... Filho da p%¨&!"


  "Puxa... Esse cara ele é... Tão mau assim ao ponto de roubar a felicidade das pessoas e fazê-las amarem somente ele?"


  "É né... Quem ama ele só recebe uma coisa em troca: depressão."


  "Então ele é mau amado! Se ele faz isso é porque ele nunca foi amado na vida!" - será?


  "Deve ser. Valeu pela conversa, Sumire. Agora eu posso andar pela sua casa sem medo."


  "Você não precisava ter medo de mim." - risos


  Depois daquela conversa meu medo se foi. CARACAS! Eu tinha que me arrumar para a escola! Eu estaria frito se eu não me arrumasse cedo. Peguei minhas roupas e tomei meu café da manhã no caminho pra escola, porque nao deu tempo. A minha conversa estava muito boa que eu acabei perdendo o meu tempo. A gente foi pra escola a pé mesmo. Depois, cada um foi para o seu canto, ou melhor, pra sua escola. Eu estava nos corredores e olha quem eu vi...


  "Eros!"


  "JÁ VOLTOU!?"


  "Ué, eu não iria ficar em Oslo o ano inteiro. Eu só passei um tempo lá pra ver meu irmão. Ele também veio e dará umas aulas pra gente."


  "Aulas de que?" - o curioso


  "Aulas de geografia. Ele AMA isso... E eu detesto!"


  "Bem, melhor irmos para a sala e não nos atrasarmos. Afinal das contas, estamos terminando o ano né?"


  "É..."


  Nós demos as mãos e fomos para a sala. A Calypso estava lá no corredor conversando com o Greg e com o Meph. Ela estava muito feliz e bem melhor depois do dia em que eu lancei a flecha nela. Primeira aula? Física! Como é que eu não iria me esquecer daquele professor maluco que me apontou uma régua na cara? Até hoje eu lembro daquele dia e até hoje eu tenho medo daquela régua. Nós sentamos nos nossos lugares e ficamos escutando a aula. Ele passou uns exercícios com a gente e depois corrigiu. Naquele dia (raro! mas graças por esse dia!) ele estava de bom humor. Bem... Tudo estava indo bem quando...


  "Semana que vem começam as provas de vocês."


  "O que!?" - a sala inteira ficou chocada. Eu paralizei!


  "Eu entregarei o calendário com os conteúdos das provas. Quem tirar abaixo da média, terá de refazer a prova. Estamos todos entendidos?"


  "Sim..." - Aquele dia estava bom demais para ser verdade... ¬¬'


  Terminou a primeira aula, agora iríamos para a segunda aula... Era a aula de Ed. Física. Bem, na minha escola, pelo menos aonde eu sei, a gente troca de roupa pra essa aula. Não sei como são as garotas no vestiario feminino (não em termos físicos, e sim psicológicos), mas todos os garotos da minha sala são um bando de loucos! Se eu contasse cada coisa que acontece quando a gente está trocando de roupa, eu não conseguiria contar nem mesmo um terço! Seria baixaria demais! Bem, eu estava trocando a minha blusa e derepente eu senti uma espécie de tapa nas minha nádegas.


  "Ai! Quem fez isso?" - coisa de garoto, pegar uma toalha e bater na bunda do outro


  "Hey, Eros! Pega a toalha!" - disse o Jonas, um dos malucos da sala. Ele é meio "vagaba" mas... COMO É QUE ELE CONSEGUE TIRAR NOTAS TÃO ALTAS!!??


  "Eu não! Eu não vou entrar nessa brincadeira. Eu não quero chegar..." - ele me interrompeu de novo com uma "toalhada". - "GRRRRR!" - aí eu apelei. Peguei uma das minhas toalhas e fiquei batendo no pessoal, na verdade, todo mundo ficou se batendo até ficar vermelho de tanta marca... Mas toda brincadeira tem sua  hora.


  "Garotos! Chega de brincadeiras! Quero todo mundo na quadra agora!" - era o nosso professor, o Sr. Marcelo. Ele era gente boa, mas tinha umas horas que ele ficava muito chato.


  Todo mundo parou e começou a trocar de roupa. Saímos do vestiário e fomos para a quadra. As meninas tinham aula na piscina hoje, então... Os meninos provavelmente teriam escondido suas câmeras e celulares só pra tirar umas fotos. Se eu soubesse que algum deles iria tirar fotos da minha namorada, eu ia ficar louco! As duas turmas, o 3º Ano A e o B fazem aula juntos, logo o Greg e o Meph estariam juntos comigo. Eu já tenho um pouco de medo dos dois, na Ed. Física então...


  "Eros. Tá preparado pra aula?"


  "Mais ou menos, Greg. E a Calypso, tá legal?"


  "Ela está sim. Ela disse que depois daquele dia coisas boas aconteceram com ela. Acredita que a vontade dela de beber acabou?"


  "Jura? E isso pra ela é bom?"


  "É excelente! A família dela está muito feliz."


  Nós começamos a nos aquecer. Correr de um lado, correr pro outro, estica a perna dali, estica a perna acolá... Quem nunca ficou cansado depois de um aquecimento desse? Nosso jogo iria ser de Handbol. Não sou o melhor nisso, mas gosto de jogar.


  "Separem os times. Quero quarto equipes e cada uma deve ter pelo menos dois reservas."


  "Greg, posso entrar no seu time?"


  "Quem é meu amigo é sempre bem, vindo. Meph, tá junto?"


  "Claro!"


  Nós seríamos um dos primeiros times a jogar. Greg seria o goleiro, e eu seria o Central, enquanto o Meph era o pivô. Começamos o jogo e digo que não foi nada fácil. Nós estávamos realmente jogando pra valer e o meu time estava realmente forte. Eu sem querer deixei a bola passar e tive que correr mais um pouco pra conseguir recuperar. O resultado desse jogo foi 0x0, por que ambos os times estavam muito bons e muito fortes. Eu me sentei no lado do banco (não havia mais espaço). Peguei minha garrafa d'água e joguei na minha cabeça. Eu estava mais com calor do que com sede. Depois eu tomei um pouco dela. Não agüentava a minha garganta seca. Olhei para o lado e vi as meninas nadando. A Claris seria a próxima a mergulhar.


  "Eros". - perguntou um dos meus colegas


  "Sim."


  "Você namora a Claris, certo?"


  "Sim."


  "Antes de você namorá-la, é verdade que você pegou a professora de Artes nos primeiros dias de aula, após o intervalo?"


  "Como é que é!?" - eu puxei a blusa dele na hora - "Quem te contou isso!?"


  "Calma! Eu só perguntei! Não bata em mim, por favor!" - eu percebi que foi só um pergunta, mas não sabia se tinha alguma intenção. Larguei a blusa e dele.


  "Pra que quer saber?"


  "Só por curiosidade. Eu sei que você tá namorando a garota problema da..." - eu olhei pra ele com uma cara de 'eu vou te matar' e ele parou. - "Desculpe. Eu sei que você está namorando a Claris, talz... Mas só pra saber mesmo. É verdade isso o que aconteceu?"


  "Tá, eu falo. Mas se contar pra alguém, eu mato você!" - na mesma hora, todos os garotos vieram pra cima de mim escutar. Êta, bando de fofoqueiros! - "Ahh... A gente caiu no chão e se beijou." - decidi ser curto e grosso.


  "Putz! Se beijaram pra valer?"


  "Sim. Ela até mesmo tinha aberto dois botões da blusa dela. Ela estava muito nervosa na hora."


  "Caracas! Eu não acredito que perdi isso. Você tirou foto?"


  "Não, eu estava totalmente preso."


  "Eita! A coisa estava boa!"


  "Aff..." - eu mereço mesmo...


  "Mas... Vocês se 'pegaram' mais um pouco?"


  "Como assim?"


  "Você é... Tiveram relação?"


  "Claro que não! Eu não vou fazer sexo com uma pessoa três vezes mais velha do que eu! Ainda mais, ela é minha professora! Eu respeito ela!" - nessa hora todo mundo calou. Só que eu pensei 'pronto! Eles devem me achar certinho demais'. Mas mesmo assim eu não liguei.


  "Dois times!" - o professor chamou.


  "Tenho que ir." - e la eu fui.


  O jogo começou, mas eu estava tão mal com aquela conversa que eu não conseguia jogar direito. Eu deixei passar duas vezes a bola. Minha cabeça estava em outro mundo mesmo! Eu pedi para um reserva entrar. Eu iria ao banheiro ver se liberava um pouco os meus pensamentos. O reserva entrou e eu saí da quadra. O pessoal achou estranho o meu estado. O que estava acontecendo realmente comigo, eu não sabia direito. Meus sentimentos inteiros estavam em conflito eu fiquei  um bom tempo no banheiro. Senti uma mão gelada no meu ombro. No início parecia bom (eu estava realmente quente), mas quando eu escutei aquela voz, SIM! AQUEEELA voz;


  "Você não deveria estar em campo, l'amour?*"


  "AAAHHH! Não era pra você estar na escola? Sua professora-amante deve estar recitando algums poemas ou quem sabe te desenhando nu apenas com o Coração Azul ."


  "Adoro quando você é irônico."


  "Adoro quando você é irônico..." - mostrei a língua - "Vai voltar pro seu canto! Eu já tenho problemas demais, e eu não estou na minha melhor hora!"


  "Pra início de conversa, hoje eu não tenho aula. Decidi ocupar o meu tempo fazendo o que eu faço de melhor."


  "Você quer brigar?"


  "...Não. Se for pra brigar, apenas entre palavras mesmo. Detesto ter que me machucar e... Arranhar esse seu rostinho pálido, menino birrento."


  "Birrento é sua velha!"


  "Toma cuidado com a sua língua! Eu posso ter sido criado pela mesma velha que te colocou no mundo, seu b$%¨! Eu adoraria falar mas... Quero ver a sua cara de desesperado. Quero ver você sofrer tudo isso e mais um pouco." - naquela hora o sinal tocou e eu perdi toda a minha aula. Eu precisava voltar ao vestiário.


  "Tenho que ir. Você... Vai voltar pra casa, vai. Complete a sua lista negra."


  "Vai me dizer que você não gosta da minha presença?" - gelei! mentira! xD


  "Eu odeio quando você está perto de mim." - na mesma hora ele me deu um abraço forte por trás. Eu fiquei surpreso e ao mesmo tempo... Constrangido. Eu fiquei totalmente sem reação.


  "Você acha que eu não adorei quando você recitou comigo o poema de Pablo Neruda? Eros, eu tenho uma confissão a fazer pra você. Eu deveria ter te contando isso no nosso primeiro encontro."


  "Guarde pra você! Me larga!"


  "Saiba que você é o irmão que eu sempre quis ter. Seu jeitinho estressado é o que torna diferente. Isso me deixa mais próximo de você."


  "Me larga! Eu jamais gostaria de ser o seu irmão! Você já tomou uma das pessoas que eu mais amo e a tornou em um saco de lixo cheio das suas porcarias! Vai te catar!" -  no mesmo instante ele me soltou. A face dele mudou. Os olhos cinzentos ficaram vidrados na minha expressão de raiva.


  "Eros... É impressão minha... Ou você está com ciúmes?"


  "Ciúmes de que seu abestado?"


  "Como assim de que? Da sua professora! Quem mais!?" - eu gelei na hora! - "Ou você está com ciúmes de mim e eu não estou sabendo disso?"


  Eu saí sem dar resposta. Fui em direção ao vestiário. De uma coisa eu tinha certeza, os garotos ainda estariam lá. Faltava pouco para a tolerância de entrada da próxima aula acabar, então eu teria que tomar a ducha correndo. Eu não queria perder aula. Peguei minhas coisas, e tomei muito rápido. Eu não tinha mais tempo para brincadeiras. Vesti minha calça, calcei os meus sapatos e terminei de me arrumar verstindo a minha blusa. Saí correndo. Menos de 1 minuto. Cheguei na sala mais morto do que na aula. Aquela frase dele ficou na minha cabeça: "...É impressão minha... Ou você está com ciúmes?". Se aquilo fosse verdade, eu adoraria que todos tacassem uma pedra em mim. Mesmo que eu não morresse, eu ficaria sofrend com as pedradas.


  "Eros, amado. Você está bem?"


  "Claris, eu adoraria dizer que sim... Eu estava pensando só."


  "Aconteceu alguma coisa?"


  "Nada demais... Apenas alguém querendo me importunar. Alguém chamado... Cedric."


  "Ah, eu sei. O namorado da professora de artes. O que vocês dois têm?"


  "Ele me odeia. Falo isso porque antes mesmo dele namorar a professora, a gente já se odiava."


  "Vocês dois são irmãos?"


  "Nem em sonho!" - será?


  "Não ligue para ele, tá? A aula vai começar."


  "Ok. Se concentra, tá?" - nos demos um beijo, um selinho na verdade.


  Era a aula de geografia. E quem iria dar a aula? Oras, o irmão da Claris, o Rael. Ele era alto, olhos e cabelos escuros. Um jeitão um pouco sério. Por enquanto eu não poderia dizer quem ele é mesmo, pois eu mal o conhecia. Se ele fosse chato, eu faria questão de dormir na aula dele. Mas... É impressão minha ou aquele cara havia trazido uma buzina para a aula?


  "Bom dia classe. Eu sou Rael Firenze e serei o professor de geografia de vocês por um tempo." - ele tinha um pouco de sotaque europeu. - "Eu falo estranho desse jeito porque eu vivi um longo tempo na Noruega. Portanto não estranhem. Bem, antes de dar a aula eu gostaria de conhecer um pouco mais da sala, vou fazendo a chamada e depois que dizer 'presente', 'eu', 'oi' falem do que vocês gostam, sua idade e... O que quiserem, ok?


  Ele começou a chamada. Eu fiquei esperado até chegar na letra "E". Acontece que haviam três pessoas com a letra "A", cinco com a letra "B", mais três com a letra "C", quatro com a letra "D" e... Sete pessoas com a letra "E". Yes, man! Sete pessoas com a letra "E". Esperei mais um pouco, e um pouco e mais um pouco e...


  "Eros Milo? Está presente?" - eu fiquei boiando e nem presetei atenção. Ele me chamou umas cinco vezes até que...


  "É o garoto do cabelo rosa com a raíz meio loira!"


  "Opa! Desculpe, eu estava viajando na minha cabeça."


  "Ótimo, ótimo... Vai dizer presente não, meu filho?"


  "Pre-pre-presente! Eu gosto da minha namorada e atirar flechas."


  "O que!?" - PM! Falei o que não devia!


  "Atirar flechas? Você pratica Arco e Flecha?"


  "... Pratico sim! Eu gosto muito." - *gota* como eu sou mentiroso...


  "Interessante."


  Ele continuou a chamada. Eu quase falei m$%& naquela hora. Se eu me revelasse, meus pais iriam me matar. Bem, ele dava aula bem e quando ninguém respondia ele apertava com vontade aquela buzina dos quintos dos infernos do Tártaro. Eu já estava ficando surdo de tanta buzina. A aula foi bem tranqüilona, normal, sem nenhuma novidade. Terminou a aula, ele pegou o mapa e saiu. A sala retornou ao conversatório. Eu fui pra perto da Claris e ficamos jogando conversa fora. Aproveitando que o professor não havia chegado, ela pegou o celular e ficamos tirando umas fotos. Eu pedi pra ela desenhar uma borboleta no meu caderno, igual as que ela faz quando está entediada.


  "Eros com borboletas no caderno? Estou achando esse meu namorado um pouco suspeito."


  "Eu não tenho nenhuma suspeita. Só porque eu tenho esse cabelo meio rosa, não quer dizer nada."


  "Eu sei que você não é suspeito. Se você estivesse escondendo alguma coisa de mim, eu teria certeza de que você me contaria."


  Infelizmente... Eu tenho inúmeros segredos. E muitos deles, eu ainda nem tinha contado pra ela. Isso era o que me marcava mais. O resto do dia eu vou contar nas próximas páginas. Será que eu nunca vou conseguir responder as perguntas dessa minha vida?


  See Ya!


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Notas finais do capítulo

*l'amour = amor.

Não preciso nem dizer né? Deixem suas opinões sobre essa novela louca! xD Ainda existe algumas "cositas más" para serem reveladas. Não! Eu não esqueci do outro ingrediente! Não me matem por causa disso!



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