Diário de Um Cupido Revoltado escrita por Brasi Blue


Capítulo 11
Dia 5 - parte 1: Os ingredientes pt.2


Notas iniciais do capítulo

Haverá alguns poemas que usei pra aula de artes. Os poemas citados pertencem aos seus respectivos autores (nomes em negrito).



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 Eu acordei com um sono do caramba! Meus olhos estavam inchados e meu cabelo arrepiado como uma peruca de palhaço. Eu fui indo em direção ao banheiro e decidi tomar um banho antes de ir para a aula. Meu irmão acordou um pouco depois com o som do chuveiro ligado. Eu acordei pensando na professora... E naquele chato que prefiro não mencionar o nome e tão pouco escrevê-lo. Por que ele me importuna? Por que ele nasceu e... Quem o criou?


  "Irmão! Suas roupas estão em cima da cama. Eu as coloquei pra você."


  "Obrigado!" - eu disse do chuveiro


  Eu preciso ainda arranjar os outros ingredientes pra poder fazer aquilo que será a peça chave do meu plano. O meu irmão também entra nessa e... Os meus amigos, porque sem eles o que eu faria? Terminei o meu banho e... E... Onde eu deixei a minha toalha... Ai droga! Esqueci de novo! Eu tive que pedir né? Fazer o que... Bem... Vesti as minhas roupas e desci pra tomar o meu café da manhã. Meu irmão iria se arrumar enquanto isso. Encontrei o meu pai bem agitado. Acho que ele estava feliz e a minha mãe, com a mesma expressão de sempre. Bem... Ela estava tomando o seu chá revitalizante. Aproveitando que ela estava lá eu decidi fazer algumas perguntas para ela. Eu tinha certeza que obteria algumas respostas.


  "Mãe!"


 "Sim" - ela pegou a xícara e terminou o chá.


  "Você me ajudaria em uma missão..."


  "Você está querendo a minha ajuda em alguma situação amorosa, filho?"


  "Sim! É... Lembra da..."


  "Está falando da professora Psiquê? Sim eu sei. Ela está namorando o aluno dela o Cedric."


  "..." - eu calei a minha boca - "Tá! É bem... Sabe que ela tá me odiando e que ela só ama aquele cara e mais ninguém certo? Pois bem. Eu preciso fazer com que ela volte ao normal e que se apaixone por algum humano."


  "E se ela não se apaixonar? O que acontecerá?"


  "Ela vai ficar uma pessoa deprimente, vai ganhar a síndrome do pânico e vai se isolar de toda a sociedade. O... 'Cedric' faz isso com as pessoas que se apaixonam por ele."


  "Parece que alguém andou lendo o manual da vida dos outros. Filho, preste bem atenção. Lembre-se de que vocês dois são parte de um mesmo."


  "Eu sei! Mas eu queria saber porque ele me importuna! E quem criou ele! Foi você?"


  "Eu não poderei responder essa pergunta. Terá de descobrir sozinho. Você sabe o que tem que fazer pra não perder a sua professora. Se o seu plano der certo, encontrará a resposta pra sua pergunta. Agora pegue as suas coisas e vá para a escola. Hoje será um dia difícil e o Anteros estudará na escola do lado da sua."


  "Jura! A escola para 'nerds'...."


  "Quem é nerd!?" - chegou o meu irmão. Eu olhei pra trás com uma cara de medo e levei uma chave de fenda do pescoço seguida de um cascudo. - "Se eu sou um nerd, você é uma garotinha de cabelo rosa...!"


  "Ai ai ai! Para de fazer isso na minha cabeçaaaa!!"


  "Meninos!" - meu pai chegando - "Escola agora, antes que eu faça os cascudos em vocês!"


  "Anteros... Corre!" - e corremos!


  Saímos como dois loucos e fomos até as escolas. Cheguei, entrei na sala, sentei no meu lugar e fiquei esperando o professor chegar. Cansado... Cansado... Puff... Dormi na cadeira. A primeira aula era de arte... Ai... A professora iria me matar. Mas... WHAT THE F%$&!? Ela não estava sozinha! Ela esta com aquele canalha, cafageste e ainda por cima... Estúpido! Sim era o infeliz do Cedri-cleph... ¬¬


  "Alunos, hoje nós teremos uma participação de um dos meus outros alunos. Ele estuda no período da tarde em outra escola minha e ele se ofereceu para me ajudar com as aulas. O nome dele é Cedric.


  "Seja bem vindo, Cedric." - a sala dizia enquanto eu dizia 'blá bla blá blá blá'.


  "Meus cumprimentos à turma. Bem, a obra que eu escolhi é de Rodin e se chama 'O Beijo'. Tema da nossa aula de hoje será sobre Rodin. Enquanto a professora Psiquê põe a matéria no quadro..." - safado... Tire essa sua mão de cima da mão dela! Ò_ó E não se atreva a beijá-la! (não to com ciúmes ¬¬) - "Eu irei recitar um poema de Pablo Neruda, chamada 'Saudade'. Quem conhecer poderá me acompanhar na página 76 do livro de arte literária."


  Eu fui copiando um pouco, mas do nada eu peguei o livro e decidi ver se conseguia acompanhar o tal do Cleph. Eu terminei antes dele começar e achei o primeiro verso da última estrofe interessante... Era a minha vez de dar aquela facada nele. Vamos ver se ele vai gostar ou irá me mandar para a sala do Coordenador.

Autora: essa parte do diálogo vai ficar um pouquinho diferente do que está acostumado a ler. Mas não se preocupe, voltaremos ao normal.

  Cleph: Saudade é solidão acompanhada,
               é quando o amor ainda não foi embora,
               mas o amado já...


              Saudade é amar um passado que ainda não passou,
              é recusar um presente que nos machuca,
              é não ver o futuro que nos convida...
              Saudade é sentir que existe o que não existe mais...


  Eros: [levanta da cadeira e pega o livro lendo em voz alta]
             Saudade é o inferno dos que perderam,
             é a dor dos que ficaram para trás,
             é o gosto de morte na boca dos que continuam...
             Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:


                  aquela que nunca amou.
              E esse é o maior dos sofrimentos:
              não ter por quem sentir saudades, passar pela vida e não viver.
              O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.

  Todos da sala ficaram nos olhando impressionados. Um duelo poético entre aquele que faz o amor para todos e aquele que cria o ódio para todos. Então, começamos um duelo com palavras, cada um de nós começamos a recitar trechos de escritores, todos tirados dos nossos livros. Era um duelo que todos ficaram quietos, usando até um gravador, uma filmadora, enfim... Não queriam perder nada!


  Cleph: "Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... [sorriso malicioso]
                Ou toca, ou não toca." ~ Clarice Lispector


  Eros: "Sou como você me vê,
             posso ser leve como uma brisa,
             ou forte como uma ventania,
             depende de quando,
             e como você me vê passar." ~ Clarice Lispector


  Cleph: "Quero apenas cinco coisas..
             Primeiro é o amor sem fim
             A segunda é ver o outono
             A terceira é o grave inverno
             Em quarto lugar o verão
             A quinta coisa são teus olhos  [se aproxima]
             Não quero dormir sem teus olhos.
             Não quero ser... sem que me olhes.
            Abro mão da primavera para que continues me olhando." ~ Pablo Neruda


  Eros: "E desde então, sou porque tu és [se afasta]
             E desde então és
             sou e somos...
             E por amor
             Serei... Serás...Seremos..." ~ Pablo Neruda


 "Está bem! Vamos parar com essa briga de poemas. Cedric, por favor, não quero que crie problemas para os meus alunos. O Eros, bem ele..."


  "Nós já nos conhecemos, minha amada. E acredito que ele tem um excelente dom poetico. Deveria fazer parte de alguma peça de teatro ou coisa parecida. Já pensou nisso, senhor Eros?" - esse cara adora me provocar... ¬¬


  "Eu adoraria fazer um romance, uma comédia como a de Dante¹ ou quem sabe uma tragédia grega. Mas no momento eu não tenho tempo para essas coisas. Eu quero viver a minha vidia e continuar fazendo aquilo que eu gosto, quer queira ou não."


  "Você é bem atrevido..." - ele sorri - "Se eu pudesse, te chamava para atuar comigo. O seu talento chamou a atenção de todos aqui. Não é atoa que é famoso... Principalmente por... Namorar a garota problema dessa sala."


  "Como?" - o agarrei pela blusa - "Ela não é um problema! Ela pode até possuir alguns problemas que eu não posso conhecer, mas Claris não é um problema! Dá para entender isso ou preciso escrever na sua cara?"


  "Podemos retornar à aula?"


  "M%$**" - me sentei e fiquei até a aula acabar.


  Aquele cara me irrita até dizer chega. Como a minha professora o agüenta? Saí da escola (eu não vou ficar contando a parte chata da minha aula né?) e decidi me encontrar com o Andrew e com o Kaito... Só que a hora em que eu dei o primeiro olhar para eles, eu fiz meu caminho todo de marcha ré e com a cara vermelha de sem graça. Voltei de novo mas fiquei apenas escutando os dois conversarem. Eu... Eu...Eu não queria atrapalhar! Deixei eles quietos no canto deles (espiar é feio, mas eu precisava descrever algumas coisas... *gota*).


  "Aula hoje quase me deixou com sono... Acredita que eu fiquei dormindo enquanto o professor dava a matéria?"


  "Mas... Andrew... Você pelo menos copiou a matéria. Não quero que você tire nota baixa. Caso contrário, nós teremos que tomar uma medida séria."


  "Kai... Não sou um aluno ruim... [acariciando a cabeça] Eu sou esperto. Mas eu fiquei com sono porque a aula estava muito longa. Sabe que quando eu fico muito tempo parado eu fico com sono."


  "E o que te mantêm acordado? Sou eu?"


  "Na verdade... Faço apenas uns rascunhos bobos ou escrevo uns pequenos textos. Não quero mais falar de aulas..."


  "Confesso que eu também não gosto" - não é todo dia que vemos um casal conversando na parede o_ò - "Vai fazer alguma coisa hoje à noite, Andy?"


  "Tava querendo chamar o Eros pra sair com a gente ou... Fazer um cinema em casa, quem sabe."


  "Terror, comédia, ficção ou..."


  "Romance? [chegando o rosto um pouco mais perto] Esse nunca foi o meu forte. Sempre gostei mais de suspense."


  Digo que esses dois às vezes me assustam... Mas é culpa minha eles estarem juntos. Eu fui escutando mais eles conversarem e percebi que o meu irmão estava perto. Se ele descobrisse que eu estava "espiando" os meus dois melhores amigos, eu estaria frito. Me escondi em uma árvore pra ele não me ver.


  "Kaito... Promete não me esquecer nunca..."


  "Não fale essas coisas. Não quero me separar de você."


  "Tenho medo de voltar para Guadalajara." - um pequeno detalhe. Só depois de um tempo descobri que ele era mexicano, filho de imigrante estadunidense com uma mexicana. Ariba!


  "Não fique com medo... [ele o abraça] Oriunde ai fi, eu te voi iubi²."


  "Onde aprendeu a falar romeno?"


  "Diga que eu tirei de uma música. Não importa a língua que eu fale. Te amo."


  Eu queria muito descer da árvore pra sair de perto. Mas enquanto haviam pessoas por perto, eu fiquei brincando com o meu celular. Ele caiu e eu fui pegar... Acredita que eu voltei de novo pra dentro da árvore por causa do beijo deles? Sim! Eles estavam se beijando u.u. Eu gelei e gelei mais ou ver o Andrew sendo um pouquinho mais ousado (no coments...). Mas uma coisa tirou a minha geleira em menos de 1 segundo.


  "FORMIGAAAAAA!!!" - saí correndo da árvore


  "Você ouviu a voz do Eros?"


  "Fala daquele maluco que está atrás de você? Sim, eu ouvi. Ele está doido por causa de umas formigas."


  "Eros, você estava nos espiando?"


  "Sim! Quero dizer... Não! Acontece que eu queria falar com vocês, mas vocês estavam namorando e essas formigas estão entrando pelas minhas calças!"


  "Deita e rola pra ver se elas saem!" - legal, né Kaito? >_<


  Deitei e rolei como um cara louco pegando fogo no meio da rua. Pelo menos aquelas formigas foram embora e eu não precisei mais ter que rolar. Bem, os meninos ficaram rindo e depois o meu irmão me achou com eles. É bom saber que ele pelo menos não estava preocupado ou assustado.


  "Eros! Te encontrei aqui. O que está fazendo?"


  "Eu vim pedir uma coisa pro Andrew. Será que ele tem algum problema em chorar de tristesa com o olho verde dele e de felicidade e o castanho?"


  "Como 'puedo' fazer isso, Eros?" - adoro esse sotaque espanhol dele xD - "Yo no soy un chorão!" - 'portunhol' *risos*


  "Eu sei. Mas eu preciso disso. Eu estou fazendo uma fómula pra recuperar a minha professora entende?"


  "Ah! Tipo... De fazê-la voltar ao seus braços?"


  "Não desse tipo..."


  "Irmão, temos que ir... Ou a nossa mãe vai brigar com a gente porque nos atrasamos para o almoço."


  "Andrew, eu poderia ter duas lágrimas suas, hoje à noite? Por favor...?" - minha carinha de pidão


  "Eu posso. O Kaito me ajuda, né Kaito?"


  "Eu!? Ajudar como?"


  "Você sabe. Como é que você me faz chorar sem me deixar triste?" - *gulp!* pensei besteira! pensei besteira!


  "Ah! Mas ele precisa de uma lágrima sua de tristesa também, rapaz. Cupido, hoje à noite ele vem dormir na minha casa. Quer dormir com a gente hoje? Talvez seja uma boa idéia."


  "É a sua chance irmão. Vá!" - o que o meu irmão manda, muitas vezes torna-se uma ordem. Mas ele controla muito os seus poderes.


  "Beleza. Hoje à noite então."


  Eu saí com o meu irmão. Estávamos sorridentes, mas o meu sorriso saía de orelha a orelha. Eu poderia até cantar Whap-pa* se eu quisésse. Meu irmão percebeu que eu queria muito cantar Whap-pa e ele começou a cantar. Ele canta muito bem (meu irmão é bom em cantar e fazer demais coisas... Eu queria ser assim também!! ç.ç)


  "Oh, m-am plictisit (Oh, estou confuso)
    Sint indragostit (Estou apaixonado)
    Sint inebunit (Estou maluco)
   Merg pe strazi si iarasi cint (Eu desço para a rua e canto)"


  "Whap-pa-pa-ra-pa-ra
   Whap-pa-pa-ra-pai-ra
   Whap-pa-pa-ra-pai-ra
   Whap-shap-sha-da-du-dai..."


  E ficamos cantando o resto da música até chegarmos em casa. Minha mãe estava com o meu pai e... Meu avô! Meu grande avô!


  "Eros! Meu neto! Você está bem crescido!"


  "Oi Vô! Puxa, você mesmo com o passar dos anos continua com o mesmo aspecto: um jovem muito bem saudável."


  "Você conhece os meus segredos, neto. Não preciso dizer o que eu faço para continuar com essa aparência." - eu não preciso dizer NEM QUEM É O MEU AVÔ, NÉ?


  "Filho. Você veio sorrindo hoje. Alguma coisa te deixou assim. Poderia nos contar?"


  "Ah, pai.  É que eu queria saber se hoje eu posso dormir na casa de um amigo meu. O nome dele é Kaito."


  "Ele é o menino que estava com você no dia em que chegou em casa machucado?"


  "É! Ele e o namo...Parceiro dele, Andrew, também estará lá." - quase disse que eles eram namorados. Meu pai não ia gostar muito. Minha mãe não iria se importar.


  "Acho que não existe problemas em dormir na casa de um amigo. Você vê algum problema nisso, Marcus?"


  "Em casa, com a família reunida, você não precisa me chamar de Marcus, querida. Pode mesmo me chamar de Marte ou de Ares. É que para mim é muito incomum esses nomes humanos."


  "Entendo... Bem. Eros, pode ir. Não esqueça de arrumar suas coisas. Quando você pretende ir?"


  "Não sei... Talvez no final da tarde."


  Eu ia sair da sala, mas meu avô me chamou e eu não poderia recusar seu chamado, caso contrário eu estaria mais frito que batatas do tio McDonald. Eu voltei de ré, mas não da mesma maneira que eu voltei ao ver o meus dois melhores amigos... É bem... Hum... Vocês me entendem, né? Não gosto muito de lembrar da cena... .-.


  "Anteros, venha aqui também."


  "Sim, meu avô."


  "Eu gostaria de perguntar para vocês se... Algum de vocês está namorando?"


  "Eu! Hã..." - ai! agora me pegaram. Se eu mentir minha mãe me mata. Se eu falar a verdade, meu pai e minha mãe me matam. - "Eu..."


  "Eu não estou namorando. Eu ainda procuro alguém com quem gostaria de ter uma família." - mesmo o meu irmão me interrompendo, eles ainda iria perguntar para mim."


  "Hum. Bem Anteros, o bom é saber que você ainda procura alguém. E você Eros, encontrou alguém?"


  "..." - alguns minutos depois de tanta curiosidade - "...EutonamorandoumameninadaminhasalaqueestáagoranaNoruegaeonomedelaéClaris!"


  "Como? Garoto! Fale igual a um homem! Você está fraquejando? Não aceito que um de meus homens se torne um fraco! Mostre a sua força, rapaz! Deixe de ser uma flor! Reaja!"


  "Ares..."


  "Eu preciso ensinar a como esse menino deve ser quando ele se tornar um homem! Você gostaria de ter um garoto com modos de mulher?"


  "E o Hermafrodito?"


  "Ele já não é meu filho!"


  "Senhores, por favor! Tenhamos ordem aqui. Anteros! Mantenha a calma entre seus pais!" - meu avô não agüenta as brigas entre seus filhos, principalmente entre os milhões de casais formados por eles... O.o Nem eu...


  "Pai! Mãe! Calma! Deixemos o Eros falar. Irmão tente ficar calmo."


  "Está bem! Está bem..."


  Depois daquilo tudo, eu contei que eu tava namorando a Claris, que ela era humana, tinha problemas na escola. Mas ela era uma menina doce com um jeitinho meio... Revoltado. Sim, ela é um pouquinho radical, não conhecia direito a família dela porque ela nunca havia tido tempo pra falar do nosso namoro com os pais por causa da viagem dela para Oslo. Meu avô ficou escutando e procurando entender mais a situação. Minha mãe ficou enciumada, e não foi pouco e meu pai começou a rir. Só meu irmão me entende nessa casa!? Será que nem pra namorar com uma humana eu posso mais! A minha mãe teve amantes e era QUASE feliz, se não fosse o meu pai.. *risos*


  "Esse meu filho. Se metendo em situações amorosas... Não parou quieto desde o dia em que nasceu."


  "Também não é assim, Ares! Eros, eu quero saber: quando vocês começaram a namorar?"


  "Faz uns dias mãe! Está com ciúmes?"


  "O que você acha que eu estou pensando?" - ela estava se mordendo por dentro. Eu a conheço muito bem.


  "Eros, meu neto. Já pensou em casar algum dia com a sua namorada? Minha esposa adoraria celebrar essa união com você."


  "Bem eu..."


  "Não haverá casamento e ponto! É a minha última palavra. Ares, podemos mudar de assunto?"


  "Aff... Essa mulher... Sim! Sim! Podemos!"


  "Bem, eu acredito que o trabalho de vocês aqui entre os mortais esteja sendo bem simples. E estou gostando muito de saber que seus filhos estão se dando muito bem entre eles. Mas devo lembrá-los que não é pra sempre que vocês devem ficar aqui. É preciso que vocês também voltem para a origem de vocês."


  "Entendemos, pai. Mas a gente também precisa de um tempo..."


  "E quando pretendem voltar?"


  "Talvez no mês em que os mortais chamam de férias."


 E ficamos de conversa chata, conversa chata... Conversa chata... AH! PQP!! Eu fui almoçar porque eu estava morrendo de fome! Que coisa mais CHAAAAAATAAAAAA!!! ¬¬ Conversa entre eles é pior que corrida de lesmas em câmera lenta... A minha vontade de dormir só aumenta e minha vontade de fingir que está escutando também. Mas ai de mim se eu fizesse isso, porque a minha mãe me mataria! Lalalalalalalala... Depois de tudo fui fazer o meu dever de casa... Saco... Tédio... yadda yadda yadda yadda... - 3 -


  Fora do diário


  Cleph: Ainda escrevendo essa porcaria?


  Eros: Dá pra sair da minha história! E o que você está fazendo na minha casa!?


  Cleph: Ora, eu vi fazer a mesma coisa que eu faço sempre com você.


  Eros: MAS LOGO DE NOITE!? VAI DORMIR!


  Cleph: Você está escrevendo no diário e ainda manda eu dormir... Ha ha ha... ¬¬


  Eros: Cleph... Por favor... SAI DA MINHA CASA!!


  [Cleph dando um abraço de urso em Eros]


  Eros: HELP! HELP! TO FICANDO SEM ARR!!! [desmaia]


  Cleph: É fácil te sufocar. Bem, eu estou indo embora...


  Tempo depois de desmaiar...


  Eros: Na próxima eu fecho a janela... ¬¬'


  [continua escrevendo]


  Bem... E foi isso o que aconteceu... O resto... Nada demais... Fiquei fazendo o meu dever de casa e depois daquilo eu acabei caíndo no sono... Waahhh... Uma dormidinha de tarde não faz mal pra ninguém.


  Até mais!


  See Ya!


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Notas finais do capítulo

[¹]O Cupido havia citado o nome de Dante Alighieri, escritor de 'A Divina Comédia'.


[²]"Onde quer que você esteja, eu vou te amar" - tirado o da música 'Oriunde Ai Fi'O-Zone (^_^')


[*]Música do cantor europeu RadU. O clipe dele pode ser encontrado na internet.


Espero que gostem. ^^ *risos* Qualquer problema, sugestão ou crítica é só mandar. ;D