Diário de Um Cupido Revoltado escrita por Brasi Blue


Capítulo 10
Dia 4 - parte 3: Os ingredientes. pt.1


Notas iniciais do capítulo

Agora teremos uma subpartes na história. ;)



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Dia 4 - parte 3: Os ingredientes. pt1.


  Essa parte é fora do díaro do Cupido...

  Marcus: "EROS!!"


  Eros: "Fala..."


 Marcus:  "Você já está escrevendo desde que ganhou esse diário! Vá descansar essas mãos ou acabará com tendinite!"


 Eros:  "Pai, eu quero ter um momento sozinho... Posso escrever?"


 Marcus:  "Vem lanchar, depois você escreve aí. Ninguém vai mexer nele. Nem eu, nem sua mãe e nem o seu irmão. Pode deixá-lo aí em cima da sua cama..."


 Eros:  "Está bem..."


  Tempinho depois...


  Eros: "Ufa! Até que enfim eu posso voltar a escrever no meu diário. Bem... Não agüento essas conversas longas entre parentes. Minha mãe sabe conversar, beleza. O meu irmão tem assuntos interessantes, mas... Aff! Meu pai tem sempre o mesmo assunto!"


  Anteros: Eros... Já que é de noite, poderia escrever sua história de hoje na sala? Preciso dormir. Amanhã você tem aula, lembra?


  Eros: Sim, sim... Eu escrevo lá.


  Bem, vocês devem ter visto o que aconteceu antes deu escrever né? Precisei sair pois o meu irmão iria dormir. Nessa terceira parte do dia,  decidi vagar durante a noite (sim... Eu vaguei, hoje é outro dia... Esse é outro...). Bem, eu decidi sair de casa e fui até a rua aliviar a minha cabeça. Mas eu não vesti as minhas vestes humanas... Eu decidi usar o manto do deus grego, que meu avô deu de presente de aniversáio. Diferente da fralda que eu costumava usar, essa é bem mais bonita e bem mais... De um deus.


  Minhas roupas ficaram em cima da cama. Peguei meu arco e minha flecha. Eu só uso essa roupa quando estou muito sério, decidido e pronto para batalhar com alguém... E se possível... Matar. Eu tenho um outro tipo de flecha e essa machuca pra valer. A ponta dela é mais afiada e serve para atrair pessoas para o amor verdadeiro. Por isso ela dói mais. Saí voando e passando pela por todos os cantos como a morte passando pelas portas das casas. Fui atrás de um campo de tulipas próximo ao parque. Precisaria daquilo para uma coisa que faria parte do meu plano de trazer a Psiquê ao normal.


  "O que faz aí? Não mexa nas minhas tulipas!" - eu virei assustado. Uma menininha ruivinha de aproximadamente 10 anos de idade acordada no meio da noite com uma lanterna. - "Eu vou gritar e chamarei a Dóris, minha fiel cadela!"


  "Não me faça nada! Não vou machucar suas flores!" - eu recuei...


  "Quem é você? Por que está querendo as minhas tulipas laranjas?"


  Eu... Eu não era mais o Eros Milo... Agora, eu era o Eros Cupido... Eu poderia dizer tanto o meu nome romano quanto o meu nome grego. Parei na frente da menina e agachei para ver o rosto dela mais de perto.


  "Eu sou o Cupido, ou o Eros, da mitologia grega. Sou o responsável pela paixão das pessoas. Eu lanço as minhas flechas por aí... E acontece. Menina... Qual é o seu nome?"


  "Eu sou... Élida. Minha avó plantou essas tulipas para mim... Não tire elas. Gosto muito! Tulipas são as minhas flores favoritas."


  "Eu também gosto. Você... Poderia me dar então uma delas? Eu quero fazer uma pessoas voltar..."


  "Você vai fazer uma mágica?"


  "Éee... Tipo isso. Mais na verdade uma fómula do amor!"


  "Mas você não tem suas flechas? O cupido usa flechas do amor para apaixonar as pessoas."


  "Mas nem sempre as flechas funcionam. Dependendo da flecha que eu uso, a pessoa não tem um 'amor verdadeiro' e sim uma paixão momentânea. E existe um amor que precisa de um remédio, pois é um amor egoísta." - como o que está acontecendo com a minha professora agora...


  "Sabe... Senhor Cupido, eu... Eu gosto de um menino, mas ele não gosta muito de mim. Eu queria uma fórmula, ou algo pra poder fazê-lo se apaixonar por mim. Eu queria muito ser feliz ao lado dele."


  "Élida..." - uma pequena interrupção - "Nem sempre a pessoa por quem nos apaixonamos será a nossa pessoa amada. Às vezes, ela... Nem presta pra gente e só descobrimos isso quando nos desapaixonamos dela. Você ainda é um pouco pequena pra entender essas coisas. Mas acredite! Um dia você encontrará o seu amor."


  Ficamos conversando um pouco sobre isso, e ela ficou com sono. Antes de partir, ela foi até a barraca em que ela estava e tirou de um pote umas pétalas secas de tulipa, que ela havia guardado, eu-não-faço-idéia-do-porque. Diz ela que era pra fazer um perfume, mas ela guardou e ficou ali secando. Eu agradeci as pétalas e disse que retribuiria o favor. Saí voando e fui com a primeira parte da cura. Agora vamos pro ponto 2 da questão: mel! Bem... Não é qualquer mel que eu teria que pegar... Eu precisaria encontrar uma garota pra fazer esse trabalho. Fui na casa da Calypso. Bem... Eu tinha que ter uma boa entrada...


  Fui pela janela e ela tinha acabado de se deitar. Levantei a janela e fiz uma pequena brisa entrar, pra ver se ela acordava. Ela sentiu um pouco de frio e me olhou pela janela, mas ela não viu o meu rosto. Só minha silhueta (?) iluminada pelos postes. (imagina o medo da roupa grega sair voando... o_o *vermelho*)


  "Eu... Conheço você? O que faz aqui no meio da noite?"


  "Talvez... Mas não me conheçe como eu te conheço. Eu sou o Cupido da mitologia grega. Você deve ser Calypso."


  "Sim. Você acertou. Não está um pouco tarde para me visitar?"


  "Nunca é tarde demais. Preciso fazer um casal voltar, e usarei um método que minha mãe me ensinou. Para isso irei precisar dos seus lábios."


  "Está me tirando?" - ô vontade loca de dar uma resposta ruim... ¬¬ Mas ela não pode me reconhece, se não acaba tudo! Ai... X_x


  "Não menina! Não é isso... É necessário que... Apenas beije esta avelã! Mas..."


  "Mas o que?"


  "Bem... É que..." - ai ai ai ai ai ai... A Calypso vai me matar! - "Você é virgem?"


  "O que!?"


  "É preciso que a pessoa seja virgem pra beijar esta avelã. O mel que sair dela será o mais doce que existir. E pra dar o mais certo possível, a ela não deve ter tido nenhuma relação carnal. Fim!"


  "Tá dizendo que eu sou..."


  "Eu não to falando nada!" - o vontade de de meter a minha mão na cara dela!!! Ò_ó


  "Sim! Eu sou virgem!"


  "Ótimo!" - sobrevivi parte 1 - "Agora, despida-se."


  "O quê!? Eu ainda tenho que tirar tudo?"


  "A virgem deve demonstrar pureza. Faria isso?"


  "Já que insiste..." - ela despiu-se da camisola e... (desmaio antes de escrever o resto) Tá... Vou continuar dizendo o resto. Chegou perto de mim e beijou a avelã. Dela saiu o tal mel virgem, que vagarosamente desceu pelos lábios e caiu no frasco de vidro que eu carreguei comigo. - "Era só isso ou tem mais alguma coisa?"


  "Não, não. Meu trabalho acabou. Lembre-se... Um de seus amigos irá chamá-la para uma missão. Esteja pronta e... Vista-se antes que alguém a veja e não quero que leve uma bronca por minha causa."


  "Espera!"


  "O que foi?" - esqueci algo?


  "É que eu... Bem... Faça-me ter um namorado. Quero me apaixonar. Mas quero me apaixonar de verdade! O último namorado que tive ele..."


  "É gay! Eu sei disso... Fui eu que fiz ele se tornar gay."

  "Então eu quero outro! Por favor! Eu suplico! Eu até paro de ir nas festas, paro de beber... Faço de tudo!"


  "Amiga..." - cheguei bem perto. Isso foi arriscado pois eu poderia me expor. E ela poderia me reconhecer. - "Não precisa fazer essas coisas para encontrar a pessoa que ama. Basta ser verdadeira. Os maus hábitos você pode acabar com eles e trocá-los por bons."


  "Isso vai me deixar... Atraente?"


  "Di-di-diga-se que sim! Eu preciso ir. Até mais!" - eu saí voando que nem um louco, antes que ela me reconhecesse...


  Eu precisava encontrar todos os elementos durante a noite, porque e na noite que... Bem... É de noite e pronto! Culpe a minha mãe! Tinha as pétalas, o mel da virgem e agora faltava os outros elementos... As lágrimas de olhos diferentes de um mesmo ser (essa eu não tinha dúvidas!) e... Um perfume feminino. Mas não era qualquer um... Diz a minha mãe que...


  *flashback*


  "Esse perfume deve ser de uma mulher jovem. Deve usar um corante que combine com o aroma, por exemplo, vermelho associado as rosas, amarelo para os crisântemos e branco o das margaridas. Deve ter também na sua composição o almiscar de um legítimo veado almiscareiro¹."


  *fim flashback*


  Aí é que tá... Pelo menos eu encontraria os olhos diferentes de um mesmo ser! E quem mais e nada menos que o Andrew? Só havia um probleminha... Como é que eu vou fazer uma pessoa chorar no meio da noite? Ainda mais agora que ele deve estar dormindo! (Sério! Ele dorme cedo! Mas é por bons motivos.) Bem... Isso eu teria que deixar para um outro dia porque... Não daria muito certo. Eu decidi fazer uma coisa que ninguém fez até agora. Saí um pouco da cidade e fui até o lago, aquele mesmo em que eu lutei... Fui na parte mais longe dele. Uma parte que ninguém entra, que é bem no meio de um mato sem cachorro! Tirei coloquei os meus pés na água e fiquei olhando pro céu e pras estrelas... Ficava brincando de ligue os pontos com elas... E formava as constelações. Lembrei-me as histórias que o meu avó contava... Eu quase tirei as minhas vestes divinas pra entrar na água mas... Não...


  Lembrei do que a Calypso me falou e fiquei pensando: 'seria melhor fazer aquilo mesmo? Um amor verdadeiro para ela?'. Eu decidi arriscar. Voltei pra casa dela, e novamente... Entrei pela janela. Ela estava dormindo ainda. Eu não queria fazer aquilo mas... Ela me pediu. Eu já sabia com quem ela ficaria. A única pessoa que eu conhecia que poderia ter um determinado carinho por ela... Eu atirei a minha flecha e...


  "Perdoe-me menina."


  Atirei a flecha no coração dela. O grito foi muito agudo que acordou a família dela. Saí voando antes que me vissem. Não deu para escutar o que eles falavam, mas a Calypso estava sentindo aquela dor forte que mais tarde... Seria transformada. Eu escrevi o seu nome no caderno. Na manhã... Eu faria outra coisa... Escreveria o nome do amado dela...


  Voltei para casa e fui dormir. Não tinha mais nada pra fazer mesmo... Nem... Uaahhh... Continuar...


  See Ya!


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Notas finais do capítulo

[¹]: O veado almiscareiro é uma espécie que era muito caçado devido ao almíscar, para produção de perfumes.

Quando o Cupido disse que teria que demonstrar pureza, eu me inspirei na frase do J.J. Rosseau, sobre o homem nascer puro... ^_^' (filosofia).