Digiescolhidos e Devimon...

– O que você esta fazendo aqui? – grita Matt com raiva se postando ao lado de TK e Kari junto com Sora.

Devimon solta uma gargalhada e balança o dedo indicador de um lado para outro em um claro não.

– Não é essa a pergunta correta. – disse Devimon ainda rindo.

– Como você voltou? – perguntou TK olhando com raiva para Devimon que riu da cara de TK. – Deveria estar no mundo das Trevas.

– Deveria, mais não estou. – disse Devimon pousando em frente aos Digiescolhidos. – Seja lá quem for que esta querendo destruir vocês foi bonzinho o suficiente para pedir a um dos lacaios dele que libertassem alguns Digimons do mundo das Trevas e eu sou um deles.

– Então você não sabe quem é que está fazendo tudo isso? Causando essa guerra toda? – perguntou TK se pondo de pé com dificuldades.

– Calma, TK. – disse Kari ajudando o namorado.

– Guerra? –perguntou Devimon sarcástico e gargalhou alto. – Você ainda não viu nada do que ele está tramando. Isso aqui é apenas o começo.

– Somente o começo? – sussurra Sora apertando a mão de Matt.

– E aonde você se encaixa no futuro desse ele? – pergunta Matt “Temos que pensar em alguma coisa para sairmos daqui. Sem nossos Digimons não poderemos vencê-lo” pensa Matt tentando achar uma forma dele tirar os quatro dali.

– Em lugar algum e em lugar nenhum. – disse Devimon se aproximando mais deles. Por instinto os quatro dão um passo para trás. – Tudo o que eu quero no momento é acabar com você, TK, se não fosse por você ter feito Patamon Digivolver para Angemon eu teria conseguido o que eu estimava.

– Grande. E ver tanto, o mundo humano quanto o Digimundo destruídos, nem pensar. – disse TK sentindo raiva. – Você merecia o que te aconteceu e vai voltar para o mundo das Trevas. Não sei como Anubismon te libertou de lá.

– Anubismon, não é um daqueles Digimons que nos atacaram? – perguntou Sora confusa fazendo TK ter um “estalo” e olhar Devimon com certa raiva.

– Aquele Anubismon não é forte o suficiente, não teria poder para abrir o portal dos dois mundos. – disse TK deixando seus amigos confusos.

– É claro. – disse Devimon se aproximando mais ainda dos quatro. Matt se coloca na frente dos três em forma de proteção. – Os Digimons que atacaram vocês foram somente para distração, eles não são nada.

– Devemos correr? – perguntou Kari sussurrando baixinho para Devimon não ouvir.

– Não consigo pensar em mais nada além disso para nos livrarmos dele. – disse Matt assentindo.

– Corram. – disse Devimon sorrindo para eles os deixando assustados. – Sem seus Digimons para protegê-los não são nada. Sem os amigos Digimons que fizeram, não são nada além de meros humanos imprestáveis que nunca deveriam ter pisado no Digimundo.

– Vamos corram. – disse TK empurrando os três. Devimon soltou uma gargalhada.

– Você não pode correr, TK. – disse Kari passando os braços pela cintura de TK para ajuda-lo, mas TK tira as mãos dela e volta a empurra-la.

– Não se importem comigo, só corram. – gritou TK.

– Mais é clar...

Sora não terminou sua frase. Uma nuvem negra a levantou fazendo ela ficar sobrevoando seus amigos. Todos olharam para Devimon que ainda tinha o sorriso maquiavélico no rosto.

– Demoraram demais para fugirem. O tempo que eu dei para vocês já passou. – disse Devimon e com um movimento de sua mão Sora foi arremessada contra uma arvore e gritou de dor quando seu corpo se chocou contra a arvore e caiu no chão.

– Sora. – gritaram Matt, TK e Kari juntos correndo para a onde Sora havia caído.

– Não tão rápido. – disse Devimon e agora foi à vez de Kari sobrevoar. – Sua vez.

Novamente com um movimento, Devimon lançou Kari contra uma pedra grande que tinha no lugar. O grito de Kari fez TK tentar correr sem se importar com sua dor física, ouvi-la gritar daquele jeito era mais dolorido do que tudo que já havia sofrido.

Matt já havia chegado até a onde estava Sora e com delicadeza a ajudou a ficar de pé. Sora estava com um pequeno sangramento no canto da boca.

– Minhas costas. – resmunga Sora se apoiando totalmente em seu namorado. – Tem alguma coisa nas minhas costas.

– Espera. – disse Matt segurando a mão de Sora que ela ia colocar nas costas. – Tem um pedaço pequeno da arvore nas suas costas, não se mexe. – completou Matt olhando para as costas de Sora e ficando muito preocupado com ela.

TK chega até Kari e a vira devagar. Kari resmunga um pouco, mais ela faz o possível para não gritar de dor. TK apoia Kari na pedra impossibilitado de ajudar a levanta-la.

– Que bonitinho. – debochou Devimon. – Mais eu acho que não é justo elas sofrerem e vocês dois não.

– O que? – perguntou Sora olhando para Devimon que ria.

Com um estalar de dedos de Devimon TK e Matt flutuam fazendo ambos soltarem suas namoradas. Sora cai no chão por perder o apoio do namorado.

– O que será que eu vou fazer com vocês? – se pergunta Devimon e com um sorriso cruel ele movimenta uma vez seu dedo indicador.

TK e Matt voam em alta velocidade em direção um do outro. Os dois se chocam com força e caem na chão com um baque.

– Não. – gritam Sora e Kari juntas e tentam ir até eles, mais uma força as prende em seus lugares.

– Fiquem a onde estão, a vista de vocês dai é muito boa para o que esta por vir. – disse Devimon se referindo a Kari e a Sora e caminhando na direção de TK e Matt que tentavam se levantar.

– Concordo plenamente. – uma voz soou atrás de Devimon. – Bafo Congelante.

Uma rajada congelante vai em direção a Devimon que voa desviando do golpe. MetalGarurumon pousa do lado de TK e Matt.

 WarGreymon aparecendo pousando ao lado de Sora e a pegando no colo com cuidado, depois voa para perto de Kari e coloca Sora ao lado dela.

– Tente manter suas costas sem encostar em nada. – disse WarGreymon vendo o machucado nas costas de Sora.

– Salva eles. – disse Kari e Sora assenti concordando.

– Por favor. – disse Sora.

– Deixa ele com a gente. – disse WarGreymon e se vira para Devimon que mesmo com a desvantagem numérica e evolutiva ainda tinha um sorriso no rosto.

– Acham que vão poder me derrotar tão fracos e cansados assim? – pergunta Devimon apontando para os dois Digimons megas. – Sou mais poderoso que vocês nesse estado que se encontram.

Ambos os dois Digimons megas estavam respirando ofegantes e pareciam muito cansados, mais o olhar deles diziam claramente que não iam desistir e que iam proteger seus amigos.

Digiescolhidos, grupo Tai...

Os Digiescolhidos rolaram escada a baixo. Rolaram um bom tempo até chegarem ao chão caindo um em cima do outro e eles resmungavam coisas desconexas por isso.

– Isso não foi nada legal. – resmungou Tai que estava mais em cima de todos.

Um por um foram rolando para o lado e saindo de cima uns dos outros. Davis levantou todo dolorido, já que era quem estava em baixo de todos e olho sarcasticamente para Tai.

– Imagina, não foi nem um pouco legal. Da próxima vez você fica em baixo com todos em cima de você.  – disse ele chateado. Tai só deu de ombros sorrindo de canto.

– A onde a gente esta? –perguntou Cody dando um passo para frente olhando ao redor do amplo lugar em que se encontraram.

O lugar era iluminado por uma luz forte que os Digiescolhidos não sabiam de onde vinha. O chão era de grama, bem a aparada e curta. Não se via muita coisa à frente deles, pois a luz do lugar impediam que enxergassem mais do que podiam.

– Não sei. – respondeu Izzy começando a andar pelo lugar mais foi interrompido, pois uma grade de ferro de prisão, de mais ou menos três metros de altura e cinco de comprimento, caiu bem ao lado dele fazendo um cerco em sua frente e ele caiu no chão.

– Mais que p...

Tai não terminou de falar, nessa hora mais quatro grades caíram fechando um cerco em torno dos Digiescolhidos e a ultima caiu em cima impossibilitando que tentassem fugir por qualquer lado, ou por cima.

Os Digiescolhidos olharam para as barras e tentaram achar alguma maneira de sair delas, mais nada conseguiram.

– Ah mais isso é ótimo, agora estamos presos aqui. – resmungou Davis chutando uma das barras de ferro.

– Eu quero sair daqui. – gritou Mimi chacoalhando Tai. – Nós tire daqui.

– Eu? Mais porque tem que ser eu? –perguntou Tai segurando os ombros de Mimi para que ela parasse de chacoalhar ele.

– Você é o líder do grupo, faz alguma coisa. – disse ela com a voz chorosa. – Não quero ficar confinada nessas grades de prisão.

– É isso ai. – disse Yolei e foi para o lado de Davis e começou a chacoalha-lo. – Você é o líder, nós tire daqui.

– Epa, pera lá. – disse Davis tentando se soltar de Yolei. – O líder aqui não era o Tai e para de me chacoalhar mulher.

– Líder do primeiro grupo e você é líder do segundo grupo. Mimi faz parte do primeiro grupo, então ela que se vire com o Tai. Você é líder do segundo grupo, então eu vou te importunar até sairmos daqui. – disse Yolei ainda o chacoalhando.

– Ken, tire essa louca de cima de mim. – gritou Davis e os outros riram um pouco dos dois.

Ken foi até lá e separou Yolei de Davis e a puxou para que se sentassem. Os outros seguiram o exemplo e se sentaram formando um circulo.

– Esse aqui era o lugar que aquele Digimon disse que iriamos encontrar Gennai? – perguntou Davis sarcástico. – Acho que ocorreu um erro de comunicação entre eles.

– Não fala assim, Davis. – repreendeu Mimi. – Deve ter algum motivo para isso ter acontecido. Kentarumon não iria brincar com a gente. Ele é nosso amigo.

– Mimi está certa. Deve ter acontecido outra coisa que não tem nada haver com erro de comunicação. – disse Cody. Davis somente suspirou frustrado e deu de ombros.

– Tem alguma ideia do que podemos fazer, Izzy? – perguntou Tai.

– Receio que não. Não temos como sair por cima, pelos lados não dá. – disse Izzy dando de ombros.

– Se tivéssemos Armadillomon poderíamos pedir que ele cavasse um túnel. – disse Joe se pronunciando pela primeira vez.

Davis pulou de alegria fazendo todos olharem desconfiados para ele que gritava “é isso, é isso” em quanto pulava.

– Que foi Davis? –perguntou Ken achando graça do que o Davis estava fazendo.

– Podemos cavar um túnel. – disse ele como se isso fosse à coisa mais óbvia do mundo.

– Poderíamos cavar um túnel, você quer dizer. – disse Cody fazendo Davis parar de pular.

– E porque não podemos cavar um túnel? – perguntou arqueando uma sobrancelha para o amigo.

– Não temos nada que possa nos ajudar a cavar mais rápido. – respondeu Izzy tomando a palavra. – Se usarmos somente as nossas mãos...

– O que seria um absurdo. Minhas unhas estão lindas. – disse Mimi interrompendo Izzy e escondeu as mãos atrás das costas. – Não vou cavar nada.

– Continuando. – disse Izzy voltando-se para o grupo. – Com as mãos demoraríamos tempo de mais e seja de lá de quem for esse lugar, já pode estar vindo para cá nesse momento ver quem são as pessoas que invadiram o lugar.

– Ou seja, não teríamos tempo para fazer isso. – completou Cody e os outros assentiram concordando.

– Não é atoa que portam o brasão da Sabedoria. – disse uma voz conhecida do outro lado da grade. – Vejam só o que eu peguei. – disse o homem sorrindo para os Digiescolhidos.