Kari sentiu seu rosto esquentar quando Sora e Mimi lhe direcionaram sorrisos maliciosos. TK percebeu isso e falou, salvando a namorada do constrangimento.

– Já tinha me esquecido. Eu pedi para fazerem uns presentes para vocês. – disse TK se levantando e indo pegar sua mochila. – Espero que gostem.

TK tirou de dentro de sua mochila algumas caixinhas iguais a que deu para Kari, com o seu anel e seu colar. TK entregou uma caixinha para cada um. E todos que abriam as caixinhas ficaram encantados com o que tinha lá dentro.

Seus respectivos Brasões em forma de um pingente e um anel como o símbolo do seu Brasão estampado nele. Os do Davis estavam com o símbolo da Coragem em forma de pingente e no anel o símbolo da Amizade. O pingente de Cody tem a forma do Brasão da Sabedoria e o anel esta estampado com o Brasão da Confiança. Yolie tem o pingente em forma do símbolo do Brasão do Amor e o anel com o da Sinceridade.

– Da Kari, como podem ver, eu já entreguei. – disse TK sorrindo.

– É lindo TK. – disseram Sora, Mimi e Yolei juntas e o abraçaram.

Os outros também agradeceram seus presentes e todos colocaram seus colares e anéis, mais uma coisa estranha aconteceu. Quando todos estavam com seus colares em volta do pescoço cada um emitiu uma luz branca e forte, deixando os Digiescolhidos espantados.

– Isso foi... – começou Izzy.

– Lindo. – exclamou Mimi maravilhada.

– Esquisito. – completou Izzy. – O que são esses colares TK? – perguntou curioso.

– Eu não sei, pedi para fazerem em uma joalheria, não tem nada de especial neles. – disse TK confuso.

– Isso esta muito confuso. TK como chegou aqui? – perguntou Ken.

– Não sei. – respondeu deixando todos confusos, menos Kari e Sora que já sabiam. – Eu cheguei em casa. Fui para o meu quarto, escutei um barulho esquisito e uma luz forte encobriu meu quarto. Quando ela se extinguiu me vi numa loja de carros daqui.

“Uma mulher que trabalha lá veio falar comigo e depois que eu disse meu nome ela disse que tinha uma coisa pra mim. A segui e o dono da loja me entregou a chaves da Masserati, só tive que assinar alguns papeis. Depois disso vim atrás de vocês e o resto vocês já sabem.”

– Mais ele te entregou o carro? Não pediu seus documentos, nem nada? – perguntou Matt.

– Nada. Só me deu a chaves do carro e disse que eu tinha que assinar alguns documentos e também que tinha um envelope no porta-luvas direcionado para mim. – respondeu.

– E o que tinha no envelope? – perguntou Cody.

– Nada. – respondeu.

– Nada? Tipo, nada mesmo? – perguntou Davis.

– Só estava escrito “Um dia terá suas respostas. Faça bom uso do carro.” – respondeu dando de ombros.

– Posso ver o bilhete? – perguntou Izzy curioso.

– Claro.

TK foi ate sua mochila e tirou de lá o envelope e o entregou a Izzy. Todos ficaram em silencio olhando para Izzy esperando ele abrir o envelope. Izzy ficou extrema mente vermelho com os olhares dos seus, mais abriu o envelope e pegou o bilhete.

– Não tem nada de mais aqui mesmo. – falou Izzy nem lendo direito o bilhete que tinha na mão.

Os outros suspirarão em frustação e Izzy respirou aliviado.

– Tudo bem agora temos que...

– Jantar. – disse Tai interrompendo Cody.

– O que? – perguntaram Cody e Izzy.

– A historia que o TK contou demorou bastante, já é de noite. Hora de jantar. – contestou Tai.

– Ele esta certo. – disse Ken. – Mais primeiro temos que avisar nossos pais.

– Como assim? – perguntaram TK e Kari juntos.

– Tão fofos. – falou Mimi só para Sora ouvir, já que estava perto dela.

– Eles nos mandaram uma mensagem pelo D-Terminal dizendo que estão todos na casa da mamãe, TK. – respondeu Matt. – Pediram para a gente avisar sobre qualquer coisa, assim se eles souberem de alguma coisa podem nos ajudar.

Em alguma mansão de Odaiba. Sala da mansão...

– Vamos começar a festa. – anunciou Michael entrando na sala acompanhado de seu Digimon, Dorumon.

Alex, Etsuko e seus Digimons estavam na sala assistindo diversos filmes a tarde inteira. Etsuko só se juntou aos outros depois que ele conversou com Michael sobre seu plano para pegarem os Digiscolhidos, ou o Digiescolhido.

Já havia anoitecido, já passava das 9 horas da noite quando Michael entrou na sala anunciando.

– Agora? – perguntou Etsuko incrédulo. – Na melhor parte do filme?

Alex deu um tapa na cabeça de Etsuko. Michael rolou os olhos entediado. Os Digimons prenderam o riso quando viram a cara que Etsuko fez quando levou o tapa.

– Não precisava fazer isso. – reclamou esfregando o local a onde Alex o tinha acertado na cabeça levantando-se do sofá.

– Fica quieto. – falou Alex reprovadora mente se levantando. – Esse filme é nosso podemos assistir a hora que a gente quiser. Depois você assiste.

– Calma ae cara. Beleza. Não precisa fazer tempestade em copo de água. – disse Etsuko com desdém.

Os dois ficaram se encarando. “Porque Michael teve que chama-lo mesmo?” se preguntava Alex com raiva “Ele é tão infantil”.

“Geniozinho do caramba” pensa Etsuko em relação a Alex.

– Vamos para o carro. – disse Michael chamando a atenção dos dois.

– Só em um carro? – perguntou Etsuko.

Michael e Alex respiraram fundo diversas vezes. “O que esse garoto tem na cabeça? Neurônios é que não é” pensa Alex.

– Não Etsuko, vamos em dois carros e você vai no porta malas. – disse Michael saindo da sala junto com seu Digimon.

– Ei. Isso é verdade? – pergunta preocupado seguindo ele, Gaomon logo atrás.

– Me diz, Dracomon, o que eu fiz para merecer isso? – perguntou Alex apontando para a porta por onde Etsuko saiu.

– Não sei. – disse o Digimon dando de ombros. – Talvez porque não escolhemos nossos amigos, simplesmente eles chegam e ocupam um lugar em sua vida.

Dizendo isso Dorumon seguiu por onde os outros foram e Alex o acompanhou pensando no que seu Digimon disse.

Em um hotel perto da Usina de Odaiba...

Sophia e Daniel estão em um quarto que tem uma janela que monstra a Usina da cidade.

O quarto é simples. Duas camas de solteiro, que no momento estavam sendo ocupadas por seus Digimons com diversos tipos de embalagens de comidas em torno deles que dormiam tranquilamente – as chamas de Coronamon crepitavam sem queimar nada –, uma cômoda com uma televisão em cima e um guarda-roupa pequeno no canto.

– O que você acha que o Michael quis dizer com aquilo, acabar com a esperança? – perguntou Daniel se postando ao lado de Sophia, esta está no parapeito da janela olhando atentamente para a Usina.

– Não sei, mais coisa boa para eles não vai ser. – disse ela firme.

– Não tem medo de fazer uma coisa e se arrepender depois? – perguntou Daniel chegando mais perto dela.

– Se chagar mais perto de mim, vai ter uma prova de como você pode se arrepender rapidamente de uma coisa. – disse ela fria e saindo da janela e indo para sua cama a onde estava sua Digimon dormindo.

– Sabe, Sophia você é...

Daniel foi interrompido por um chiado, como o de um radio de comunicação. Sophia olhou para Daniel que deu de ombros. Ela levantou bruscamente da cama e acabou acordando sua Digimon, mais não deu muita importância. Foi ate Daniel e tirou o pequeno aparelho de radio que estava pendurado na cintura dele.

– Sophia. – se comunicou.

– Michael, esta na hora. – disse Michael e desligou o aparelho.

– Você ouviu. Está na hora, Daniel.

Daniel acordou seu Digimon e os quatro foram para frente da usina.

–“ BlackTailmon super Digivolve para...

– LadyDevimon.

– Coronamon Digivolve para...

– Firamon. Firamon Super Digivolve para...

– Flaremon.”

– Destruam a Usina. – gritaram Sophia e Daniel juntos assim que as Digievoluções terminaram.

LadyDevimon sobrevoo a Usina, enquanto Flaremon se postou em frente a torre principal da Usina.

– Você primeiro Flaremon. – gritou LadyDevimon.

–OK. Seisei no Houkou.

Seu poder de fogo acertou em cheio a torre explodindo tudo ao seu redor. As luzes da cidade se apagaram de imediato deixando tudo escuro. As únicas luzes existentes no local era a da Lua, com seu brilho prateado e a das chamas que saiam de Flaremon.

LadyDevimon abriu um sorriso enorme, afinal ela é um Digimon das trevas, adora a escuridão total.

– Black Wing – LadyDevimon atacou com seu braço esquerdo cortando cada torre que ficou em pé depois do ataque de Flaremon.

– Vou atacar de novo. – disse Flaremon.

LadyDevimon levantou voo se afastando da Usina. Sophia e Daniel não faziam nada além de “admirar” o que seus Digimons estavam destruindo.

– Seisei no Houkou. – seu poder destruiu o que restava da Usina.

– Esta bom assim. – disse Sophia. – Temos que ir antes que alguém apareça. Michael esta nos esperando na pousada.

Assim LadyDevimon pega Sophia em seus braços e sai voando em direção a tal pousada. Daniel pula nos ombros de Flaremon, sem se queimar com suas chamas, e o Digimon segue LadyDevimon.

Pousada...

Todos estavam voltando cada um para seus respectivos quartos depois de jatarem na pousada.

Depois da boa refeição os Digimons voltaram ao seu nível rookie.

 TK e Kari ficaram o tempo todo juntos, mais ninguém desconfiou, ou mostrou ter desconfiado, se estava acontecendo alguma coisa a mais entre os melhores amigos, exceto as meninas que já sabiam.

Eles estavam passando pelo pátio da pousada a onde tinha uma fonte pequena com alguns peixes dentro. TK estava parecendo muito cansado.

– TK, você parece cansado. – observou Kari, que andava ao lado do namorado.  “É claro que ele esta cansado. Ele estava em uma festa, em Paris a noite e depois veio direto para cá, sem ter descansado nem se quer um pouco” pensou ela.

– Izzy, esta apitando. – disse Tentomon chamando a atenção de todos para si, tirando Kari dos seus devaneios e qualquer possibilidade de haver uma resposta de TK sobre o comentário de Kari.

– Oque? – perguntou ele.

Mais não teve sua resposta, pois nesse momento as luzes se apagaram e logo em seguida um enorme Digimon caiu em cima da pequena fonte a espedaçando inteira. Todos pularam para os lados para evitar os destroços da fonte. Seus Digimons logo se postaram em forma de batalha para protegê-los.

– É Groundramon. – gritou Tai se referindo ao enorme Digimon.

Com seus braços, que ficam em suas costas, Groundramon acerta todos os Digimons os jogando contra as pilastras da pousada.

– Não! – gritam todos os Digiescolhidos vendo seus Digimons caídos tentando se levantar.

Todos fazem menção de ir até seus Digimons mais dois feixes de luz acertam as pilastras, fazendo o segundo andar da pousada cair em cima dos Digimons. Biyomon, Hawkmon, Tentomon e Patamon conseguem escapar voando antes dos destroços o encobrirem.

Os Digiescolhidos ficam paralisados, sem saberem o que fazer para ajudar seus Digimons.

– Ora, ora, ora. Encontramo-nos de novo Digiescolhidos.