Voldemorts Daughter escrita por NatyAiya


Capítulo 58
Capítulo 58 - N.O.M.s


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela demora, meus amores!!!
Não sei se alguém leu o aviso que eu deixei no meu perfil... Para quem não leu, leiam as notas finais, por favor.



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Capítulo 58 - N.O.M.s

POV Katherine

Na manhã seguinte, eu fui atrás de Crouch. Tive que bater várias vezes na porta até que a voz asmática de Moody me mandasse entrar.

– Milady. - ele falou se curvando um pouco em uma reverência. - No que posso ajudá-la?

– O que fez com o corpo do Sr. Crouch? - eu perguntei sem enrolar.

– Não sei do...

– Não tente me enrolar, Crouch. - eu o cortei. - Você matou seu pai ontem a noite e escondeu o corpo antes que Dumbledore e Harry chegassem até Krum. - eu falei encarando-o. - O que fez com ele?

– Transfigurei o corpo e o enterrei. - ele respondeu. - Não vão encontrá-lo. - ele me garantiu.

– É melhor que esteja certo. - falei.

Logo depois ergui minha mão na direção de seu rosto e apaguei todas as memórias que ele tinha de quando conversávamos sobre meu pai ou sobre qualquer outra coisa que não fosse sobre a escola e matéria. Qualquer conversa ou encontro que pudesse delatar o que eu sabia sobre ele foi apagado de sua mente. A única coisa que sobrou, foi o fato dele estar sabendo quem eu era: a filha de Voldemort. Nada mais.

Saí de sua sala antes que ele conseguisse recobrar completamente os sentidos e perceber o que tinha acontecido.

Fui para meu dormitório e assim que o quadro se fechou as minhas costas, eu deixei que minha mente vagasse até a de meu pai.

Como foi, querida?– ele perguntou.

Ele não tem mais nenhuma memória sobre nossas conversas.– eu informei.

Ótimo.– pude jurar que ele sorriu. - E sobre o pai?– ele perguntou curioso.

Segundo ele, o corpo foi transfigurado e enterrado.– respondi.

Ótimo. Não o deixe com nenhuma lembrança que possa colocá-la em problemas, querida.– ele disse antes que eu me retirasse de sua mente.

Meu pai tinha chegado à conclusão de que poderia ser perigoso para mim se Crouch continuasse com todas as lembranças de nossas conversas e coisas do gênero, por isso ontem à noite durante meus sonhos, ele mandou que eu apagasse as memórias de Crouch sobre qualquer contato que tivemos que não fosse como professor e aluna, deixando apenas a lembrança de certas coisas que deixasse claro que ele sabia quem eu era.

E quando eu perguntei o motivo daquilo, ele apenas respondeu que era para o caso de pegarem Crouch.

Compreendi então, que Crouch e seus comensais eram descartáveis, como os peões em um tabuleiro de xadrez, mas eu não era. Seja lá qual for o plano que ele tem em mente no momento, eu sou necessária. Então me "perder" está completamente fora de questão.

Apagar todo o meu contato com Crouch deixaria a minha ficha limpa, por assim dizer. Meu pai, Voldemort, estava sendo extremamente cauteloso com cada passo que dava.




Assim que entramos em junho, não recebíamos mais deveres de casa e as aulas eram apenas revisões de tudo o que tínhamos aprendido desde que entramos em Hogwarts. A maioria da revisões eram dedicadas aos tópicos que eles achavam que mais provavelmente cairiam nos exames.

Com as provas se aproximando cada vez mais, um mercado negro surpreendente nasceu entre os alunos do quinto e sétimo ano. Se encontrava de tudo é quanto é coisa que, supostamente, poderia melhorar a concentração, agilidade mental e atenção.

Antes que qualquer garota ficasse tentada à comprar qualquer coisa, eu deixei bem claro que tudo aquilo não se passava de conversa fiada para que os outros conseguissem dinheiro fácil. Meus avisos provavelmente surtiram efeito porque nenhuma delas tentou comprar qualquer coisa.

Recebemos os horários dos exames e como proceder durante eles em uma aula de Poções no meio da primeira semana de junho.

– Como vocês podem ver, os seus N.O.M.s estão distribuídos por duas semanas sucessivas. - Snape disse enquanto copiávamos as datas e horários do quadro-negro. - Vocês farão o exame teórico pela manhã e os práticos à tarde. O exame prático de Astronomia, naturalmente, será realizado à noite.

"Agora devo prevenir a vocês que os seus exames receberão os feitiços anticola mais fortes que existes. Não serão permitidos na sala de exame Penas de Resposta Automática, nem tampouco Lembróis, Punhos-de-Cola Descartáveis nem Tinta Autocorretora. Todo ano é preciso dizer, aparece no mínimo um estudante que acha que pode contornar o regulamento da Autoridade de Exames Bruxos. - ele disse passando os olhos pela sala. - Alguma pergunta?

Rick Mason, da Corvinal, ergueu a mão.

– Sr. Mason.

– Quando vamos receber o resultado dos N.O.M.s?

– Você receberão uma coruja em julho. - ele respondeu. - Mais alguma pergunta? - ninguém voltou a erguer a mão. - Ótimo. Aula encerrada.




O domingo que precedeu a segunda-feira do primeiro teste teórico foi estranhamente calmo, pelo menos para mim.

Me isolei de todos no quarto de Salazar e passei a parte da manhã estudando um pouco, seguindo um ou dois conselhos do Salazar do quadro. Fui à cozinha um pouco depois do meio-dia pegar qualquer coisa para comer e voltei novamente para o quarto de Salazar. Pretendia estudar um pouco das outras matérias, já que tinha a maior parte da matéria de Feitiços decorada, mas isso não aconteceu.

– Srta. Riddle. - o Salazar do quadro me chamou pouco depois que eu me joguei na cama.

– Sim?

– Os fundadores desejam falar com a senhorita. - ele informou.

– Eu já vou. - falei me levantando e indo na direção do quadro que se abriu para mim. - O que houve? - eu perguntei para os quatro fundadores que já me esperavam dentro da sala.

– Estávamos procurando uma hora certa para falarmos com você, querida. - Helga falou.

– Falar sobre o quê? - eu perguntei me sentando no sofá que tinha ali.

– Seu pai. - os quatro responderam juntos. - Qual é exatamente o plano dele, Katherine? - Salazar perguntou me encarando.

– Ele vai usar o sangue do Harry para conseguir um novo corpo. Segundo ele, é um antigo ritual usando sangue do inimigo, carne do servo e osso do pai.

– Não é um ritual muito bonito. - Rowena falou.

– Sabem do que se trata? - eu perguntei.

– Sim. Não vai querer presenciar tal coisa, querida. - Godric respondeu.

– Como ele poderia chegar até o Potter? O Crouch está fazendo um bom trabalho para ele até agora, mas ele não poderia mandar o Potter até seu pai. Dumbledore perceberia. - Helga falou.

– Meu pai está fazendo o possível e o impossível para garantir que Harry chegue até a Taça Tribruxo antes de qualquer outro campeão na última tarefa. - eu falei. - Crouch transformará a Taça em uma Chave de Portal.

– Mas ele está sendo muito cauteloso, não? - Helga ironizou. - Ele não pediria para você apagar seu contato com Crouch se não tivesse total certeza de que o seu plano daria certo. - eu concordei com ela.

– Ele não pode se dar ao luxo de perdê-la. - Salazar murmurou.

– Eu tirei a mesma conclusão.

– Não acho que deve se preocupar muito com isso agora, querida. - Godric falou quebrando o silêncio que tinha se instalado ali. - Seus N.O.M.s começarão amanhã e você deve se concentrar neles, e não nos problemas que ainda estão por vir.

– Godric tem razão. - Rowena falou. - Concentre-se no agora.

– Acham que eu poderei fazer alguma coisa para ajudar o Harry? - perguntei. Estava com aquela pergunta martelando na minha cabeça já há muito tempo.

– Você o ama, Katherine? - Salazar perguntou.

Fui pega de surpresa com aquela pergunta, principalmente por vir de Salazar Slytherin.

– Não tenho certeza do que sinto por ele, mas eu sinto que devo protegê-lo. - respondi.

– Então vai conseguir achar alguma coisa para ajudá-lo. - Salazar falou. - Vá estudar mais um pouco agora.

A passagem voltou a se abrir para mim.

– Tenham uma boa tarde. - falei antes de sair e voltar para o quarto de Salazar.





POV Autora

Os fundadores não deixaram a antiga sala de reuniões como sempre faziam depois de uma conversa com Katherine, a herdeira de todos eles.

– Ela o ama. - Helga falou assim que a passagem se fechou atrás de Katherine.

– Sim. - os outros três concordaram.

– Ela vai sofrer. - Rowena falou com os olhos levemente desfocados.

– O que você vê? - Salazar perguntou.

– Minha vidência não é nem metade do que era antes, mas ela terá que passar por muita coisa antes de poder ficar com o Potter. - ela respondeu. - Se ela soubesse pelo menos metade das coisas que ainda podem acontecer com ela...

– Não podemos falar ou fazer nada. - Godric falou.

O silêncio se instalou entre os quatro.

Todos eles já tinham uma noção do futuro que esperava por Katherine Liwener Riddle, mas até agora, tudo o que eles esperavam que ela fizesse, ela fizera de outra forma trazendo resultados melhores. Ela era imprevisível, sem nenhuma dúvida, mas se eles tinham certeza de alguma coisa, era a certeza que ela conseguiria ser feliz da forma dela mesmo que o inferno estivesse reinando na Terra.





POV Katherine

O jantar daquela noite foi calmo.

Os alunos do quinto e sétimo ano estavam calados e concentrados na própria comida ou então pensavam nas provas que esperavam por nós na manhã seguinte. Eu sabia disso porque os pensamentos de todos dentro daquele Salão estavam se misturando aos meus de tempos em tempos.


Eu me demorei um pouco mais no Salão Principal depois do jantar e quando saí para voltar ao Salão Comunal da Sonserina, encontrei com Dumbledore, o Ministro da Magia, alguns professores e um grupo de bruxos idosos que eu não conhecia, mas era fácil adivinhar quem eram.

– Srta. Riddle! - Dumbledore me chamou.

– Boa noite, diretor. - fui até eles. - Senhores. - cumprimentei todos os outros com um leve aceno de cabeça.

– Boa noite, senhorita. - Fudge me cumprimentou de volta.

– O que posso fazer pelos senhores? - eu perguntei.

– Minha cara professora Marchbanks, essa é a nossa melhor aluna do quinto ano. - Dumbledore me puxou pelo braço para que eu ficasse na frente dele e pudesse ser observada lentamente por todos os bruxos. - Katherine Liwener Riddle. - ele completou falando meu nome.

– Conhecemos os seus pais, querida. - ela falou depois de se recuperar de um choque. - Os dois eram brilhantes.

– Sim, eram. - um dos homens comentou. - Principalmente seu pai.

– Espero poder estar à altura deles. - eu falei com um sorriso calmo no rosto.

– Com certeza estará, minha cara. - Dumbledore falou apertando meu ombro de leve.

– Sem querer ser rude, mas preciso voltar para o Salão Comunal. Gostaria de revisar a matéria de amanhã antes de dormir.

– Tão aplicada quanto Tom... - gelei quando a Profa. Marchbanks falou o nome de meu pai. - Vá em frente, querida. Nos vemos amanhã.

– Boa noite. - falei antes de ir para as escadas que me levariam para as Masmorras.




O resto da noite passou rapidamente para mim, mas era possível sentir a tensão que tomava conta do ar ao redor dos alunos do quinto e sétimo ano no Salão Comunal. Todos estavam com os rostos enfiados nos livros tentando fazer uma revisão de última hora, mas ninguém tinha sucesso na tentativa.

Eu fiquei com Asha no colo e explicava com calma a matéria que vinha explicando há quase uma semana para as meninas. Quando Lexi e Melanie estavam quase dormindo sobre os livros, eu fiz com que todas fossem para o dormitório.

Ninguém parecia exatamente descansado na manhã seguinte e durante o café da manhã o silêncio reinou entre nós. Recebi um bilhete de Luna na hora do correio.




Boa sorte, filha.

L.L.



– Obrigada. - sussurrei para o nada.

Depois que todos os outros alunos foram para suas respectivas aulas, apenas os alunos do quinto e sétimo ano continuaram no Saguão de Entrada. As nove e meia em ponto, fomos convidados a entrar novamente no Salão Principal, turma por turma.

As mesas das quatro casas tinham sido retiradas e substituídas por muitas mesas individuais, eu tinha a vaga lembrança de já ter visto o Salão Principal daquele jeito. Porém, daquela vez era apenas uma única mesa.

Minerva se encontrava na frente da mesa dos professores no fundo do salão, e depois que todos se sentaram e sossegaram ela disse:

– Podem começar. - e virou uma enorme ampulheta na mesa ao lado, sobre a qual havia penas, tinteiros e rolos de pergaminho de reserva.

Como eu esperava, fui a primeira a conseguir terminar de responder todas as questões. Entrelacei os dedos e esperei que todos os outros terminassem a prova e fôssemos dispensados.

– Como vocês foram? - eu perguntei para as meninas.

– Muito mal! - Bianca falou com os olhos apavorados.

– Não pode ter sido tão ruim assim, Bianca. - Alexia falou. - Acho que eu fui razoavelmente bem.

– Eu, sem dúvida nenhuma, vou ganhar no mínimo um Passável. - Júlia falou bagunçando os cabelos.

– Eu mato vocês se alguém tirar Trasgo. - ameacei. - É melhor que todas recebam no mínimo um Aceitável. - Acham que perdi meu tempo ensinando as coisas para vocês para não ver resultado?

– Nós nos esforçamos, Katherine. - Rachel choramingou.

– Eu que sim. - eu sorri para elas. - Mas quero pelo menos Aceitável em Herbologia, Feitiços, Transfiguração, Poções e DCAT.

– E História da Magia? - Lexi perguntou.

– Não vejo muita utilidade. - dei de ombros. - Não vou matar ninguém, é claro. Mas quero ver algum resultado.

Elas assentiram.

– Katherine! - era Harry.

– O que foi? - perguntei me virando para ele.

– Como foi na prova?

– Não fui muito mal. - sorri para ele. - Mas essa foi a primeira das provas. Ainda temos duas semanas de provas pela frente.

– Boa sorte. - Rony e Hermione falaram juntos.

– Desculpa por não poder ajudar você. - eu falei para Harry.

– Não se preocupe. Hermione e Rony dão conta.

– No final dessa semana eu posso ajudá-los com alguma coisa, mas até lá eu falo novamente com vocês. - Hermione assentiu.

– Terá mais provas durante a tarde também, Kate? - ela perguntou.

– Sim. A tarde será a prova prática.

– Boa sorte, então.

Fui para a mesa da Sonserina enquanto eles foram para a mesa da Grifinória.

Depois do almoço, nós ficamos esperando do lado de fora de uma sala ao lado do Salão Principal aonde deveríamos esperar sermos chamados para o exame prático. Depois de poucos minutos de espera, o professor Flitwick entrou na sala e chamou os nomes:

– Katherine Riddle, Robert Greene, Mike Jonas e Renata Muller.

Nós quatro seguimos o pequeno professor para dentro do Salão Principal onde os bruxos para quem eu tinha sido apresentada na noite anterior estavam esperando por nós.

– Srta. Riddle. - a profa. Marchbanks me chamou ao mesmo tempo que acenava com as mãos, indicando que ela quem iria me testar.

– Profa. Marchbanks. - eu a cumprimentei com um aceno de cabeça, em respeito.

– Dumbledore disse muitas coisas a respeito da senhorita. - ela falou me olhando nos olhos.

– Espero que coisas boas. - eu disse com um sorriso brincando nos lábios.

– Com certeza, minha cara. Com certeza. - ela riu. - Vamos começar, então!

Os próximos quinze minutos passaram rapidamente para mim. A profa. Marchbanks me pediu para executar vários feitiços, sem me dar tempo para pensar entre um ou outro, e eu os executei sem nenhum erro. Mas não podia dizer o mesmo dos outros três.

– Acho que já está bom, srta. Riddle. - ela falou com um sorriso satisfeito no rosto. - Está dispensada. - ela indicou a porta do Salão para mim.

– Obrigada. - inclinei minha cabeça para ela antes de dar as costas e me dirigir para a porta.

Os dias que se seguiram até o final das provas não foram diferentes do primeiro. Na parte da manhã o teste teórico, e depois do almoço, o teste prático.

Eu não tive problemas em nenhum, mas eu já sabia que não tiraria um 'Ótimo' em História da Magia, Aritmância e Runas Antigas. Não que isso fosse me afetar, de qualquer forma.

Porém, conforme a segunda semana de testes se aproximava do fim, a verdade dura de que a última tarefa do Tribruxo se aproximava ficava cada vez mais nítida.

A última prova teria início ao por-do-sol da segunda, depois que todas as provas finais e os N.O.M.s e N.I.E.M.s dos outros alunos já tivessem terminado. Eu não queria admitir para mim mesma, mas pela primeira vez em anos, eu não me sentia preparada para o que estava por vir.


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Notas finais do capítulo

É o seguinte, meus amados leitores.
Como eu acho que vocês sabem, eu moro no Japão e estudo em escola japonesa. E nesse ano (na verdade ano que vem, já que o ano letivo termina em março e começa em abril.), é o meu último ano no que equivale ao nono ano.
E para entrar no Colegial, ou Ensino Médio (não sei como se fala agora), eu preciso passar em umas provas e é por isso que eu ando demorando para postar.
Agora, eu tenho mais um capítulo pronto e um em andamento. O que já está pronto só precisa ser revisado antes de postar.
Provavelmente farei isso antes do dia 15 de dezembro...
Comentem, por favor!!!
E nos vemos nos reviews!
Beijos, NatyAiya.