Voldemorts Daughter escrita por NatyAiya


Capítulo 57
Capítulo 57 - Bartolomeu Crouch




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Capítulo 57 - Bartolomeu Crouch

POV Katherine

Mais algumas semanas se passaram e os NOM's começariam dentro de um mês, o que significava que a última tarefa do Tribruxo também seria dentro de um mês.

No mesmo ritmo que os dias no castelo ficavam mais quentes, o número de alunos do quinto e sétimo ano que iam diariamente para a Ala Hospitalar por causa da pressão dos estudos aumentava. E mesmo que as meninas da sonserina tomassem uma dose de poção calmante pelo menos três vezes por semana, Alexia, Júlia, Rachel, e Bianca também foram levadas para a Ala Hospitalar aos prantos por causa de um distúrbio nervoso causado por causa dos estudos.

Meu pai também tinha me dado um tempo, já fazia quase duas semanas que ele não tentava invadir minha mente, o que permitia que eu dormisse um pouco mais tranquila e um pouco menos tensa descansando muito melhor.

Mas é claro que Merlin não sorri para mim por muito tempo e logo o problema chamado Karkaroff mais uma vez batia na minha porta. Ele voltou a me parar nos corredores duas vezes falando baixo e rapidamente o que queria comigo para que ninguém pudesse compreender nossa conversa, e nas duas vezes eu fui salva pelo Crouch ou falso Moody, como eu costumava chamá-lo.

Na última semana de maio, aproximadamente um mês antes da terceira e última prova do Tribruxo, os campeões foram convocados no campo de quadribol onde seria anunciado qual seria a última prova.

A prova em si, eu já tinha escutado através de Severo e se não fosse pelos obstáculos e desafios desconhecidos que se encontrariam dentro da prova - dentro do labirinto - ela poderia ser realmente fácil. Entrar em um labirinto e conseguir encontrar a Taça Tribruxo antes dos outros campeões.

Não era algo complicado de se fazer, o que dificultava tudo e deixava as coisas um tanto assustadoras era o fato de não saber que tipo de obstáculos se encontrariam dentro do labirinto.

Aquela noite era para ter sido uma noite calma e comum no castelo, em Hogwarts. Eu fiquei encarregada novamente da ronda noturna que era de Cedrico apenas essa noite por causa que os campeões foram convocados, eu não me importava na verdade. Nas últimas semanas as rondas noturnas estavam sendo realmente relaxantes, já que meu querido pai tinha me dado um folga e não invadia minha cabeça já há algumas semanas. E eu esperava que tudo continuasse assim por mais algum tempo, mas infelizmente isso não aconteceu.



POV Autora

Um pouco antes das nove horas da noite, Harry e Cedrico chegavam juntos ao campo de quadribol.

– O que foi que fizeram com o campo? - exclamou Cedrico indignado.

O campo deixara de ser plano e liso. Parecia que alguém andara construindo muretas longas que cobriam toda a extenção do campo cruzando em alguns lugares e formando passagens desiguais.

– São sebes! - Harry exclamou, se inclinando para examinar a mais próxima.

– Alô, vocês aí! - a voz de Ludo Bagman chegou até eles animada.

Ele estava parado no que antes era o meio do campo na companhia de Fleur e Krum. Os dois então foram saltando por cima das sebes até chegar até o grupo.

– Bem, o que é que vocês acham? - Bagman perguntou alegre, quando os dois finalmente chegaram até eles. - Estão crescendo bem, não? Dêem mais um mês e Hagrid fará com que elas alcancem cinco metros e meio de altura. Não se preocupem - ele acrescentou vendo as expressões nada satisfeitas de Harry e Cedrico. -, os senhores terão o seu campo de quadribol de volta depois que terminarem a tarefa. - ele disse com um largo sorriso. - Agora, acho que vocês podem adivinhar o que estamos fazendo aqui, certo?

– Labirinto. - Krum respondeu depois de um momento em silêncio.

– Exato! Um labirinto. - disse Bagman. - A terceira tarefa na realidade é muito simples. A Taça do Torneio Tribruxo será colocada no centro do labirinto. O primeiro campeão que alcançá-la receberá a nota máxima.

– Temes samplement que atrravessar o labirrinto? - perguntou Fleur arqueando as sobrancelhas.

– Haverá obstáculos, é claro. - Bagman falou alegremente. - Hagrid está providenciando algumas criaturas e haverá também feitiços que vocês precisarão desfazer e essas coisas que os senhores já conhecem. Agora, os campeões que estão liderando a contagem de pontos entrarão primeiro no labirinto. - ele sorriu para Harry e Cedrico. - Depois entrará o Sr. Krum e por último a Srta. Delacour. Mas todos terão a mesma possibilidade de vencer, dependendo da perícia com que superarem os obstáculos. Será divertido, não acham?

Harry, que desconfiava do tipo de criaturas que Hagrid providenciaria para um evento de tal porte achava que poderia ser tudo, menos divertido. Mas, ele concordou educadamente com a cabeça, assim como os demais campeões.

– Muito bem... Então, se não tiverem nenhuma pergunta a fazer, vamos voltar para o castelo...

Harry se virou para sair do campo junto com os outros, mas antes que ele pudesse tomar o rumo para o castelo Krum bateu em seu braço.

– Posso falarr com focê? - ele perguntou.

– Claro que sim. - Harry respondeu surpreso.

– Poderria andarr um pouco comigo? - o búlgaro pediu.

– Ok. - ele concordou curioso.

Bagman, que esperava para falar com Harry e provavelmente voltaria a oferecer ajuda como fizera nas outras provas os olhou desconfiado e perturbado.

– Esperarei por você, Harry, está bem?

– Não, está tudo ok, Sr. Bagman. - disse Harry contendo um sorriso aliviado por não ter que escutar o homem falando durante todo o caminho de volta para o castelo. - Acho que posso encontrar o caminho para o castelo sozinho, obrigado.

Harry e Vítor saíram juntos do campo de quadribol, mas não tomaram o caminho para o navio de Durmstrang. Em vez disso, foram na direção da Floresta.

– Por que estamos indo nesta direção? - Harry perguntou ao passarem pela cabana de Hagrid e a carruagem iluminada de Beauxbatons.

– Non querro que me ouçam. - o outro disse secamente.

Quando finalmente chegaram em um trecho sossegado a poucos passos do cercado onde os cavalos de Beauxbatons estavam, Krum parou à sombra de um grupo de árvores e se virou para encarar Harry.

– Querro saberr - ele começou com a cara mais amarrada do que o normal. - que é que há entre focê e Hermi-ô-nini.

– Nada. - disse ele. Mas isso não convenceu Vítor que amarrou a cara. - Somos apenas amigos. - ele acrescentou explicando melhor. - Ela não é minha namorada e nem nunca foi. Aquela tal da Skeeter está inventando coisas. - ele mordeu a língua para não acrescentar um 'novamente'.

– Ela fala muito de focê. - Krum falou olhando desconfiado para Harry.

– Claro, porque somos amigos. - ele fez questão de dar ênfase a última palavra.

Antes que eles pudessem conversar mais, alguma coisa se moveu às costas de Krum entre as árvores, e Harry, que tinha alguma experiência com os seres que rondavam e viviam na Floresta Proibida, instintivamente pegou o braço de Krum puxando-o para o lado.

– Que foi? - o búlgaro perguntou sem compreender o gesto do mais novo.

Harry balançou a cabeça enquanto examinava com atenção o lugar em que percebera o movimento. Colocou a mão dentro das vestes à procura da varinha. Mas antes que ele pudesse puxá-la, um homem saiu cambaleando de trás de uma árvore alta e por um instante, Harry não o reconheceu percebendo depois que se tratava do Sr. Crouch.

Ele não estava se parecendo nem um pouco com o homem que conhecera na Copa Mundial de Quadribol ou que vira depois em Hogwarts. Parecia que tinha viajado por dias, talvez meses, com a mesma roupa, suas vestes estavam rasgadas em algumas partes e ensanguentadas. Seu rosto estava arranhado e sujo, sua barba estava por fazer e seus olhos estavam desfocados. Os cabelos e bigodes sempre impecáveis estavam precisando de um xampu e de um corte. Porém sua estranha aparência não era nada comparada à maneira com que estava agindo. Resmungava e gesticulava para o nada, parecia estar falando com alguém que somente ele conseguia ver.

– Ele non erra um dos juízes? - Krum perguntou de olhos arregalados. - Non é do seu ministérrio?

Harry apenas assentiu perplexo com a forma que o Sr. Crouch agia. Ele hesitou antes de se aproximar lentamente do homem, que não olhou para ele.

– Sr. Crouch? - Harry o chamou cautelosamente.

Ele porém, continuava a resmungar e falar com alguém invisível. Então ele parou de falar e voltou a resmungar silenciosamente para a árvore mais próxima. Antes que Harry pudesse se aproximar mais, o homem cambaleou para os lados e caiu de joelhos.

– Sr. Crouch? - Harry o chamou com a voz um pouco mais alta. - O senhor está bem?

Os olhos de Crouch reviravam nas órbitas. Harry olhou para os lado procurando Krum que continuava a olhar para Crouch assustado.

– Que é que ele tem?

– Não faço ideia. - murmurou Harry. - Olha, é melhor você ir buscar alguém...

– Dumbledore! - arquejou o Sr. Crouch. Ele esticou a mão e agarrou com firmeza as vestes de Harry e puxou-o para perto, embora seus olhos estivessem olhando por cima da cabeça de Harry. - Eu... preciso... ver... Dumbledore.

– Ok. - disse Harry. - Se o senhor se levantar, podemos ir até...

– Fiz... uma.. idiotice... - o homem murmurou. Ele parecia completamente demente. Revirava os olhos esbugalhados e um fio de saliva escorria pelo seu queixo. E cada palavra que ele dizia parecia custar um esforço terrível. - Preciso... falar... Dumbledore...

– Levante, Sr. Crouch. - Harry disse em alto e bom som. - Levante e eu levo o senhor a Dumbledore!

Então finalmente os olhos de Crouch giraram e focalizaram Harry.

– Quem é você? - sussurrou o bruxo.

– Sou aluno da escola. - ele respondeu, olhando para Krum à procura de ajuda, mas o outro mantinha-se afastado parecendo extremamente nervoso.

– Você não é... dele? - perguntou Crouch em um sussurro.

– Não. - respondeu Harry, mesmo sem fazer a menor ideia do que Crouch estava falando.

– De Dumbledore?

– Isso mesmo.

Crouch então o puxou para mais perto, praticamente grudando seu rosto no do garoto.

– Avise Dumbledore...

– Eu vou buscar Dumbledore se o senhor me soltar. - Harry falou tentando soltar suas vestes das mãos do homem. - Me largue, Sr. Crouch, e eu vou buscar o diretor...

Novamente os olhos de Crouch ficaram desfocados e ele voltou a falar com a árvore. Dessa vez ele falava sobre o filho, que estava morto para Harry. Percebendo que estava livre do aperto de Crouch, Harry se virou para Krum.

– Você fica aqui com ele! - ele disse. - Eu vou buscar Dumbledore, faço isso mais rápido, sei onde é o escritório dele... - ele só iria perceber que não sabia a senha para passar pela gárgula mais tarde.

– Ele está doido! - disse Krum hesitante, olhando para Crouch que ainda conversava com a árvore.

– Só precisa ficar aqui com ele. - Harry falou começando a se levantar, mas seu movimento pareceu despertar novamente a atenção de Crouch que agarrou a perna do menino puxando-o novamente para o chão.

– Não me deixe! - ele sussurrou. Seus olhos estavam novamente esbugalhados.- Eu... fugi. Preciso... avisar... preciso contar... ver Dumbledore... minha culpa... meu filho... minha culpa... Berta... morta... tudo minha culpa... meu filho... minha culpa... diga a Dumbledore... Harry Potter... o Lorde das Trevas... mais... forte... Harry Potter... - eram palavras desconexas que não faziam nenhum sentido para Harry.

– Vou buscar Dumbledore se o senhor me deixar ir, Sr. Crouch! - disse Harry. - Quer me ajudar, por favor? - ele se virou irritado e indignado para Krum.

Mesmo que estivesse extremamente apreensivo, Krum se adiantou e ficou ao lado do Sr. Crouch.

– Não deixa ele sair daqui. - disse Harry se soltando do bruxo. - Eu volto com Dumbledore.

– Non demorre, por favorr. - Krum gritou para Harry que se afastou correndo da Floresta indo para o castelo. Os gramados já estavam desertos, Bagman, Cedrico e Fleur já tinham desaparecido como o esperado. Harry subiu os degraus da entrada aos saltos e continuou correndo até trombar com alguém.

– Me descul... - ele começou.

– O que pensa que faz fora do Salão Comunal, Potter? - a voz conhecida o repreendeu.

– Katherine, eu... - ele não tinha tempo para explicar. - Desculpa, eu preciso ir até Dumbledore.

Ela poderia ter dado de ombros e voltado para sua ronda, ou então tentado parar o grifinório e aplicar uma detenção nele, mas ao invés disso ela acompanhou o garoto escada acima.

– O que aconteceu? - ela perguntou enquanto corriam lado a lado pelos corredores.

– O Sr. Crouch. Ele apareceu, ele está louco! - ele respondeu com a respiração entre cortada.

Foi fácil para ela entrar na mente de Harry e conseguir a informação inteira.

– Onde ele está?

– Eu o deixei com Krum na orla da floresta, perto do cercado onde os cavalos da Beauxbatons estão. - ele respondeu.

– Vá até Dumbledore e o traga o mais rápido possível. Eu sou monitora, vou até lá. - ela falou para ele dando meia volta e correndo pelo mesmo caminho que Harry tinha feito minutos antes. - O que está acontecendo?– ela gritou em sua mente para os fundadores.

Não sabemos, querida.– Helga quem respondeu.

Antes que ela pudesse voltar a falar com eles, uma pontada conhecida atingiu o seu escudo mental. Ela bloqueou certos pensamentos antes de permitir a invasão.

Pai?

Crouch fugiu de meu controle. Ele sabe demais e deve ter ido para Hogwarts atrás de Dumbledore. Crouch deve ser silenciado, Katherine.– ele disse apenas antes de se retirar.

– Bem, isso explica as coisas. - murmurou.



POV Katherine

Enquanto eu corria pelos gramados de Hogwarts, eu murmurava o antigo feitiço de localização que Valentine Slytherin me ensinara há alguns anos atrás. Tentava localizar o falso Moody. Afinal, meu pai tinha apenas me informado sobre o que ocorrera, não era uma ordem para que eu desse um jeito no Sr. Crouch, para que eu o matasse. Então eu cheguei a conclusão que Crouch - o filho - já devia estar sabendo sobre tudo isso e provavelmente deveria estar atrás do Sr. Crouch.

Descobri que a minha conclusão estava certa ao localizá-lo perto da Floresta, não muito longe do cercado dos cavalos de Beauxbatons, onde segundo Harry, o Sr. Crouch e Krum estavam.

Katherine, tente descobrir o que está acontecendo!– a voz dos fundadores ecoou em minha mente.

Como?– eu perguntei continuando a correr pelos gramados.

Eles não responderam, mas em questão de segundos eu senti o poder deles se misturando ao meu, e então a minha visão mudou drasticamente. Eu não via as coisas do jeito de sempre, alguma coisa tinha mudado.

O que está acontecendo?– eu perguntei assustada com a mudança repentina e diminuindo a velocidade de meus pés.

Continue!– os quatro gritaram juntos. - Agora se concentre na orla da Floresta.– a voz de Salazar continuou.

Fiz o que ele mandou e então finalmente percebi que eu estava vendo aqueles terrenos através dos olhos deles. Eles não eram mais formas presentes, o que os permitia ter uma visão diferente de tudo que se passasse pelos terrenos da escola. Eu vi o que se passava na orla da Floresta Proibida como se eu estivesse presente ali.

Exatamente.– Rowena disse orgulhosa. - Nunca nos decepciona, Katherine.

Vou querer explicações mais tarde.– eu falei procurando pelo lugar certo.

Então eu os encontrei. Vi o falso Moody atacando Krum de uma forma que parecesse ser o Sr. Crouch a atacá-lo e logo depois puxou o homem sujo que se debatia para dentro das árvores.

Eu preciso fazer algo! Ele vai matá-lo!

Você não pode, Katherine!– e eu voltava a ver as coisas através de meus próprios olhos.

Eu não tinha deixado de correr durante minha "visão" estranha e continuava correndo na direção de onde Krum estava desacordado agora.

Podemos mostrar a você algumas coisa que acontecem, que já aconteceram e que podem acontecer em Hogwarts mas isso é, de certa forma, mexer com o tempo. Você não estará realmente presente no lugar, mas poderá ver observar sem interferir.– Rowena explicou rapidamente. Eu sabia que ela estava apenas explicando o básico para mim, o que significava que eu teria uma verdadeira aula sobre esse novo "poder" assim que tivesse um tempo livre.

Isso é...– eu comecei mas parei ao ver que não conseguia encontrar uma palavra certa.

Frustrante?– Godric sugeriu.

Sim.– aceitei a palavra.

É mais fácil do que usar um vira-tempo, querida.– Helga disse. - Como você sabe, com um vira-tempo você tem a oportunidade de mudar certos acontecimentos, certos fatos, alterando o futuro, causando assim uma verdadeira confusão com o tempo.

Crouch vai matar o pai.

E você não poderá interferir.– soltei um grito de frustração passando finalmente pela carruagem iluminada de Beauxbatons e pela cabana de Hagrid.

Expulsei os quatro de minha mente e tentei encontrar a do Sr. Crouch, já que se conseguisse fazer isso, significaria que ele continuava vivo. O alívio tomou conta de meu peito ao conseguir fazê-lo, mas eu poderia ficar realmente louca dentro daquela mente. Meu pai tinha feito um belo estrago por ali. Bartolomeu Crouch estava sem saber o que era real e o que era ilusão, ele perdia o controle por algum tempo para a Maldição Imperius lançada por meu pai e depois recobrava uma semi-lucidez ao conseguir lutar contra a maldição por espaços curtos de tempo.

Vi através dos olhos dele Crouch, o comensal, erguer a varinha e murmurar a maldição da morte. A luz esverdeada foi a última coisa que o Bartolomeu Crouch Sr. viu em vida.

Cambaleei um pouco quando a minha ligação com a mente do homem se quebrou de uma forma tão bruta. Agora eu precisava chegar até Krum e ver como ele estava.

Depois de procurar por alguns segundos ao redor do cercado onde os cavalos de Beauxbatons se encontravam, eu o localizei caído entre duas árvores. Corri para o seu lado e me abaixei verificando sua respiração e pulsação antes de qualquer coisa assim que o alcancei, e apenas depois de verificar isso notei que ele não fora apenas estuporado como também tivera sua mente levemente alterada. Logo depois, Harry chegava com Dumbledore.

– O que aconteceu? Onde está o Sr. Crouch? - Harry perguntou olhando para os os lados, provavelmente procurando pelo bruxo.

– Eu não sei. - respondi. - Quando eu cheguei o Sr. Crouch já não se encontrava aqui e o Sr. Krum já estava assim. - eu gostaria de responder a verdade, dizer que Bartolomeu Crouch estava morto, escondido em algum lugar da Floresta Proibida e que Moody era o responsável por tudo isso. Mas eu não podia fazer isso.

– Verificou se ele está vivo? - Dumbledore perguntou se abaixando ao lado do búlgaro ao mesmo tempo que eu me levantava.

– Sim. Ele foi estuporado. - respondi ficando ao lado de Harry enquanto Dumbledore analizava o outro. Dumbledore assentiu depois de chegar a mesma conclusão.

– O senhor quer que eu vá buscar alguém? - Harry perguntou. - Madame Pomfrey, talvez?

– Não. - respondeu Dumbledore na mesma hora. - Fique aqui.

Ele então ergueu a varinha na direção da cabana de Hagrid e um patrono na forma de fênix saiu da ponta de sua varinha indo naquela direção.

Enervate.– o diretor ordenou apontando a varinha agora para o peito de Krum.

Ele abriu os olhos, parecia atordoado, e quando viu Dumbledore ao seu lado tentou se sentar mas Dumbledore colocou a mão em seu ombro fazendo com que ele continuasse deitado.

– Ele me atacou! - Krum exclamou levando a mão a cabeça. - O velho doido me atacou! Eu estava olhando parra os lados afim de verr onde Potterr tinha ido e ele me atacou pelas costas!

– Apenas fique um pouco deitado. - Dumbledore mandou.

Crouch tinha feito um bom serviço, afinal de contas.

Eu ainda estava de pé ao lado de Harry quando passadas fortes e estrondosas foram ouvidas por entre as árvores e Hagrid saiu do meio delas ofegante e com Canino nos calcanhares.

– Prof. Dumbledore. - ele arregalou os olhos. - Harry! Katherine! - ele exclamou ao nos ver.

– Hagrid, preciso que você vá buscar o Prof. Karkaroff. - disse Dumbledore. - O aluno dele foi atacado. E quando terminar, por favor, alerte o Prof. Moody...

– Não é necessário, Dumbledore - o falso Moody falou aparecendo mancando logo atrás de nós. -, já estou aqui. Teria chegado mais rápido se não fosse por essa maldita perna! O que foi que houve? Snape disse algo sobre Crouch...

– Crouch? - repetiu Hagrid confuso.

– Karkaroff, por favor, Hagrid! - Dumbledore voltou a pedir.

– Ah, sim. Certo. - e voltou a sair, dessa vez na direção do barco da Durmstrang com Canino ao seu lado.

– Não sei aonde foi parar Bartô Crouch, mas é essencial que o encontremos. - Dumbledore disse para o falso Moody.

Fechei as mãos em punhos reprimindo a vontade a impedi-lo.

– Já estou indo. - ele disse puxando a varinha e entrando na Floresta.

Deixei que a minha mente vagasse e acompanhasse a mente de Crouch, seguindo-o Floresta adentro. Só voltei para a orla da Floresta com o barulho que Hagrid fez.

Olhei ao redor confusa encontrando Hagrid apertando o pescoço de Karkaroff contra o tronco de uma árvore com os punhos maciços, o mesmo começava a ter dificuldades para respirar.

Levei alguns segundos para compreender o que estava acontecendo ali. Karkaroff, sem nenhuma dúvida, tinha insultado Dumbledore de alguma forma.

– Hagrid, não. - gritou Dumbledore com os olhos faiscando.

Hagrid soltou Karkaroff, que escorregou pelo tronco da árvore e ficou caído entre as raízes com as vestes emboladas.

– Agora, por favor, tenha a bondade de acompanhar Katherine e Harry de volta ao castelo, sim? - pediu Dumbledore.

– Talvez seja melhor eu ficar aqui, senhor. - Hagrid respondeu lançando um olhar ameaçador para Karkaroff.

– Você irá acompanhar Katherine e Harry de volta ao castelo, Hagrid. - Dumbledore disse com firmeza. - Leve-os diretamente para seus devidos Salões Comunais.

– Eu ainda tenho mais uma hora de monitoria, senhor. - falei olhando rapidamente meu relógio.

– Volte imediatamente para seu Salão Comunal assim que terminar, Srta. Riddle. - ele me olhou. - E Harry, qualquer coruja que queira mandar, você pode deixar para amanhã, certo. - ele disse com os olhos fixos em Harry.

– Claro, senhor. - concordou Harry, sem nenhuma chance de retrucar.

– Vou deixar Canino com o senhor, diretor. - Hagrid falou olhando feio para Karkaroff, que continuava na mesma posição que antes. - Parado, Canino. Vamos. - ele falou se virando para mim e para Harry.

Hagrid foi reclamando e difamando Karkaroff e os alunos estrangeiros durante todo o caminho para o castelo. Respirei aliviada quando finalmente entramos no castelo e eu pude me separar dos dois. Harry lançou um olhar perdido para mim logo depois de passarmos pelo Saguão de Entrada.

– Eu fico aqui. - anunciei. - Boa noite Harry, Hagrid.

A próxima hora se passou bem devagar, e os fundadores falavam comigo de tempo em tempo me instruindo e ensinando como usar o novo poder que eles tinham me dado. Era uma boa ideia me ensinar daquela forma, já que ultimamente estava sendo impossível conseguir um tempo livre para qualquer coisa.

Quando o horário da minha ronda terminou, eu voltei para o Salão Comunal da Sonserina sem pensar duas vezes e me joguei em minha cama adormecendo quase que imediatamente.


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Notas finais do capítulo

Desculpa pela demora! Mas espero que vocês tenham gostado do capítulo.
Nos vemos nos reviews.