Voldemorts Daughter escrita por NatyAiya


Capítulo 56
Capítulo 56 - Orientação Vocacional


Notas iniciais do capítulo

Em primeiro lugar: *ajoelha* Desculpa pela demora!!!
Eu queria postar antes, mas eu desejo não pode se realizar com a quantidade de coisas que eu precisava fazer.
Em segundo lugar: Obrigada pelos reviews... Eu li todos, mas ainda não tive tempo para respondê-los. Farei isso o mais rápido possível.
Em terceiro lugar: Obrigada para todos que deram suas opiniões sobre com quem a Kath deve ficar. E para quem ainda não votou, ainda tem dois dias para fazê-lo.
E em quarto lugar: Segundo a contagem dos votos, no presente momento, Katherine/Harry ainda é o mais votado.
Agora vou parar de enrolá-los...
Boa leitura.



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Capítulo 56 - Orientação Vocacional

POV Katherine

Pude notar que as semanas que se seguiram depois da segunda tarefa se tornaram corridas para o trio e campeões. Todos queriam saber com detalhes sobre o que tinha acontecido no fundo do lago, como era e esse tipo de coisas que a maioria dos alunos desejam saber. A maioria que não são da Sonserina, é claro. Afinal, nós temos uma visão privilegiada para o fundo do lago a partir das janelas do Salão Comunal e depois do primeiro ano, tudo simplesmente perde a graça.

Um mês se passou e Harry não parecia pensar em treinar alguns feitiços para a terceira tarefa. Hermione vinha reclamar comigo na biblioteca, mas eu não podia fazer muita coisa a não ser escutá-la afinal, com a proximidade dos NOM's eu resolvi estudar um pouco mais do que o normal.

Além de precisar controlar os nervos das outras meninas e explicar as matérias que já tinham fugido da mente delas, eu precisava dar conta das tarefas que tinham aumentado assustadoramente nos últimos dias e também dar conta dos serviços de monitora. E para me lembrar que eu tinha muito mais o que fazer, os sonhos que me levavam todas as noites até a presença de meu pai também me assombravam.

Com a visita para Hogsmeade se aproximando, eu estava pensando em mandar uma coruja para Luna avisando que eu não iria ao encontro dela dessa vez, mas antes que eu pudesse realizar esse meu desejo, meu pai pediu para que eu fosse ao encontro dela.

Acabei não tendo outra escolha a não ser obedecê-lo.

– Você vai mesmo? - Alexia perguntou de manhã quando eu me arrumava.

– Não tenho escolha. - respondi.

Embora eu ainda tivesse vários segredos com as meninas, nos últimos anos Alexia tinha voltado a se tornar a minha melhor amiga, por assim dizer. Quando o assunto se voltava para meu pai, ela era quem melhor me compreendia. Os segredos ainda existiam entre nós, mas Alexia era a única para quem eu podia contar certas coisas sem precisar explicar várias outras.

Como nesse momento, se eu estivesse falando com Bianca ou com Melanie elas me questionariam até arrancarem uma resposta que as satisfizesse. Alexia apenas virou para o outro lado e voltou a dormir.

A maioria dos quintanistas preferiam passar as manhãs de sábado e domingo dormindo até tarde depois de passarem as noites dos dias da semana acordados até tarde, e nos dias que as visitas para Hogsmeade eram possíveis eles dormiam até a hora do almoço e só iam para o povoado de tarde. É claro que existiam aqueles que não seguiam esse cotidiano, por assim dizer, e eu era uma dessas pessoas.

Com certeza eu estaria dentro do castelo e não em uma carruagem se não fosse pelo meu pai e pela Luna mas eu tentava manter isso o mais longe possível de minha mente. Assim que a carruagem parou no povoado, eu desci e não pestanejei ao ir na direção da loja dela.

– Bom dia, Frank. - eu o cumprimentei ao abrir a porta. - Anita está?

– Lá em cima. - ele respondeu sem se dar o trabalho de me encarar.

– Obrigada. - agradeci já passando pelo balcão e indo para as escadas. - Luna? - a chamei adentrando o segundo andar onde o cheiro de café e pão fresco fez com minha barriga roncasse.

– Cozinha, Katherine. - ela respondeu. - Já comeu? - ela perguntou assim que eu entrei no cômodo.

– Não, e estou faminta. - falei me sentando na cadeira que ela indicava para mim.

– Coma então. Depois conversamos sobre seu pai. - ela falou servindo uma xícara de café e colocando um prato com pães frescos e bacon frito na minha frente.

A conversa durante o café da manhã girou ao redor da segunda tarefa do Tribruxo, o único asunto que não se aproximava de meu pai enquanto comíamos. Logo após terminarmos de comer, ela recolheu os pratos e começou lavá-los, eu apenas os secava e logo depois os próprios pratos encontravam seus lugares nas prateleiras.

E assim que fomos para a sala e sentamos no sofá lado a lado eu fui direto ao assunto que tinha me levado para Hogsmeade naquela manhã.

– Meu pai quer vê-la. - eu falei arrancando um olhar surpreso e um tanto assustado dela.

– Tom, deseja me ver? - ela perguntou sem acreditar nas minhas palavras.

– Sim. Ele quer que eu a leve até ele. - e o medo passou rapidamente por seus olhos.

– Eu... eu vou me arrumar. - ela falou se levantando cambaleante e saindo da sala.

Quinze minutos se passaram e ela voltou para a sala com outra roupa, algo me dizia que aquela era a sua melhor veste.

– Podemos ir?

– Claro. - sua voz tremeu. A insegurança era palpável ao seu redor. - Frank, eu vou sair. - ela falou simplesmente antes de sairmos da loja.

Agradeci mentalmente pela loja ser em uma rua praticamente esquecida e por isso poderíamos aparatar dali mesmo, sem nos preocuparmos com sermos vistas.

– Segure meu braço. - disse estendendo o meu braço direito para ela.

E assim que ela fechou os dedos com força ao redor de meu braço, me concentrei em Little Hangleton e quando abri os olhos a Mansão Riddle se erguia imponente sobre o vilarejo trouxa à nossa frente.

– Seja bem-vinda a Little Hangleton. - eu falei indicando o vilarejo abaixo de nós. - Ele está nos esperando. - falei puxando seu braço para dentro da casa.

Ele os espera.– Nagini sibilou enrolada no começo da escada e foi subindo ao nosso lado pelo corrimão.

Senti Luna enrijecer ao meu lado. Seu nervosismo e algo que eu chamaria de medo eram palpáveis. Apertei seu braço com mais firmeza e ela soltou o ar que prendia quando paramos em frente a porta do quarto onde ele estava.

– Pai. - eu o chamei entrando primeiro. - Trouxe Luna comigo.

– Olá Luna. - ele falou virando a poltrona na nossa direção. - Há quanto tempo minha querida.

– Milorde. - ela se aproximou e se ajoelhou em sua frente.

Quando ela voltou a erguer o rosto na minha direção, distingui o medo, a pena, a devoção e o amor em seus olhos. Um sorriso satisfeito repuxava e distorcia as feições de meu pai.

– Finalmente tenho vocês duas comigo. - ele falou com os olhos brilhando. Então ele ignorou completamente a presença de Luna à sua frente e fixou seus olhos em mim. - Como vão as coisas, querida?

– Tudo certo.

– Crouch anda lutando contra minhas ordens. Tenha certeza de que o filho fará o que eu quero Katherine. - sabia que ele não falava do falso Moody. Bartolomeu Crouch estivera sendo controlado pela Imperius há uns bons meses.

Então senti uma pressão forte demais na minha mente e senti minhas pernas fraquejarem, mas não daria o gosto de vitória para meu pai. E assim como veio, a pressão foi embora.

O fuzilei com olhos mas não falei nada. Simplesmente odiava quando ele tentava entrar na minha mente através da força. Principalmente quando ele fazia isso apenas para medir sua força.

– Luna, minha cara, esteja pronta para voltar para o meu lado a qualquer momento. Logo eu estarei novamente no poder. - logo após falar isso ele virou a poltrona, dando as costas para nós. Ele pedia para que nós nos retirássemos e eu puxei o braço de Luna para fora do quarto e depois de sairmos da casa, aparatei de volta para Hogsmeade.

– Você está bem? - perguntei antes de entrarmos na loja, ela apenas assentiu. - Descanse, Luna. Ele não vai pedir para que você vá vê-lo novamente até que ele esteja com um corpo próprio.

– Quanto tempo isso vai demorar para acontecer?

– Mais alguns meses. - eu respondi. - Eu preciso voltar para Hogwarts. Até mais. - eu forcei ela atravessar a porta e não pensei duas vezes antes de lhe dar as costas e voltar para a rua principal e dali ir para Hogwarts.

Vários alunos me cumprimentaram e me chamaram pela rua principal de Hogsmeade, eu apenas os cumprimentava de volta e dava desculpas para os que me chamavam. Consegui uma carruagem para me levar de volta até Hogwarts, o que foi muito bom já que meu querido pai voltou a invadir minha mente no meio do caminho para Hogwarts.

Agarrei o tecido do assento e mordi o lábio com força para não gritar, a dor que eu senti poderia ser comparada com a Cruciatus facilmente. Porém, a Cruciatus era uma dor física induzida, e a dor que eu sentia não era algo físico estava mais para algo mental.

Assim que a carruagem parou em frente ao castelo, eu desci cambaleando e me apoiei na parede de mármore.

Katherine, o que houve?– a voz de Godric ecoou na minha mente.

Katherine, fale conosco!– Salazar falou com urgência.

Eu estou bem.

Com certeza não está.– Rowena disse.

– Katherine? - ergui a cabeça para ver quem me chamava e encontrei Severo Snape. - O que houve com você? - ele perguntou descendo a escada do Saguão de Entrada.

– Eu estou bem. - repeti a mesma coisa .

– Não está. - ele me pegou pelo braço enquanto eu escorregava pela parede. - Consegue andar? - ele pediu.

– Acho que sim. - respondi me apoiando nele.

Ele praticamente me carregou escada acima e depois até sua sala nas Masmorras.

– Katherine, o que aconteceu com você? - ele pediu me colocando sentada em uma cadeira.

– Meu pai. - sussurrei de olhos fechados. - Vou ficar bem, apenas me deixe quieta. - eu pedi.

Depois de alguns minutos eu já me sentia melhor e abri os olhos encontrando os olhos de Severo, que estavam carregados de preocupação.

– Se sente melhor? - ele perguntou e eu apenas assenti. - Me assustou sabia?

– Desculpa, não queria assustar ninguém.

– O que o Lorde das Trevas fez dessa vez? Aliás, você estava voltando de Hogsmeade, certo?

– Sim. Eu fui falar com a Luna. - respondi. - Na verdade, fui levá-la até meu pai a pedido dele.

– Isso não deixaria você exausta daquele jeito.

– Não, não deixaria. Mas ele está cada dia mais forte Severo, ter a minha mente penetrada pela dele é quase insuportável. - eu falei.

– Por que não bloqueou sua mente?

– Ele não me dá tempo para isso, apenas tenho tempo suficiente para esconder as coisas que não quero que ele veja. Sem contar que a cada investida dele, mesmo quando meu escudo está erguido, é extremamente dolorosa. Enquanto ele não conseguir um corpo próprio ou então ser destruído de vez, eu estarei vulnerável a ele.

– Duvido muito. Se você decidisse realmente lutar contra o Lorde das Trevas, ele não seria páreo para você.

– Não diga idiotices, Severo.

– Sabe que eu estou certo. O Lorde das Trevas pode ser um bruxo poderoso, um bruxo das trevas poderoso, porém, se você decidir se virar contra ele aposto que você ganharia facilmente.

– Apenas pare com isso, por favor. - eu pedi.

Eu sabia perfeitamente que as palavras dele eram verdade, por isso não queria ouvi-las.

– Você já almoçou? - ele perguntou depois de alguns minutos em total silêncio.

– Não e não estou com fome. Vou para meu dormitório, Severo. - eu falei me levantando.

– Karkaroff ainda não desistiu de você. Ele ainda acha que você pode livrá-lo do Lorde das Trevas. - ele falou quando eu já estava quase na porta.

– Ele está errado. Uma vez comensal, sempre comensal. - falei sem me virar.

– Isso também serve para mim?

– Provavelmente, porém você não abandonou o círculo de comensais completamente, já Karkaroff e a maioria dos outros apenas fugiram. - eu virei para encará-lo.

– Se o Lorde das Trevas descobrir o que eu...

– Ele não descobrirá por mim, Severo. - eu o interrompi. - Eu já lhe disse uma vez e volto a dizer: seu segredo está guardado comigo.

– Obrigado.

– Sem problemas. Boa tarde, professor.




Horas mais tarde, eu estava no quarto de meu dormitório quando escutei o quadro girar.

– Katherine, você está aqui? - era Harry, provavelmente com Hermione e Rony.

Me levantei sem vontade e fui para a sala.

– O que foi?

– Você está péssima. - Rony falou assim que me viu.

– Obrigada pelo elogio, Weasley. - falei sarcástica. - O que querem?

Assim que os pensamentos dos três se misturaram aos meus, eu percebi que aquela seria uma longa conversa.

– Por que vocês não se sentam? - eu convidei me arrastando até uma das poltronas perto da lareira. - O que querem comigo? - eu voltei a perguntar depois que todos já estavam confortáveis em seus lugares.

– Kate, nós estivemos com Sirius hoje. - Harry começou e eu o encarei com um pedido mudo para que ele prosseguisse. - Ele nos contou sobre ter sido o Sr. Crouch quem deu a sentença para que ele fosse para Azkaban e que mandou o próprio filho para o mesmo lugar por ele ter se aliado ao seu pai. Você sabia disso?

– Sim. Bartolomeu Crouch simplesmente odeia tudo que tenha a ver com as Artes das Trevas. No passado, os aurores ganharam autorização para usar alguns poucos feitiços das trevas contra os bruxos das trevas mais perigosos, mesmo que Crouch odiasse isso ele desprezava muito mais aqueles que usavam tais feitiços apenas por diversão.

– Sirius nos falou sobre isso. - Hermione falou.

– Ele provavelmente adoraria me ver atrás das grades de Azkaban também. - eu falei com um sorriso irônico brincando nos meus lábios.

– Mas você não fez nada!

– Não, mas acho que na mente de Bartô Crouch apenas o fato de meu pai ser Lord Voldemort já é motivo suficiente para me mandar para Azkaban. - falei encarando as chamas que dançavam na lareira. - Vocês não se lembram da Copa Mundial de Quadribol?

– O que exatamente deveríamos lembrar? - Rony perguntou.

– Logo depois que a Marca Negra foi conjurada e eu me separei de vocês. Quando eu voltei a me juntar à vocês, não se lembram da expressão que ele fez? - eles balançaram a cabeça negando. - Bem, eu aposto que ele teria ficado muito satisfeito consigo mesmo se tivesse conseguido me mandar para Azkaban naquela hora.

– E o que você sabe sobre o filho dele? - eu realmente esperava que eles não fizessem essa pergunta.

– Não sei muita coisa sobre ele. Meu pai não fala muito sobre o filho do Sr. Crouch. - era uma mentira bem grande, uma mentira que eu poderia contornar com outra quando a verdade sobre o falso Moody viesse à tona. - A única coisa que eu sei é que ele foi mandado para Azkaban junto com Bellatriz, Rodolfo e Rabastan Lestrange. - eu não diria mais nada sobre o assunto.

Meus olhos pesavam e minha cabeça latejava queria que eles fossem embora logo.

– Acho melhor deixarmos a Katherine descansar. - Hermione falou e eu agradeci mentalmente. - Ela não parece estar muito bem.

– Tudo bem. - Harry falou se levantando e sendo acompanhado pelos outros dois. - Descanse, Katherine. - ele falou passando por mim e dando um beijo no topo de minha cabeça.

Não os acompanhei até o quadro como eu faria normalmente, continuei sentada observando as chamas dançando na lareira antes de me levantar com esforço e andar com passos pesarosos para o quarto. Agradeci mentalmente por não ter aula no dia seguinte ao me jogar na cama e puxar as cobertas até meu pescoço.

A inconsciência tomou conta de mim em menos de cinco minutos me levando para uma escuridão sem sonhos.




Com os NOM's se aproximando cada vez mais, a carga das tarefas aumentaram assustadoramente. E com a proximidade dos NOM's também tinha a proximidade da terceira e última prova do Tribruxo.

Um pouco mais de um mês antes do início dos NOM's uma pilha de panfletos foi entregue para nós, quintanistas, todos falavam sobre como escolher o futuro ou algo do gênero. E depois de dois dias, para reforçar o fato de que a nota dessas provas poderia mudar o rumo de nossas vidas depois que saíssemos da escola, foi colado um papel no quadro de avisos do Salão Comunal da Sonserina informando que todos os quintanistas teriam uma reunião individual com os diretores das casas para discutirmos sobre o futuro, a orientação vocacional. Logo abaixo do aviso tinha uma lista de nomes mostrando o dia e a hora de tal reunião.

– Vou perder uma boa parte da primeira aula de Feitiços na quarta. - Júlia falou vendo a lista.

– Não é justo que a maioria dos meninos terão suas reuniões durante a pior aula de todas! - Lexi reclamou olhando o nosso horário e depois a lista.

Ela tinha razão na verdade. Severo tinha colocado a reunião da maioria dos meninos durante as aulas de História da Magia. Eu perderia uma parte da segunda aula de Transfiguração na quinta e seria a última quintanista da Sonserina a passar por isso.

Mais tarde naquele mesmo dia, os meninos vieram se juntar à nós para saber o que pretendiamos para o nosso futuro, foi uma conversa de poucas palavras e eles logo voltaram para o canto deles.

– O que você pretende fazer, Katherine? - Alexia perguntou para mim quando ficamos sozinhas.

– O que quer dizer?

– Quero dizer, seu pai e tudo o mais... - ela falou embaraçada.

– Eu não sei. - eu respondi suspirando e deixando a pena de lado e acariciando a cabeça de Asha que estava em meu colo. - Quem sabe o professor Snape não tenha algum bom conselho para me dar?




Uma semana mais tarde eu saia no meio da aula de Transfiguração para a minha orientação vocacional, desci as escadas em direção as Masmorras e depois andei pelos corredores até a sala de Snape.

– Entre. - ele pediu quando eu bati.

– Com licença, professor. - eu falei entrando. - Boa tarde.

– Boa tarde, srta. Riddle. - ele falou com um sorriso zombeteiro no rosto. - Sente-se.

– Obrigada. - falei colocando a mochila no chão ao lado da cadeira que ele indicava antes de me sentar.

– Me diga o que gostaria de fazer no futuro, depois que se formar em Hogwarts, que eu farei o possível para encaminhá-la para o lugar certo.

Apoiei a cabeça em minha mão em um gesto falsamente pensativo.

– Acho que virar uma bruxa das trevas poderia ajudar meu pai. - eu falei com um sorriso maldoso nos lábios. - Tenho talento para isso. - dei de ombros.

Ele riu divertido e tive que rir junto.

– Falemos sério, Katherine. - ele disse parando de rir. - O que pretende para o seu futuro? - ele voltou a perguntar.

– Eu estava pensando seriamente em me juntar aos aurores. - respondi recebendo um olhar extremamente surpreso dele.

– Uma auror?

– Sei que pode ser impossível para mim por ser filha de quem eu sou, mas acho que não me mataria se eu pelo menos tentasse.

– Acho que você daria uma ótima auror, mas você já pensou no que o Lorde das Trevas poderia falar? - havia um tom de preocupação em suas palavras.

– Pensei e cheguei à conclusão que talvez ele até fique interessado com isso. - respondi. - Eu estaria dentro do Ministério e poderia trazer muitas informações para ele lá de dentro. Na verdade a maior questão não é o meu pai, Severo.

– A maior questão é fazer o Ministério aceitar você como uma auror. - ele completou e eu assenti.

– Sou filha do bruxo das trevas mais procurado e filha de uma ex-auror desaparecida há mais de uma década. Acho que esse meu histórico familiar não me é muito favorável para esse emprego, na verdade ele não é favorável para nenhum emprego.

– Devo concordar com você, mas Luna Liwener foi uma auror excepcional e tanto ela quanto seu pai possuiam ótimas notas em Hogwarts assim como você. Então se formos ver apenas por esse lado, acho que suas chances de se tornar uma auror é bem grande.

– Obrigada por tentar melhorar as minhas terríveis chances. - ele riu. - Mas se os planos de meu pai derem certo e ele realmente retornar, duvido muito que tal serviço seja necessário.

– Bem observado. Você seria apenas a filha do temido Lorde das Trevas, teria todos aos seus pés.

– Não acho que seria tão divertido assim. - eu falei depois de rir um pouco com ele. - Eu me tornaria a temida filha do Lorde das Trevas e poderia me acostumar com todas as pessoas aos meus pés por medo, não acho que seria uma boa coisa para todos no final de tudo.

– É por isso que você é tão diferente dele, Katherine. Você pensa nos sentimentos e desejos dos outros também.

– Eu não penso tanto assim, ainda sou uma sonserina arrogante.

– A única sonserina arrogante que pensa, pelo menos um pouco, nos sentimentos das outras pessoas. É uma característica de grifinória. - ele acrescentou. - Duvido que qualquer outro sonserino possui tal caracterísca.

– Não deveríamos estar falando sobre o meu futuro profissional? - eu perguntei me lembrando do verdadeiro motivo de estar ali.

– Deveríamos. Mas com as suas notas atuais e sua inteligência, você conseguiria entrar em qualquer emprego se ignorarem parte da sua descendência. - ele falou. - E para você se tornar uma auror, é necessário Excede Expectativas nos NIEM's de DCAT, Poções, Feitiços, Transfiguração e Herbologia. Apenas mantenha essas suas notas atuais por mais dois anos. - ele disse verificando alguns pergaminhos sobre sua mesa. - Mas acho que você já sabe de tudo isso.

– Já sei sim, professor. Mas nunca é demais verificar certos detalhes.

– Tem mais alguma pergunta? - eu neguei. - Caso tenha alguma dúvida sobre seu futuro depois de Hogwarts, não hesite em vir falar comigo. Isso é tudo srta. Riddle.

– Obrigada professor.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Eu reescrevi esse capítulo milhares de vezes até que ele chegasse à isso. E eu não gostei. Não saiu do jeito que eu queria...
Mas o que vocês acharam?
Comentem, por favor.