Voldemorts Daughter escrita por NatyAiya


Capítulo 46
Capítulo 46 - Moody e Maldições Imperdoáveis


Notas iniciais do capítulo

Mais uma vez demorei para postar. Explicando a demora:
Não sabia onde tinha colocado o pen-drive com as fanfics. ele tinha caído atrás da mesa e levei quase três dias para encontrá-lo.
As aulas começaram e como agora sou do terceiro ano, as coisas ficaram mais complicadas.
Vou tentar continuar postando uma vez por semana, mas como nesse ano terei mais provas do que o normal, talvez eu comece a postar uma vez a cada duas semanas...
Nada certo ainda, mas já vou me desculpando desde já.
Boa leitura.



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Capítulo 46 - Olho-Tonto Moody e Maldições Imperdoáveis

Na manhã seguinte as aulas começaram normalmente. A primeira aula seria uma aula dupla de DCAT, aula com Alastor Moody ou deveria dizer com Bartolomeu Crouch Jr.? Dia três de setembro, uma quinta-feira. Não tinha nada contra as aulas daquele dia, mas dois tempos de DCAT seguida por dois tempos de Poções, antes do almoço não era nem um pouco agradável.

- Como você acha que vai ser a aula dele? - Mel perguntou quando entramos na sala de DCAT.

- Não faço a mínima idéia. - eu respondi sendo sincera. Para todos na escola, o professor de DCAT era Alastor Moody, o famoso auror que tinha lotado as celas de Azkaban e que hoje em dia estava completamente louco, e eu era a única que sabia da verdade, a única que sabia que não era Alastor Moody mas sim um comensal de deveria estar enterrado nos arredores da prisão dos bruxos.

Poucos minutos depois a sala já estava lotada e ele entrou mancando.

- Bom dia. - ele disse parando na frente da sala. - Alastor Moody, ex-auror. Vim para Hogwarts a pedido de Dumbledore, terei um ano para ensinar vocês muitas coisas e vocês estão muito atrasados. Quinto ano e ainda nem entraram em maldições! Guardem os livros, não vão precisar deles. - guardamos os livros e voltamos a olhar para frente. - Esse ano vocês terão os NOM's... - ele continuou falando sobre como nos prepararia para os testes e várias outras coisas, deixei minha mente vagar escutei vagamente o que ele falou.

Estudar Maldições, com certeza significava estudar as Maldições Imperdoáveis. O verdadeiro Alastor Moody também teria essa iniciativa de ensinar aos alunos sobre as Maldições Imperdoáveis, mas algo me dizia que esse Moody tinha outros motivos para querer nos ensinar sobre as maldições.

- ...Na próxima aula entraremos nas Maldições Imperdoáveis. - ele disse olhando o relógio. - Estão dispensados.

Eu estava certa. Sobre as Maldições Imperdoáveis, agora só restava descobrir o motivo desse Moody querer nos ensinar sobre elas.

No final da tarde do dia seguinte, quando voltei para o Salão Comunal muitos alunos estavam ao redor do quadro de avisos.

- O que aconteceu? - eu perguntei parando ao lado de Draco que tinha acabado de sair do meio das pessoas.

- Teremos aula juntos, Kath. - ele falou sorrindo.

- Como assim? - eu perguntei realmente sem entender.

- Parece que o quarto ano também está estudando sobre maldições e como nós estamos estudando sobre a mesma coisa, Moody resolveu juntar os dois anos. Quarto e quinto. - Alexia falou saindo do meio dos alunos que ainda estavam lendo o quadro de avisos e parando ao lado de Draco.

- Quarto e quinto ano juntos? Dá quase 150 alunos! - eu exclamei.

- O quarto e quinto anos juntos, mas divido entre casas. Nós teremos aulas com a Grifinória, a Lufa-lufa com a Corvinal. - Draco comentou com uma careta de desgosto.

- E como fica os horários? A partir de quando vai começar isso?

- A partir da semana que vem e os horários vão mudar para ambas as séries. - Alexia respondeu.

- Por quanto tempo? - perguntei.

- Pelo o que está escrito naquele papel, a estimativa é de duas semana, mas está escrito que pode mudar para mais ou para menos. - Alexia voltou a responder.

- Vou para o dormitório. - anunciei antes de me afastar dos dois indo na direção das escadas.

- Qual é o seu objetivo, pai? - eu murmurei para o nada quando já estava deitada na cama olhando o teto.

Continuei deitada por um tempo, pensando, tentando descobrir se algum dia minha vida poderia mudar, se algum dia eu poderia viver como uma bruxa normal, apenas com problemas diários sem precisar me preocupar com as pessoas ao meu redor ou sem ser reconhecida por causa de quem meu pai é. Cheguei a conclusão que não.

Ser filha de Voldemort e ser descendente dos quatro fundadores de Hogwarts significava não ter paz pelo resto da vida. Suspirei e me levantei, tinha que voltar para a realidade e fazer os trabalhos de Poções, Feitiços, Transfiguração e Runas Antigas. Com apenas dois dias de aula os quintanistas já estavam com uma pequena pilha de tarefas.

- Ótimo ano para me tornar monitora. - eu bufei começando pelo trabalho de Poções que era para segunda.

Domingo na hora do almoço foi distribuido os horários temporários do quarto e quinto ano, na verdade, o do quinto ano continuava igual, os horários do quarto ano tinham se ajustado com o do quinto ano. A primeira aula de DCAT com o quarto ano seria na terça.

Estava sentada sob a sombra de uma árvore qualquer a margem do lago quando escutei alguém me chamar, não reconheci a voz da pessoa apenas por um minuto.

- Finalmente consigo te encontrar sozinha, Kath. - Harry falou se jogando ao meu lado.

- Oi pra você também, Potter. - disse irônica.

- Potter? - Harry perguntou erguendo uma sombrancelha estranhando. - Vou fingir que não escutei você me chamando pelo sobrenome. - ele falou rindo ao ver meu sorriso.

- Estava me procurando? - eu perguntei fechando o livro que estava lendo e deixando-o de lado.

- Sim. Já estamos em Hogwarts faz cinco dias, e eu não consegui falar com você nenhuma vez. - ele sorriu de lado.

- Aconteceu alguma coisa? - eu perguntei lutando contra a vontade de entrar em sua mente para descobrir o que ele queria.

- Tive outros sonhos com ele. - Harry falou suspirando e olhando para o lago a nossa frente. - Não sabe mesmo o que ele está planejando? Todas as vezes depois que eu acordo minha cicatriz está latejando, não é normal. - ele falou levando a mão à cicatriz.

- Sonhei com ele noite passada. - murmurei. Harry olhou para mim de olhos arregalados. - Ele perguntou como estão as coisas aqui em Hogwarts e falou para mim procurar pela Luna no primeiro passeio que tivermos para Hogsmeade. Não sei o que ele espera de mim ou o que ele está planejando agora Harry, mas seja lá o que for não é bom.

- Posso continuar confiando em você, não posso? - ele perguntou de repente.

- Claro! - continuamos conversando por um bom tempo.

- Como você acha que serão as aulas de DCAT? - Harry perguntou depois de um tempo.

- Não faço idéia. Juntar duas séries na mesma aula, é a primeira vez que isso acontece. - comentei.

- Será interessante ter aula com você, Katherine. - Harry riu. - Vai tentar entrar no Torneio Tribruxo?

- Não, e você? - ele negou com a cabeça. - Fred e Jorge vão, não vão? - eu perguntei.

- Eles disseram que vão preparar uma poção do envelhecimento para poderem entrar.

- Não vai dar certo.

- E por que não, princesa das trevas? - era Jorge.

- Acha mesmo que uma simples poção do envelhecimento vai passar pela linha etária que o Dumbledore riscou ao redor do Cálice? - eu perguntei me virando para encará-lo.

- Sim! - os gêmeos responderam juntos.

- Depois não venham dizer que eu não avisei. - disse para os dois. - Eles não tem jeito. - murmurei para Harry que riu. - Vamos voltar para dentro? - eu perguntei me levantando e pegando livro.

- Claro.

Terça-feira chegou rápido. A primeira aula de DCAT com o quarto ano foi depois do almoço.

- Por essa sala? - Draco perguntou encostado na parede com Crabbe, Goyle e a Parkinson ao redor dele.

- Não seja tolo, Malfoy! Não entraríamos naquela sala! - Hermione retrucou.

- Cale a boca, sangue-ruim.

- Por que vocês dois não ficam quietos? - eu perguntei.

- Katherine... - Draco começou  a protestar, mas se calou com um olhar ao mesmo tempo em que Moody abria a porta.

- Entrem. - ele falou dando as costas para nós.

Depois que todos estavam sentados em seus devidos lugares, a aula começou.

- Como vocês já devem saber, tanto o quinto quanto o quarto ano estão estudando o mesmo conteúdo, Maldições. A partir de hoje vamos ver as Maldições Imperdoáveis. - ele fez uma pausa e seus olhos correram pela sala. - Alguém poderia me dizer por que elas são chamadas assim? Senhorita Riddle? - ele ignorou a mão de Hermione que estava no ar e se dirigiu a mim, como se estivesse me testando.

- São três maldições das trevas, use uma delas e ganhará uma passagem apenas de ida para Azkaban. Por isso ganharam o nome de imperdoáveis. - respondi prontamente.

- Acho que deve saber muito sobre elas, menina. - ele falou me encarando com os dois olhos.

- Acho que essa aula não deve ser usada para descobrir o quanto sei sobre as Maldições Imperdoáveis, professor. Na verdade, não sei o que leva o senhor acreditar que eu conheço tais feitiços. - retruquei.

- Katherine! - Alexia chamou minha atenção.

- Boa resposta, srta. Riddle. - Moody falou dando um sorriso amarelo para mim. - Agora quem poderia me dizer quais são as três maldições?

Várias mãos ergueram no ar.

- Sr. Weasley. - ele convidou Rony.

- Hum... Meu pai me falou sobre uma... Maldição Imperius ou coisa assim? - Rony disse sem muita certeza.

- Ah, sim. - Moody pareceu satisfeito. - Seu pai com certeza conheceria essa. Ela deu muito trabalho para o Ministério há alguns anos atrás. - ele andou até um frasco onde três aranhas corriam e pedou uma delas. - Imperio! - Moody ordenou apontando a varinha para a aranha. Ele fez com que a aranha saltasse de sua mão e se balançasse em um fio de seda, depois fez com que ela sapateasse nas duas patas traseiras. Todos riam.

- Acham engraçado, gostariam que isso acontecesse com vocês? - ele perguntou, os risos cessaram imediatamente. - Controle total. - ele falou trazendo a aranha de volta para sua mão. - Há alguns anos, vários bruxos e bruxas eram controlados pela Maldição Imperius, o que causou um grande caos no Ministério já que era quase impossível dizer quem estava sendo controlado pela Maldição e quem tinha se juntado ao lado das trevas por livre e espontânea vontade. - seus olhos pararam em mim por um momento, retribui seu olhar friamente.

A sala estava em completo silêncio. Podia ver por trás daqueles olhos o prazer de estar usando tais Maldições novamente, mesmo que fosse em uma aranha.

- Mais alguém conhece alguma? - Hermione ergueu a mão novamente, mas para a surpresa de todos, Neville também ergueu a mão e foi convidado por Moody para falar. - Qual? - ele perguntou olhando para Neville.

- A Maldição Cruciatus. - Neville respondeu simplesmente.

- Você é o Longbottom, certo? - Moody perguntou e eu tive certeza que Crouch estava sorrindo internamente por estar em frente ao filho de Alice e Franco Longbottom, fechei as mãos tentando controlar a fúria que tomou meu corpo, não podia deixar que Crouch usasse tal maldição na frente de Neville, o garoto não merecia isso. Neville assentiu, garoto tolo, quis gritar.

- Vou precisar de uma maior. - Moody retirou outra aranha do frasco e tirou outra. - Engorgio! - ele apontou a varinha para a aranha e ela cresceu vários centímetros. - Crucio!

A aranha se contraiu e se contorceu na mesa, se ela pudesse emitir algum som, estaria gritando agora.

- Pare! - Hermione gritou ao mesmo tempo que eu. Neville agarrava o tampo da mesa com tanta força que os nós de seus dedos estavam brancos.

- Poderia me dizer a última maldição, srta. Granger? - Moody perguntou trazendo a última aranha na mão e se aproximando de Hermione. - ela negou com a cabeça baixa. - Alguém?

- Avada Kedavra. A maldição da morte. - eu falei em alto e bom som, para todos escutarem. Muitos se encolheram nos lugares ao escutarem minha voz proferindo as duas palavras.

- Sim, a pior de todas. - Moody veio até onde eu estava parada. - Por que não demonstra a última maldição para nós, srta. Riddle?

- Obrigada professor, acho que posso deixar isso de lado. - abri um sorriso encantador e ao mesmo tempo ameaçador.

- Avada Kedavra! - ele apontou a varinha para a aranha depois de colocá-la sobre a mesa, um clarão esverdeado saiu da varinha e atingiu a aranha, a mesma parou dura, morta. - Nada bonito, nada agradável. Não exite contra feitiço, não tem como bloqueá-la. Somente uma única pessoa sobreviveu a ela, e está sentada nessa sala. - todos encararam Harry. Mesmo que ele não soubesse sobre as maldições, ele era famoso por ter sobrevivido à pior das três Maldições Imperdoáveis.

O silêncio tomou conta da sala e o ar ficou pesado.

- A Avada Kedavra é uma maldição que exige magia poderosa para lançá-la. Vocês poderiam empunhar as varinhas agora, apontá-las para mim e dizer as palavras que duvido que consigam fazer meu nariz sangrar. - ele parou de falar e olhou para mim. - Talvez a senhorita Riddle consiga algo com o feitiço. - ele comentou irônicamente e todos olhares se voltaram para mim novamente.

O resto da aula nós copiamos o que Moody colocou na lousa, antes que o sinal tocasse ele pediu um rolo de pergaminho falando e descrevendo as três Maldições Imperdoáveis.

- Nos vemos na próxima aula. - ele falou nos dispensando.

- Katherine, o que achou da aula? - Alexia perguntou mais tarde para mim quando estávamos sozinhas.

- Esperava algo parecido com aquilo. - respondi.

- Ele parecia te desafiar a cada palavra. - ela falou fechando a cara. - Quem ele pensa que é para falar com você assim? - não pude evitar, ri com o comentário dela.

- Para quem me odiava até três anos atrás, você mudou bastante. - falei ainda rindo. - Volte para o Salão Comunal, Alexia. Já está na hora e eu preciso monitorar os corredores. - falei para ela. Ela assentiu e desceu as escadas indo para as masmorras.

Nem trinta minutos tinham se passado quando eu senti uma presença conhecida.

- Saia daí, Harry. Sei que está com a capa. - eu falei olhando para o lugar onde ele estava escondido.

- Como sabia que era eu? - ele perguntou vindo para meu lado.

- Sou descendente dos quatro. - sorri para ele brincando. - O que faz fora do dormitório da Grifinória? - perguntei andando com ele ao meu lado.

- Não vai me dar uma detenção? - ele perguntou, neguei. - Estava andando por aí. - ele falou. - O que achou da aula do Moody?

- Interessante. - respondi dando de ombros.

- Claro, você conhece o assunto sobre as Maldições Imperdoáveis muito bem não é mesmo? - ele sorriu.

- Sim. Elas são minha especialidade. - sorri e deixei um brilho vermelho passar pelos meus olhos.

- Hermione está se empenhando para não perder para você no trabalho que o Moody pediu. - ele comentou depois de se recuperar do susto.

- Diga a ela que eu não estarei competindo. Posso me sair melhor do que ela, porque conheço muito bem o assunto e também por ter sido criada treinando e estudando as Artes das Trevas. - falei para ele.

- Direi isso a ela. - nos aproximávamos da entrada para o Salão Comunal da Grifinória. - Como acha que será a próxima aula? - ele perguntou de repente.

- Não sei. Talvez ele lance uma das maldições em nós para ver como nos saímos ao tentar repelí-la. - falei brincando, mal sabia eu que era exatamente isso que nos aguardava na próxima aula.

- Boa noite, Kath. - ele deu um beijo em meu rosto antes de se afastar.

- Boa noite, Harry. - respondi para o nada.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Me desculpem caso achem algum erro de português, revisei o capítulo apenas uma vez, então acho que deixei alguns erros passarem.
Comentem!