Voldemorts Daughter escrita por NatyAiya


Capítulo 42
Capítulo 42 - Início da estrada para o caos


Notas iniciais do capítulo

Amores, mil desculpas pela demora novamente.
Dessa vez eu só tenho um motivo: PROVAS!
Com o ano letivo terminando (ano letivo japonês: de Abril até Março.), as provas finais chegam para a minha "felicidade"...
Hoje foi o primeiro dia de prova, e eu entrei escondido no PC para postar o capítulo que já está pronto faz tempo...
Agora só dia 10 do mês que vem que eu vou poder entrar, se tudo der certo, quem sabe no dia 5 ou 6...
Boa leitura...



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Capítulo 42 - Início da estrada para o caos

Hagrid perdeu o caso sobre o Bicuço, por causa da influência que Lucius tinha no Ministério. Eu teria ajudado o trio grifinório a construir uma defesa para o hipogrifo, se eu não estivesse com os meus próprios problemas na época. Os três começaram a juntar material para o recurso, que com muita sorte, Hagrid poderia conseguir mater o hipogrifo vivo.

Antes das férias de Páscoa, Hermione fez algo brilhante. Deu um belo tapa no rosto de Draco, quando ele, Crabbe e Goyle escutaram a conversa do trio com Hagrid no Saguão de Entrada e começaram a debochar de Hagrid. Segundo as palavras de Harry durante as férias, Hermione tinha enlouquecido. Alguns dias depois do ocorrido com Draco, ela abandonou a aula de Advinhação no meio do curso, logo após chamar a professora de louca. Quanto a parte da aula de Advinhação, eu não podia falar muito. Ano passado eu também tinha abandonado o curso pela metade.

O clima da escola mudou bruscamente durante as férias. Com o último jogo de Quadribol da temporada marcado para o primeiro sábado depois das férias, e com o fato da Grifinória poder ganhar da Sonserina, tirando então a Taça de Quadribol das nossas mãos, a escola ficou eufórica. Assim que as aulas recomeçaram, a rivalidade entre Grifinória e Sonserina ficou mais evidente do que nunca.

Sonserinos tentando atacar os membros do time grifinório e outras coisas. Tentei ignorar essas coisas, mas o Salão Comunal da Sonserina não estava normal, as meninas não paravam de falar sobre o próximo jogo, enquanto do outro lado da sala, Draco e os capangas dele planejavam um jeito de inutilizar Harry no jogo.

Desde a noite em que meu pai invadiu minha mente deixando que todas as lembranças que ele tinha de Luna invadissem minha mente, eu praticamente não conseguia deixar minha mente bloqueada. A quantidade de lembranças, memórias eram muitas dentro de minha cabeça. Todas as vezes que eu fechava os olhos eu via memórias que não pertenciam a mim, o que dificultava as coisas.

Ainda não tinha falado nada nem com Severo e nem com Dumbledore, ao contrário, os fundadores estavam a par de toda a situação e juraram que iriam me ajudar.

- Katherine. - Salazar me chamou na noite de quarta-feira, três dias antes do jogo.

- Sim? - eu respondi fechando os olhos e deixando os livros de lado na biblioteca. tinha desistido de tentar estudar no Salão Comunal nos últimos dias.

- Poderia vir até seu dormitório. Acho que nós conseguimos uma resposta para que as lembranças de Voldemort não continuem te incomodando. - ele disse.

- Estou indo. - respondi. Com um único aceno, os livro que estavam ao meu redor se fecharam e voltaram para seus devidos lugares nas prateleiras, enrolei o pergaminho onde eu estava escrevendo a redação que Snape tinha passado, fechei o tinteiro e guardei tudo dentro da bolsa antes de sair da biblioteca.

Fui até meu dormitório, onde larguei a bolsa sobre a cama antes de abrir o quadro para a sala de reuniões, eles já estavam me esperando.

- Então? - eu perguntei olhando para cada um.

- Já ouviu falar sobre uma Penseira? - Rowena perguntou sem rodeios.

- Sim. Uma bacia de pedra onde é possível colocar as memórias e revê-las quando quiser. - eu respondi prontamente.

- Nós... conseguimos uma para você. - Godric falou, mas eu não senti nenhuma firmeza no que eles disseram.

- Conseguiram? - eu perguntei para confirmar. - Como?

- Pedimos para uma pessoa. - Helga respondeu.

- Quem? - estava começando a ficar desconfiada.

- Dumbledore. - os quatro responderam juntos.

- O quê? Como falaram com ele? O que contaram para ele? - eu perguntei surpresa e um tanto assustada. Não tinha falado nada com Severo e muito menos com Dumbledore sobre as memórias que tinha recebido de meu pai, eles não poderiam ter simplesmente contado tudo para Dumbledore, poderiam?

- Vá falar com ele. Ele está te esperando. - Salazar disse com um sorriso de lado.

- O que vocês falaram para ele? - eu insisti.

- Falamos sobre as memórias que seu pai passou para você, Katherine. - Rowena respondeu com um suspiro. - Dumbledore concordou em nos ajudar depois que soube o motivo.

- Como vocês falaram com ele?

- Nós temos um quadro no gabinete do diretor. Os quatro em uma única pintura.

- Isso explica. - murmurei. - Vou falar com ele, mas como eu chegarei até ele, se eu não sei a senha da gárgula?

- Abacaxi cristalizado. - Helga falou com um sorriso divertido.

- Está falando sério? - ela assentiu. - Estou indo.

Saí do meu dormitório com a bolsa no ombro e fui para o gabinete de Dumbledore.

- Abacaxi cristalizado. - eu falei ao parar em frente a gárgula, subi a escada a porta estava aberta e Dumbledore estava debruçado sobre alguma coisa na mesa. - Professor?

- Kate! Entre, entre. - ele falou animado assim que ergueu a cabeça e me reconheceu. - Venha ver a sua penseira. - ele falou se levantando e indo até o armário. Dali, ele tirou uma bacia de pedra negra e a levou até a mesa. - O que achou?

- É... incrível. - eu falei. Alguma coisa, nem líquida, nem sólida e nem gasosa estava na penseira. A única coisa que era possível distinguir era a cor, um azul claro, que contrastava fortemente com o preto da pedra.

- Sabe como usá-la, certo? - ele perguntou.

- Sim. - eu respondi. Para provar o que falava, tirei a varinha de dentro do bolso, selecionei uma memória antes de encostar a ponta da varinha em minha têmpora, depois afastei lentamente a varinha, soltei o fio prateado dentro da penseira, a primeira memória a ser depositada ali.

Dumbledore sorriu por alguns minutos antes de voltar a se sentar em sua cadeira e indicar a outra para mim, então a expressão dele se fechou.

- Por que nem eu e nem Severo ficamos sabendo sobre o fato de que seu pai compartilhou as memórias que ele possuia sobre Luna Liwener com você? - ele perguntou me encarando através dos óculos meia-lua.

- Não estava tendo tempo para falar com vocês sobre isso, e não achei que houvesse necessidade. - eu respondi. Metade era mentira, mas não vinha ao caso.

- Muito bem. Severo também já está sabendo sobre isso, não faremos perguntas para você, por enquanto. Volte para o Salão Comunal da Sonserina. Levará a penseira com você?

- Sim. Vou deixá-la em meu dormitório, em segurança antes de voltar para a Sonserina.

- Certo. - então com um aceno de varinha a bacia de pedra diminuiu, o tamanho perfeito para entrar em meu bolso.

- Boa noite, diretor. - eu falei antes de sair dali.

Deixei a penseira em meu dormitório, mas antes de sair dali, retirei todas as lembranças de meu pai que eu já tinha visto e as guardei na penseira. Lancei alguns feitiços poderosos ao redor da bacia de pedra para que ninguém pudesse ter acesso a ela sem a minha autorização.

A Grifinória ganhou a Taça de Quadribol. Depois de sete anos, finalmente ela saía das mãos da Sonserina e passava para outra casa. Toda a euforia continuou por duas semanas, mesmo depois do final do campeonato. As três casas, Grifinória, Lufa-Lufa e Corvinal festevajam como uma única casa a queda da Sonserina. Internamente eu sorria. Era extremamente engraçado ver a decepção dos Sonserinos ao meu redor, mas se eu fosse pensar nos detalhes técnicos, não tinha como a Sonserina, ou melhor, Draco, ganhar de Harry. Era uma Nimbus 2001 contra uma Firebolt.

Depois que toda a comemoração diminuiu, o castelo se concentrou nos estudos já que as provas finais estavam se aproximando.

Junto com as provas finais, chegou também o dia do recurso que decidiria se o hipogrifo continuaria vivo ou morreria.

Era o último dia das provas e também era o dia do recurso de Bicuço. Logo depois do almoço, Cornélio Fudge, um velho miúdo, que deveria ser da Comissão para Eliminação de Criaturas Perigosas e um homem alto e forte foram vistos no castelo e arredores.

Bufei irritada ao ver o "homem alto e forte" que Alexia tinha falado para mim, era Macnair. Irritante como Lucius tinha escolhido aquele homem para matar Bicuço. Um velho amigo da época de Comensais, patético.

Minha última prova foi Transfiguração. Se não fosse pelas regras atuais, eu e as meninas iríamos para os jardins, nos sentaríamos sob a sombra de um carvalho ou faia na beira do lago e ficaríamos por ali até a hora do jantar, mas devido as novas regras, teríamos que ficar dentro do castelo.

Ainda faltava mais de uma hora até o jantar, por isso fomos para o Salão Comunal da Sonserina, quando as pessoas das outras séries começaram a retornar, subimos para o dormitório. Cada uma estava sobre sua cama e todas nós estávamos conversando animadamente quando Salazar invadiu minha mente sem nenhum aviso prévio.

Minha primeira reação foi pegar a varinha, que estava ao meu lado na cama, mas antes que eu pudesse fazer mais qualquer movimento, os outros três fundadores vieram também.

- Que merda está acontecendo? - indaguei irritada.

- Katherine...? - Bianca perguntou.

- Eu estou bem. - respondi para as meninas que me olhavam preocupadas. - O que vocês querem? - eu perguntei para os fundadores.

- Poderia vir até o seu dormitório ou até a sala de reuniões? - Godric perguntou tentando manter a calma mas o nervosismo era evidente em sua voz.

- Estou indo. - respondi bloqueando a mente para eles. - Não sei o que eles querem comigo, mas parece ser alguma coisa importante. - eu falei respondendo a pergunta silenciosa que estava estampada no rosto de todas. - Nos vemos mais tarde no Salão Principal. - eu falei guardando a varinha no bolso, puxando a capa de Hogwarts da cama e saindo do quarto.

Passei reto pelo Salão Comunal e esperei que o corredor ficasse vazio para que eu pudesse entrar na biblioteca de Slytherin. Fui em linha reta até a mesa e puxei o castiçal da direita abrindo a passagem para o quarto de Salazar.

- Eles estão agitados. - o quadro de Slytherin comentou antes que eu entrasse no buraco.

- Posso saber o que está acontecendo? - eu perguntei assim que vi os quatro já reunidos no meio da sala.

- Temos problemas, Katherine.

- Que tipo de problema? - eu perguntei. - Parem de trocar esse olhar de 'devemos contar para ela'. Vocês me chamaram porque ou é uma coisa grande, e querem que eu impeça, ou é algo que precisa da minha opinião. - disse irritada quando eles começaram com a troca de olhares.

- Katherine, Sibila Trelawney fez uma profecia há minutos atrás que pode mudar muita coisa. - Helga que falou.

- A Trelawney? Fazendo uma profecia de verdade? - eu perguntei segurando o riso. - Sério? Sobre o que era?

- Rowena, fale para ela. - Godric falou.

Então os olhos dela ficaram fora de foco e sua voz tinha mudado, assim como eu tinha visto através da profecia, através da fumaça da minha profecia.

- "O Lord das Trevas está sozinho e sem amigos, abandonado pelos seus seguidores. Seu servo esteve acorrentado nos últimos doze anos. Hoje à noite, antes da meia noite... O servo vai se libertar e se juntar ao seu mestre. O Lord das Trevas vai ressurgir, com a ajuda do seu servo, maior e mais terrível que nunca. Hoje à noite... O servo vai se juntar ao seu mestre..."

- O que isso significa? - eu perguntei olhando para os quatro buscando alguma resposta. - Não pode ser, pode?

- Infelizmente, sim. - Salazar falou pela primeira vez.

- Como? Quem?

- Não sabemos como irá acontecer, mas sabendo quem será e à que horas aproximadamente. - Godric respondeu.

- Pettigrew. Estou certa? - perguntei para confirmar. - O que vocês querem de mim? - eu perguntei. - Não esperam que eu, sei lá, mate o Pettigrew ou impeça o caminho dele, impeça que ele chegue até meu pai. Esperam?

- Nós não esperamos que você faça nada disso, mas eu estou com um pressentimento estranho. Você não poderá fazer nada para impedir Pettigrew, mas se você estiver no lugar certo, na hora certa, pode ser que você consiga ajudar outras pessoas. - Rowena falou terminando com um pequeno sorriso.

- Prossiga. - eu pedi me dando por derrotada.

- Não sabemos em que parte aquele hipogrifo entra na história, mas ele estará envolvido, assim como Sirius Black, Remo Lupin e aquele trio grifinório. - Rowena continuou.

- Então quer dizer que a execução de Bicuço está de alguma forma ligada com como o Pettigrew vai fugir. Harry, Rony e Hermione não vão conseguir deixar o Hagrid sozinho, então vão acabar colocando o pescoço aonde não deveriam, por isso vão se envolver. Não sei como Lupin entra na história, mas Sirius, eu tenho algumas idéias e nenhuma acaba com um final feliz. - eu falei enquanto andava em círculos.

- Você precisa ir para o jantar, Katherine. - Godric me alertou alguns minutos depois.

- Bom, não consigo planejar todos os meus passos, então acho que vou ter que improvisar. - eu falei dando de ombros antes de dar as costas para eles. - Eu falo com vocês quando a loucura terminar. - eu falei virando uma última vez para eles antes de sair.

Logo depois do jantar, eu despistei as meninas e me esgueirei para fora do castelo. Fui direto para o Salgueiro Lutador. Se Sirius iria se envolver na história, em algum momento os problemas iriam para a Casa dos Gritos, o que significava que se eu fosse para lá agora, mais cedo ou mais tarde eu também ficaria envolvida.

- Katherine, o que faz aqui? - Sirius perguntou assim que me viu.

- Problemas. - murmurei.

Fiz com que ele se sentasse e me escutasse. Contei sobre a profecia, que segundo os fundadores iria realmente acontecer, sobre o que eles sabiam e sobre o que eles me contaram.

- Como Peter poderia? Ele precisaria de uma varinha. - Sirius falou.

- Eu não sei. Eles não sabem de todos os detalhes. Seja lá o que for, a execução de Bicuço está envolvida. - olhei no relógio para ver o horário. - Harry, Rony e Hermione não conseguiriam deixar Hagrid sozinho em um momento como esse, então é certeza que eles estão com o Hagrid agora. A execução do hipogrifo será dentro de vinte minutos. - eu falei para Sirius.

- Kate, pode fazer um favor para mim? - ele perguntou. Assenti confirmando. - Você poderia localizar Peter para mim? Ele está desaparecido, mas muitas pessoas estarão envolvidas em uma coisa que nem é tão grande assim. O que significa que ele será encontrado por outra pessoa antes. Pode encontrar aquele rato desgraçado?

- Posso. Mas Sirius, a probabilidade de que nós vamos conseguir matá-lo ou que vamos conseguir provar a sua inocência, e entregar Pettigrew para o Ministério, é muito pequena. - eu alertei.

- Eu sei. Encontre aquele rato covarde para mim.

Fechei os olhos e comecei a murmurar o feitiço de localização que Valentine tinha me ensinado, em segundos eu já sabia onde Pettigrew estava.

- Ele está na cabana de Hagrid. - eu falei assim que abri os olhos. - Sirius! - eu segurei o braço do homem que se levantou pronto para ir até lá. - Sirius, Harry estará lá, e não estará sozinho. Hermione, Rony e Hagrid também estarão lá. O Ministro, Dumbledore, um homem do Comissão para Eliminação de Criaturas Perigosas e o carrasco do Bicuço estarão chegando em alguns minutos naquela cabana, então pense antes de agir. Estarei aqui esperando. - eu falei soltando o braço dele.

- Não vou correr perigo, Katherine. - ele falou indo para o quarto ao lado e se transformando em um cão. Voltou para onde eu estava, deu uma lambida em minha mão e desceu as escadas correndo.

Agora o que eu podia fazer era sentar e esperar.

POV Autora

Enquanto isso, nos jardins de Hogwarts o trio grifinório corria para que não fossem pegos fora do castelo. Rony lutava com um rato louco em seu bolso, quando os três pararam já a uma boa distância da cabana de Hagrid para olhar para trás. Mas mesmo assim o som inconfundível da lâmina do machado cortando o ar e se abatendo sobre o alvo pode ser ouvido.

- Executaram Bicuço! - Hermione murmurou para Harry. - Eu não acredito que fizeram isso... eles mataram o Bicuço!

Não tiveram muito tempo para continuarem lamentando, Perebas voltou a se agitar, conseguindo finalmente fincar os dentes nos dedos do garoto. Por reflexo, Rony soltou o rato deixando-o livre para fugir.

Bichento, o gato de Hermione saiu das sombras indo atrás do rato. Rony deixou os amigos para trás para correr atrás do rato e tentar salvá-lo da 'fera sanguinária'.

- Perebas, volte aqui... - um baque surdo. - Dá o fora, seu gato fedorento...

- Harry, você sabe que árvore é aquela? - Hermione perguntou parando junto com Harry há alguns metros de distância de onde Rony, Perebas e Bichento travavam uma briga.

- Isso, não é bom... Rony corra! - Harry gritou para o outro garoto ao reconher o Salgueiro Lutador.

Mas ao invés de Rony correr, ele prendeu Perebas entre os dedos de uma mão e apontou para algum ponto atrás de Harry e Hermione com uma expressão apavorada.

- Harry, Hermione! Corram! É o Sinistro! - ele gritou já se arrastando para trás.

O único movimento que os dois puderam fazer foi virar para trás a tempo de ver o cão gigantesco avançando para cima deles, então alguns centímentros antes de colidirem, o cão deu um salto passando por cima dos dois indo pousar praticamente ao lado de Rony. Antes que o garoto pudesse se mover, os dentes do cão se fecharam em sua perna e ele foi arrastado para dentro que buraco entre as raízes da árvore com facilidade pelo cão. Antes que eles pudessem impedir, Bichento entrou no buraco atrás do cão e de Rony.

Os galhos da árvore começaram a se agitar impedindo que os dois se aproximassem da árvore. Então como começou, terminou. A árvore parou de se balançar deixando o caminho livre para os dois entrarem na passagem.

- Para onde Rony foi? - Hermione perguntou com pânico na voz.

- Por aqui. - Harry respondeu andando abaixado atrás de Bichento que ia na frente.

- Onde é que isso vai dar?

- Eu não sei. Está marcado no Mapa do Maroto, mas Fred e Jorge disseram que ninguém nunca tinha entrado. Ele continua para fora do mapa, na direção de Hogsmeade. Eu tenho um palpite mas, sinceramente, espero que ele esteja errado. - Harry respondeu.

Eles seguiram Bichento pelo túnel, ambos já se perguntavam se aquele túnel nunca iria acabar. Parecia que já tinham andado por horas. quando finalmente o túnel começou a subir. Poucos metros à frente, o gato já não estava mais a vista.

Quando finalmente saíram do túnel, não viram mais Bichento. Agora estavam em um lugar que poderia ter sido uma sala comum de uma casa no passado, mas agora ela estava destruída e coberta com uma camada grossa de poeira, exceto por uma faixa larga e grossa no chão, como se algo tivesse sido arrastado por ali, ou apenas esse pedaço tivesse sido limpo. As janelas estavam seladas com tábuas já velhas e em alguns pontos, elas já não existiam mais.

- Estamos na Casa dos Gritos, não estamos? - Hermione perguntou segurando o braço do amigo com força enquanto empunhava a varinha na outra mão e olhava ao redor.

- Vamos, precisamos encontrar o Rony antes que aquele cão faça alguma coisa com ele. - Harry falou colocando a mão sobre a da amiga e começando a andar.

Subiram as escadas com as varinhas empunho prontos para revidar a qualquer ataque. Conforme subiam as escadas, o ruído de algo ou alguém no andar superior começou a ser ouvido. Andaram devagar tentando evitar o rangido das tábuas, coisa praticamente impossível.

- Nox. - murmuraram juntos ao pararem em frente à porta de onde os ruídos vinham.

POV Katherine

Já estava ficando nervosa com a demora de Sirius. Estava pronta para sair daquele quarto e ir atrás dele, quando finalmente escutei os ruídos no andar debaixo.

- O que aquele idiota fez? - eu murmurei antes de abrir a porta.

Segundos depois, o cão negro surgiu arrastando um ruivo pela perna, esse se debatia tentando se livrar dos dentes do cão e segurava um rato, Pettigrew, firmemente entre os dedos impedindo que esse fugisse.

- Rony? - eu perguntei chamando a atenção de ambos para mim.

- Katherine! - ele gritou um tanto aliviado ao me ver. - Me ajude! - ele pediu enquanto ainda era arrastado escada acima.

Olhei para Sirius procurando alguma resposta, mas ele estava concentrado em arrastar Rony até o último degrau.

- Solte ele. - eu mandei, e recebi um olhar raivoso de Sirius. - Eu não estou brincando, solte ele! - ele rosnou mas soltou a perna de Rony no mesmo instante que chegou ao último degrau.

Ajudei Rony entrar no quarto e depois se sentar no sofá deixando a perna mordida esticada para que eu pudesse ver o estado do estrago feito por Sirius.

- Isso está feio. - eu falei.

- Katherine, o que está fazendo aqui? O que o Sinistro faz aqui? Por que ele te obedeceu? Onde eu estou? O que...?

- Se acalme Rony! - eu dei um tapa em seu rosto para que ele olhasse para mim e parasse de gritar feito um louco.

- Sinto muito por isso. - Sirius falou atrás de mim indicando a perna de Rony.

- Você! - Rony gritou. - Katherine! Ele é Sirius Black! - ele voltou a gritar depois de se recuperar um pouco do choque.

- Você tinha que aparecer agora? - eu perguntei irritada olhando para o homem atrás de mim.

- Você está ajudando ele! Você o ajudou a fugir de Azkaban, fingiu ser amiga do Harry até agora só para ganhar a confiança dele para matá-lo agora, junto com ele! - Rony gritou tentando se afastar de mim.

- CALA A BOCA, WEASLEY! - eu gritei com ele. Respirei fundo antes de continuar. - Nada do que você falou faz sentido. Agora fique quieto, pelo amor de Merlin!

- Fique longe de mim! - ele gritou apertando o rato entre os dedos e tentando se afastar mais.

- Que seja. - eu disse indo para o outro lado da sala e parando na frente de Sirius. - Pensei que eu tinha dito para tomar cuidado, com o que fosse fazer!

- Não tive muitas opções. - ele respondeu olhando irritado para Pettigrew nas mãos de Rony.

- O que vão fazer comigo? - Rony perguntou.

- Nada, a não ser que você não cale essa boca. - eu respondi ainda irritada com os dois.

Observei Sirius ir até Rony e tirar a varinha dele. Não muito tempo depois, o barulho de passos pode ser ouvido no andar debaixo.

- Temos compania. - eu falei para Sirius e fui para o canto do quarto.

- Nox. - duas vozes conhecidas murmuraram do outro lado da porta e ela foi aberta com um chute.

Agora não tinha mais volta.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Eu achei o título do capítulo meio exagerado, mas pensando bem, foi essa parte que desencadeou tudo. A volta do Voldemort, a volta da Ordem da Fênix, a busca pelas Horcruxes, a morte de Dumbledore etc e talz...
Foi nessa parte que as coisas começaram a mudar de rumo, indo lentamente para o caos, para toda a loucura...
Mais uma vez desculpa pela demora.
Espero reviews/recomendações.