Voldemorts Daughter escrita por NatyAiya


Capítulo 34
Capítulo 34 - Valentine Slytherin


Notas iniciais do capítulo

Feliz Natal!!!!
Aqui está uma parte do meu presente de Natal para vocês. A segunda parte vêm daqui dois dias. No dia 27.
(Explicando o motivo)
Eu queria escrever um capítulo maior, só que a inspiração não deixou... Então eu escrevi esse capítulo e comecei a editar. Enquanto eu editava, a inspiração voltou e eu comecei a escrever o próximo capítulo, mas ainda não terminei de editar o outro, então para não ficar atrasada com vocês, eu resolvi postar esse hoje e a continuação dele daqui dois dias, quando eu terminar de revisar.
Beijos, Feliz Natal!!!
Boa leitura!



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Capítulo 34 - Valentine Slytherin

– O que você queria falar comigo? - ele perguntou assim que fechou a porta. - Não deixou nada claro nesse bilhete. - disse tirando o pedaço de pergaminho de dentro das vestes.

– Vou explicar. - eu falei.

Continuei em silêncio por alguns segundos estava decidida a fazer o que planejava, mas por que me sentia tão insegura para fazê-lo sozinha? Eu queria o apoio de alguém. E era sempre em Snape que eu encontrava esse apoio.

– Severo, eu preciso de ajuda. - eu pedi sem olhar para ele.

– Ajuda? - ele perguntou confuso.

– Sim. Perguntas estão girando pela minha cabeça desde ontem a noite depois do ataque dos dementadores no trem. - eu falei. Sabia que não tinha esclarecido nada com isso.

– Katherine, ainda não entendi.

– Dementadores, eles sugam os momentos felizes que você já teve até te deixar apenas com as piores lembranças, não é? - eu perguntei.

– Sim.

– Quando o dementador entrou na cabine onde eu estava com Harry, Rony, Hermione e o Lupin, eu... eu mudei. - eu falei procurando pelas palavras certas.

– Como assim? - ele perguntou se aproximando e puxando uma cadeira para perto de mim.

– Meus olhos mudaram de cor, como você já viu. Foi como se eu não tivesse mais nenhuma lembrança feliz. O que era feliz para mim, se tornou repulsivo e o que me trazia dor ou tristeza, se tornou prazeroso. Não era algo feliz, mas o dementador pareceu confuso, pareceu querer embaralhar minha mente para conseguir alguma coisa feliz de dentro de mim. - eu expliquei. - Eu fiquei mais parecida com ele, com Voldemort, com meu pai.

– Não é verdade. - ele falou passando o braço ao redor de meus ombros. - O Lorde das Trevas não vê as coisas como felicidade ou amor, ele vê as coisas como prazerosa ou não, Katherine. Não pense que você ficou mais parecida com ele. - ele falou. - Mas acho que você não queria só me contar isso.

– Não. - eu concordei. - Desde o ano retrasado, depois que eu descobri as bibliotecas e os quartos secretos dos fundadores, e depois disso, a antiga sala de reuniões deles...

– Sala de reuniões? - ele perguntou confuso.

– Sim. O lugar onde vocês não podem entrar, que só é acessível pelos quadros nos quartos dos fundadores ou pelo quadro do meu dormitório particular, se lembra?

– Claro. Era a antiga sala de reuniões deles? - ele perguntou surpreso. - Você não tinha falado isso. - ele falou depois que eu assenti.

– Bem, voltando ao assunto... Depois que eu descobri como entrar na antiga sala de reuniões, eles têm insistido que querem dar aulas para mim. Aulas de como lidar com todos os poderes que eu herdei entre outras coisas que eles não me contam. - eu falei. - O que acha disso? - eu perguntei.

– Se não interferir nas suas aulas na escola, não vejo porque não. - ele respondeu.

– E tem mais uma coisa. - eu falei quebrando o silêncio que se instalou na sala depois da resposta dele. - Eu quero entrar na mente de pai atrás das respostas das perguntas que eu sempre faço e ele sempre se recusa em responder.

– Isso eu não apoio. - ele falou imediatamente.

– Mas... - eu comecei mas ele me cortou.

– Não Katherine! Aulas com os fundadores, sim. Mas entrar na mente do Lorde das Trevas atrás de respostas para perguntas que ele se recusa responder para vocês, eu acho que não. - ele parou para respirar. - Katherine, você mesma já me contou que ele já te alertou para não usar demais essa ligação entre vocês. Você também já me falou que desmaiou várias vezes depois de ficar mais de alguns minutos dentro da mente dele, não posso deixar que você se arrisque assim sem saber se vai conseguir as respostas. - ele falou mudando o tom de voz, era como se implorasse para que eu mudasse de idéia.

– Eu preciso de respostas, Severo. Não posso continuar vivendo nesse castelo com um bando de dementadores ao redor. Severo, eu não decidi bloquear minha mente para o dementador, foi algo automático. Como eu vou explicar para os outros se do nada meus olhos ficarem vermelhos e eu começar a agir diferente dentro do castelo? Eu posso e sei me controlar até um certo ponto, mas eu não posso continuar sendo testada dessa forma. Não sou uma assassina, mas como você bem sabe, eu tenho essa minha segunda face, o que me torna um tanto suspeita às vezes. - eu falei. - Não estou disposta a deixar isso de lado.

Ele ficou em silêncio por algum tempo e depois soltou um suspiro pesado.

– Eu posso até aceitar isso, mas com uma condição. - ele falou.

– Qual?

– Eu vou estar com você quando você for fazer tal loucura. - ele falou devagar. - Não vou deixar você vagar pela mente do Lorde das Trevas sem a certeza que não vai enlouquecer ou sei lá. Aceita essa condição?

– Aceito. Eu vou falar com Dumbledore também sobre isso. - eu falei.

– Acho uma boa idéia. - Severo falou sorrindo satisfeito, mas dava para ver a preocupação estampada nos olhos dele.

– Vou ficar bem, professor. - eu falei rindo.

– Muito bem, srta. Riddle. Hora de voltar para o Salão Comunal. - ele falou rindo comigo.


Com Dumbledore foi a mesma coisa. Talvez ele tenha ficado um pouco mais empolgado com a parte das aulas com os fundadores do que o Snape, só isso. A reação dele quando eu falei sobre entrar na mente de meu pai, foi pior do que Snape. Ele não estava nem um pouco satisfeito, relaxou um pouco depois que eu falei que Severo iria me supervisionar quando eu fosse fazer essas viagens pela mente de meu pai, mas mesmo assim não estava nem um pouco feliz, isso era visível.

Além disso, não estava nem um pouco feliz com a questão dos dementadores na propriedade da mesma forma que eu não estava a vontade com o fato de poder ficar com os olhos escarlate a qualquer momento, em qualquer lugar, e quem sabe até sair matando os outros alunos.

Duas semanas depois do início das aulas, eu fiz a primeira visita até a sala de reuniões dos fundadores. Mesmo sabendo que eles já sabiam sobre minhas decisões, eles escutaram tudo o que eu tinha para falar. Assim como Snape e Dumbledore, eles não aprovaram nem um pouco a parte de entrar na mente de meu pai, mas eles concordaram.

– Não sabemos o motivo da sua mudança quando um dementador se aproxima, mas pode ser por causa de sua semelhança com seu pai, querida. - foi o que Salazar e Godric disseram para mim quando eu perguntei.

– Seu pai, de certa forma, adquiriu uma proteção contra os dementadores. Talvez você tenha herdado esse... "dom". - Rowena falou concordando com Slytherin e Gryffindor.

– Mas isso não explica nada. - eu retruquei.

– Não mesmo. Mas pode ser que você encontre as respostas nessas suas viagens pela mente dele. - Helga falou.

– Não estou nem um pouco feliz com isso, Kate. - Salazar falou voltando a fechar a cara.

– Todos nós não gostamos disso, Salazar. Mas provavelmente é a única forma que Katherine possui para conseguir as respostas.

– Helga tem razão. Você conhece bem o pai dela. Vocês, no final das contas, são mais parecidos do que parece. - Rowena falou sorrindo.

– O que querem dizer? - eu perguntei curiosa.

– Salazar sempre mantinha segredos que ninguém sabia. Nem Valentine e nem ninguém. Alguns segredos, nós descobrimos com o tempo, mas outros só fomos descobrir depois da morte. Quando voltamos para cá para esperá-la. - Godric respondeu.

– Mas quando pretende começar isso, Katherine? - Helga perguntou.

– Antes do Hallowen. Quero ter boa parte das respostas antes do Natal. - eu respondi prontamente.

– E quanto as suas aulas conosco?

– Ao mesmo tempo. Entrar na mente de meu pai eu já combinei com o Snape de fazermos isso nos finais de semana, já que eu sempre fico mal depois. As aulas com vocês, eu estava pensando em depois das aulas, logo depois do jantar.

– Sem problemas. - Godric falou. - Agora, se vocês concordarem comigo, acho que está na hora de entregarmos para ela. - ele falou olhando para os outros três fundadores que assentiram.

– Do que está falando? - eu perguntei.

– Katherine, na nossa época, quando duelávamos, em uma mão empunhavámos a varinha e na outra uma adaga. - Rowena falou puxando uma pequena faca da dobra do vestido.

– Querem que eu aprenda lutar como antigamente? - eu perguntei.

– Sim. Sabemos que o mundo bruxo mudou, mas Katherine gostaríamos que você aprendesse a lutar como nós lutávamos antes. - Helga falou.

– Por quê?

– Você é uma bruxa ambidestra, Katherine. Mas acima disso, você possui o poder de lançar feitiços com as mãos nuas, o que é um dom bem raro. Se você tiver uma varinha e uma adaga, poderia canalizar sua magia para a adaga como você faz com a varinha. Além da parte, que a lâmina seria mortal se você acertasse os pontos corretos. - Salazar que respondeu.

– Não tenho uma adaga e nem poderia sair por aí atrás de uma. - eu falei.

Só foi eu falar que um pequeno altar apareceu no meio da sala.

– Fabricada pelos duendes com o metal de um meteoro. Apenas uma pessoa usou essa adaga. - Godric falou quando eu andei até o meio da sala.

– Quem?

– Valentine Slytherin. - Rowena respondeu.

– Qual é a história dela? Vocês sempre me comparam com ela, mas eu não entendo o motivo. - eu falei olhando para os quatro.

Então sem que eu pensasse em nada, eles simplesmente sumiram da sala e na minha frente uma mulher de no máximo trinta anos me olhava sorrindo.

– Quem é você? Como entrou aqui?

– Valentine Slytherin. Estava esperando nos últimos três anos que você perguntasse o que nós tínhamos em comum, Katherine. - ela falou ainda sorrindo.

– Não vejo nenhuma semelhança entre nós. - eu falei erguendo o queixo.

– Não mesmo? - ela perguntou rindo, o riso dela era calmo e divertido. Então ela ergueu o queixo da mesma forma que eu. - Em aparência não somos parecidas, querida. Nossos atos e gestos que são parecidos. Vou te ensinar o que eu puder, mas muitas coisas você ainda terá que aprender com o passar do tempo, através de suas próprias experiências.

– O que você vai me ensinar? E me dê um exemplo das muitas coisas que eu terei que aprender com as minhas próprias experiências. - eu pedi e ela sorriu.

– Você sabe fazer as perguntas certas nas horas certas, Katherine. Isso é uma coisa que nós não temos em comum. - ela falou rindo. - Eu quase nunca sabia o que eu poderia falar e o que eu não poderia. Eu sempre falava ou fazia comentários nos momentos errados, sinceramente era um desastre nessa parte. Mas na minha época, as mulheres não tinham muitas ocasiões nas quais expressar o que sentiam. As mulheres que tinham essa chance, eram apenas as bruxas com extremo talento mágico, ou alguém como eu, que era a filha de Salazar Slytherin.

– Salazar sempre fala muito bem de você, Valentine. - eu comentei.

– Eu fiz coisas que trouxeram orgulho para a nossa família, para o nosso nome. Mas eu sempre cometia deslizes. - ela falou. - Mas, a minha tarefa não é ficar falando sobre isso com você. Voltando para as suas perguntas... Eu vou te ensinar como usar uma adaga e irei te ensinar alguns dos segredos das famílias dos fundadores para você.

– Segredos das famílias dos fundadores? Você quer dizer da família Slytherin, Gryffindor, Hufflepuff e Ravenclaw? - eu perguntei sem entender.

– Sim. São apenas coisas que as pessoas do mundo bruxo atual nem fazem idéia e nem sequer sonham sobre a família as quatro famílias. - Valentine respondeu. - As famílias Ravenclaw, Hufflepuff e Gryffindor também possuem vários segredos, mas quando meu pai abandonou o castelo, muitas coisas sobre nossa família se perdeu.

– Valentine, eu ainda não entendo no que tudo isso poderia me ajudar com o meu pai. - eu a interrompi. - Não posso conseguir as informações que quero tirar dele só com isso. - eu falei demonstrando impaciência na voz.

– Não vamos te ensinar essas coisas para você tirar as respostas que você deseja de seu pai, Katherine. - e os fundadores estavam de volta. Os quatro e Valentine olhavam para mim ao mesmo tempo carinhosos mas também um tanto indignados.

– Estamos te ensinando essas coisas para que na hora certa, você possa cumprir a profecia que Rowena fez há mais de mil anos. - Helga continuou.

– E o mais importante ainda, querida. Isso poderá ser a sua maior arma contra seu pai. - Godric falou.

– Ainda não entendo.

– Ele não sabia sobre a descendência da Luna, Katherine. Ele sabia que ela era uma bruxa realmente poderosa e de uma família antiga, mas ele não tinha a menor idéia de que ela era nossa descendente. Você possui o poder dos quatro, não podemos dizer o que vai acontecer daqui para frente, porque nem nós sabemos ainda. Mas o seu poder, sem dúvidas é uma coisa que poderá assustá-lo. - Salazar explicou.

– Mas pai, se nós estivermos errados... - Valentine começou mas se calou colocando a mão na boca. - Desculpa. - ela murmurou olhando para os fundadores que a fuzilavam com os olhos.

– Termine. - eu falei autoritária.

– Não é nada... - Helga começou a falar.

– Valentine, termine o que você começou a falar! - eu exclamei sentindo meus olhos começarem a mudar de cor e eu começar a perder o controle.

– Acalme-se. - Godric e Salazar pediram ao mesmo tempo.

– Termine de falar o que você começou, Valentine Slytherin. - eu voltei a falar ignorando o pedido dos dois.

– Se nós estivermos errados sobre isso, e seu pai saber exatamente o quão poderosa você é, ele poderia tentar usar você. - ela falou depois que Salazar assentiu para ela.

– Eu já tinha pensado nisso. Depois que eu descobri que eu era descendente dos quatro, vasculhei a mente de meu pai para descobrir de ele sabia ou desconfiava que minha mãe era descendente de Ravenclaw e Hufflepuff. Ele nem sequer tinha pensado em tal possibilidade. Mas ele sabia que ela era descendente de Gryffindor, e esse foi o maior motivo para ele se aproximar dela. - eu falei me acalmando um pouco.

– Então, de certa forma, ele tinha planejado que um filho com a Luna seria algo de extremo poder. - Valentine quebrou o silêncio que se seguiu depois que eu terminei de falar.

– Aparentemente, sim.

– Katherine, você sabe o que nós pensamos sobre entrar na mente de seu pai, mas se você está decidida a fazer isso, não vamos impedí-la. Mas temos um pedido para fazer para você. - Salazar falou.

– Queremos que você nos conte o que você descobrir, principalmente sobre a Luna. - Godric continuou a falar depois que eu assenti concordando.

– Tudo bem. - eu concordei. - Quando vocês querem começar?

– Suas aulas conosco irão começar a partir dessa semana. Não vamos pedir para você vir todos os dias, mas pelo menos dois dias por semana. - Helga falou.

– Não precisa escolher os dias, Katherine. Só venha duas vezes por semana. - Salazar falou.

– É melhor você voltar para o mundo lá fora. - Valentine falou. - Já está ficando tarde e você não pode ficar andando pelos corredores a essa hora.

– Claro. - eu concordei.

– Nos vemos dentro de alguns dias, querida. - Rowena falou sorrindo antes que eu saísse pelo quadro que levava ao quarto de Slytherin.

– Boa noite. - eu falei para o quadro antes de sair para o corredor.




*Uma espiada no próximo capítulo...*

...- Eu tinha concordado em ajudar enquanto fosse uma coisa racional, Katherine.

– Quer dizer que não vai mais me ajudar?

– Não por enquanto.

...

– Voldemort?

– É a senha. - eu falei dando de ombros.

– Que lugar é esse?

– Meu dormitório particular.

...- Acha que ele estava tentando matar o Lupin?

– Não na sua frente, isso eu garanto.

...

Sirius Black tinha invadido o castelo.

...

Não sabemos de nada Katherine. – Salazar falou.

Mas, você deveria fazer uma última viagem até a mente de seu pai. Vai descobrir que Sirius Black não é o culpado de tudo.– Rowena falou se afastando de minha mente.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Mereço reviews/recomendações?
Daqui dois dias tem mais um capítulo para vocês.
Beijos...