Voldemorts Daughter escrita por NatyAiya


Capítulo 32
Capítulo 32 - Fuga de Azkaban


Notas iniciais do capítulo

Me perdoem pela demora.
Eu falei em algumas respostas de alguns reviews, que eu postaria mais ou menos no final do mês passado, mas acabou não dando.
As minhas provas começaram e eu fiquei sem tempo para postar, desculpa.
Boa leitura. (Estamos entrando na parte de O Prisioneiro de Azkaban.)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/110329/chapter/32

Capítulo 32 - Fuga de Azkaban

As férias começaram e eu passava mais tempo na casa da Anna, na Londres trouxa, do que na Mansão Malfoy.

Duas semanas antes das férias terminarem, o mundo bruxo ficou uma loucura. Sirius Black tinha conseguido fugir de Azkaban, a prisão dos bruxos. Na mesma semana, decidi passar as duas últimas semanas na casa da Anna. Coisa que consegui fazer depois de muita discução com os Malfoy.

Dois dias depois, encontrei com Harry no Caldeirão Furado.

- O que faz aqui, Kath? - ele perguntou quando eu me sentei ao lado dele.

- Estou na casa da Anna, na Londres trouxa. Venho todos os dias aqui, enquanto ela está fazendo as coisas dela. - eu respondi roubando um pedaço de salcicha do prato dele. - E você?

- Fugi da casa dos Dursley, e estou morando aqui no Caldeirão Furado até o dia 1 de setembro. - ele respondeu dando de ombros.

- Fugiu da casa dos Dursley? Com o mundo bruxo do jeito que está? - eu perguntei olhando para ele aturdida.

- Está falando sobre a fuga de Sirius Black?

- É óbvio! - eu exclamei jogando as mãos para o alto. - Ah, quer saber, dane-se. Me acompanha em um passeio? - eu perguntei me levantando.

- Claro, mas onde?

- Só preciso passar no Gringotes para pegar um pouco de dinheiro. - eu respondi entrando no Beco Diagonal com ele ao meu lado.

Depois de ter uma boa quantidade de dinheiro bruxo e trouxa na bolsa, saímos para a Londres trouxa.

- E então? Vai me contar sobre como é ser descendente dos quatro fundadores de Hogwarts? - ele perguntou para mim quando já estávamos bem longe do Beco Diagonal.

- Estranho... Interessante... Assustador... É o principal. - eu respondi.

- E sobre ser filha do Voldemort?

- Um terço do mundo bruxo acha que eu sou assim como meu pai, uma assassina em série que deveria estar em Azkaban.

- E quanto os outros dois terços?

- Outro um terço, não sabe o que achar. E o último terço, me vê como uma garota de catorze, quase quinze anos, com um pai que é um bruxo das trevas e com a mãe desaparecida.

- E você? Como você se vê?

- Eu? Eu defendo o meu ponto de vista, senhor Potter.

- Que seria?

- Sou quem eu sou. O que meu pai fez, não é problema meu, e eu não escolhi ser filha dele.

- Mas para onde você está me levando? - ele perguntou depois de alguns minutos em silêncio.

- Para onde eu vou matar você e logo depois enterrar. - eu falei dando de ombros.

- O quê?

- Brincadeira, Harry. Um parque. Decidi dedicar o dia inteiro para responder as suas perguntas.

- Por que será que senti uma boa dose de ironia no ar?

- Por que eu também vou te encher de perguntas.

Cinco minutos depois chegamos ao nosso destino, onde eu me sentei debaixo de uma árvore.

- Tudo bem... Primeira pergunta pergunta: Como é ser famoso no mundo bruxo, enquanto ninguém te conhece no mundo trouxa? - eu perguntei depois que ele também já estava acomodado.

- Sinceramente, não sei o que responder. Acho que a resposta perfeita seria estranho. - ele respondeu dando de ombros. - O que você acha do Dumbledore?

- Como assim?

- Bem, a todos os sonserinos acham o Dumbledore um velho caduco e várias outras coisas que não combinam com ele. Mas, e você o que acha dele?

- Ele é brilhante. Pode ser um pouco excêntrico as vezes, mas ele é brilhante! Sinceramente, não entendo o motivo dos outros sonserinos acharem ele um velho caduco. - eu respondi. - O que você acha do Snape?

- Ele parece um morcego com aquela capa preta. O jeito que ele me olha, parece que ele consegue olhar através de mim, parece que ele consegue ler todos os meus pensamentos. É assustador. - ele respondeu e eu não consegui segurar o riso. - Do que está rindo?

- Será que eu sou a única que não acha isso? - eu perguntei depois que consegui parar de rir.

- O que você acha dele?

- Ele também é brilhante, mas eu vejo ele como um amigo, meu conselheiro, sinceramente, as vezes eu vejo nele o pai que eu não tenho presente. - eu respondi colocando pela primeira vez meu ponto de vista sobre Severo Snape em palavras.

Harry me olhava como se eu não fosse desse mundo, a boca entreaberta e olhos arregalados.

- Não precisa fazer essa cara, ok? Não vejo ele como um morcego gigante, ou como uma pessoa assustadora. - eu falei revirando os olhos. - Harry, fecha a boca.

- Você está brincando não, é?

- Não. Eu realmente acho isso dele.

- Vou precisar de mais de um ano para conseguir digerir isso...

- Bobo.

- Próxima pergunta. O que você acha do Malfoy?

- Qual deles? O Draco? - eu perguntei e ele assentiu. - Para mim, é como se ele fosse meu irmão mais novo. - eu respondi. - As vezes ele é realmente irritante  e chato, mas eu não consigo vê-lo como a pessoa mesquinha que você e a maior parte de Hogwarts o vê. Nem vou perguntar o que você acha dele...

Passamos a tarde toda conversando. Conheci um pouco mais sobre o maior inimigo do meu pai. Alguns dias depois, no último dia de férias os Weasleys e Hermione chegaram no Caldeirão Furado. Arthur Weasley falou alguma coisa para Harry que ninguém escutou e nem eu sabia.

No dia 1 de setembro saí da casa de Anna com 20 minutos de antecedência. Encontrei com os Malfoys e Notts na plataforma, mas nem fiquei muito tempo com eles, embarquei o mais rápido possível e me juntei ao trio grifinório em uma das cabines, onde um homem adulto já estava sentado. Na maleta ao lado dele, o nome R.J. Lupin estava gravado.

Depois de verificar que ele estava realmente dormindo, Harry nos contou o que Arthur tinha falado para ele no dia anterior.

- Você quer dizer, então, que Sirius Black fugiu de Azkaban só para vir atrás de você e te matar? - Hermione perguntou só para confirmar.

- Sim.

- O que você acha, Kate? - Rony perguntou com medo estampado nos olhos.

- Não me lembro de nada relacionado com a morte de Lílian e Tiago Potter que leve até Sirius Black, a não ser as histórias publicadas na época pelo Profeta Diário e pelo Ministério. Posso tentar descobrir mais coisas sobre o assunto, mas por enquanto, é melhor você tomar cuidado Harry. Não sabemos o que é verdade e o que é mentira... Vocês dois também. - eu falei para Rony e Hermione.

- Você também. - Hermione respondeu.

Alguns segundos depois, o trem parou com um solavanco brusco.

- O que foi isso? - Rony perguntou assustado.

- Ainda não chegamos, chegamos? - Hermione perguntou segundos antes das luzes começarem a piscar.

Harry abriu a porta para olhar o corredor, coisa que todos os outros fizeram também. Antes que ele voltasse a fechar a porta, um segundo solavanco o jogou contra o banco ao meu lado.

Tudo ficou em silêncio por alguns minutos, então de repente a porta foi aberta violentamente e duas pessoas entraram na cabine.

- Gina? Neville? - Harry perguntou para confirmar o que tinha visto com a pouca luz que iluminava a cabine.

- Sim. O que está acontecendo? - Gina que respondeu se levantando com a ajuda de Neville e procurando um lugar para se sentar.

- Não sabemos. - eu respondi por todos.

Depois de alguns protestos e gritos quando os dois pisavam em nossos pés ou tentavam sentar em nós, conseguimos acordar o professor Lupin.

- Silêncio! - ele ordenou.

Depois de alguns segundos, uma luz inundou a cabine. Ele tinha acendido a ponta da varinha.

- Fiquem onde estão. - ele falou se levantando e indo na direção da porta. Mas antes que ele pudesse chegar até ela, a mesma foi aberta.

Uma figura encapuzada, alta e esquelética estava parada na porta, quase ao meu lado. A coisa inspirou lenta e ruidosamente, se eu disse que já estava frio, ficou mais ainda. Mais do que eu imaginava ser possível.

Senti meus olhos ficando automaticamente vermelhos. Passei a ver minhas lembranças de outra forma. O frio foi embora tão rápido quanto veio, então uma pressão em minha cabeça começou. Era como se a coisa encapuzada que estivesse tentando chegar até minhas memórias e retirá-las de mim. Me concentrei com todas as minhas forças em mantê-la afastada de mim.

Me mantive tão concentrada em mantê-la afastada de mim, que nem percebi nas coisas que aconteceram ao meu redor durante os segundos que a coisa encapuzada esteve ali.

Quando voltei a perceber as coisas na cabine, Harry estava caído no chão e a luz já tinha retornado. Meus olhos já não estavam mais vermelhos, mas ainda não tinham voltado a cor normal, azul.

Rony e Hermione estavam ajoelhados ao lado de Harry, Neville e o professor estavam olhando para Harry sentados no banco.

- Harry! Harry! Você está bem? - Hermione perguntou batendo no rosto do mesmo.

Aos poucos ele recobrou os sentidos e com a minha ajuda, de Rony e Hermione ele voltou a se sentar no banco.

- Você está bem? - Rony perguntou nervoso, se sentando de frente para o Harry.

- Estou. - ele respondeu olhando rapidamente para a porta como se procurasse pela coisa encapuzada. - O que aconteceu? Onde está aquela... aquela coisa? Quem gritou?

- Ninguém gritou. - Hermione disse demonstrando nervosismo.

Eu, Hermione, Rony, Gina e Neville retribuímos o olhar de Harry quando ele olhou para todos nós.

- Mas eu ouvi gritos. - Harry insistiu.

- Era um dementador, não era? - eu perguntei me virando para Lupin que começava a partir uma barra de chocolate em pedaços menores.

- Um o quê? - Rony perguntou de olhos arregalados.

- Um dementador. Um dos guardas de Azkaban. - eu falei depois que Lupin assentiu. - Isso explica as coisas. - eu murmurei.

Gina que estava sentada ao meu lado, não parava de tremer. Passei meu braço sobre o ombro dela tentando acalmá-la.

- São apenas lembranças, Gina. Não se preocupe. Nada do que você viu, vai acontecer. - eu murmurei em seu ouvido para apenas ela escutar.

Depois que Lupin disribuiu os chocolates ele saiu da cabine dizendo que iria falar com o maquinista.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?
Mereço reviews? Recomendações?