Voldemorts Daughter escrita por NatyAiya


Capítulo 31
Capítulo 31 - O pesadelo chega ao fim


Notas iniciais do capítulo

Demorei mais do que imaginei...
Desculpa...
Aqui está o capítulo.
Boa leitura.



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Capítulo 31 - O pesadelo chega ao fim

POV Katherine

Eu estava entrando no Salão Principal quando Gina Weasley esbarrou em mim.

- Me desculpa. - ela falou sem nem olhar para mim e continuou andar apressada para longe do Salão. Ela estava estranha, pálida, tensa e nervosa.

Mudei de idéia sobre o café da manhã e fui atrás dela.

- Gina! - eu a chamei quando ela entrou no banheiro da Murta.

- Ah, Katherine! - ela exclamou ao me ver fechando a porta.

- Aconteceu alguma coisa? - eu perguntei vendo como ela estava nervosa e amedrontada.

- Não, nada. - ela respondeu.

- Então me desculpe por isso... - eu sussurrei antes de erguer a mão na direção dela e murmurar. - Estupefaça! - Antes que ela caísse o chão a peguei e a deitei no chão. Me sentei ao lado dela e me concentrei em invadir sua mente, entrei na mente dela com mais facilidade do que pensei.

No começo, era um borrão de cores e sombras, nada era definido, depois as coisas começaram a ficar nítidas formando imagens. Procurei pela coisa que estava assustando ela e a deixando nervosa. O diário de Tom Riddle, meu pai, era o motivo de tudo. Então descobri o porque ela estava tão amedrontada, Tom tinha mandado ela escrever uma mensagem de despedida para os outros e depois descer até a Câmara com o diário onde ela morreria.

Saí da mente dela e depois apaguei a lembrança que ela tinha sobre a nossa breve conversa antes que eu a estuporasse, saí do banheiro e fechei a porta segundos antes dela recobrar os sentidos.

Fui para as aulas preocupada com Gina, não sabia quando ela iria agir e nem nada. No meio da segunda aula depois do almoço, a voz de Minerva McGonagall soou amplificada pelos corredores do castelo.

- Todos os alunos devem voltar imediatamente para seus Salões Comunais. Todos os professores devem se reunir no corredor do segundo andar. Imediatamente, por favor!

Enquanto todos voltavam para os Salões Comunais como o ordenado, eu entrei em um atalho para o segundo andar que Fred e Jorge tinham me ensinado no ano passado, e lancei o feitiço da desilusão sobre mim para logo depois me concentrar e os fundadores apareceram na minha frente.

- O que está acontecendo? - eu perguntei assim que os quatro ficaram visíveis para mim.

- O que você temia desde cedo aconteceu. - Ravenclaw que respondeu.

Foi o que bastou para que eu saísse correndo até o segundo andar.

"O esqueleto dela jazerá na Câmara para sempre."

Os professores começaram a chegar ao corredor o que impossibilitou minha entrada no banheiro da Murta.

- Katherine, você não deve interferir. - os quatro falaram juntos flutuando ao meu lado, já que ninguém iria ouví-los ou vê-los.

- Querem dizer que eu devo deixar meu pai retornar usando a força de uma garota de onze anos? - eu perguntei mentalmente incrédula para os quatro, que se eu falasse, seria descoberta.

- É melhor do que interferir. - Slytherin respondeu.

- Não vou entregá-la para a morte, Salazar. Ainda não é a hora dela morrer e nem a hora de meu pai retornar. Vou interferir com ou sem a aprovação de vocês. - eu falei encerrando a discussão.

Os professores foram saindo e só depois que Harry e Rony se afastaram que eu fui conseguir entrar no banheiro.

- Quem está aí? - Murta perguntou olhando para a porta.

- Sou eu. - respondi tirando o feitiço da desilusão de cima de mim. - Você contou para alguém sobre minhas visitas constantes nos últimos dias? - eu perguntei.

- Não. Eu prometi que não iria contar e não vou contar. - ela falou.

- Continue assim. - eu falei. - Abra! - mandei logo depois olhando para a pia a minha frente. Murta se afastou em silêncio quando a pia começava a se deslocar.

Segui o caminho que andava fazendo nos últimos dias em segredo, abri a passagem para a última câmara a tempo de ver a imagem borrada de Tom Riddle saindo do diário e o corpo de Gina caindo no chão.

- NÃO!!! - eu gritei correndo na direção da garota e da imagem esfumaçada de Tom Riddle.

- Katherine Liwener Riddle! - ele saudou ao me ver.

- Por que fez isso? - eu perguntei me abaixando ao lado do corpo semi-vivo de Gina.

- Eu preciso de forças para retornar, minha filha. Essa garota já não possue nenhuma outra utilidade para mim a não ser isso. - ele respondeu.

- Então me mate, ou me deixe inconciente. Não quero ver a morte dela. - eu falei me levantando e erguendo o queixo em sinal de desafio.

Ele exitou por alguns minutos antes de aproximar-se de mim, tirar minha varinha de meu próprio bolso e murmurar um feitiço com ela apontada para mim.

Então tudo apagou.

POV Harry

Não conseguia ver o tinha no fundo da câmara onde me encontrava. A única coisa visível no fundo, era uma estátua de um homem, que deduzi ser Salazar Slytherin. A partir da metade da câmara, eu já precisava erguer a cabeça para ver o rosto da estátua.

Então finalmente eu vi o corpo com cabelos flamejantes, Gina. E não muito longe dela, um outro corpo, cabelos negros ondulados e vestes da Sonserina.

- Katherine! - eu exclamei surpreso.

Gina estava fria e pálida, mas Katherine estava levemente corada e quente.

- Gina, por favor, acorda. Acorda! - eu implorei me jogando no chão ao lado da ruiva, deixando a varinha no chão e a sacudindo pelos ombros.

- Ela não vai acordar. - uma voz atrás de mim murmurou. Me virei para trás sem me levantar.

- Tom? Tom Riddle? - eu perguntei olhando para um garoto alto, de cabelos negros que me observava encostado em uma das colunas. Ele confirmou com a cabeça sem desviar o olhar. - O que você quer dizer com "ela não vai acordar?" - eu perguntei desesperado. - Ela não está...?

- Ainda está viva, mas por um fio. - Riddle respondeu.

Voltei a olhar para ele. Ele tinha estudado em Hogwarts há cinquenta anos, mas mesmo assim se encontrava parado ali, envolto por uma luz estranha e enevoada, com seus exatos dezesseis anos.

- Você é um fantasma? - eu perguntei.

- Uma lembrança. - ele respondeu sorrindo suavemente. - Conservada em um diário durante cinquenta anos. - dizendo isso, ele apontou para o chão ao lado de Gina, onde o diário estava caído.

- Olha, você precisa me ajudar Tom. Temos que tirá-las daqui. - eu falei indicando Katherine enquanto tentava erguer Gina. - Tem um basilisco... Por favor, me ajude... - eu pedi.

Riddle nem se mexeu. Me curvei para pegar minha varinha mas ela não estava mais ali.

- Devolva minha varinha, Tom. - eu pedi olhando para Riddle e vendo ele brincar com ela entre os dedos.

Um sorriso parecido com o da Katherine se formou nos lábios dele, mas fora isso nenhuma outra mudança.

- Escute aqui... Tenhos que ir embora! Se o basilisco chegar...

- Ele não virá até ser chamado. - ele falou calmamente.

- O que quer dizer? Devolva minha varinha, posso precisar dela. - o sorriso dele aumentou.

- Não vai precisar dela.

- Olha, nos temos que ir. Temos que salvá-las.

- Acho que não posso fazer isso, Harry... Enquanto Gina Weasley fica mais fraca, eu fico mais forte. - ele falou calmamente sem se alterar. - É Harry. Foi Gina Weasley que abriu a Câmara Secreta.

- Não, não pode ser. Não foi ela. - eu neguei sem conseguir acreditar no que ouvia.

- Foi Gina que açulou o basilisco contra os sangues-ruins e contra aquela gata, foi Gina que escreveu as ameaças na parede. - ele continuou a falar sem desviar o olhar de mim.

- Por quê? - eu perguntei sem entender o motivo dela ter feito tudo isso.

- Porque eu mandei. - ele respondeu sorrindo mais ainda. - Nem imagina o meu poder de perssuasão. Ela não sabia o que estava fazendo... Ela ficava em um estado de transe. Mas o poder do diário começou a assustá-la e ela tentou jogá-lo fora no banheiro feminino, e então... Quem o encontrou? Você! - ele começou a andar ao meu redor. - Exatamente quem eu mais queria conhecer.

- E por que você queria me conhecer? - eu perguntei o encarando.

- Eu tinha que falar com você. Conhecê-lo, se possível. Então, eu decidi mostrar como capturei o bobalhão do Hagrid para ganhar sua confiança...

- Hagrid é meu amigo! - eu gritei. - Armou uma cilada para ele, não foi? - eu perguntei entendendo tudo.

- Era a minha palavra contra a dele. De um lado, eu, Tom Riddle. Pobre, porém brilhante, orfão mas corajoso, monitor, aluno modelo... e do outro... Hagrid, o bobalhão do Hagrid, que vivia se metendo em encrenca, e muitas outras coisas estúpidas. Apenas Dumbledore acreditava que ele era inocente. - o sorriso de Riddle desapareceu.

- Mas Dumbledore não se enganou com você. - eu falei sorrindo.

- Ele não parou de me vigiar um instante depois disso. Sabia que seria arriscado abrir a Câmara de novo enquanto estivesse na escola. Então decidi deixar um diário preservando meus dezesseis anos nas suas páginas, para um dia, eu pudesse conduzir outra pessoa a terminar a nobre tarefa de Salazar Slytherin. - ele falou e o sorriso voltou ao seu rosto.

- Mas você não terminou dessa vez. Em poucas horas, a poção de mandrágora estará pronta e todos que foram petrificados vão voltar ao normal.

- Eu não te contei? Agora matar sangues-ruins não me interessa mais. Há meses que o meu novo alvo passou a ser... Você. Como um bebê sem talento excepcional de magia conseguiu derrotar o maior bruxo de todos os tempos? Como pode escapar com apenas uma cicatriz, enquanto os poderes de Lord Voldemort foram destruídos? - ele perguntou usando minha varinha para afastar o cabelo que tampava minha cicatriz.

- Por que você quer saber como eu escapei? Voldemort foi depois do seu tempo. - eu falei dando um passo para trás.

- Voldemort é meu passado... Presente... E futuro. - ele falou se virando de costas para mim e usando minha varinha, escreveu no ar três palavras:

TOM MARVOLO RIDDLE

Logo depois agitou a varinha e as letras se rearrumaram:

EIS LORD VOLDEMORT

- Você... É o herdeiro de Slytherin. Você é Voldemort. Pai da Katherine. - eu falei depois de ler.

- É claro que você não pensou que eu ia usar o nome nojento do meu pai trouxa! Não... Eu criei um novo para mim, um que eu sabia que todos os bruxos iriam temer pronunciar quando eu me tornasse o maior bruxo do mundo! - ele falou com ódio.

- Alvo Dumbledore! Esse sim é o maior bruxo do mundo. - eu falei no mesmo tom que ele.

- Dumbledore foi afastado desse castelo só pela minha mera lembrança...

- Ele nunca sairá daqui. Não enquanto quem estiver aqui, for leal a ele.

Antes que ele pudesse abrir a boca, uma música cortou o ar. A fênix de Dumbledore entrou na câmara.

- Fawkes?

Ele passou por mim e soltou algo que trazia em suas garras. Era o Chapéu Seletor. Para logo depois fazer a curva e sair novamente da câmara. Tive vontade de gritar par ele não ir embora, para não me deixar sozinho, mas nada saiu da minha boca.

- Então é isso que Dumbledore manda ao seu grande defensor? - Riddle perguntou com desdém. - Um pássaro e um chapéu velho.

Dando dois passos para trás, ele voltou a dar as costas para mim.

- Fale comigo, Slytherin, o maior dos Quatro de Hogwarts. - ele sibilou para a estátua. Então a boca da estátua começou se abrir lentamente. - Vamos medir os poderes de Lord Voldemort, herdeiro de Salazar Slytherin, com os do famoso, Harry Potter. - alguma coisa se mexia dentro da boca da estátua. Larguei o Chapéu ao lado de Gina e comecei correr para longe. - Mate ele. - escutei Riddle falar para a cobra. - Saber a língua das cobras não vai te ajudar, Potter. Ele só obedece a mim! - ele gritou quando o basilisco vinha na minha direção.

- Katherine, por favor, acorda. Me ajude, você pode parar o basilisco, por favor... - eu comecei a murmurar, se tinha alguém nesse lugar que poderia me ajudar, esse alguém era ela.

Então em um momento, eu não sabia o que estava acontecendo. No outro, Fawkes estava furando os olhos do basilisco que espumava de dor e raiva.

Entrei em um dos canos que vi entre as estátuas das cobras para logo depois ver que o basilisco ainda me seguia, agora com os olhos ensanguentados.

Consegui voltar à câmara principal e vi algo brilhar no Chapéu, rezei para ser alguma ajuda e corri na direção dele e puxei a coisa que brilhava. Era uma espada com o punho prata, com rubis cravejados nele. Ergui a espada a tempo de me proteger da primeira investida do basilisco.

Na terceira investida dele, eu enfiei a espada até a bainha no céu da boca da cobra. Enquanto o sangue da cobra encharcava meus braços, eu dor aguda tomou conta de mim. Uma presa comprida, venenosa e afiada tinha entrado em meu braço, o basilisco tombou quebrando a presa que ficou presa ao meu braço.

Agarrei a presa em meu braço e a puxei com força. Me rastejei até onde Gina e Katherine estavam deitadas. Minha visão já começava a ficar embassada. Em uma mão, eu arregava a espada e na outra, a presa do basilisco.

- É incrível não é? Como o veneno do basilisco penetra tão rápido no corpo. Acho que não tem mais de um minuto de vida. - Riddle comentou olhando para mim de cima. - Vai rever sua mãezinha de sangue-ruim em breve, Harry.

Peguei o diário que estava entre eu e Gina e o abri em uma página qualquer.

- O que vai fazer? - Riddle perguntou, ergui a presa do basilisco. - Não! Pare! - ele gritou dando um passo na minha direção. Finquei a presa no diário que começou a jorar tinta como se fosse sangue. Riddle gritava e se contorcia sem conseguir se aproximar, então como começou terminou. Ele se desfez em uma cortina de luz.

Gina ao meu lado, abriu os olhos no mesmo momento.

- Gina.. - eu a chamei quando ela se sentou de costas para mim.

- Harry. Fui eu, eu que abri a Câmara. Eu tentei lhe contar no café, mas... Harry! Você está sangrando. - ela falou vendo meu braço.

Então a mesma canção de antes ecoou pela câmara. Fawkes pousou ao meu lado.

- Você foi incrível, Fawkes. Não consegui ser tão rápido. - eu falei sorrindo para a fênix, que deitou a cabeça em meu braço e deixou três lágrimas peroladas caírem sobre o ferimento.

Em um momento era uma ferida ensanguentada, no outro, não tinha mais nada. Gina olhou assustada.

- Mas é claro! Fênices possuem poderes curativos. - eu falei me lembrando sobre o que Dumbledore tinha falado. - Acabou Gina. É tudo uma lembrança.

- O que ela está fazendo aqui? - Gina perguntou olhando assustada para Katherine que ainda estava no chão.

- Eu não sei. Katherine! Katherine! - eu a chamei e comecei a sacudí-la pelos ombros. Ela ainda estava quente, mas não abria os olhos.

- Ela está morta? - Gina perguntou.

- Não. Ela está viva, mas... - eu murmurei. - Temos que sair daqui. Me ajude carregá-la. - eu pedi passando o braço por baixo do braço direito da Katherine e Gina do braço esquerdo.

Antes de darmos um passo, Fawkes agarrou as vestes da Katherine com as garras e puxou para cima, ela foi flutuando no ar sob Fawkes que a carregou até onde Rony tinha ficado.

- O que ela faz aqui? - Rony perguntou quando eu passei o corpo dela para ele através do buraco que ele tinha conseguido abrir.

- Não sei. Ela já estava aqui. - eu respondi.

Fawkes nos carregou para o ar livre, onde eu e Rony carregamos Katherine até a sala de McGonagall, para onde Fawkes nos levou.

POV Autora

- Gina! - a Sra. Weasley exclamou ao ver a filha parada ao lado de Rony. - Você salvou minha filha! Como fez isso? - ela perguntou abraçando Harry com força ignorando Katherine que estava sendo amparada apenas por Harry no momento.

- Acho que todos nós gostaríamos de saber. - Minerva falou com a voz fraca.

Harry começou a contar tudo com a ajuda de Rony depois que colocou a espada, o Chapéu Seletor e o que sobrara do diário de Riddle. Durante quase vinte minutos, todos escutaram o que Harry e Rony falavam.

- E como ela ficou assim? - Minerva perguntou apontando para Katherine que estava deitada em um sofá quando eles terminaram de contar.

- Não sabemos. Quando eu cheguei, ela já estava lá. Ao lado da Gina. - Harry falou.

- Profa. McGonagall, vá chamar o prof. Snape, por favor. - Dumbledore pediu.

- Por que o Snape? - Harry perguntou olhando para a porta por onde a professora tinha acabado de sair.

- Professor Snape, Harry. Ele não é o diretor da casa da Sonserina?

Alguns minutos depois, Snape entrou na sala.

- O que houve com ela? - foi a primeira coisa que ele perguntou ao ver o corpo de Katherine no sofá.

- Você poderia nos dizer, Severo? - Dumbledore perguntou.

- Não.

- Então, vamos tentar o Ennervate, mesmo. - Dumbledore falou dando de ombros e se levantando. - Ennervate! - ele falou com a varinha apontada para o peito da Katherine. Por um segundo, nada aconteceu, então como se ela tivesse sido ligada a um desfibrilador, ela abriu os olhos ofegando.

- Katherine! - Snape gritou segurando os pulsos dela e a forçando a se deitar novamente no sofá. - O que houve? - ele perguntou.

- Tom Riddle! - ela falou tentando se livrar das mãos de Snape.

- Você não está na Câmara, Katherine. - Dumbledore falou calmamente.

Foi o que bastou para ela se acalmar.

- Onde estou?

- Na minha sala, querida. - Minerva respondeu. - O que fazia na Câmara? - Minerva perguntou quando ela já estava mais calma.

- Deduzi o que iria acontecer com a Gina. - ela respondeu simplesmente ao notar Molly e Arthur Weasley na sala.

- O que mais me interessa, é como foi que Lord Voldemort conseguiu enfeitiçar Gina, quando minhas fontes me informaram que no momento ele está escondido nas florestas da Albânia. - Dumbledore comentou entendendo o motivo da resposta curta de Katherine e também acalmando Harry.

- O quê? - Arthur Weasley perguntou aturdido. - Você-Sabe-Quem? Enfeitiçou Gina? Mas Gina não... Gina não esteve... esteve?

- Com esse diário. - Harry se apressou a responder, apanhando o diário e entregando para Dumbledore. - Riddle escreveu nele quando tinha dezesseis anos.Dumbledore examinou o diário com extrema atenção.

- Genial. - disse baixinho. - É claro, ele foi provavelmente o aluno mais brilhando que Hogwarts já teve. - e se virou para os Weasleys, que pareciam totalmente perplexos.

"Poucos sabem que Lord Voldemort um dia se chamou, Tom Riddle. Eu fui seu professor há cinquenta anos, em Hogwarts. Ele desapareceu depois que terminou a escola, viajou por toda parte, aprofundou-se nas Artes das Trevas, associou-se com os piores elementos do nosso povo, passou por tantas transformações mágicas e perigosas que, quando reapareceu como Lord Voldemort, quase não dava para reconhecê-lo. Poucas pessoas ligaram Lord Voldemort ao garoto inteligente e bonito que, no passado, fora monitor-chefe aqui.

"Uma das poucas pessoas que conseguiu reconhecê-lo, foi a mãe de Katherine, Luna Liwener. Que hoje se encontra desaparecida. Agora Katherine, nos diga o que você ainda não contou.

- Soube o ano inteiro que ele estava controlando Gina através do diário. Várias vezes, tentei tirar o diário da posse dela, mas nunca consegui. Sempre recebia a mesma resposta: "Não vou machucá-la." Me deixei levar por essa resposta e hoje quando eu soube que ela tinha sido levada para a Câmara, eu fui atrás para tentar salvá-la, mas cheguei alguns minutos atrasada.

- Você sabia e nunca passou pela sua cabeça em falar para alguns professor? - Molly perguntou indignada. - O que uma garota de treze anos poderia fazer a respeito sozinha?

- Catorze, tenho catorze anos.

- Molly, Katherine é filha d'aquele-que-não-deve-ser-nomeado. Ela é descendente dos quatro fundadores e ela é capaz de acabar com todo o corpo docente dessa escola de olhos fechados. Ela poderia tirar a Gina de tudo isso se tivesse certeza sobre o que estava fazendo, se tivesse certeza que se tirasse a Gina do meio disso, seria o melhor para sua filha Molly. - Minerva falou.

- Mãe, a Katherine me procurou hoje de manhã. Ela tentou me ajudar, mas eu fugi. Desculpa, Kate. - Gina falou sorrindo fracamente para Katherine.

- Tudo bem, Gina. - Katherine respondeu retribuindo o sorriso.

Mesmo com quase tudo explicado, Arthur Weasley ainda começou a brigar com Gina.

- Eu n-não sabia. - soluçou Gina e tentou se justificar.

- A Srta. Weasley devia ir imediatamente para a ala hospitalar. - Dumbledore falou com firmeza. - Sabe, Minerva. - ele falou depois que Gina, Molly e Arthur saíram da sala. - Acho que tudo isso merece uma comemoração. Severo, Minerva, poderiam avisar às cozinhas?

- Claro. - e com isso os dois professores saíram da sala em silêncio.

POV Katherine

- Estou me lembrando que disse a ambos que teria de expulsá-los se infrigissem mais um artigo do regulamento da escola. - Dumbledore começou a falar para Harry e Rony, me ignorando completamente. - O que prova que até o melhor de nós às vezes precisa engolir o que disse. - ele continuou sorrindo. - Os dois receberão prêmios especiais por serviços prestados à escola e... vejamos... é, acho que duzentos pontos para Grifinória, por cabeça.

Depois que foi explicado o que tinha acontecido com Lockhart, Dumbledore pediu para Rony levá-lo para a ala hospitalar. Depois que Rony saiu com Lockhart, eu me levantei para sair também, mas...

- Katherine, poderia esperar mais um pouco? - ele perguntou antes que eu chegasse à porta.

- Claro. - eu respondi voltando a me sentar.

Escutei a conversa dos dois em silêncio, apenas escutando até...

- Professor, o Chapéu Seletor me disse... que eu teria sido bem sucedido na Sonserina. Todo mundo achou aque eu era o herdeiro de Slytherin por algum tempo... porque falo a língua das cobras. - Harry começou.

- Você fala a língua das cobras, Harry, porque Lord Voldemort, que é descendente de Salazar Slytherin, assim como a Katherine, que é sua filha e até onde minhas contas me levam, a última descendente de Slytherin, sabe falar a língua das cobras. A não ser que eu muito me engane, ele transferiu alguns dos seus poderes para você na noite em que lhe fez essa cicatriz. Não era uma coisa que tivesse intenção de fazer, com toda certeza... - Dumbledore falou.

- Voldemort deixou um pouco dele em mim? - Harry perguntou estupefato.

- Parece que sim.

- Então eu deveria estar na Sonserina. O Chapéu Seletor disse que viu poderes de Slytherin em mim, e... - Harry falou.

- Colocou você na Grifinória. Você possue várias qualidades que Slytherin prezava nos alunos que selecionava. Seu raro dom de falar com as cobras, criatividade, determinação, um certo desprezo pelas regras... Contudo, o Chapéu colocou você na Grifinória. E você sabe o porquê. Pense.

- Ele só me colocou na Grifinória, porque eu pedi para não ir para a Sonserina...

- Exatamente. O que o faz muito diferente de Tom Riddle. São as nossas escolhas, Harry, que revelam quem realmente somos. - Dumbledore falou sorrindo.

- Harry, quer uma prova que realmente pertence à Grifinória? - eu perguntei falando pela primeira vez. Ele assentiu. Ergui a mão e a espada de Gryffindor veio flutuando até ela. - Olhe para isso com mais atenção. - eu falei entregando a espada para ele.

- Godric Gryffindor. - ele murmurou lendo o nome gravado abaixo da bainha.

- Somente um verdadeiro membro da Grifinória poderia ter tirado isso do chapéu, Harry. - Dumbledore concluiu sorrindo para mim e para ele.

- Professor, já posso ir? Gostaria de me trocar para o jantar.

- Claro. Vocês dois podem ir. - Dumbledore falou. Saí na frente de Harry, que continuou na sala com Dumbledore.

Observei de longe Harry libertando Dobby da escravidão de ser um elfo doméstico.

- Foi muito legal o que você fez, Harry. - eu falei saindo de onde estava escondida e acompanhando ele até a torre da Grifinória.

- Você estava vendo? - ele perguntou.

- Sim.

- Katherine... - ele começou quando descíamos as escadas na direção do Salão Principal.

- Hum?

- Você sabia o tempo todo sobre a Câmara, não é?

- Talvez... - eu respondi piscando para ele.

- Sobre o que a Minerva falou sobre você ser descendente dos quatro, é verdade?

- Harry, não conte para ninguém, por favor. - eu pedi.

- É verdade? - ele perguntou de novo.

- Sim, é verdade. Quem sabe ano que vem eu não te conto tudo... Mas não conte para ninguém por enquanto.

- Seu segredo vai ficar guardado. - ele falou sorrindo para mim. - Mas você é descendente de Gryffindor também?

Abri a mão e a espada cravejada de rubis apareceu sobre ela.

- Responde sua pergunta?

- Acho que sim.

- Até mais, Harry. - eu falei entrando no Salão Principal e indo para a mesa da Sonserina.

Os dias que faltavam para terminar o ano passaram como um piscar de olhos.

Meu terceiro ano acabou, mas um novo iria começar dentro de dois meses.

Durante a viagem de volta para King's Cross, eu respondi todas as perguntas que Harry, Rony e Hermione tinham sobre a minha descendência, fato que me obrigou contar sobre minha ligação mental com meu pai e sobre os meus poderes anormais em Magia Negra. E como apenas isso não bastou, as meninas que dividem o dormitório comigo também ficaram a par de tudo...

Apenas Alexia que não ficou sabendo. Ela não voltou na mesma cabine que nós, meu segredo continuava guardado dos Malfoys e Notts, o que por hora, para mim bastava.


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Notas finais do capítulo

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