Voldemorts Daughter escrita por NatyAiya


Capítulo 29
Capítulo 29 - Verdades ou talvez não...




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Capítulo 29 - Verdades ou talvez não...

O jogo de Quadribol Grifinória vs. Lufa-Lufa finalmente chegou. O basilisco não tinha dado mais sinal de vida, tudo estava voltando ao normal na escola.

Tudo mudou em apenas três horas.

Eu já estava no campo. Não pretendia vir, mas como Melanie e Bianca insistiram, eu acabei vindo. Alguns minutos antes do jogo começar, Minerva entrou no campo de uma forma nervosa.

- O jogo foi cancelado! Houve outro ataque na escola. Todos os alunos, por favor, voltem para suas salas comunais. Os diretores de suas casas irão falar com vocês mais tarde. - a voz dela tomou o campo.

Em seguida, ela saiu rumo aos vestiários do time da Grifinória. Me separei das meninas e fui na mesma direção que ela.

- Katherine, sabe de alguma coisa? - Rony perguntou se juntando a mim.

- Não. Onde está Hermione? - eu perguntei olhando para os lados procurando pela garota.

- Ela não veio. Ficou no castelo, disse que tinha que ir até a biblioteca procurar ou verificar alguma coisa. - ele respondeu.

- Professora, o que aconteceu? - eu perguntei ao alcançar ela e Harry.

- Srta Riddle, Sr. Weasley, nós estávamos procurando por vocês. - ela falou indicando o Harry com a cabeça. - Poderiam me acompanhar? - ela perguntou voltando a andar.

Fomos atrás dela sem entender nada. Já estávamos perto da ala hospitalar quando ela voltou a falar.

- Devo avisá-los que o que verão poderá chocá-los. - ela falou abrindo a porta.

A primeira coisa que eu notei foi que mais duas camas estavam com a cortina em volta delas. Madame Pomfrey afastou a cortina de uma e eu coloquei as mãos na boca. Deitada na cama, com um dos braços erguido estava Hermione, petrificada.

- Ela foi encontrada perto da biblioteca com uma aluna da Corvinal, junto com isso. - Minerva falou nos mostrando um espelho. - Significa algo para vocês? - ela perguntou olhando para nós três.

- Não. - Harry e Rony responderam enquanto eu negava com a cabeça.

- Sinto muito, mas vocês devem voltar para suas salas comunais. - ela falou sorrindo tristemente. - Katherine, você poderia esperar por mais alguns minutos? - ela perguntou quando nos virávamos para sair.

- Claro.

- Querida, o que você acha que significa o espelho? - ela perguntou depois que os dois grifinórios fecharam a porta.

- Ela deve ter descoberto o que está dentro da Câmara. Rony me disse que ela foi para a biblioteca ao invés de ir ver o jogo para verificar alguma coisa. Ela deve ter desconfiado de alguma coisa, e foi verificar, é o que eu acho. Ela descobriu sobre o basilisco e por isso estava com o espelho, ela deve ter visto o reflexo através do espelho. - eu respondi me sentando em uma das camas vazias.

- Faz sentido. Volte para seu Salão Comunal e espere que o professor Snape vá até lá. - ela falou tocando em meu ombro enquanto eu me levantava para sair.

Voltei para o Salão Comunal da Sonserina meio que em estado de choque. Respirei duas vezes antes de entrar.

- Katherine Liwener Riddle, onde você estava? - Melanie e Bianca perguntaram em coro.

- Fui tentar descobrir quem tinha sido atacado dessa vez, e a Minerva me segurou para fazer algumas perguntas. - eu respondi dando de ombros. - Snape já passou por aqui? - eu perguntei indo me sentar perto da lareira.

Nesse momento ele entrou no Salão Comunal.

- Todos os alunos devem voltar ao Salão Comunal de suas casas até as seis horas da tarde. Nenhum aluno deve sair dos dormitórios depois dessa hora. Um professor os acompanhará a cada aula. Nenhum aluno deve usar o banheiro a não ser escoltado por um professor. Todos os treinos e jogos de quadribol estão adiados. Não haverá mais atividades noturnas. - ele falou lendo um pergaminho.

Todos os alunos da Sonserina estavam em silêncio depois que ele parou de falar.

- E se o responsável por esses ataques não for pego, receio que a escola terá que fechar. - ele falou passando os olhos por cada canto da sala. Logo depois ele saiu com a capa negra flutuando atrás dele.

- Isso respondeu a sua pergunta? - Alexia perguntou sarcástica.

- Sim. Preciso pensar. - eu falei me levantando e subindo para o dormitório.

Era coisa demais para se associar. Raiva, nervoso, preocupação e até mesmo ódio. Tudo se misturou. Não sabia os motivos desses sentimentos, mas eles estavam ali dentro de mim.

Em um momento de fúria, tirei a varinha do bolso e lancei vários feitiços que quebraram muitas coisas dentro do quarto. Depois que esse momento passou, me joguei na cama mais próxima.

- Não deveria se descontrolar assim, querida. - a voz de Slytherin soou ao meu lado.

- O que quer aqui? - eu perguntei de olhos fechados.

- Você deveria controlar seus sentimentos. Não deixe os sentimentos te dominarem, Katherine. Da próxima vez, pode ser pessoas que você ama, e não simples objetos. - ele falou.

- Quer dizer então, que é melhor eu enlouquecer com esses sentimentos do que me livrar deles? - eu perguntei abrindo os olhos.

- Não foi o que eu quis dizer. Livre-se deles de outra maneira, não lançando feitiços aleatórios por aí. - ele falou passando a mão fantasmagórica sobre minha cabeça. - Deveria ir até o seu dormitório mais vezes. Precisamos te ensinar muita coisa ainda, querida. - ele falou antes de desaparecer.

Suspirei antes de me levantar e começar a consertar tudo que tinha quebrado com os meus feitiços.

- De quem é essa maldita coruja?! - escutei alguém gritar da sala comunal.

- Edwiges! - eu exclamei ao ver a coruja branca empoleirada em um lugar onde ninguém conseguiria alcançá-la, e ela veio até meu braço. - O que tem para mim? - eu perguntei e ela estendeu a perna para mim.

"Katherine, acho que você já está sabendo das novas regras.

Achamos que o Hagrid pode saber de alguma coisa. Vamos sair escondidos e vamos até a cabana dele, gostaria de ir com a gente?

Harry e Rony.

P.S: Queime isso depois de ler."

Fiz uma bola com o papel e joguei na lareira, depois peguei um pedaço de pergaminho.

"É arriscado. Principalmente porque somos de casas diferentes. Conversamos amanhã na hora do café.

Katherine."

Escrevi a resposta e amarrei na pata de Edwiges para ela levar até o Harry.

Então era isso que ele tinha descoberto através do diário. Riddle tinha mostrado para ele como tinha pego Hagrid para tirar qualquer um da cola dele.

- Como chegaram nessa conclusão? - eu perguntei me sentando na mesa da Grifinória ao lado de Harry na manhã seguinte.

- Através de um diário. - foi a resposta seca de Rony depois que ambos se encararam.

- E acham confiável?

- Por isso precisamos falar com o Hagrid. Se foi ele quem abriu a Câmara há cinquenta anos atrás, ele vai saber onde é a entrada e o que tem lá dentro. É a única pista que nós temos. - Harry explicou.

- E por que me chamaram?

- Você está sendo acusada, poderia se livrar.

- Quando pretendem ir?

- Hoje a noite. - ambos falaram juntos.

- Vou pensar, depois dou um jeito de falar com vocês. - falei me levantando e indo para a mesa da Sonserina.

Acordei no meio da noite. Me levantei para tomar um copo d'água e me deparei com uma pena dourada-avermelhada sobre meu travesseiro quando voltei para me deitar. Um segundo depois, a pena se transformou em um pergaminho.

"Lucius Malfoy conseguiu me afastar de Hogwarts, Katherine. O conselho concordou em me afastar da diretoria.

Sei que o sr. Potter e o sr. Weasley estavam ontem na cabana de Hagrid. Pegunte à eles minhas palavras.

Albus Dumbledore."

- Harry! - eu o chamei na manhã seguinte quando o encontrei perto do Salão Principal.

- Katherine, precisamos falar com você. - Harry e Rony falaram me puxando até a primeira sala vazia. - Dumbledore foi afastado da escola e Hagrid foi levado para Azkaban. - Harry falou depois de fechar a porta.

- A parte do Dumbledore eu já estou sabendo, mas que o Hagrid foi levado para Azkaban... Nem imaginei.

- Como você já sabia? - Rony perguntou.

- Recebi um bilhete do Dumbledore ontem à noite. Nele estava escrito que Lucius Malfoy veio trazer a notícia que o conselho tinha votado por afastá-lo da diretoria. Também dizia para mim perguntar para você, Harry, quais foram as palavras dele.

- Ele disse para o Malfoy: "Você vai descobrir que eu só terei realmente deixado a escola quando ninguém mais aqui for leal a mim. Você também irá descobrir que Hogwarts sempre ajudará aqueles que a ela recorrerem." - Harry falou depois de trocar um olhar com Rony.

- E o Hagrid? - eu perguntei.

- "Siga as aranhas." - Rony falou com uma careta.

- Ele pode ter razão. Preciso ir para minhas aulas. - eu falei deixando os dois na sala e com um ponto de interrogação gravado na testa.

POV Harry

- O que ela quis dizer? - Rony perguntou olhando para mim.

- Como eu vou saber? Quem sempre possue as respostas é a Mione. - eu respondi um pouco agressivo demais.

- E o que vamos fazer?

- Seguir o que o Hagrid falou. Vamos procurar e seguir as aranhas. - eu falei. - Vamos para nossas aulas também.

Eu e Rony procuramos por dias pelas aranhas mas parecia que elas tinham desaparecido completamente da escola. Alguns dias depois, antes do jantar, Malfoy foi infeliz o suficiente para falar coisas mais idiotas do que ele próprio.

- Aposto cinco galeões que o próximo vai morrer. Pena que não tenha sido a Granger... - ele falou depois de se gabar por causa do pai dele.

Uma cortina de cabelos negros passou por mim furiosamente enquanto eu segurava o Rony para ele não matar o Malfoy. Não reconheci na hora, até ela para na frente do Malfoy e dar um belo de um soco na cara dele.

- Nunca mais fale isso, Draco Lucius Malfoy! Nunca mais. - ela gritou quando ele se apoiava na parede.

- Não disse nada demais, Katherine. - ele respondeu.

Isso rendeu outro tabefe no rosto.

- Engula o que você disse, Draco! - ela falou tirando a varinha de algum lugar que eu não pude ver.

- Srta. Riddle! - Snape e McGonagall gritaram juntos chegando ao mesmo tempo perto de nós.

- Katherine... - Draco gemeu tentando se soltar das unhas da garota.

- Katherine, acalme-se! - Snape falou puxando ela para longe do Malfoy e Minerva ficou entre os dois.

- Me solta, Snape! - ela rosnou para o professor que a soltou depois de alguns segundos, quando ela parecia estar mais calma.

- 25 pontos a menos para a Sonserina. - Minerva falou olhando de Katherine para Malfoy.

- O quê? Por quê? - Malfoy perguntou com a mão no rosto, onde a marca da mão da Katherine estava visível.

- Por causa disso... - McGonagall apontou para a Katherine e depois para o rosto dele.

- Não me arrependo. - Katherine falou se endireitando e passando a mão pelos cabelos. - Perdi a fome. Vou voltar para o Salão Comunal. - ela falou se virou. Todos deram passagem para ela. Tive a impressão que ela sorriu para mim e para Rony quando passou por nós.

Esse foi o assunto por quase uma semana na escola. Onde quer que fôssemos, tinha alguém comentando sobre isso.

Até que em uma das aulas de Herbologia, as aranhas reapareceram. Na mesma noite, eu e Rony fomos atrás das aranhas na Floresta Proibida. Não falamos nada com a Katherine. Ela andava encrencada com o Snape pelo soco que tinha dado no Malfoy, então as possibilidades dela vir conosco era zero ou quase isso.

Encontramos as aranhas, na verdade, encontramos a aranha que era do Hagrid, que eu vi pelo diário do Riddle.

- Quem está aí? Hagrid, é você? - a aranha gigantesca e cega perguntou.

- Somos amigos do Hagrid. - eu respondi já que Rony estava morrendo de medo. - Você... você é Aragogue, não é?

- Sim. Hagrid nunca mandou outros humanos aqui antes.

- Ele está encrencado. O Ministério acha que é ele que está atacando os alunos novamente.

- Estão enganados! Hagrid nunca fez isso. - Aragogue bateu as pinças furiosamente.

- Então, você não é o monstro da Câmara?

- Não... O monstro nasceu na escola, eu vim no bolso de um viajante. Nunca vi nenhum lugar da escola a não ser a caixa onde Hagrid me guardava. Depois que ele foi acusado, ele me trouxe para cá e até me arrumou uma esposa, Mosague. Nós, aranhas, não falamos sobre o mostro e o tememos mais do que tudo.

- Mas uma garota foi morta.

- Fui acusado de matar a garota, mas nunca estive em nenhum lugar da escola. Ela foi encontrada no banheiro.

- Harry... - Rony puxou meu braço pela décima vez.

- O que foi? - eu me virei irritado para ele. Ele estava com uma expressão de puro pânico e apontou para cima com a mão tremendo.

Estávamos totalmente cercados pelas aranhas. Por cima e por todos os lados.

- Bem... Acho que nós já vamos. - eu falei me virando para Aragogue.

- Já vão? Acho que não. Meus filhos e filhas não fazem mal à Hagrid por ordem minha. Mas não posso negar a eles carne fresca quando ela entra de boa vontade em nosso ninho. Adeus, amigos do Hagrid. Foi um prazer conhecê-los.

- Posso me desesperar agora? - Rony perguntou já totalmente desesperado. - Me diga que você sabe de algum feitiço contra elas.

- Um. Mas não é o suficiente contra todas elas. - eu falei tirando a varinha do bolso.

- Que falta faz Hermione... - Rony choramingou.

Então nesse momento, o carro do senhor Weasley apareceu e nos salvou.

- Sigam as aranhas... Sigam as aranhas... Se algum dia Hagrid sair de Azkaban, eu mato ele! - Rony gritou para mim quando já estávamos bem longe do ninho das aranhas.

Voltamos para o castelo com Rony soltando pragas contra Hagrid por todo caminho, só parou quando entramos nos castelo.

Não consegui dormir. Fiquei pensando sobre o que Aragogue tinha falado. Agora estava totalmente convencido de que Hagrid não tinha tido nada a ver com a Câmara Secreta. Foi então que liguei os pontos.

- Rony... Rony. - eu o chamei com medo de acordar os outros.

- O que foi? - ele perguntou esfregando os olhos sonolento.

- Se lembra que Aragogue disse que a garota morta foi encontrada em um banheiro? - Rony assentiu com a cabeça sem entender onde eu queria chegar. - E se ela ainda está lá? E se ela nunca saiu de lá?

Então finalmente Rony entendeu onde eu queria chegar.

- Você não acha que... Não a Murta-que-geme?


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Mereço reviews?