Voldemorts Daughter escrita por NatyAiya


Capítulo 27
Capítulo 27 - Novo ataque e férias de inverno


Notas iniciais do capítulo

Meus amores, dia 10 é meu aniversário...
Estou postando hoje por dois motivos...
Primeiro: Já estava na hora de postar de novo.
Segundo: Eu quero ganhar presentes de aniversário de vocês!

Reviews = Combustível para postar e (dessa vez) Presente de Aniversário...



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Capítulo 27 - Novo ataque e férias de inverno

No dia seguinte, depois do Clube de Duelos e o basilisco voltou a atacar. Dessa vez, ele foi silencioso não alertou antes de seu ataque. Só fui saber que Justino Finch-Fletchley tinha sido petrificado depois que Minerva veio me chamar no meio do meu segundo tempo de Poções. Ela estava nervosa e trocou um olhar significativo com Snape antes que eu saísse atrás dela colocando as coisas de qualquer jeito dentro da bolsa.

- Professora, o que está acontecendo? - eu perguntei depois de ter subido um andar.

- Outro aluno foi atacado. - ela disse simplesmente.

- E para onde está me levando? - eu perguntei correndo para acompanhá-la.

- Dumbledore quer falar com você. - outra resposta curta e seca.

- Ele não poderia esperar até a hora do almoço?

- Katherine, você entende o problema, não entende? - Minerva perguntou olhando para mim, mas sem parar de andar.

- Está perguntando isso por causa do que aconteceu ontem no Clube de Duelos?

- Justino Finch-Fletchley é o garoto que foi petrificado, Katherine.

- Eu protegi ele ontem! Entrei na frente dele quando aquela cobra ia na direção dele pronta para atacá-lo! - eu falei irritada agora.

- Esse não é o único problema, querida. O fantasma da Grifinória, Sir Nicholas, de uma certa forma, também foi atacado. Um ataque duplo. - ela me explicou.

- Os ataques estão ficando mais rápidos, com um tempo mais curto entre eles. - eu observei.

- Você não escutou nada antes do ataque? - Minerva perguntou quando viramos em um corredor.

- Não. Não sei se tem alguma relação com a distância que eu estava.

- O professor Dumbledore está te esperando. - ela falou quando paramos em frente à gárgula que dava acesso ao gabinete do diretor. - Gota de Limão! - ela falou e a gárgula ganhou vida mostrando a escada circular.

Subi sem esperar. A porta estava aberta e pude ver Dumbledore sentado diante da mesa.

- Professor Dumbledore, queria me ver? - eu perguntei antes de entrar.

- Sim. Entre por favor Katherine. - ele falou erguendo a cabeça.

Entrei e me sentei na cadeira em frente à mesa.

- A senhorita deve saber que tivemos mais um ataque, e que dessa vez, um de nossos fantasmas foi uma das vítimas.

- Sim, Minerva me falou.

- As coisas mudaram. Até os fantasmas estão sendo atacados. Como isso está acontecendo? O basilisco é capaz de fazer tudo isso, Katherine?

- Eu não tenho todas as respostas Dumbledore. Aposto que você poderia muito bem responder todas essas perguntas sozinho! Foi um ataque duplo e um dos atacados foi um fantasma. Eu chego à conclusão que Sir Nicholas olhou nos olhos do basilisco, por isso aconteceu o que aconteceu. Ele já está morto, não poderia morrer novamente. Todos nós sabemos que o basilisco mata com um simples olhar... - deixei minha voz morrer. - ...Mas ninguém morreu ainda! - eu falei depois de alguns segundos em silêncio. - Ninguém olhou nos olhos do basilisco ainda! Acho que viram o reflexo dele, ou sei lá. Ele só mata se olhar diretamente nos olhos dele.

- E como explica os ataques até agora? - Dumbledore perguntou seguindo a linha de meu raciocínio.

- A gata do Filch... Tinha água naquele corredor na noite do dia das bruxas. Colin Creevey... Ele deve ter visto o basilisco através da lente da câmera. E Justino Finch-Fletchley... Ele deve ter visto o basilisco através de Sir Nicholas. - eu falei.

- Faz sentido. Mas como podemos prever quem será o próximo alvo do herdeiro de Slytherin?

- Os dois humanos que ele atacou até agora eram nascidos trouxas. Não sei como prever o próximo ataque, mas tenho quase certeza que será um nascido trouxa.

- As férias estão chegando, Katherine. Ficaria mais fácil para você procurar a entrada da Câmara, não é mesmo? - Dumbledore perguntou me estudando com os olhos azuis.

- Sim, ficaria. - eu respondi sustentando o olhar.

- Tem alguma coisa que você quer me contar, Katherine?

- Não. Gostaria de voltar para minhas aulas, professor.

- Claro, pode ir. Qualquer coisa que descobrir, sabe quem procurar. - ele falou antes que eu saísse da sala.

Com o ataque duplo de Justino Finch-Fletchley e Nick-quase-sem-cabeça, os poucos alunos que ficariam na escola, mudaram de idéia rapidamente. Ao total, não ficaram nem 20 alunos.

O primeiro dia das férias foi deprimente. A escola estava mais vazia do que o normal. Passei parte do terceiro dia depois do começo das férias no banheiro da Murta. A Poção Polissuco já estava quase pronta, mais um ou dois dias e ela finalmente estaria pronta. Decidi que desceria até a Câmara Secreta depois do jantar. Precisava descobrir se o que a Câmara escondia era mesmo um basilisco, mesmo já tendo mais de 80% de certeza.

Depois do jantar, voltei para o banheiro e abri a passagem para a Câmara Secreta. Me joguei no buraco a minha frente sem pensar duas vezes. Saí em um chão úmido e escuro. Puxei minha varinha do bolso e murmurei: - Lumus!. A ponta da varinha se acendeu iluminando um pouco o túnel onde eu me encontrava.

Segui o túnel cautelosamente. Poderia ser descendente de Slytherin, mas isso não garantia que o monstro da Câmara fosse me reconhecer só de me ver.

Parei quando uma parede sólida com duas cobras entrelaçadas entalhadas na pedra impediram meu progresso.

- Abra! - eu sibilei, as cobras se separaram e as paredes se abriram mostrando uma câmara comprida e mal iluminada.

Respirei fundo antes de entrar. No final da câmara uma estátua de Slytherin da altura da própria câmara era possível ser vista. Nas laterais, cobras de pedra. Mais sonserino impossível!

Estava no meio da câmara quando um sibilar me fez parar e ficar atenta.

- Mostre-se! - eu sibilei em resposta.

Por um segundo nada aconteceu, então o rosto do Slytherin de pedra se moveu. A boca se abriu devagar e algo se movia dentro dela. Fechei os olhos.

- Quem é você? - o mesmo sibilar antigo, frio e medonho que eu ouvia através das paredes da escola perguntou.

- Katherine Liwener Riddle, herdeira de Slytherin. - eu respondi virando a cabeça na direção do sibilar.

- Sssim... Posso sentir o poder de mestre Slytherin emanando de você... Você tem a mesma pose e confiança que o outro Riddle, seu pai... O que a trouxe até aqui, milady? - ele perguntou. Senti o corpo do basilisco se enrolar ao redor do meu corpo sem encostar em mim.

- Vou abrir os olhos, mas não quero ser petrificada nem morta. - eu falei. Esperei alguns segundos antes de abrir os olhos.

Como eu esperava, estava cercada com o corpo da cobra. A cabeça estava na minha frente, na minha altura. Para a minha total surpresa, ele estavam abertos. Duas esferas negras me olhavam.

- Não deveria estar morta agora? - eu perguntei olhando nos olhos da cobra.

- Se eles estivessem amarelos como há segundos atrás, sim. Mas estão negros. - ele respondeu.

- Obrigada por me obedecer. - eu sibilei satisfeita.

- É meu dever obedecer mestre Slytherin e seus descendentes.

- Quem está controlando você agora? Quem está mandando você atacar os nascidos trouxas da escola? - eu perguntei passando a mão sobre a cabeça da cobra, como fazia com Asha.

- Seu pai, através de uma garota. - ele respondeu sibilando satisfeito com o toque.

- Como ele está escolhendo os nascidos trouxas? - eu perguntei.

- Não sei, milady.

- Me avise quando ele passar outra ordem para você. - eu sibilei irritada.

- Como quiser.

- Preciso voltar lá para cima. Pode me levar até a entrada da Câmara, no banheiro? Não tenho como subir aquele cano. Aliás, como meu pai faz para sair daqui? - eu perguntei.

- A garota não desce. Eu que vou até ela no banheiro. Mas posso levá-la até lá com todo o prazer, milady. - ele respondeu e se desenrolou e parou ao meu lado. - Suba. - ele falou indicando as costas com a cabeça.

- Posso ir andando até o início do cano. Você me leva a partir de lá. - eu falei começando a andar.

Ele foi deslizando ao meu lado sem falar nada. Subi em suas costas quando parei no começo do cano. Passei meus braços ao redor do pescoço do basilisco e ele começou lentamente a subir pelo cano.

- Nos veremos novamente em breve. - eu falei já em pé no banheiro.

- Assim espero, milady. - ele respondeu antes de deslizar de volta para dentro da Câmara.

Saí do banheiro com a intenção de voltar para as Masmorras, para o Salão Comunal da Sonserina, mas meus pés me levaram para meu dormitório particular no sétimo andar enquanto eu pensava se deveria contar para Snape ou Dumbledore sobre minha descoberta.

Acordei no dia seguinte decidida. Não iria contar nada para ninguém. Veria como as coisas ficariam por mais um ou dois meses. Se chegasse a um ponto crítico, eu procuraria Gina e arrancaria o diário dela mesmo que tivesse que usar Magia Negra.

Procurei Snape antes do horário do almoço, precisava pedir autorização para ir até Hogsmeade no dia seguinte, Natal.

- Posso saber o motivo? - ele perguntou erguendo uma sombrancelha.

- Quero me encontrar com Anna. Ele é minha tia, Severus. Não quero deixar ela sozinha nesse dia. - eu respondi.

- Vou falar com Dumbledore. Volte aqui depois do jantar. - ele falou e eu saí da sala depois de dar um beijo estalado na bochecha do professor mais odiado de Hogwarts.

Mesmo com os jardins cobertos de neve e com o lago congelado, eu fui para lá depois do almoço.

Me deitei na neve e pensei em tudo. Nos problemas que tive por ser filha de quem sou, nos problemas que estava passando agora por ser descendente de Slytherin. Nas coisas que eu sabia mesmo sem querer saber...

Fui tirada dos meus pensamentos quando uma bola de neve acertou meu rosto.

- O quê...? - eu perguntei me sentando confusa e tirando a neve do rosto. Olhei para os lados e vi os gêmeos Weasley deitados na neve de tanto rir. - Ora seus idiotas! - exclamei me levantando e indo na direção deles irritada.

Eles saíram correndo. Ergui as mãos e cordas invisíveis puxaram os dois pelos pés para cima, fazendo com que eles ficassem de ponta cabeça.

- Acharam engraçado? - eu perguntei me aproximando deles com a mão erguida e pronta para derrubá-los de cabeça no chão.

- Desculpa Katherine. Poderia nos colocar no chão agora? - eles perguntaram.

- Sabem... Não deveriam ficar irritando a herdeira de Slytherin. - eu falei sorrindo.

- Ah, não... - os dois começaram a falar juntos.

Soltei os dois ao mesmo tempo e eles foram na direção do chão. Voltei a segurar os dois centímetros antes que acertarem o chão e os coloquei no chão de cabeça, mas evitei um ferimento que seria feito.

- Katherine, você vai ver!

- O quê? - eu perguntei criando um escudo entre nós. - Vocês batendo no escudo que eu criei? - eu falei rindo. - Acabo com vocês de olhos fechados. - falei voltando para o castelo já que estava quase na hora do jantar.

Antes de entrar no castelo, desfiz o escudo e fiz um feitiço para me secar e para me aquecer, já que estava molhada por ter deitado na neve.

Jantei em silêncio e sozinha em uma ponta da mesa. Quando estava quase terminando Draco veio se sentar comigo.

- Oi, Kath. - ele falou sentando ao meu lado.

- Oi, Draco. - eu respondi sorrindo para ele.

- Por onde você esteve nesses dias? - ele perguntou.

- Por aí. Gosto de andar pelos corredores do castelo quando ele está quase vazio. Sempre acabo descobrindo coisas novas pelo castelo. - eu menti.

- E amanhã? O que você vai fazer amanhã? - ele perguntou.

- Não sei. Provavelmente vou sumir de novo. - falei sorrindo.

- Você poderia pelo menos passar o Natal comigo.

- Como se você fosse passar o Natal sozinho... Crabbe e Goyle vão ficar grudados em você, provavelmente. - eu falei rindo.

- A presença de uma garota muda tudo. - ele falou sorrindo.

- Desculpa, se queria a presença de uma garota, deveria ter pedido para a Parkinson ficar. Ela faria qualquer coisa por você. - eu falei limpando a boca e me levantando. - Boa noite, Draco. - eu falei antes de sair andando na direção da porta do Salão.

Fui para a sala de Snape, sabia que ele não estaria lá já que estava terminando de jantar no Salão Principal. Abri a porta sem bater e me sentei onde estava acostumada quando a sala estava vazia, no chão atrás da mesa. Snape demorou para voltar. Estava quase pensando em voltar uma vez para o Salão Comunal e voltar mais tarde quando a porta foi aberta.

- Pensei que não fosse voltar hoje. - eu falei me levantando.

- Caso não tenha notado, eu estava jantando. - ele falou sarcástico.

- Desculpa, não prestei atenção. A conversa com Draco estava interessante. - eu falei no mesmo tom que ele.

- Não era o que parecia. - ele murmurou.

- Você está inteiramente correto. Mas me fale, o que Dumbledore falou? - eu perguntei me sentando na cadeira dele.

- Essa é minha cadeira, Katherine.

- Eu sei. Posso continuar aqui?

- Claro. - ele falou suspirando e se sentando na outra cadeira. - Você pode ir amanhã para Hogsmeade. Mas eu irei junto. - ele falou.

- Vai ficar me seguindo, professor? - eu perguntei com uma indignação fingida.

- Não. Ficarei no Três Vassouras durante o tempo que você ficar com a Anna, depois volto com você para a escola. - ele respondeu reprimindo a risada.

- Onde eu te encontro de manhã?

- Aqui.

- Tudo bem. Vou voltar para o Salão Comunal. Boa noite, Severo. - eu falei me levantando.

- Boa noite, Katherine.

Acordei no dia seguinte mais cedo do que desejava, como não conseguia voltar a dormir, me levantei e fui para o banheiro. Tomei um banho bem demorado, depois voltei para o quarto para procurar uma roupa.

Depois que já estava pronta, me sentei na cama e comecei a abrir os presentes de Natal que estavam aos pés da cama.

Ganhei um caldeirão de bolos de Molly e Arthur Weasley, Fred e Jorge me deram uma pena de pavão muito bonita, Lucius e Narcisa me mandaram alguns doces, um vestido novo e vários galeões para gastar em Hogsmeade. Hermione me deu um livro trouxa, que segundo ela, era muito interessante. Rony me deu um cartão, os Nott me deram um vestido, Melanie, Bianca, Júlia, Rachel e Lexi me mandaram cartas e cada uma mandou uma pena nova e doces. Harry me deu um livro que achou que eu iria gostar de ler.

Depois de guardar tudo, desci para o Salão Comunal e dali fui para o Salão Principal. Os alunos que tinham ficado em Hogwarts já estavam lá, me sentei na mesa da Sonserina, longe de Draco, e comecei a comer. Alguns minutos depois, um papel na forma de um pássaro veio até onde eu estava sentada.

"Me encontre na minha sala em 20 minutos.

S.S."

Olhei para a mesa dos professores e assenti para Snape que estava me observando. Terminei de comer e voltei para o Salão Comunal da Sonserina para pegar meu casaco, cachecol, luvas e bolsa depois fui até a sala de Snape. Bati uma única vez antes de entrar.

- Está pronta? - ele perguntou assim que eu entrei.

- Bom dia para você também. - eu falei sarcástica. - Sim, estou pronta.

- Bom dia e Feliz Natal. - ele falou revirando os olhos. - Vamos! - ele falou pegando a capa e passando por mim.

Fomos até Hogsmeade conversando sobre várias coisas. Esquecemos das coisas que estavam acontecendo no castelo.

- Onde ela vai estar te esperando? - ele perguntou quando entrávamos no povoado.

- Três Vassouras. - eu respondi.

Entramos no Três Vassouras e eu logo localizei Anna. Ela estava sentada no fundo do salão com um homem ao seu lado e eles conversavam.

- Quer que eu vá até lá com você? - Snape perguntou olhando para o mesmo lugar que eu.

Assenti sem olhar para ele.

- Katherine! - Anna exclamou assim que me viu. - Feliz Natal, querida! - ela falou se levantando e me abraçando.

- Feliz Natal! - eu falei retribuindo o abraço. - Este é o professor Snape. - eu apresentei Severo que cumprimentou Anna com um aceno de cabeça.

- Muito prazer. - ela falou retrubuindo o aceno. - Este é Richard Smith, advogado que cuida das coisas da família Liwener há quase 25 anos. - ela falou indicando o homem que estava sentado.

- Muito prazer. - eu falei o cumprimentando.

- O prazer é todo meu, senhorita Riddle.

- Gostaria de passar as propriedades da família Liwener para você, Katherine. - Anna falou se sentando e indicando as duas cadeiras que sobraram para mim e para Snape.

- Propriedades? - eu perguntei.

- Sim. Sua família possui duas casa em Godric's Hollow e outras quatro na Inglaterra. Duas na França, uma no Brasil, três nos Estados Unidos e uma no Japão. - o advogado falou.

- O que seria necessário para passar as casas para o nome dela, Richard? - Anna perguntou.

- Apenas a assinatura de vocês duas, e se quiser, o senhor também poderia assinar como testemunha que as propriedades dos Liwener agora estão sendo passadas para o nome da senhorita Riddle. - Richard Smith falou se dirigindo para Severo no final.

- Acha uma boa idéia, Snape? Aceitar as propriedades. - eu perguntei depois que ele deixou que eu entrasse na mente dele.

- Não vejo nenhum problema. - ele respondeu.

- Onde eu assino? - eu perguntei.

Ele tirou vários papéis de dentro de uma maleta e os colocou sobre a mesa, pediu que eu, Anna e Severo lêssemos e depois assinássemos. Li folha por folha e assinei.

- Senhorita Riddle, com o seu consentimento como nova proprietária das propriedades da família Liwener, eu continuarei a cuidar das coisas da família. - ele falou solenemente.

- Tem meu consentimento.

- Qualquer dúvida, por favor me procure. - ele falou me entregando um cartão. - Ou pode simplesmente mandar uma coruja. Agora eu preciso ir. Tenho outros clientes para ver. Um Feliz Natal! - ele falou se levantando e saindo do Três Vassouras depois de se despedir.

- As casas dos outros países estão todas fechadas? - eu perguntei me virando para Anna.

- Não. Só as de Godric's Hollow e uma da Inglaterra estão fechadas, mas o resto, todas estão alugadas, algumas para trouxas e outras para famílias bruxas. - ela me respondeu.

- É daí que sai o dinheiro trouxa do cofre? - eu perguntei.

- Sim. - ela respondeu sorrindo. - Você é o filho de Eileen Prince, não é? - ela perguntou de repente se virando para Snape.

- Sou. - ele respondeu secamente. - Katherine, irei até o Cabeça de Javali. Quando você for embora, passe lá para me chamar. - ele falou se levantando.

- Eu falei alguma coisa de errado? - Anna perguntou depois que ele saiu do Três Vassouras.

- Acho que não. - respondi dando de ombros.

Conversamos por horas a fio. Deixei ela ciente dos últimos acontecimentos em Hogwarts, o que a deixou nervosa e preocupada. Assim que eu resolvi voltar para o castelo, algumas horas depois do almoço, ela tirou um embrulho de dentro da bolsa.

- Muito obrigada pelo colar, Katherine. Isso é uma coisa que eu mesma fiz para você. - ela falou me entregando o embrulho.

Abri e me deparei com um álbum de fotos com a capa de veludo preto e com algumas pedras preciosas cravejadas nele.

- Abra e veja as fotos. - Anna falou rindo do meu espanto.

A primeira foto era de minha mãe com meu pai na época de Hogwarts, as fotos continuavam sendo apenas dos dois por quase 15 páginas, depois Anna aparecia junto ou outras pessoas.

- Todos se tornaram Comensais da Morte mais tarde, nenhum deixou de seguir seu pai. - ela comentou olhando para a foto que eu estava vendo.

Assenti com a cabeça e continuei a olhar as outras fotos, nas duas últimas eu aparecia. A primeira era apenas eu e minha mãe, a outra era eu, minha mãe e Anna.

- Tem outro embaixo desse. - Anna falou quando eu fechei o álbum.

O segundo álbum era praticamente idêntico ao primeiro, a diferença era que ele era verde escuro e não preto, e também não tinha nenhuma foto.

- Coloque suas fotos, com seus amigos, se quiser, pode colocar as fotos que eu te dei também. - ela falou sorrindo para mim.

- Obrigada Anna. - eu agradeci.

- E isso aqui, eu comprei em uma loja trouxa. - ela falou tirando uma caixinha de dentro da bolsa.

- Anna, eu só te dei um simples colar, e você já me deu esses álbuns maravilhosos. Não precisava de mais nada.

- Você é minha sobrinha Katherine. Eu não te dei nada por quase quatorze anos, e só tenho mais três anos e meio de vida. Deixe essa velha te paparicar. - ela pediu rindo.

- Não vou negar a esse pedido, mas não quero que gaste todo o dinheiro que você possui agora em coisas para mim. - eu falei rindo e aceitando a caixinha.

Dentro tinha um colar prata e o pingente uma cobra enrolada em uma pedra verde, provavelmente uma esmeralda.

- É lindo! - eu falei sem tirar os olhos do colar.

- Na verdade, era um conjunto. Com o colar, um anel, uma pulseira e os brincos. Mas eu pensei que você iria brigar comigo se eu trouxesse todos, está tudo em casa, guardado para o próximo ano. - ela falou rindo.

- Você não tem jeito mesmo, Anna.

- É melhor você voltar logo para a escola, querida. Logo a nevasca vai ficar mais forte e vai impedir que você e o Snape voltem. - ela falou olhando para o lado de fora pela janela.

- Concordo com você. Eu ainda tenho que ir até o Cabeça de Javali buscar o Snape. - eu falei me levantando. - Nos veremos em breve, Anna.

- Cuide-se, querida. Fique longe dos problemas e não dê motivos para o Lockhart continuar desconfiando de você. - ela falou se despedindo.

- Eu sempre fico longe dos problemas, mas por ser filha de quem sou sempre desconfiam de mim. - eu falei dando de ombros.

- Mas não fique dando motivos. - ela falou. - Cuide-se. - foi o último aviso dela para mim antes que ela aparatasse.

Desci a rua na direção do Cabeça de Javali, mas nem precisei ir até o bar, encontrei Snape no meio do caminho.

- Achei que você estava pensando em voltar para o castelo aparatando. - ele falou assim que me viu. - Ou ia me deixar para trás.

- Podemos voltar aparatando até os portões. - eu falei dando de ombros.

- É uma boa idéia, mas ainda teremos que andar um bom pedaço dos portões até o castelo. - ele falou andando ao meu lado.

- Damos um jeito. - eu falei. - Vamos, estou congelando. - falei antes de aparatar. Snape apareceu ao meu lado alguns segundos depois.

- Não acho que aparatando melhorou muito o frio. - ele falou sarcástico enquanto abria os portões.

- Não, mas diminuiu o tempo que vamos ter que ficar aqui fora. - eu respondi.

Naquela noite, a Poção Polissuco foi usada. Harry e Rony entraram no Salão Comunal da Sonserina atrás de pistas, mas não conseguiram nada. As respostas para tudo o que estava acontecendo na escola, estava guardada na mesma torre que eles dormiam, e infelizmente eles nem desconfiavam.

Hermione deveria ter ido junto com os dois usando um fio de cabelo de Emília Bulstrode que tinha conseguido durante o Clube de Duelos, mas para o azar e infelicidade dela, não era um fio de cabelo mas um fio de pêlo da gata que Emília tinha.

Eu tinha oferecido um fio de meu cabelo para Hermione usar, mas ela recusou... Agora estava na ala hospitalar vomitando bolas de pêlo, fazendo seu rosto voltar ao normal e fazendo a cauda de gato que surgiu nela desaparecer.

Ela ficou durante os dez dias que se seguiram na ala hospitalar, além de mais 2 semanas depois que as aulas recomeçaram.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Espero comentários...