Voldemorts Daughter escrita por NatyAiya


Capítulo 16
Capítulo 16 - O segundo ano começa


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela demora.
Não estava conseguindo concluir esse capítulo...
Boa leitura.



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Capítulo 16 - O segundo ano começa

Acordei no dia seguinte antes das outras meninas. Ainda faltavam 3 horas para o café da manhã.

Não tinha sonhado com nada. Nem com os fundadores ou com meu pai. Resolvi procurar por ele. Fui para a Sala Comunal e abri a passagem que me levaria até a biblioteca de Slytherin.

Asha estava ali, enrolada sobre a escrivaninha. Me sentei no meio da sala e fechei os olhos. Como eu imaginara na noite anterior, meu pai estava na escola e, compartilhava o corpo do novo professor de DCAT.

Eu não podia contar para ninguém. Snape, os gêmeos, as meninas, McGonagall, Dumbledore... Ninguém! Eu teria que guardar esse segredo apenas comigo até o final do ano. Era o que eu esperava.

Voltei para a Sala Comunal da Sonserina pelo mesmo caminho. As meninas ainda estavam dormindo. Peguei minhas roupas e fui para o banheiro. Deixei que a água gelada passasse pelo corpo. Muita coisa aconteceria nesse ano.

Quando saí do banheiro as meninas ainda dormiam. Elas só acordariam meia hora depois. Ainda era muito cedo para sair do dormitório e muito tarde para voltar para a biblioteca de Slytherin. Fiquei arrumando minha mochila nos primeiros vinte minutos. Depois começaram a tentar invadir minha mente.

Respirei fundo e nos dez minutos seguintes me concentrei em manter um escudo mental forte o suficiente para resto do dia.

- Já está acordada a quanto tempo, Katherine? - Mel perguntou se espreguiçando enquanto as outras desligavam os despertadores.

- Três horas. Acordei e não consegui voltar a dormir. - eu falei.

- Você nos espera? - Bianca perguntou.

- Alguma vez eu não esperei vocês? - eu perguntei rindo. - Estarei na Sala Comunal. - falei me levantando da cama e pegando minha mochila.

Meia hora depois as outras 5 garotas do segundo ano da Sonserina (N/A: Não inclui a Alexia) desciam as escadas.

Me levantei e fui andando na frente delas. Os alunos que me olhavam com medo agora, chamavam as meninas de novas seguidoras das trevas ou alguma coisa parecida com isso. Fred, Jorge e Lino, as chamavam de SHT - Seguidoras da Herdeira da Trevas, e quando me incluiam, era SS - Sexteto Sonserino.

- Vejam só. Logo no primeiro dia, já estão prontas para acabar com qualquer um. - Lino falou quando nós chegamos à porta do Salão Principal.

- Sempre, Lino. Sempre. - eu falei rindo. Não parei para conversar com eles. Fui direto para a mesa da Sonserina. As meninas pararam para conversar com eles, mas logo se juntaram a mim.

- Por que você veio direto para cá? - Lexi perguntou se sentando de frente para mim.

- Não estava muito a fim de conversar. - eu falei omitindo o fato que estava cansada por ter procurado a mente de meu pai logo depois de acordar. - Snape está entregando os horários. Eu vou buscar o nosso. - eu falei já me levantando e indo até o professor de poções.

- Bom dia, professor Snape. - eu falei quando cheguei perto dele.

- Bom dia, senhorita Riddle. - ele respondeu frio.

- Os horários da Mel, Bianca, Lexi, Rachel, Júlia e meus. - eu pedi ignorando a forma fria dele.

- Aqui está. - ele falou me entregando sete papéis, um deveria ser algum recado para mim. Os dois últimos papéis eram para mim. Guardei o que eu não leria agora e olhei os meus horários enquanto andava até as meninas.


Ano 2

Segunda - História da Magia, História da Magia, Tranfiguração, Transfiguração, almoço, DCAT, DCAT.

Terça - Herbologia, Herbologia, Feitiços, Feitiços, almoço, Transfiguração, História da Magia.

Quarta - Poções, Poções, Transfiguração, Transfiguração, almoço, Feitiços, Herbologia.

Quinta - Poções, Astronomia (teórica), DCAT, DCAT, almoço, Feitiços.

Sexta - Poções, Poções, Feitiços, Herbologia, almoço, DCAT, Astronomia.


Me sentei ao lado de Mel com um muxoxo. Entreguei os horários para cada uma e assim que elas leram soltaram um muxoxo como o meu.

- Segunda, aula dupla de História da Magia com a Lufa-Lufa? Ninguém merece. - Lexi reclamou jogando as mãos para o alto.

- Chega de drama Lexi. História da Magia é bom para dormir. - Júlia falou sorrindo e fazendo todas rirem.

- Meninas, vocês estão andando muito com os gêmeos. - eu falei balançando a cabeça fingindo desapontamento.

- Katherine, por que Harry Potter e o Malfoy não param de olhar para cá? - Rachel perguntou apontando para a mesa da Grifinória e para a ponta da mesa da Sonserina.

- O Draco deve estar querendo falar comigo. O Harry, eu não sei. Nos vemos na aula. - eu falei me levantando, puxando minha bolsa para o ombro e me dirigindo até onde Draco estava sentado junto com Crabbe, Goyle, Theo e a Parkinson.

- Aconteceu alguma coisa Draco? - eu perguntei parando atrás da Parkinson.

- Eu queria te perguntar aonde é a sala de Feitiços. Será a nossa primeira aula. - ele falou.

- Segundo andar. Tenham uma boa aula. - eu falei me virando e me dirigindo até a mesa da Grifinória onde Harry Potter ainda me encarava.

- O que houve Harry? - eu perguntei me sentando ao seu lado.

- É tudo tão estranho. Tudo é tão diferente do mundo trouxa. - ele falou olhando ao redor.

- Você pode se surpreender ainda mais. - eu falei rindo. - Eu já preciso ir andando. Nos vemos por aí Harry. - eu falei me levantando e saindo do salão.

Entrei na primeira sala vazia que tinha no caminho da sala de História da Magia para ler o bilhete de Snape.


Katherine,

Como foram suas férias?

Preciso fazer umas perguntas para você. Estarei te esperando em minha sala assim que terminar a sexta aula.

S.

As aulas foram normais. Minerva passou uma redação para quarta-feira. Depois do almoço foi aula dupla de DCAT.

Assim que a sexta aula terminou eu dei uma desculpa para as meninas e entrei em um atalho que eu tinha descoberto no ano anterior. Saí perto do Salão Principal, desci as escadas para as masmorras e entrei na sala de Snape sem bater.

- Não sabe bater? - ele perguntou assim que eu fechei a porta.

- Saber eu sei. Mas você por um acaso gostaria que os outros alunos ficassem sabendo que eu venho até aqui para falar sobre coisas que não tem nada a ver com as aulas? - eu perguntei.

- Nada contra. Mas não gostaria de ter que explicar o que você vem fazer aqui e, nem sobre o que nós conversamos. - ele falou rindo.

- O que você queria falar comigo? Com certeza não era para perguntar como foram as minhas férias na Mansão Malfoy. - eu falei sarcasticamente.

- Como foram as suas férias? - ele perguntou.

- Normais? - eu falei.

- Tudo bem. Eu não queria saber isso. - ele falou rindo. - O que você sabe sobre o Quirell? Ele falou alguma coisa com você na aula de DCAT?

- Não. - eu respondi rápido demais.

- Se você ficar sabendo de alguma coisa, eu gostaria de ficar sabendo. - ele falou.

- Tudo bem. Mais alguma coisa?

- Como está a sua busca pelas salas e bibliotecas secretas dos fundadores? - ele perguntou.

- Andando. Ainda não encontrei muita coisa. - eu falei.

- Falaria para mim ou para Dumbledore se achasse alguma coisa?

- Talvez. Não prometo nada. - eu respondi. - Snape, se não se importar, eu gostaria de pedir um favor para você.

- Peça, mas não posso lhe garantir que vou fazer o que você pedir.

- Eu preciso que você autorize que eu ande pelo castelo um pouco depois do horário normal. - eu pedi.

- Para quê?

- Acha que é fácil procurar 4 salas e 4 bibliotecas secretas dos fundadores de Hogwarts com mais de 500 alunos andando junto comigo pelo castelo? - eu perguntei.

- Preciso falar com Dumbledore primeiro. - ele falou.

- Obrigada. - eu agradeci. - Eu preciso ir para o Salão Comunal. Estarei esperando seu chamado para conversarmos.

As meninas já estavam me esperando para irmos jantar.

- Aonde você estava Kath? - Rachel perguntou quando me viu entrar no dormitório.

- Snape pediu para falar comigo quando eu estava passando na frente da sala dele. - eu respondi, mentindo em partes.

- O que ele queria? - Bianca e Mel perguntaram juntas.

- Saber como foram minhas férias? - eu respondi em com uma pergunta.

- Sério? - as cinco perguntaram.

- Sério. Ele é amigo da Ciça. Não é surpresa que ele venha perguntar isso para mim. - eu respondi indiferente. - Vamos para o Salão. - eu falei já saindo do dormitório.

Antes que chegássemos na porta do Salão, uma garota da Lufa-lufa me parou.

- O professor Quirell pediu para mim entregar isso para a senhorita. - ela falou me estendendo um pergaminho.

- Obrigada. - eu agradeci pegando o pergaminho sem vontade.


"Katherine,Gostaria de falar com você ainda hoje.Estarei te esperando em minha sala.

                                         Quirinus Quirell."


- O que ele quer? - Mel perguntou.

- Conversar? - eu respondi com outra pergunta passando o pergaminho para ela.

- Estranho como os professores de DCAT gostam de falar com você. - Júlia comentou me passando o pergaminho de volta.

- Consequências de ser filha de um bruxo das trevas. - eu falei rindo e entrando no salão.

Me sentei ao lado de Draco, empurrando Pansy para o lado.

- Como foi o primeiro dia de aula, Draco? - eu perguntei para ele.

- É bem diferente de ficar o dia inteiro na Mansão. - ele respondeu. - A Minerva passou tarefa para nós.

- Ela também passou para a gente no ano passado, na nossa primeira aula. - Júlia falou se sentando ao lado de Theo.

- O Snape também. - Mel e Bianca empurraram Pansy mais para o lado e se sentando ao meu lado. - Só a Katherine conseguiu tirar um "Ótimo" naquela primeira tarefa.

- E em todas as outras também, não só em poções, em todas as outras matérias. - Lexi falou empurrando Goyle, que estava sentado ao lado de Draco e se sentando.

- Não. Em cada matéria eu tinha 21 "Aceitável". Não são só "Ótimo". - eu falei rindo.

- Katherine, eu tinha 3 "Trasgo", 5 "Deplorável", e nenhum "Ótimo" na lista. Não venha falar que suas notas não são nada. - Rachel falou se sentando do outro lado de Theo.

No resto do jantar, o assunto foi as minhas notas e as notas das meninas.

- Meninas, eu vou ver o que o Quirell quer comigo. - eu falei me levantando quando o mesmo saia do Salão.

- Tudo bem. Nos vemos mais tarde. - elas responderam em uníssono.

Quirell não estava em lugar nenhum por perto. Fui até a sala dele.

- Professor Quirell, o senhor queria falar comigo? - eu perguntei abrindo a porta.

- Sim. Entre senhorita Riddle. - ele falou. - Uma pessoa quer falar com você. - ele falou se levantando e ficando de costas para mim enquanto desenrolava o turbante.

Eu não sei o que eu esperava. Mas me surpreendi ao ver o que tinha na parte de trás da cabeça do novo professor de DCAT. Um rosto. Olhos vermelhos, rosto ofídico.

- Pai. - eu falei. Não era uma pergunta. Era ele. Soltei o ar que eu nem tinha percebido que estava segurando.

- Olá, Katherine. Senti sua falta nos últimos anos. - ele falou.

- O que faz aqui? Onde está a Nagini? - eu perguntei mantendo quem quer que fosse longe da minha mente.

- Estou atrás da Pedra Filosofal. Dumbledore está mantendo a Pedra em algum lugar do castelo. Quirell está tentando descobrir como passar pelos encantamentos dos outros professores, já que ele é um dos que está protegendo a Pedra. Mas infelizmente, ele não é tão brilhante quanto você. - ele falou com um suspiro. - Quanto a Nagini, eu não poderia trazê-la para cá, ela está vindo.

- Da Albânia? - eu perguntei absmada.

- Sim, da Albânia. É incrível como você sabe de certas coisas. Você se parece muito comigo, na época de Hogwarts.

- Eu preciso ir. Tenho coisas para fazer. - eu falei já me virando para a porta.

- Katherine. - Quirell me chamou.

- Filha, eu voltarei a falar com você. Mantenha sua mente aberta para mim e para Quirell. Quando eu estiver muito fraco, ele falará com você. - meu pai falou. - Pode ir agora.

Eu não falei nada, apenas saí da sala e aindei até as masmorras digerindo o que eu tinha acabado de escutar.

Ao invés de ir para o Salão Comunal, fui pra a biblioteca de Slytherin e dali fui para o quarto dele.

- Olá, Katherine. O que te trás aqui logo no primeiro dia de aula, à essa hora? - o quadro de Slytherin perguntou ao me ver passar pela passagem sob a poltrona.

- Oi, Salazar. Meu pai está em Hogwarts. - eu falei me jogando na antiga cama dele.

- Como?

- Longa história. Conto outro dia para os quatro. - eu falei. - Li o livro que você tinha mencionado naquele bilhete. Não era exatamente um livro, era? - eu perguntei.

- O que você diz que é? - ele perguntou curioso para escutar minha resposta.

- Um tipo de diário. O lugar onde você anotou suas idéias, escrevia sobre a sala com a qual eu sempre sonho, e sobre as bibliotecas dos outros fundadores. - eu falei.

- Brilhante. E conseguiu achar alguma pista através dos livros que você pegou para ler nas férias? - ele perguntou. - Sem esquecer dos pergaminhos soltos.

- Algumas. Ainda não sei dizer exatamente onde são, mas tenho uma noção de onde podem ser. - eu respondi. - Quanto os pergaminhos, você anotou sobre a Câmara Secreta.

- Sabe dizer aonde é? - ele perguntou.

- Ainda não. Mas logo eu descubro. - eu falei.

- Katherine, é melhor você voltar para o Salão Comunal. Logo os professores e monitores vão começar a fazer a ronda. - Salazar falou para mim sorrindo.

- Obrigada. Eu já vou voltar. - eu falei me levantando e indo para a porta que acabara de se matearilizar. - Boa noite. - eu falei saindo.

Voltei para o Salão Comunal e as meninas que olhavam com uma curiosidade que era quase palpável.

- Katherine, o que o Quirell queria? - as cinco perguntaram quase juntas.

- O que todos querem saber. Como é ser filha do bruxos das trevas mais temido do século. - eu menti. Não poderia falar que eu estava conversando com meu pai na sala do professor de DCAT.

- Hoje dois professores já falaram com você. Isso é estranho. - Júlia falou.

- É mesmo. - concordei. Comecei a fazer a tarefa que Minerva tinha passado. - Meninas, eu já vou dormir. - anunciei assim que terminei.

- Kate, ainda são 9 horas. - Mel falou estranhando.

- Dor de cabeça. Amanhã conversamos. - eu falei me levantando e colocando a bolsa nas costas.

Alexia estava com os livros de Transfiguração espalhados pela cama quando eu entrei. Assim que ela me viu, fechou os livros com força.

- Pode terminar de fazer. Eu já vou me deitar. - falei para ela deixando a bolsa em cima da cama e indo para o banheiro.

Entrei na água e deixei ela escorrer pelo meu corpo. Estava tensa. Fiquei quase 30 minutos debaixo d'água.

Saí do banheiro já pronta para entrar debaixo das cobertas e dormir, mas infelizmente não pude fazer isso.

- Katherine, eu poderia te pedir um favor? - era Alexia. Ela estava sentada na minha cama.

- Claro. - eu falei enxugando meus cabelos.

- Eu preciso de ajuda. - ela falou olhando para as mãos.

- Quem é você, e o que fez com a Alexia terrivelmente chata do ano passado? - eu perguntei rindo mas espantada.

- Eu sou a Alexia que você conheceu com 5 anos. Nas férias, meus pais me trancaram no quarto, sem a varinha. Só deixaram eu sair de lá no café da manhã, almoço e janta. Eu fiquei sem poder fazer nada. Não saí de casa nenhuma vez. Eles falaram tanto, gritaram tanto comigo que eu percebi que eu estava terrivelmente errada quando eu fiz aquilo com você. Me perdoa Katherine. - ela falou sem olhar para mim.

- Olhe nos meus olhos e diga que você se arrepende de ter feito tudo o que fez ano passado. Olhe nos meus olhos e peça desculpa. - eu falei fria, como eu sempre falei com ela ano passado.

- Eu me arrependo de ter feito o que fiz ano passado, me arrependo de tudo. Me desculpa, Katherine. - ela falou olhando nos meus olhos. Entrei na mente dela. Não podia arriscar perdoá-la e ela refazer tudo.

Ela realmente estava sendo sincera. Mais sincera do que ela já foi um dia.

- Não pense que voltamos a ser amigas. Mas quando precisar de ajuda pode pedir. - eu falei.

- Obrigada Katherine. - ela falou se levantando.

- Mas no que você precisa de ajuda? - eu perguntei me sentando em minha cama.

- Você já me perdoou. Eu precisava de ajuda para recomeçar. Recomeçar da forma certa. - ela falou sorrindo. Um sorriso sincero, que da última vez que eu tinha visto nós tínhamos 7 anos.

- Boa noite Alexia. - eu falei fechando as cortinas verdes e me deitando.

Ao contrário da noite anterior, não consegui dormir. Ou melhor, dormir, eu dormi.

Mas tive tantos sonhos que foi estranho, como se eu não tivesse dormido.Primeiro sonhei com meu pai. Ele estava em Hogwarts, uma guerra.

Depois Harry, Rony e Hermione invadiram meus sonhos. Não sabia o que estava acontecendo com eles, mas era como se estivessem em perigo.

E por último, os fundadores. Dessa vez, não estava na sala de sempre. Eu estava andando com eles por Hogwarts, ou melhor seguindo eles. Estava no sexto andar. Perto da Sala Comunal da Grifinória. Uma estátua com um quadro ao lado. Não me parecia importante, até Gryffindor tocar na espada que a estátua segurava e ela criar vida dando um passo para lado e revelando uma porta.

Os quatro fundadores passaram pela porta sem se importarem. Antes que eu pudesse seguí-los, eu acordei.

Asha estava sobre minha barriga. As cortinas do dossel estavam abertas e Alexia me olhava preocupada assim como as outras, mas ela apontava a varinha para mim.

- Abaixe essa varinha, Alexia. - eu falei me sentando.

- Katherine, você está bem? - Mel e Bianca perguntaram juntas.

- Por que não estaria? - eu perguntei.

- Você murmurava coisas. Pedia para tomarem cuidado e coisas assim. Depois começou a se debater como se estivesse sendo torturada. Eu te acordei com o Ennervate. - Alexia falou finalmente abaixando a varinha.

- Obrigada. - eu falei. - Que horas são?

- 5 horas. - Júlia falou bocejando.

- Voltem a dormir. Já vou ficar acordada. - falei me levantando e indo para o banheiro.

Estava suada, não conseguiria voltar a dormir e  precisava ver se o lugar do meu sonho, era a biblioteca de Gryffindor.

Tomei um banho rápido e já coloquei o uniforme da escola. Voltei para o dormitório e as meninas já dormiam novamente. Peguei minha bolsa que já estava pronta desde o dia anterior e saí do dormitório, atravessei o Salão Comunal e antes de sair, lancei um feitiço da desilusão em mim.

Subi as escadas até o sexto andar. Os corredores estavam vazios. Sem o menor sinal de vida. Achar a estátua com o quadro foi fácil, mas eu não era Gryffindor e não consegui dar vida a estátua só tocando na espada.

- Você sabe o que fazer Katherine. - escutei em minha mente.

Deixei que os poderes que eu sempre mantinha controlados viessem com toda força enquanto minha mão estava sobre a espada da estátua. A estátua ganhou vida e deu um passo para o lado revelando a mesma porta que eu tinha visto em meu sonho. Verifiquei se não tinha ninguém por perto e entrei.

Era a biblioteca de Gryffindor. O mesmo estilo da de Slytherin, mas o tapete era de um leão e as cores eram vermelhas e douradas.

Sobre a escrivaninha, um pergaminho e um colar de ouro.

"Bem vinda!

Slytherin nos informou que seu pai estava em Hogwarts. Tivemos que intervir lhe mostrando o lugar.

O colar é seu, assim como Slytherin lhe deixou o anel, eu lhe deixo o colar. O pingente muda para o que você quiser.

As informações de Slytherin lhe passou são as mesmas. Procure ao seu redor.

Vamos lhe guiar.

G. Gryffindor"


Coloquei o colar no pescoço e pensei em uma borboleta. O pingente virou uma borboleta.

Estava com o livro/diário de Slytherin a minha bolsa. Dei a volta na escrivaninha e abri a segunda gaveta da direita tirei o livro dali e guardei na bolsa junto com o de Slytherin.

Andei pela sala procurando qualquer coisa que pudesse me levar para o quarto de Gryffindor. Já estava quase desistindo quando pisei na pata direita do leão no tapete e ela afundou. A estante da direita revelou uma passagem, que eu não demorei a entrar.

Diferente da passagem entre a biblioteca e o quarto de Slytherin, essa passagem não ia para baixo para depois subir novamente. Ela não subia ou descia, era plana. Mas como no quarto de Slytherin, ao sair da passagem um quadro me esperava. Gryffindor sorria para mim.

- Bem vinda, Katherine. - ele falou.

- Oi. - eu falei.

- Gostei do pingente. - ele falou olhando meu pescoço.

- Não podia andar com um pingente de leão enquanto eu sou uma sonserina. - eu falei rindo.

- Não está usando o anel. - ele falou olhando para minhas mãos.

- Não pensei que precisasse.

- Necessariamente não. Mas quando você precisar usar seus poderes ao extremo, o anel e o colar podem te ajudar. Eles guardam um pouco dos nossos poderes. - Gryffindor explicou.

- Assim como sua espada, o medalhão de Slytherin, e os objetos pessoais de Ravenclaw e Hufflepuff? - eu perguntei.

- Talvez até mais. - ele falou sorrindo. - Use sempre o anel e o colar. Quando encontrar as bibliotecas de Ravenclaw e Hufflepuff, outras duas jóias estarão esperando por você. Não deixe de usá-las também.

- Godric, eu tenho uma pergunta. - eu falei. Ele me observou esperando a pergunta. - Eu sou uma sonserina. Mas se eu quiser entrar no Salão Comunal da Grifinória, Lufa-lufa ou Corvinal, eu conseguiria? - perguntei.

- No Salão Comunal da Grifinória, você consegue entrar através da biblioteca. Quanto da Lufa-lufa e da Corvinal, você terá que perguntar para a Helga e Rowena. - ele respondeu.

- Eu ainda vou encontrar a biblioteca de Ravenclaw e Hufflepuff ainda esse ano? - eu perguntei.

- Esperamos que sim. - ele respondeu. - Se você quiser, pode começar a ler o livro que você pegou. Ainda falta uma hora e meia para o café da manhã.

- Vou começar a ler. - eu falei me sentando na cama de Godric Gryffindor.

O livro era a mesma coisa que o livro de Slytherin. Um tipo de diário.

"...Ravenclaw fez uma profecia. Hoje, durante a reunião na biblioteca de Hufflepuff decidimos selar a sala de reuniões e ela só se abrirá quando a pessoa da profecia vir a Hogwarts.

Enquanto eu voltava do primeiro andar, a sensação que algo não estava correto me tomou. Alguma coisa que não deveria acontecer aconteceria em breve..."


Ali estava uma parte da localização da biblioteca de Hufflepuff. Primeiro andar.

No diário de Slytherin continha uma parte da localização da biblioteca de Ravenclaw.

"...Gryffindor e Ravenclaw me chamaram para uma reunião essa noite. Seria na biblioteca de Ravenclaw.

Alguma coisa mudou. Gryffindor, que antes me falava tudo, agora está estranho, de alguma forma. Algo estava errado.

Eu entrei na biblioteca de Ravenclaw, mas não tinha ninguém ali. Rowena passou pela passagem que levava para o quarto dela, ela sorria, mas alguma coisa estava errada. Seus olhos eles estavam desfocados. Alguma coisa estava acontecendo. Então ela começou a falar com uma voz rouca. Uma profecia. Depois ela desmaiou.

Gryffindor e Hufflepuff entraram naquele momento. Eles tomariam conta dela. A reunião foi adiada para a próxima semana na biblioteca de Hufflepuff.

Andei pelos corredores do quinto andar confuso..."

Quinto andar.

O primeiro andar e o quinto seriam os lugares onde eu me concentraria nos próximos meses.

- Encontrou alguma coisa, Katherine? - Gryffindor perguntou para mim.

- A biblioteca de Hufflepuff fica no primeiro andar, e a de Ravenclaw no quinto. - eu falei sem tirar os olhos do livro.

- Pelo visto a leitura está boa, mas infelizmente você já tem que ir. Faltam 10 minutos para o café da manhã. - Gryffindor falou sorrindo.

- Como eu saio... - antes que eu terminasse de falar uma porta se matearilizou. - Nos vemos em breve. - eu falei saindo.

Quinto andar e primeiro andar.

Fui para o Salão Principal pensando onde poderiam ser as bibliotecas de Hufflepuff e Ravenclaw. As meninas já estavam no Salão. Para a minha surpresa, Alexia estava sentada junto com as outras.

- Bom dia. O que foi que eu perdi? - eu perguntei me sentando com elas.

- Conversamos com ela. Ela nos contou sobre a conversa de vocês ontem. - Bianca falou.

- É melhor eu ter a Katherine como amiga do que como inimiga. - Alexia falou sorrindo.

- Concordo com você, Alexia. - eu falei rindo.

- Onde você estava? E o que foi que aconteceu hoje mais cedo? - Mel perguntou. 

- Depois que vocês me acordaram eu tomei um banho e fiquei andando pela escola. Não estava com espírito para voltar a dormir e nem ficar no dormitório. Precisava pensar. - eu falei. - Quanto o que aconteceu mais cedo, pesadelo. Eles ficaram mais frequentes na última semana. - eu menti.

- Ah, o correio. - Lexi falou olhando para cima e vendo as corujas.

Recebi o Profeta Diário como sempre e uma carta dos Malfoys. Um pouco depois, uma coruja de Hogwarts pousou na minha frente. Peguei a carta que ela trazia sem saber de quem era.


Precisamos conversar.Você sabe o assunto. Estaremos te esperando em 15 minutos no seu dormitório.

S. S.


Olhei para a mesa dos professor e assenti com a cabeça para Snape que me observava.

- Meninas, eu preciso passar na biblioteca antes da aula. Nos encontramos na aula de Herbologia. - eu falei me levantando 5 minutos depois de ler o bilhete.

Subi as escadas até o sétimo andar. Parei na frente do quadro que eu já não via a dois meses. Antes que eu pensasse em qualquer coisa ele se abriu. Minutos depois Snape, Minerva, Flitwick, Sprout e Dumbledore apareceram na ponta do corredor.

- Sabe, acho que eu que fiquei esperando. - eu falei sorrindo sarcasticamente para Snape. - Entrem. - falei.

- Alguma idéia de onde pode ser as bibliotecas e as salas dos fundadores? - Sprout e Minerva perguntaram quase que juntas.

Eu deveria contar a verdade para eles? Falar que eu já tinha encontrado as bibliotecas de Slytherin e Gryffindor?

- É melhor você contar, Katherine. - quatro vozes falaram na minha cabeça.

- Na verdade, eu já encontrei as bibliotecas e salas de Gryffindor e Slytherin. E tenho uma pista de onde podem ser as bibliotecas de Hufflepuff e Ravenclaw. - eu falei seguindo o conselhos dos fundadores.

- Poderia nos levar até lá? - Dumbledore perguntou.

- Quem sabe em uma outra hora. A primeira aula vai começar em 15 minutos. - eu falei. - No final do dia, se quiserem ver as bibliotecas, me encontrem aqui, depois da janta. - eu falei já saindo.

Fui para as estufas. Cheguei alguns segundos antes que o sinal tocasse. Sprout chegou com alguns minutos de atraso.

- Hoje, nós iremos trabalhar na estufa 3. Vão entrando. - ela anunciou. - Senhorita Riddle, quero falar com você antes. - ela me chamou abrindo a porta da estufa 1.

- Vão entrando. - eu falei para as meninas. - Aconteceu alguma coisa professora? - eu perguntei polidamente já que nem todos os alunos estavam dentro da estufa 3.

- Depois que você saiu, nós conversamos que queremos que você nos mostre as bibliotecas. - ela falou depois que todos os alunos entraram na estufa. - À que horas nos encontramos com você? - ela perguntou depois que eu assenti.

- 9 horas. Poucos alunos estarão fora das Salas Comunais, e se algum monitor me pegar, eu estarei com vocês. - eu falei antes que ela protestasse por causa do horário.

- Muito bem. Falarei com os outros e nos encontramos com você lá. - ela falou. - Agora eu preciso dar uma aula.

Fomos para a estufa 3 e a aula correu normalmente, assim como o dia inteiro. Depois do jantar, fui junto com as meninas para a biblioteca para fazermos a tarefa de Herbologia e Feitiços.

Levei meia hora para fazer cada um e ainda faltava meia hora para 9 horas. Mas como nós éramos do segundo ano, tínhamos que estar no Salão Comunal antes das 9.

Estava saindo da biblioteca quando Dumbledore apareceu.

- Senhorita Riddle. Poderia me acompanhar? - ele perguntou sorrindo.

- Claro. - eu respondi também sorrindo. - Podem ir. Depois eu vou. - falei para as meninas que me olhavam sem entender o que o diretor queria comigo.

- Katherine, tem certeza que irá mostrar as bibliotecas e salas para eles? - Gryffindor perguntou para mim em minha mente.

- Sim. Eles são de confiança. - eu respondi.

Parei na frente do quadro e ele se abriu para mim. Entrei e Dumbledore me seguiu.

- O que irá falar para as suas amigas depois? - Dumbledore perguntou se sentando em frente à lareira.

- Iria pedir ajuda para o senhor. Minhas desculpas já estão se esgotando. - eu falei.

- Vejamos, diga que eu te chamei para uma caminhada. Todos me chamam de velho excêntrico não é mesmo? - ele falou rindo.

- Devo falar isso mesmo? - eu perguntei rindo.

- Claro. Os Sonserinos principalmente me chamam de velho caduco, velho excêntrico e outros apelidos carinhosos. - ele falou rindo mais ainda. - Mas é claro, que a senhorita não entra nessa seleção. Mas agora, me fale, como são as bibliotecas? Onde elas se localizam?

- Não tem como descrever as bibliotecas nem os quartos de Slytherin, nem de Gryffindor. Quanto à localização, creio que o senhor terá que esperar para ver. - eu falei rindo.

Alguns minutos depois, os professores que faltavam chegaram.

- Podemos ir? - eu perguntei olhando para o relógio em cima da lareira. 9 horas em ponto.

- Claro. - Dumbledore falou empolgado.


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Notas finais do capítulo

O que acharam???Não me matem por fazer a Alexia e a Kath ficarem "amigas" de novo...Pode ser daqui não muito tempo, a Alexia será necessária, ou talvez não...Reviews?