Voldemorts Daughter escrita por NatyAiya


Capítulo 15
Capítulo 15 - Harry Potter


Notas iniciais do capítulo

Demorei um pouco mais do que eu o esperado. Desculpa. Mas o Nyah! também não me ajudou em nada...

Aqui está o



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Capítulo 15 – Harry Potter

As férias passaram como um piscar de olhos.

Parecia que eu tinha voltado ontem para a Mansão. Minha carta de Hogwarts chegou, e com ela veio a carta do Draco.

Alguns dias antes que a carta chegasse, eu recebi uma carta dos gêmeos. Eles estavam me convidando para passar as últimas semanas com eles na Toca.Claro que Lucius não deixou. Mandei uma carta para os gêmeos dizendo que no próximo ano eu passaria as três últimas semanas lá, com eles. Lucius gostando ou não, eu iria.

Duas semanas antes do 1 de setembro, Lucius e Ciça nos levaram ao Beco Diagonal para podermos comprar os materiais. Draco, para o primeiro ano, e eu para o segundo.

Me separei dos Malfoys logo que nós saímos do Gringotes. Fui à Floreios e Borrões, onde encontrei Melanie, Bianca e os Weasleys, para a minha infelicidade, encontrei com os Malfoys antes de sair da livraria.

- Katherine, você poderia levar o Draco à Madame Malkin? – Lucius perguntou para mim assim que chegou perto o suficiente para segurar meu braço.

- Claro. Eu também não fui ainda à Madame Malkin. Vamos Draco? - eu perguntei para o mais novo dos Malfoys soltando meu braço do aperto de Lucius. Ciça, pelo que Draco me falou no caminho à loja, estava no Mullpeppers, comprando os ingredientes para poções, tanto para mim, quanto para Draco.

Guiei Draco até a loja de Madame Malkin. A loja estava vazia quando entramos. Ela tirou minhas medidas em 10 minutos e separou o uniforme que serviria para mim. Depois ela pediu para Draco subir no banquinho para tirar suas medidas. Enquanto eu esperava Draco, um garoto magricela, com óculos redondos, baixo para a idade, com os cabelos quase tão escuros quanto os meus, entrou na loja sozinho. Ele olhava para os lados como se tudo fosse uma novidade. E para ele, talvez fosse. Meu primeiro pensamento foi: "Ele deve ser um trouxa.". Ele abriu a boca para falar, mas Madame Malkin foi mais rápida:

- Hogwarts, querido? - ele assentiu, ainda olhando para os lados. - Tenho tudo aqui. E tenho um rapazinho ajustando a roupa.

Ela guiou o garoto até o fundo da loja onde eu e Draco estávamos. Ela colocou um outro banquinho ao lado de Draco e fez o garoto subir, enfiando uma veste comprida pela cabeça e começou a marcar a bainha.

- Olá. - eu e Draco falamos juntos. - Hogwarts?

- É. - ele respondeu.

Draco começou a tagarelar com o menino de cabelos negros como se eles se conhecessem à muito tempo. O garoto realmente parecia ser um trouxa, estava se esquivando de todas as perguntas que Draco fazia para ele com respostas curtas.

Naquele momento, Madame Malkin puxou a veste por sua cabeça novamente. Minha idéia que dizia que aquele garoto era trouxa, sumiu no mesmo instante. A parte da testa que a franja escondia, tinha uma cicatriz. Uma cicatriz em forma de raio. Harry Potter.

Draco nem notou, ainda estava ocupado falando sem parar.

- Caramba, olha aquele homem! - Draco de repente falou indicando a vitrine. Hagrid estava parado ali, segurando dois sorvetes quase que monstruosos.

- É o Rúbeo. Ele trabalha em Hogwarts. - Harry Potter falou rindo.

- Eu ouvi falar dele. Ele é uma espécie de empregado não é Katherine? - Draco falou com desdém.

- Ele é o guarda-caça, Draco. Não é a mesma coisa. - eu falei o repreendendo. - Eu vou ali fora falar com ele. - falei me levantando. - Quando terminar aí, me chame para pagar. - eu falei saindo da loja. - Olá, Hagrid. Está sendo o guia de Harry Potter? - eu perguntei.

- Srta. Riddle! É bom vê-la aqui. - ele me cumprimentou entusiasmado.- Também é bom vê-lo Hagrid. Ele já sabe sobre os pais dele? - eu perguntei em voz baixa.

- Sim. Mas eu acho que ele não sabe que Aquele-que-não-deve-ser-nomeado é seu pai. - Hagrid falou.

Olhei para dentro da loja e vi Draco e Harry descerem do banquinho. Draco viu que eu estava olhando e me chamou com a mão.

- Espere um pouco. - eu falei para Hagrid entrando novamente na loja. Paguei minhas vestes e as vestes de Draco. Harry Potter ficou um pouco perdido com o dinheiro bruxo, eu o ajudei. - A propósito, sou Katherine Riddle. Hogwarts, segundo ano. - eu falei antes de sair junto com os dois garotos.

- Nos vemos em Hogwarts, suponho. - Draco falou para Harry.

- Draco, Lucius está ali na frente. Já até lá e diga para ele que eu encontrei uma amiga. Podem ir para a Mansão sem mim, eu vou demorar mais um pouco. - eu falei para ele apontando para Lucius Malfoy.

- Tudo bem. Mas não demore muito. - ele falou saindo correndo na direção de Lucius Malfoy. Esperei ele chegar até Lucius para me virar e seguir Hagrid e Harry.

- HAGRID! HAGRID! - eu gritei quando estava perto deles.

- Olá novamente Katherine. - ele falou. - Esse é Harry Potter. Harry, essa é...

- Katherine Riddle. Eu sei, Ela se apresentou para mim na loja da Madame Malkin. - Harry cortou Hagrid.

- Nossa! Você é o famoso Harry Potter! Vou poder dizer para meus amigos que conheci e ajudei Harry Potter. - eu falei rindo.

- Você agora é outra que me trata como se eu fosse uma celebridade. - ele falou fechando a cara.

- Hey, você é famoso no mundo bruxo. Não existe uma pessoa que não conheça você! Mas, acho que não vamos ser amigos. - eu falei. Era melhor ele saber quem era meu pai agora do que ficar sabendo depois por outros.

- Por quê? - ele perguntou assustado.

- Por causa de meu pai. - eu falei, ele me olhou confuso, sem entender nada. - Meu pai fez isso na sua testa e ele matou os seus pais. - eu falei. - Você não vai querer ser meu amigo.

- Quem disse? - agora eu fiquei impressionada. - Seu pai é seu pai. Não posso te julgar pelo o que ele fez.

- Olha, você é o primeiro a falar isso logo de cara. Todos primeiro se afastaram de mim para depois virem falar comigo. - eu falei. - Mas você, principalmente, deveria me odiar. Meu pai matou os seus pais, Harry. - eu falei incrédula que aquele garoto realmente não me odiasse.

- Não vou falar que você já é minha amiga, mas acho que nós podemos nos tornar amigos sim.

- Estou surpresa. - eu falei rindo. - O que você precisa comprar? - eu perguntei mudando de assunto.

- Tudo. - os dois responderam juntos.

- Katherine, você poderia ajudar o Harry a comprar as coisas, eu vou dar um pulo no Caldeirão Furado. - Hagrid me pediu.

- Claro Hagrid. Onde vamos encontrar você? - eu perguntei.

- Na sorveteria. - Hagrid respondeu como se não tivesse acabado de tomar um sorvete gigantesco.

- Tudo bem. - eu falei quando Harry começou a falar. - Vamos Harry. - eu falei puxando o garoto pelo Beco Diagonal.

- Quantos anos você tem? - ele perguntou puxando assunto.

- 12. Vou fazer 13 em setembro.

- Então, você não deveria estar no terceiro ano? - ele perguntou depois de alguns minutos.

- Acho que sim. Mas não me importo. - eu falei rindo. - Você realmente precisa comprar tudo? - eu perguntei.

- Sim. Eu não conheço nada. - ele falou.

- Vem, vamos passar na farmácia para você comprar os ingredientes para poções. Depois a gente passa na Floreios e Borrões para você comprar os livros. Depois a gente vai comprar o seu caldeirão. Depois eu te levo para conhecer um pouco sobre Quadribol, acho que você vai gostar. Depois a gente encontra o Hagrid na sorveteria. - eu falei indo para a farmácia.

Fiz um tour com ele pelo Beco Diagonal. Ele ficou de boca aberta com os artigos para Quadribol, eu tive que explicar muitas coisas para ele, mas foi divertido. Encontramos Hagrid com outro sorvete monstruoso na mão.

- Hey, Hagrid! - eu chamei a atenção do meio gigante. Ele olhou para nós dois e sorriu. - Já levei o Harry à famárcia, mostrei para ele os artigos sobre Quadribol, ele já comprou os livros e o caldeirão. Acho que agora só falta um animal e uma varinha. Mas sinto dizer que eu já preciso voltar. Lucius e Ciça vão ficar preocupados se eu demorar mais. Nos vemos no dia 1 de setembro. Harry, Hagrid. - eles acenaram para mim enquanto eu subia a rua, na direção do Caldeirão Furado.

Quando os Malfoys ficarem sabendo disso, eles vão querem me matar.

Bem, eu tecnicamente, deveria odiar Harry Potter. Mas ao contrário, eu estou me tornando amiga dele. Corrigindo a frase acima, quando os Malfoys, os Nott e meu pai, ficarem sabendo disso, eles vão querer me matar.

Voltei para a Mansão, e fui direto para o quarto. Não queria falar com ninguém. Além do mais, se fosse para falar com alguém daquela casa, como eu falaria que estava conversando e ajudando o maior inimigo do meu pai? Eles iriam surtar e começar a fazer um monte de perguntas para mim. Tudo bem, que mesmo eu me trancando no quarto não me livrei de algumas perguntas. Vindas da Asha. Sim, eu acabei ouvindo um sermão da minha própria cobra. Isso que dá ser ofidioglota e entender o que as cobras falam.

- Aonde você estava Katherine? - Asha sibilou assim que eu tranquei a porta atrás de mim.

- No Beco Diagonal, Asha. Eu lhe falei que iria hoje até lá para comprar os materiais para o meu segundo ano em Hogwarts. - eu falei.

- Os Malfoy voltaram já faz quase uma hora, e você não voltou com eles. - ela devolveu.

- Credo, Asha. Você está pior do que o Lucius! Eu encontrei as meninas e os Weasley e fiquei conversando com eles. Pedi para o Lucius e Ciça voltarem na frente. Por isso e não voltei com eles. - eu expliquei.

- Você não deveria ficar por lá. Deveria ter voltado para casa junto com eles!

- Asha, faça mil favor. Eu sei me cuidar. Você não precisa ficar passando sermão para mim. - eu sibilei furiosa com a audácia daquela cobra. Estava levando bronca dela!

Ela não falou mais nada depois disso. Saiu pela janela que estava aberta e foi para o jardim, caçar algum rato.

As coisas que eu precisaria para o meu segundo ano em Hogwarts já estavam ao lado da minha cama. Retirei o malão de dentro do armário e coloquei os livros que eu tinha usado no primeiro ano debaixo da minha escrivaninha. Os que eu ainda usaria no segundo ano, os empilhei no chão. Abri o pacote da Floreios e Borrões, tirei os livros novos dali e os empilhei ao lado da primeira pilha de livros.Guardei as vestes novas no malão, meu caldeirão, nele eu nem mexi. Guardei o novo kit de ingredientes para poções, as coisas que eu não usaria mais no último mês, já estavam guardadas. O que ainda falava para guardar no malão? Os livros. Eu estava sempre vendo as coisas novas. Claro, eu já conhecia toda a matéria que seria ensinada em Hogwarts durantes os sete anos, mas acho que estar sempre revisando algumas coisas, é bom. Pode ser tedioso, mas é bom.

Já fazia quase um mês que eu estava de férias, e ainda não tinha lido os livros nem os pergaminhos que tinha retirado da biblioteca de Salazar Slytherin. Iria começar a estudá-los amanhã.

***

Sonhei com meu pai. Dessa vez ele estava furioso com alguma coisa que o aprendiz dele, o homem com quem eu estava sempre sonhando em Hogwarts, não tinha se saído muito bem. Não sei qual era a missão daquele homem, mas pelo visto ele tinha falhado terrivelmente.

Saí do quarto apenas para comer. Passei o dia inteiro trancada no quarto, lendo, estudando os pergaminhos e o livro da biblioteca de Slytherin. Não tinha nada ali que me ajudasse a encontrar as outras bibliotecas ou salas dos outros fundadores. Slytherin tinha falado que juntando as informações dos quatro livros, eu encontraria a sala dos meus sonhos. Mas naquele livro, não tinha nada que pudesse me dar uma pista daquela sala. E se tinha, bom, estava muito bem escondida.

Nos pergaminhos, tinha citações das outras bibliotecas dos outros fundadores, mas nenhuma localização exata. A biblioteca e a sala de Gryffindor, eu tinha uma boa idéia de onde poderia ser. Mas a de Ravenclaw e Hufflepuff, não tinha a mínima noção de onde poderia ser. Estava disposta a encontrar todas as bibliotecas e salas no segundo ano, mas será que eu iria conseguir isso?

Passei o último mês das férias trancada no quarto, lendo e estudando os livro, tanto os da biblioteca de Slytherin, quanto os livros que eu usaria no meu segundo ano.

Pela primeira vez, desde meu encontro com Harry Potter no Beco Diagonal, eu voltei a pensar nele. Já era o último dia das férias. Estava curiosa, estava pensando em como seria ter Harry Potter estudando em Hogwarts. Muita coisa mudaria.

1 de setembro, significa volta para Hogwarts. Esse ano, significava que Draco iria pela primeira vez a Hogwarts, significava que Harry Potter também iria para lá. Significava que ele começaria a descobrir as coisas sobre o mundo bruxo. Seria interessante observá-lo.

Nós chegamos cedo em King's Cross. Melanie já estava lá. Ela estava sozinha, nem o pai, nem a mãe, nem ninguém estava junto com ela. Deixei os Malfoys falando com o nada e fui falar com ela. Alguma coisa tinha acontecido com ela, eu podia sentir só de olhar para ela.

- Mel, você chegou cedo. - eu falei parando ao lado dela. - Mas algo me diz que você não chegou cedo para conseguir um bom lugar no Expresso.

- Ah, Katherine. - ela falou se jogando em meus braços e começando a chorar.

- Mel? Mel? Melanie? Melanie Wright? MELANIE! - eu tive que chamá-la várias vezes, no final, acabei gritando mesmo. Ainda bem que não tinha muitas pessoas na plataforma. - Mel, o que aconteceu? O que aconteceu na sua casa que você não me falou pelas cartas? - eu perguntei.

- Meus pais. Eles passaram as férias inteiras brigando. Ontem, meu pai quase bateu na minha mãe. Katherine, ele nunca fez isso. Ele se descontrolou, o casamento deles não está bom. Ele ficou com raiva da minha mãe e minha mãe com raiva dele. Depois os dois vieram descontar a raiva em mim. Minha mãe falou um monte de coisas para mim, disse me me odiava. Ela falou que se eu nunca tivesse nascido, agora ela poderia estar com outra pessoa, mas por minha causa, ela não sai de casa. Depois veio meu pai e falou um monte de coisas parecidas para mim. - ela falou voltando a chorar novamente.

- Mel, eles só falaram essas coisas porque estavam com raiva e estavam nervosos. Aposto que se eles estivessem calmos jamais teriam falado coisas assim. Pare de chorar, Mel. Chorar não combina com você. - eu falei abraçando ela. - Sabe o que eu acho que vai poder animar você? - eu perguntei.

- Não. O quê? - ela perguntou curiosa.

- Chocolate e muitos doces. - eu falei rindo. - Depois que nós embarcarmos e quando a mulher dos doces passar, nós compramos doce para comer durante uma semana inteira. Exagerei, mas é assim que eu acho que a Bianca falaria. No meu caso... Bom no meu caso, eu ignoraria ou falaria um monte de coisas que provavelmente seus pais não iriam gostar, e depois que falar um monte, pegaria um bom livro e começaria a ler. Eles que gritassem e falassem o que quisessem. - eu falei rindo.

- Na verdade, Katherine. Você acertou no que eu falaria para a Mel. Eu ia falar agora, mas estou vendo que não será necessário. Mas sinceramente, Katherine! Ler um livro, falar o que saísse da sua cabeça sem pensar, e depois ignorar? - Bianca perguntou indignada, fazendo Mel rir.

- Bom, na verdade se você quiser trocar a parte de "falar o que saísse da minha cabeça sem pensar", por maldição da tortura, eu não me importo. - eu falei pensativa.

As duas começaram a rir. Não sabia do quê elas estavam rindo.

- Sabem, eu falei sério... - eu comecei a falar, mas fui interrompida por dois furacões ruivos que praticamente pularam em cima de mim.

- KATHERINE!!! - eles gritaram enquanto pulavam em mim.

Claro, eu não estava preparada para receber dois ruivos pulando em cima de mim, minha primeira ação, acho que foi um protego, mas já não deu mais tempo. Eles caíram em cima de mim e me fizeram desabar no chão antes que eu pudesse pensar no feitiço.

- Fred! Jorge! Saiam de cima de mim, agora. - eu gritei com os dois em cima de mim.

- É assim que as Sonserinas tratam os amigos quando se reencontram? - Fred perguntou depois de se levantar e depois que me ajudou a levantar.

- Não. É assim que as Sonserinas tratam os amigos que pulam em cima delas quando elas estão distraídas. - eu falei trincando os dentes para não gritar com aqueles dois.

- Herdeira das Trevas! - a maluca da Rachel apareceu gritando.

- Hey! O Herdeira das Trevas fui eu que inventei. - Melanie protestou. Nesse ponto, ela já estava dando risada e provavelmente já tinha até se esquecido do acontecido no dia anterior em sua casa.

- O Herdeira das Trevas é uma coisa boba. Melanie, não é nada engraçado. - eu falei quando ela começou a rir.

- Tá legal, Princesa das Trevas. - Bianca falou rindo.

- Aff, estou vendo que esse ano todos vão ficar me chamando disso. - eu comentei irritada. - Eu já vou embarcar, e vocês?

- Eu ainda tenho que me despedir dos meus pais. - Fred, Jorge, Bianca e Rachel falaram juntos.

- Tudo bem. Você vem Mel? - eu perguntei me virando para minha amiga que estava com a cara fechada novamente.

- Claro. - ela falou me seguindo.

Quando eu ia entrar no trem, adivinhem quem vem e segura meu braço? É, quem respondeu algum dos Malfoy ou a Alexia acertaram. Estavam os Malfoys e os Nott parados ao meu lado. Lucius estava segurando meu braço.

- O que querem? - eu perguntei.

- Kath, vamos? - Mel perguntou olhando para trás.

- Vá na frente Mel, depois eu encontro você. - eu falei para ela ainda encarando Lucius. Ela murmurou alguma coisa e seguiu em frente. - O que querem? - eu voltei a perguntar.

- Você anda com aqueles traidores de sangue Weasleys? - Lucius perguntou com os olhos brilhando.

- Sim, ando. E eles são meus amigos, Lucius. Agora solte meu braço antes que eu lhe lance uma azaração. - eu ameacei. Ele rapidamente soltou meu braço. - Obrigada. Agora, se era só isso, eu já vou entrar. - nem esperei eles falarem nada. Entrei no trem antes que eles voltassem a me segurar.

Três minutos depois, o Expresso de Hogwarts partiu. Eu ainda estava andando pelos corredores, procurando as meninas e os gêmeos, mas, para a minha surpresa, quem eu encontrei primeiro foi Harry Potter. Ele estava sentado sozinho em uma cabine.

- Eu poderia me sentar aqui? - perguntei abrindo a porta.

- Claro! - ele respondeu sorrindo.

- Ainda se lembra de mim? - eu perguntei depois que guardei o malão.

- É claro que eu me lembro. Você é Katherine. A filha daquele que matou meus pais. - ele falou com tanta naturalidade que eu me surpreendi.

- Não vou conseguir me acostumar tão fácil com você falando sobre isso, como se fosse falar do tempo. - eu comentei.

- Não é fácil falar sobre eles, mas acho que com você, é melhor tentar não ligar. Afinal, você não é seu pai.

- Você tem toda razão. Não sou meu pai. - eu falei rindo.

Nesse momento, o mais novo dos Weasleys, abriu a porta.

- Eu poderia me sentar aqui? O resto do trem está cheio. - ele perguntou.

- Claro. - Harry respondeu.

Eu estava sentada ao lado de Harry, Rony se sentou de frente para ele.

- Eu sou Rony. Rony Weasley. - ele falou olhando para o Harry.

- Eu sou Harry. Harry Potter. - Harry falou. No mesmo segundo os olhos do Rony se arregalaram e eles começou a gaguejar.

- V-você tem mesmo... a... - ele perguntou indicando a testa.

- O quê? - Harry perguntou inocentemente.

- A cicatriz.

- Sim. - ele falou erguendo a franja que estava tampando a cicatriz.

- Incrível. - Rony falou de boca aberta. - E você? Quem é? - ele perguntou e virando para mim.

- Katherine. Katherine Liwener Riddle. - eu falei.

Novamente o irmão mais novo dos gêmeos arregalou os olhos. Mas dessa vez, ele estava tentando se fundir ao trem, de tanto que estava se apertando contra a parede.

- V-vo-você é a filha d'aquele-que-não-deve-ser-nomeado. - ele falou.

- Sim, eu sou filha dele. E sou amiga dos seus irmãos. Não precisa ficar assim. Não vou te matar. - eu falei brincando.

- É Rony! A Katherine é gente boa. - Fred falou abrindo a porta.

- Ela pode ser uma sonserina, mas ela é legal. - Jorge falou entrando na cabine.

- Obrigada, Jorge. - eu falei sarcasticamente.

- Ao seu dispor, Herdeira das Trevas. - ele falou fazendo uma reverência.

- Vão ficar aqui? - o Rony perguntou tentando segurar o riso.

- Não. Nós vamos estar com o Lino. Parece que ele trouxe uma tarântula gigante. - Fred respondeu rindo.

- Até mais, Harry. - eles falaram juntos e saíram da cabine.

Eu retirei um livro que eu tinha comprado na Floreios e Borrões do malão e comecei a ler, enquanto os dois garotos conversavam. Rony falou por quase 40 minutos sobre quadribol.

A mulher do carrinho de doces passou e Harry comprou um pouco de cada coisa. Eu comprei umas tortinhas de abóbora e um caldeirão de bolos. (N/A: era isso mesmo?) Rony não comprou nada alegando ter trazido comida de casa.Uma hora depois, um garoto com o rosto redondo entrou na cabine com um ar choroso.

- Desculpe, mas vocês viram um sapo?

Nós três balançamos a cabeça negativamente. O garoto chorou.

- Perdi ele! Está sempre fugindo de mim!

- Ele vai aparecer. - consolou Harry.

- Acho que sim... Se vocês verem ele... - ele falou saindo.

Harry e Rony voltaram a conversar e eu voltei minha atenção para meu livro. Percebi quando rony mostrou sua varinha para o Harry. Assim que ele ergueu a varinha, a porta da cabine abriu outra vez. O menino sem o sapo estava de volta, mas dessa vez vinha acompanhado de uma garota de cabelos cheios e castanhos, ela já estava com as vestes de Hogwarts.

- Alguém viu um sapo? Neville perdeu o dele. - ela tinha um tom mandão.

- Nós já falamos que não vimos o sapo! - Rony falou impaciente. Mas a garota olhava para a varinha em sua mão.

- Fazendo magia? Essa eu quero ver. - ela falou entrando na cabine e se sentando de frente para mim.

- Sol, margaridas, amarelo maduro, muda para amarelo esse rato velho e burro. - ele agitou a varinha mas nada aconteceu.

- Tem certeza que é o feitiço certo? Não é um feitiço muito bom, é? Eu experimentei alguns feitiços simples e não tive nenhum problema, como por exemplo: - ela empurrou Rony para o lado, tirou a varinha de dentro das vestes e apontou para o rosto de Harry. - Oculos Reparo.- ela falou com um pequeno floreio. - A minha nossa! Você é Harry Potter! Já ouvi falar sobre você, você está em alguns livros que foram recomendados para mim. Como História da Magia Moderna, Ascensão e queda das Artes das Trevas e em Grandes acontecimentos mágicos do século XX. Sou Hermione Granger. E vocês quem são? - ela se virou para mim e para Rony.

- Rony Weasley.

- Katherine Liwener Riddle. - eu falei fechando o livro que estava lendo até ela abrir a porta.

- Você. Eu também li sobre você. Você é a filha d'aquele-que-não-deve-ser-nomeado. - ela falou tendo a mesma reação que Rony teve quando eu falei meu nome.

- Menina, se acalme. Se eu fosse igual ao meu pai, você, o Potter e o Weasley e, claro, o Longbotton, já estariam duros e frios no chão. Não tenho nada contra os nascidos trouxas e amantes de trouxas. - eu falei.

- Como você sabe que eu sou nascida trouxa? - ela perguntou empurrando Rony novamente para o lado e se sentando novamente em minha frente.

- Fácil. Seu nome, a forma como você falou sobre os feitiços, entre outros. - eu falei simplesmente.

- De qual casa você é? - ela perguntou para mim.

- Sonserina. Mas antes que você fale alguma coisa, a Sonserina não é tão ruim assim. - eu acrescentei quando ela abriu a boca.

- Bom, em todo caso, eu e Neville precisamos continuar a procurar o sapo dele. - ela falou saindo com o garoto que tinha ficado quieto durante todo o tempo.

Rony e Harry conversaram um pouco sobre as casas de Hogwarts e eu me mantive quieta quando eles falaram da Sonserina. Depois voltaram a falar sobre quadribol e Rony falou sem parar sobre o time para qual ele torcia.

Depois de quase uma hora, a porta da cabine voltou a abrir. Draco estava parado ali ladeado por dois garotos. Invadi rapidamente a mente dele e descobri que aqueles eram Crabbe e Goyle. Filhos de dois seguidores de meu pai.

- É verdade? - ele perguntou. - Estão dizendo pelo trem que Harry Potter está nessa cabine. Então é você?

- Sou. - ele respondeu observando os dois garotos que estavam atrás do Draco.

- Ah, esses são Crabbe e Goyle. - Draco falou quando notou que Harry observava os outros dois. - E eu sou Malfoy, Draco Malfoy.

Rony tossiu de leve como se estivesse tentando esconder uma risada.

- Acha meu nome engraçado? Nem preciso perguntar quem você é. Meu pai me falou tudo sobre a sua família, os Weasleys. Todos possuem sardas e cabelos ruivos, alem de terem mais filhos do que podem criar. - ele falou olhando para Rony antes de se virar para Harry. - Você não vai demorar para descobrir que algumas famílias bruxas são melhores do que outras. Você não vai querer fazer amizades com as pessoas erradas. Eu posso te ajudar nisso. - ele falou estendendo a mão para Harry.

- Eu acho que sei dizer qual é o tipo ruim sozinho, obrigado. - Harry falou friamente.

- Eu teria mais cuidado se fosse você, Potter. A não ser que seja mais educado, vai acabar como os seus pais. Eles também não tinham juízo. Se continuar com gentinha como os Weasleys e aquele Rúbeo, vai acabar se contaminando. - ele falou depois que seu rosto ficou ligeiramente rosado.

Nós três nos levantamos, não sabia se Draco tinha me visto, acho que não, porque ele ficou realmente assustado ao me ver. Rony estava com o rosto tão vermelho quanto os cabelos.

- Repita isso. - ele mandou.

- Vão querer brigar com a gente? - ele caçoou olhando para mim  com medo, eu pude perceber porque o conhecia a muito tempo. Para quem não o conhecia, poderia dizer que ele estava apenas olhando para mim sarcasticamente.

- A não ser que você se retire agora. - Harry falou tentando segurar Rony que tentava partir para cima dos três garotos em frente à porta.

- Mas nós não estamos com vontade. Estamos garotos? - antes que Draco falasse outra coisa eu me coloquei bem na frente dele no exato momento em que Rony conseguiu se soltar de Harry.

- Draco, saia agora daqui. Não quero confusões. Saia já daqui. - eu falei em um tom frio que eu nunca tinha usado com ele. - Agora! - eu falei quando ele não se mexeu.

Os três saíram correndo pelo corredor segundos antes que Hermione Granger aparecesse novamente. 

- O que aconteceu aqui? - ela perguntou ao ver meu livro aberto no chão e alguns doces que Harry tinha comprado espalhados pelo chão.

- Vocês já conheciam ele? - Rony perguntou.

- Eu fui criada com ele. - eu respondi pegando meu livro do chão e o fechando.

- Eu conheci a Katherine e ele no Beco Diagonal, na loja da Madame Malkin.

- Já ouvi falar da família dele. - disse Rony sombrio. - Foram os primeiros a voltar para o nosso lado depois que Você-Sabe-Quem desapareceu. Disseram que tinha sido enfeitiçado. Papai não acredita nisso. Diz que o pai de Draco não precisou de desculpa para se bandear para o lado das Trevas. - Rony falou. - Podemos fazer alguma coisa por você? - ele perguntou se virando para Hermione.

- É melhor vocês trocarem de roupa. Não vamos demorar muito para chegar. - eu falei olhando para a janela.

- Vocês andaram brigando? Vão se meter em encrenca antes mesmo de chegarmos lá! - Hermione falou.

- Ninguém brigou com ninguém. Só a Katherine que deu um aviso de gelar o sangue. - Rony falou.

- Que seja! Como a Katherine falou, é melhor vocês se trocarem. EU fui lá na frente e o maquinista disse que nós não vamos demorar muito para chegar. - Hermione falou evitando olhar para mim.

- Então se importa de sair daqui para podermos nos trocar? - Rony falou bem rude.

- Já estou indo. Só vim até aqui, porque as pessoas das outras cabines não estão agindo como crianças. - ela falou saindo.

Peguei minha varinha e transfigurei a roupa que eu usava no uniforme de Hogwarts. Quer dizer, na verdade eu tinha transfigurado o uniforme de Hogwarts para a roupa que eu usava. Harry e Rony olharam para mim de boca aberta.

- Como você fez isso? Nem o Fred ou o Jorge sabem fazer isso. - Rony falou.

- Longa história. Pergunte para seus irmãos. Eles já conhecem a verdade. - eu falei. - Vou sair para vocês poderem se trocar. - eu falei abrindo o malão e tirando Asha dali.

- Você tem uma cobra?! - os dois gritaram.

- Sim, eu tenho. O nome dela é Asha. Relaxem, ela não vai atacar vocês, a não ser que eu mande. - eu falei rindo da expressão deles. - Nos vemos depois. Se troquem. - falei saindo da cabine.

- O garoto ruivo, ele é irmão dos gêmeos? - Asha perguntou subindo pelo meu braço e se enrolando em meu pescoço.

- Sim, ele é o Rony. - respondi.

- O garoto de óculos, quem é ele? - ela perguntou, e eu pude sentir a curiosidade em seu sibilar.

- Harry Potter.

- Foi por causa dele que seu pai não está aqui não é? - ela perguntou.

- Asha, já falamos sobre isso. Meu pai não fez coisas boas. Eu não vou falar sobre isso com você novamente. - eu sibilei.

- Desculpe senhora.

- Tudo bem querida. - eu respondi finalmente encontrando a cabine onde as meninas estavam.

- Vejam só. A Katherine se lembrou de nós. - Júlia falou rindo.

- Na verdade, eu acabei caindo aqui, nessa cabine sem querer. Quem são vocês? - eu perguntei séria para logo depois cair na gargalhada com a cara que elas fizeram.

- Caramba, Kath. Eu pensei que você estava falando sério. - Lexi falou rindo.

- Mas, nós ouvimos falar que você está sentada na cabine do famoso Harry Potter. É verdade? - Rachel perguntou.

- Sim. É verdade. - eu falei rindo. - Estou sentada com o arqui-inimigo do meu pai, e arrisco dizer que me tornei amiga dele.

- Vai ser uma amizade estranha... - Mel e Bianca falaram juntas.

- Eu já vou voltar. Nos vemos depois em Hogwarts. - eu falei me levantando e pegando Asha que tinha se enrolado no braço da Lexi.

Voltei para a cabine onde dois alunos do primeiro ano estavam usando as vestes negras de Hogwarts.

- Os uniformes ficaram bons em vocês. - eu falei entrando na cabine e agitando a varinha fazendo os lixos dos doces sumirem e o livro que eu lia mais cedo ir para dentro do meu malão.

- Ainda falta muito? - eles perguntaram depois de guardarem o resto dos doces no bolso e se sentarem.

- Mais uns quinze minutos. - eu respondi.

Os quinze minutos restantes, eu fiquei brincando com a Asha. Ignorei o fato de que os dois garotos estavam encolhidos no canto, quase se fundindo à parede.

O trem chegou à estação de Hogsmead e ali eu me separei deles. Peguei uma carruagem junto com as meninas. Assim que coloquei os pés no Salão Principal, quatro vultos passaram ao meu lado.

- Seja bem vinda de volta, Katherine. - quatro vozes diferentes falaram na minha mente.

Eu sorri para o nada. Meus olhos voaram pela mesa dos professores, e para minha total surpresa, um homem conhecido estava sentado perto de Snape.

- Snape, quem é o homem de turbante? - eu perguntei assim que consegui entrar na mente dele.

- O novo professor de DCAT. Quirinus Quirell. - ele respondeu.

Assim que a resposta de Snape chegou à minha mente, uma voz fria e cortante chegou à minha mente.

- Olá, minha filha.

Meus olhos voaram novamente pela mesa dos professores e se fixaram nos olhos de Quirell.

- Pai? - eu perguntei fechando os olhos com força.

- Sim. - a mesmo voz respondeu.

- Katherine, você está bem? - Bianca perguntou segurando meu braço.

- Estou. Vem, vamos para a mesa da Sonserina. - eu falei indo para a mesa com elas me seguindo.Vi a seleção das casas, mas não registrei muita coisa. Draco veio se sentar ao meu lado, com um sorriso sarcástico no rosto. Logo a Parkinson, Zabine e Nott e também se juntaram à mesa. A Granger, Potter e Weasley foram para a Grifinória. Depois que o jantar foi servido, duas pessoas começaram a forçar a minha mente. Não tinha certeza de quem era. Mas uma pessoa, era o Snape. A outra, era apenas uma suspeita, meu pai. O jantar acabou, mas eu não voltei com as meninas para o dormitório, fui uma das últimas a sair do Salão Principal. Mas antes que eu começasse a descer as escadas rumo às Masmorras, alguém segurou meu braço (leia-se Snape.). Me virei pronta para atacar se fosse a Alexia já tentando acabar com a minha paciência logo na primeira noite em Hogwarts, ou o Quirell, querendo conversa.

- O que você quer Snape? - eu perguntei soltando meu braço.

- O que aconteceu com você antes que o jantar fosse servido? Assim que você entrou no Salão? - ele perguntou forçando minha mente. Em algum lugar do castelo, uma outra pessoa tinha começado a forçar minha mente também.

- Não foi nada. Só foi um mal estar. - eu menti trincando os dentes.

Sabem, não é uma coisa legal ter duas pessoas forçando para entrar na minha cabeça.

- Vou vou fingir acreditar. Nos vemos amanhã. - ele falou seguindo escada abaixo me deixando parada onde estava.

Cheguei no dormitório e não falei nada. Me troquei rapidamente e entrei debaixo das cobertas dormi quase que imediatamente.

"Amanhã eu começo a busca pelas salas e bibliotecas dos outros fundadores."

Depois de tal pensamento eu dormi. Graças a Merlin, não sonhei com nada durante aquela noite.


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Notas finais do capítulo

Algumas coisas, à partir de agora serão mais parecidas com o filme, outras com o livro.
Depende da importancia dos fatos...
Em alguns o trio maravilha vai aparecer bastante, em outros talvez façam apenas uma aparição rápida... Bom depende.

Sabem uma coisa que eu percebi? No capítulo 13, eu coloquei que a prova final da Kath, já tinha passado e eles ainda estavam em maio. Erro terrível que vai ter que continuar daquele jeito.

O que acharam desse capítulo?
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