Voldemorts Daughter escrita por NatyAiya


Capítulo 14
Capítulo 14 - Descobertas e fim de um ano.


Notas iniciais do capítulo

Gente, dedico esse capítulo as três pessoas que deixaram recomendações para mim.
carool99, MisuhoTita e GiuliaBCostanzo.
Não pensem que eu não vi. Eu só esquecia de colocar a dedicatória...
Muito obrigada...



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Capítulo 14 - Descobertas e fim de um ano.

Eu não sabia onde estava. Ainda estava em Hogwarts, e isso era a única coisa que eu sabia do lugar. As paredes eram brancas, e não uma das quatro cores da escola. Não era eu que estava ali. Era como se eu fosse um fantasma e estivesse ali, passeando por um lugar que não conhecia.

- Esperávamos por você. - alguém falou atrás de mim.

Eu me virei para encarar quatro bruxos. Eles não eram dessa época. Eram poderosos, eu podia sentir isso, mas não eram de 1991.

- Quem são vocês? - eu perguntei empinando o nariz. - Onde eu estou?

- Não conhece seus próprios ancestrais? Tsk, tsk. - um dos homens falou.

- Meus ancestrais? - eu perguntei para mim mesma. - Espera. Vocês estão dizendo que são Godric Gryffindor, Salazar Slytherin, Rowena Ravenclaw e Helga Hufflepuff? - eu perguntei com medo da resposta.

Eles nada falaram, apenas assentiram em sincronia. Ótimo... Eu estou sonhando com meus ancestrais que morreram a mais de mil anos...

- Que lugar é esse? - voltei a perguntar.

- Aonde você acha que está? - a bruxa, que eu acho que é Ravenclaw perguntou.

- Você é Ravenclaw, não é? - eu perguntei antes de responder, ela assentiu. - Ainda estou em Hogwarts. Mas essa sala, esse lugar. Eu não sei...

- A magia abriu esse lugar novamente. A sua magia. - o mesmo bruxo que falara antes comentou.

- Slytherin? - eu perguntei e ele também assentiu. - A minha magia?  Eu não entendo o que vocês querem dizer.

- Quando nós construímos o castelo, alguns anos antes que Slytherin nos abandonasse, eu fiz uma profecia. Tínhamos criado esta sala para nossas reuniões. - Rowena começou.

- Antes que Slytherin fosse embora, nos selamos essa sala. Ela só voltaria a abrir, e nossos espíritos só voltariam para cá, quando a criança que tivesse o sangue de nós quatro viesse à Hogwarts. - Godric falou.

- Por que o espírito de vocês volta? - eu perguntei sem entender como estava falando com eles.

- Uma lembrança, Katherine. É tudo uma lembrança guardada nas paredes desse castelo. A lembrança dos fundadores dessa escola. Nossos espíritos irão acompanhá-la sempre. - Helga falou.

- Você é a nossa herdeira. Você possui o poder dos quatro. O dormitório onde está agora, juntos com aqueles professores, só se abriria para a herdeira dos quatro. Nossos lugares secretos nessa escola, só se abrirão para os herdeiros. Você é a herdeira dos quatro. Você encontrará as bibliotecas e as salas. - Salazar falou.

- O que eu tenho de tão brilhante? Sou apenas uma bruxa com o sangue dos quatro fundadores de Hogwarts. - eu falei. - Acham que é fácil controlar os poderes que dois de vocês possuem? - perguntei me revoltando novamente, enquanto apontava para os dois bruxos. - Agora eu descubro, no mesmo dia que o mundo descobre a identidade de meu pai, que eu sou herdeira dos quatro fundadores. Descendente dos quatro, e que possuo os poderes dos quatro. Eu não quero isso. Quero ser apenas uma garota bruxa normal, com problemas normais. Não quero ter que reconstruir esse lugar à partir das ruínas. - eu falei me lembrando de um verso da profecia. - Como eu poderia fazer isso? Meus poderes podem ser maiores do que o dos outros, mas daí reconstruir esse lugar inteiro?

- Querida, nossos poderes estão escondidos com você. Na minha biblioteca, você encontrará algo que irá ajudá-la a compreender e aceitar esse seus novos poderes. E na hora certa, você vai reconstruir Hogwarts. - Rowena falou.

- Na biblioteca de cada um de nós, Rowena. - Helga corrigiu.

- Você já conhece e já controla os poderes de Gryffindor e de Slytherin. Agora precisa aprender a controlar os poderes de Helga e meus. - Rowena Ravenclaw falou sorrindo para mim.

- Esse lugar vai te ajudar a treiná-los... - Slytherin começou a falar.

- Espera. Como eu posso treinar esses meus poderes aqui, se eu nem mesmo sei aonde é aqui? - eu perguntei.

- Você é a nossa herdeira. Vai encontrar. - eles disseram simplesmente.

- Podem parar de dizer que sou a herdeira de vocês? Eu já entendi que não sou apenas descendente de Slytherin e Gryffindor, mas não é necessário ficar falando que sou a herdeira de vocês a cada 5 segundos. - eu falei irritada.

- Menina, nosso tempo com você está acabando. Você possui a coragem de Gryffindor, a audácia de Slytherin, a inteligência de Ravenclaw, e a minha compaixão. Vai saber o que fazer na hora certa. Saberá onde nos encontrar novamente, quando for necessário. - Helga Hufflepuff falou séria.

- Nós esperamos que você não faça as mesmas escolhas que seu pai. Estaremos te guiando. - Gryffindor falou começando a desaparecer aos poucos.

- Esperem. Como eu posso sair daqui? - perguntei desesperada.

- O lugar é real, mas você não está aqui de verdade, Katherine. Apenas, acorde. - Slytherin me falou antes que eles desapareceram totalmente.

Eu fiquei olhando para o lugar onde eles estavam antes de compreender. Eu tinha desmaiado no dormitório, era apenas acordar.

***

Estava deitada na cama do meu quarto, no dormitório, no meu dormitório. Havia movimento ao meu redor. Aos pouco abri os olhos e vi os quatro diretores das quatro casas me observando. Snape estava sentado ao meu lado, um pouco mais longe, Dumbledore me observava sorrindo, como se soubesse o que eu tinha visto.

- Como se sente Katherine? - Minerva perguntou.

- O que aconteceu? - eu perguntei. Sabia exatamente o que tinha acontecido. Sabia que o que eu tinha visto, era real.

- Do que se lembra? - Snape perguntou.

- Da esfera, da profecia sendo proferida através da fumaça, e de ter desmaiado depois de ouví-la. - eu falei.

- Nós te trouxemos para cá depois que o Snape te pegou antes de você cair. Você está a meia hora desacordada. E quanto a profecia, nós não escutamos nada. Vimos a fumaça e a imagem de Ravenclaw e Slytherin, mas não escutamos nada. - Dumbledore falou. - O que ela dizia? - ele perguntou se sentando do meu outro lado.

Pensei um pouco, deveria contar para eles? Deveria contar sobre a minha conversa com os quatro fundadores? Achei melhor contar a profecia, mas não minha conversa.

- "Em algum momento no futuro, uma descendente de Gryffindor dará a luz a uma criança que terá o sangue dos quatro fundadores...

Apenas essa criança poderá reconstruir Hogwarts das ruínas...

Apenas essa criança, será capaz de mostrar a luz para muitos bruxos...

Apenas ela poderá juntá-los novamente...

Apenas ela, unirá as quatro como no começo...

Apenas ela, terá o poder de mostrar o caminho..." - recitei.

- O que significa Dumbledore? - Sprout perguntou.

- Eu não sei. - ele falou. - E não sei se quero entender.

- Katherine, você sabe o que significa? - Minerva perguntou.

- Tenho meus palpites. - eu respondi. - Eu vou tentar encontrar as salas e bibliotecas secretas dos fundadores. - não estava pedindo autorização, apenas comunicava para eles.

- Isso vai ajudar a compreender a profecia? - Flitwick perguntou.

- Não sei. Mas eu quero encontrar. São lugares que, de certa forma, são meus por direito. Eu pretendo encontrá-los. - falei finalmente me sentando na cama. - Vou voltar para a  sala comunal da Sonserina. Esse lugar pode ser meu, mas eu devo ficar lá. - eu falei antes que Snape falasse.

- Irá falar sobre isso amanhã, na frente de todos? - Dumbledore perguntou. Eu sabia que ele não se referia a profecia, mas sobre eu ser a herdeira dos quatro fundadores.

- Não. Eles já estão assustados assimilando o fato de eu ser filha de Voldemort. Não vou fazê-los assimilar um fato que nem eu mesma não consegui aceitar. Se for necessário, então um dia, o mundo saberá que eu também sou herdeira dos quatro. - eu falei já de pé. - Até amanhã professores. - eu falei com a mão na maçaneta e sem me virar para eles.

Saí do quarto e atravessei a sala, depois o quadro. Fui para as masmorras, para o lugar onde as minhas coisas estavam. Graças à Merlin amanhã era sábado. A sala comunal ainda estava cheia. As meninas ainda estavam ali. Assim que me viram, elas se levantaram.

- Sentem-se e me contem o que aconteceu depois que eu saí daqui. - eu pedi.

- Depois que vocês saíram, aos poucos, os murmúrios começaram. A Alexia foi para o quarto de cabeça baixa, e a Asha ficou inquieta. - Mel começou.

- Mas aonde você esteve? - Bianca cortou antes que Mel falasse tudo. - Para onde os professores te levaram? O que eles falaram?

- Para o gabinete do Dumbledore. - eu menti. - Eles só perguntaram como eu estava e, Dumbledore me perguntou o quê eu iria falar amanhã. - menti novamente.

- Você tem certeza que é só isso? Você está pálida, Katherine. - Júlia falou.

- Estou. Preciso descansar. Eu já vou subir. Vocês vêem comigo? - eu perguntei.

- Vamos. - as cinco responderam se levantando.

Subimos as escadas e para a minha surpresa, Alexia já estava dormindo quando entramos no quarto. Eu fui a primeira a entrar no banheiro, fiquei debaixo da água por um bom tempo pensando no que eu tinha ouvido hoje, no que tinha acontecido hoje. Como eu poderia olhar para os alunos das outras casas no dia seguinte, como eu falaria para os outros alunos no jantar do dia seguinte que tudo o que estava escrito no Profeta Diário hoje, era verdade, como eu falaria isso, sem ter que responder perguntas depois.

Saí debaixo d'água ainda pensando nisso, me troquei, voltei para o quarto e ainda pensava nisso. Conversei um pouco com as meninas e me deitei, pensava novamente na profecia e no aconteceu depois. Estava decidida a encontrar as salas secretas dos fundadores, e iria encontrar, começaria amanhã. Dormi pensando nisso.

Sonhei com eles, com os fundadores.

- Nos encontramos novamente. - Gryffindor falou.

- Quando eu encontrar esse lugar de verdade, vou encontrar vocês também ou eu só posso vê-los em meus sonhos? - eu perguntei olhando ao redor e constatando que estava novamente na sala desconhecida.

- Você falará conosco, mas não nos verá. Não somos mais desse mundo. Somos lembranças. - Ravenclaw respondeu.

- Fantasmas? - eu perguntei.

- Não. Até os fantasmas são visíveis. Se você quiser, podemos tentar ensiná-la a nos ver. Será exaustivo, mas você poderá nos ver. - Slytherin falou.

- Agora?

- Não. Você precisa encontrar esse lugar antes. Você morreria se tentasse fazer isso agora. - Ravenclaw gritou.

- Para encontrar esse lugar, eu preciso encontrar suas salas secretas antes?

- Não necessariamente. Se você encontrar nossas salas, você encontrará com mais facilidade esse lugar. Mas se você chegar primeiro aqui, você encontrará as salas em menos de trinta segundos. - Hufflepuff falou rindo.

- Agora devemos deixá-la dormir em paz. Você precisa se preparar para amanhã de noite. - Gryffindor falou sorrindo.

- Boa sorte, Katherine. - Slytherin falou antes que eles sumissem.

Depois disso, eu vi meu pai e o outro homem em algum lugar da Albânia, depois disso, eu dormi sem mais nenhum sonho.

Acordei com um travesseiro batendo em meu rosto.

- Bom dia, herdeira das trevas. - Mel falou rindo da minha cara.

- Herdeira das trevas? - eu perguntei.

- Não consegui pensar em outra coisa. - ela falou dando de ombros.

- Que horas são? - eu perguntei procurando o relógio.

- Quase 10. Você perdeu o café da manhã. - Júlia respondeu minha pergunta entrando no quarto.

- Cadê o relógio? - eu perguntei.

- Aqui, Kate. - Bianca falou me entregando um relógio.

- Por que ninguém me acordou? - eu me levantei quando vi que elas falavam a verdade sobre o horário.

- Nós te chamamos umas mil vezes, mas você nem se mexeu. No final, achamos melhor deixar você na cama. - Rachel falou entrando no quarto.

- Parecia que você tinha tomado uma poção para dormir bem, mas bem forte. - Lexi falou entrando atrás de Rachel.

- Demorei para dormir. Fiquei pensando no tinha acontecido ontem e no que aconteceria hoje, no que eu vou falar, essas coisas, por isso demorei para dormir. Além do mais, depois que conseguir pegar no sono, tive sonhos estranhos. Mas depois de um tempo, consegui dormir sem sonhar com nada. - eu menti em partes.

- Você murmurou algumas coisas que nós não entendemos. - Mel falou olhando para os pés.

- Melanie, eu sei que você está mentindo. O que eu murmurei? - eu perguntei com medo do que eu poderia ter falado.

Todas olharam para os pés. Ok, boa coisa não era...

- O quê eu murmurei? - perguntei novamente em um tom mais baixo e mais frio.

- Você falou o nome do seu pai. E resmungou que não era o correto. - Bianca falou quando percebeu que ninguém iria falar, e que eu estava ficando irritada.

Fiquei atordoada ao escutar isso porque eu não me lembrava com o que eu tinha sonhado.

- Não me lembro do que sonhei. - murmurei. - Meninas, não quero ser chata, mas eu quero ficar sozinha hoje. - eu falei já me trocando.

- Mas Katherine, nós poderíamos te ajudar a pensar no que você vai falar hoje a noite, o que acha? - Júlia perguntou. Provavelmente tinham conversado entre elas e decidido não me deixar sozinha hoje.

- Não será necessário, Júlia. Eu já pensei. E realmente, eu ainda preciso ficar um pouco sozinha para pensar. - eu menti novamente. Queria ficar sozinha para começar a procurar as salas secretas dos fundadores.

- Tem certeza Kate? - Rachel insistiu novamente. Estava ficando com raiva delas.

- Tenho Rachel. Nós vamos nos ver no almoço em 2 horas. Até lá. - eu falei pegando minha varinha e minha bolsa e saindo do dormitório.

Pelo meu raciocínio, a sala e a biblioteca de Slytherin, provavelmente estavam nas masmorras, então foi por ali que eu comecei a procurar. Depois de uma hora e meia de procura, eu estava novamente no corredor que levava para o salão comunal. Frustrante! Ainda não tinha encontrado nada.

"Nossos lugares secretos nessa escola, só se abrirão para os herdeiros." - isso estava martelando na minha cabeça desde o segundo em que eu coloquei meus pés para fora do salão comunal da Sonserina.

Estava passando ao lado de uma parede a 5 metros da entrada do salão comunal quando uma serpente, ou melhor, um desenho de uma serperte se matearilizou ao meu lado na parede. Claro que eu me assustei. Tinha passado por aquela parede durante um ano inteiro e aquilo nunca tinha acontecido. Agora, quando eu estava pensando na sala e na biblioteca secretas de Slytherin aquilo se mateariza ao meu lado? Espera! Eu acho que eu achei.

- Sou sua herdeira! Abra! - eu falei em ofidioglossia olhando para a cobra. No mesmo segundo uma porta apareceu no lugar onde a cobra estava. Era uma porta comum, ou melhor, como todas as portas de Hogwarts, a única diferença era que onde deveria estar a maçaneta, não tinha nada, só um S trabalhado com cobras enroladas por ele.

- Abra! - falei novamente. Dessa vez, a porta se abriu revelando uma bilblioteca enorme. Estava inacreditávelmente limpa, como se o dono daquele lugar estivesse passado ali no dia anterior, mesmo que aquele lugar estivesse fechado à mais de mil anos.

Como os fundadores falaram, sobre a mesa central, tinha um anel com uma cobra enrolada nele. Sob o anel, um cartão e nele estava escrito:

"Esperávamos que você encontrásse esse lugar primeiro. O anel agora pertence a você, você saberá como usá-lo. Olhe ao seu redor. A biblioteca possui duas passagens secretas. Uma leva a sala comunal. A outra leva a minha sala secreta. Você também saberá encontrá-las.

Existe um livro em cada escrivaninha igual a esta, na segunda gaveta da direita. Junte as informações dos quatro livros e você vai conseguir chegar à sala.

Continue a procurar. S.Slytherin."

- Nossa! Um cartão escrito por Slytherin! - eu murmurei quando acabei de ler.

Olhei ao redor e resolvi ver o tal livro que estava descrito no cartão, como estava escrito, o livro estava na segunda gaveta da direita. Na capa tinha duas serpentes entrelaçadas. Eu tentei abrí-lo com as mãos mas não consegui.

- Abra! - murmurei para o livro. As duas serpentes abriram os olhos e o livro abriu em minhas mãos. - Interessante. - murmurei.

Deixei o livro em cima da mesa e comecei a andar pelo lugar. As paredes eram cobertas por estantes cheias de livros, no centro da sala estava a escrivaninha, em cima da escrivaninha tinha apenas dois castiçais na forma de duas cobras entrelaçadas, assim como no livro a boca delas estavam abertas e longas velas estavam encaixadas ali. Havia um sofá e duas poltronas, no chão, um tapete com a cobra da Sonserina bordado. Comecei andar ao lado das estantes procurando por alguma coisa que pudesse me levar à sala secreta de Slytherin, mas para a minha frustração, não encontrei nada ali.Voltei para a escrivaninha e puxei um dos castiçais. Para a minha total surpresa, uma das poltronas se afastou mostrando um caminho para baixo, sem exitar, entrei ali. Puxei a varinha e murmurei: - Lumus! - para poder ver o caminho. Ele não levava para baixo, apenas descia alguns degrais e depois era um caminho reto de 6 metros no máximo, depois voltava a subir. Não tinha nada barrando o meu caminho no final da subida como eu pensei que fosse ter. Saí em uma abertura no chão, que também estava escondida com uma poltrona. 

Estava na sala secreta de Slytherin.

Na minha frente o quadro de Salazar Slytherin me observava.

- Olá, Katherine. - ele me cumprimentou.

- Oi.

- Você é a primeira pessoa a entrar na minha biblioteca e em meu quarto em mil anos. Nem seu pai conseguiu entrar. - o quadro falou.

- Seu quarto? - eu perguntei olhando ao redor. Tinha uma estante com mais alguns livros e atrás de mim, uma cama com a colcha verde. - É esse era o seu quarto. - eu murmurei para mim mesma. - As salas secretas dos outros fundadores, também são os quartos deles? - eu perguntei olhando para a imagem de Slytherin.

- Sim. Mas você encontrou realmente rápido a biblioteca. Esperávamos que você demorasse mais alguns dias. - ele falou rindo. - Acho que vai demorar para você voltar aqui. Estude o livro que achou. Depois que tiver os quatro livros em mãos, junte as informações, que você vai encontrar a sala que viu em seus sonhos. Suas amigas vão ficar preocupadas com você se demorar mais. Até um outro dia, Katherine. - ele falou.

Eu assenti e me virei para a poltrona, ela tinha voltado a esconder a passagem. Olhei em volta e uma porta se matearilizou ao lado da estante de livros.

- Até um outro dia, Salazar Slytherin. - eu falei antes de sair pela porta. Aonde a porta dava? Perto da sala do Snape. Então, provavelmente, eu tinha andado mais de 15 metros naquela passagem entre a biblioteca e o quarto de Slytherin. Segui para o Salão Principal.

Almocei junto com as meninas e, novamente, elas tentaram fazer com eu ficasse com elas. Fui à biblioteca. Queria ler, acho que pela centésima vez, Hogwarts: Uma história. Não achava que ler aquele livro poderia me ajudar em alguma coisa, mas o que custava? Claro que eu tinha o meu próprio livro e, provavelmente, na biblioteca de Slytherin também deveria ter o livro, mas quando você quer despistar as amigas, você fala qualquer coisa.

Li o livro em duas horas. Não tinha me dado muitas informações, mas eu tinha uma idéia de onde a sala de Gryffindor poderia ser. Mas eu não iria verificar hoje. Quem sabe ano que vem? Durante o final desse ano, eu me dedicaria à sala e biblioteca de Slytherin. Queria saber que livros a biblioteca continha, e ver se neles teria alguma informação para mim.

Continuei na biblioteca até quase a hora do jantar. Fiquei pensando no quê eu poderia falar para os outros alunos. Para os alunos da Sonserina, não era necessário mais nada. Eu havia provado que eu era filha de Lord Voldemort e não era como ele na noite anterior. Mas como deixar claro para os outros que eu não era como ele, que eu não sou como meu pai? Essa era a maior questão. A questão que realmente estava em jogo.

- Katherine. Liwener. Riddle. - meu nome foi falado pausadamente. - Você esteve aqui, nessa bilioteca o dia inteiro? O dia estava maravilhoso lá fora. - as meninas finalmente tinham me encontrado.

- Precisava ficar sozinha. A biblioteca é um ótimo lugar para se relaxar. Sem ironias ou brincadeiras. - eu completei vendo a cara de "Você está brincando?" delas.

- Pensou no que você vai ter que falar em... 25 minutos? - Rachel perguntou olhando o relógio.

- Vocês acham que toda a escola estará lá? - eu perguntei.

- Você não viu o aviso no quadro de avisos da Sonserina? - Júlia e Lexi perguntaram juntas.

- Não. - Dumbledore convocou a escola inteira para a hora do jantar. Todos devem estar presentes. - Mel contou.

- É melhor nós irmos andando, Kath. Você não quer chegar atrasada no palanque, quer? - Bianca perguntou brincando.

- Não. Aposto que chego antes que vocês no Salão Principal. - eu falei saindo correndo.

Elas correram atrás de mim. Sim, nenhuma delas conseguiu me vencer. Quando chegamos no Salão, a maioria dos alunos já estavam ali. Melanie, Bianca, Rachel, Lexi e Júlia estavam descabeladas, com a maquiagem um pouco borrada (N/A: Elas só estavam com uma sobra leve.) e suando.

- Katherine, como você consegue correr todas essas escadas e corredores e chegar aqui embaixo assim, como se tivesse acabado de sair de um baile de gala? - Bianca me perguntou olhando para mim e para as outras.

- Habilidade. - eu respondi rindo. Saquei minha varinha e fiz um floreio, em menos de 5 segundos elas já estavam compostas novamente. - Melhor?

- Muito melhor. - elas responderam em uníssono.

- Srta. Riddle. - Snape falou atrás de mim.

- Sim, professor.

- Poderia me acompanhar por favor?

- Claro. - eu falei para ele. - Nos vemos depois. - eu falei para as meninas que me olhavam temerosas.

Fui atrás de Snape até a primeira sala vazia, ou melhor, todos os professores e Dumbledore estavam ali.

- O que querem comigo? - eu perguntei um pouco grossa.

- Será estranho se você se levantar da mesa da Sonserina para ir falar com a escola. - Minerva começou.

- Você se sentará na mesa com os professores até você falar. Será antes do jantar ser servido. Você falará o que quer falar, e depois vai para a mesa da Sonserina. - Snape completou.

- Espera! Não vai ser mais estranho se eu me sentar na mesa dos professores do que me sentar na mesa da Sonserina? - eu perguntei.

- Pensamos nisso. - Flitwick falou.

- E chegamos à conclusão que você deve ficar sentada na mesa dos professores. - Dumbledore completou.

- Tudo bem. Se é assim, eu me sento com vocês. - eu falei respirando fundo e acompanhando os outros professores conforme eles foram saindo.

Todos ficaram me olhando quando eu entrei no salão acompanhada pelos professores, mas ninguém falou nada. Para a minha surpresa, os murmúrios não começaram depois que eu sentei na mesa dos professores. Melanie, Bianca, Rachel, Lexi e Júlia estavam me encarando com uma pergunta estampada na testa, assim como Fred, Jorge e Lino.

Depois que todos os alunos estavam reunidos no salão, Dumbledore se levantou e todas as conversas cessaram.

- Vocês devem estar se perguntado por quê todos os alunos devem estar presentes aqui, e por quê uma aluna do primeiro ano está sentada na mesa dos professores. O motivo para todos vocês estarem aqui, é que essa aluna do primeiro ano, tem algo para falar para vocês. Senhorita Katherine, por favor. - Dumbledore falou, fazendo com que todos os alunos virassem a cabeça para me encarar.

Me levantei, fui até onde Dumbledore estava, os olhares me seguiam, mas eu nem me importei.

- Obrigada, diretor. - eu agradeci antes de me virar para os outros alunos. - Acho que todos vocês possuem perguntas para me fazer. Como por exemplo: Você é mesmo filha de você-sabe-quem? A minha resposta? Sim, eu sou. Não tenho vergonha de dizer, hoje, que sou filha de Lord Voldemort. Nunca tive vergonha. Eu sou filha dele, e não ele. Os atos dele, não são meus atos. Sou filha dele. Filha dele com uma descendente de Gryffindor, Luna Liwener. Acreditem se quiserem. Acreditem no que quiserem. Eu não sou uma assassina como ele. Se eu quisesse vê-los mortos, eu já teria feito. Sou Katherine Liwener Riddle, filha de Lord Voldemort com Luna Liwener. Não sou ele e muito menos ela. Sou quem eu sou. Meus atos serão apenas meus. Meus pais nunca me influenciaram a fazer nada e não será agora que irão fazer isso. Se quiserem ser meus amigos, ótimo! Ficarei feliz de me tornar amiga de vocês. Se não quiserem, o problema não é meu. Eu não irei atrás de vocês pedindo sua amizade. Era só isso que eu tinha para falar. Se vocês acreditam ou não, aceitam ou não, eu não posso fazer nada. O que eu tinha para falar, já foi falado. - eu terminei de falar. Me virei para os professores e os agradeci com uma pequena reverência e fui para a mesa da Sonserina. Só depois que eu sentei, os murmúrios começaram.

Eu não preciso da opinião dos outros para tomar uma decisão. Eu faço as coisas e depois, se der certo, eu continuo. Se não der certo, bom... Eu simplesmente procuro outras coisas.

Os dias que passaram, vários alunos de outras casas vieram falar comigo. Às vezes, uma coisa que você julga ruim deve acontecer, para que coisas boas venham acontecer.

Alguns dias depois, eu fui, novamente, a manchete do Profeta Diário. Dessa vez, era sobre o que eu tinha falado em Hogwarts. Fiquei sabendo na última semana, que os professores e Dumbledore, tinham achado melhor mandar o que eu tinha falado para o Profeta. O último dia em Hogwarts finalmente tinha chego. Já estava com o malão pronto. As meninas, estavam brigando com as coisas para conseguir colocá-las na mala.

- Por que vocês não fazem um feitiço para arrumar as coisas ou diminuí-las? - eu perguntei depois de quase 20 minutos olhando a guerra entre objetos pessoais e pessoas.

- Para você é fácil. Você sabe mais feitiços do que meus pais. - Lexi falou brava.

Eu tento ajudar elas e acabo levando bronca. Nota mental: Não dar mais conselhos para elas. A não ser, que peçam.

- Querem a ajuda de um feitiço? - eu perguntei.

- Não! Nós ainda vamos ganhar essa guerra. - Todas gritaram juntas, como se tivessem ensaiado.

- Tudo bem. Vou andar pela escola enquanto vocês se matam. - eu falei rindo e indo para a porta.

Depois que eu descobri a biblioteca e o quarto de Slytherin, tinha gastado uma boa parte do meu tempo livre naquele lugar. Ficava  a maior parte do tempo na biblioteca. Em quase 30 dias, fui apenas duas vezes ao antigo quarto de Salazar Slytherin.

Estava pensando em ir à minha biblioteca particular, mas me lembrei de uma coisa. Tinha que falar com Snape imediatamente. Segui para a sala do mestre de Poções.

- Entre. - ele falou quando eu bati na porta.

- Snape. Você vai me xingar, mas eu só percebi isso agora. Ano que vem Harry Potter vai vir para Hogwarts! - eu falei um pouco animada. (N/A: Ela realmente não tem nenhum recentimento quanto ao Harry.)

- Sim. Ele virá. Não gosto da idéia. Aposto que ele é tão metido quando Tiago Potter era. - ele falou amarrando a cara.

- Severus. - eu falei o censurando. - Harry Potter é o filho de Tiago Potter. Não é Tiago Potter. - eu falei. - Não deixe que as lembranças que você possui de Tiago, faça você odiar o Harry antes mesmo de conhecê-lo.

Ele não falou nada, ficou quieto com os próprios pensamentos.

- Nos vemos no próximo ano, Severus. - eu falei saindo de sua sala e me dirigindo para minha biblioteca particular.

- Abra! - eu falei quando cheguei ao lugar.

Asha estava ali, enrolada sobre a poltrona. Ela era o único ser vivo que ia até lá, tirando... eu.

Ainda não tinha pego o livro citado no bilhete de Slytherin para mim. Tinha decidido que iria lê-lo durante as férias. O retirei da gaveta e peguei uns 6 livros daquele lugar para ler durante as férias. Em uma das gavetas, encontrei alguns pergaminhos com anotações do próprio Slytherin. Havia coisas que poderiam me ajudar a encontrar os lugares secretos dos outros fundadores. Juntei os pergaminhos com os livros que eu tinha escolhido e saí da biblioteca voltando para o salão comunal da Sonserina.

Já havia passado quase uma hora desde o momento em que eu saí do quarto. Para a minha surpresa, elas ainda estavam brigando com as malas.

Fui até minha cama, tirei o malão de debaixo da cama, adicionei os livros da biblioteca de Slytherin as coisas que já estavam na mala. Coloquei novamente a mala debaixo da cama, me deitei por quase 20 minutos e elas ainda estavam brigando com as malas, fui tomar um banho, sai do banho, me troquei, me deitei novamente e elas ainda estavam ali.

- Por Merlin! - eu falei me levantando e erguendo as mãos. - Tidy sacculos! (N/A: Significa arrumar malas em latim, segundo o Google tradutor.) - eu falei, todas as coisas que estavam espalhadas se juntaram perfeitamente nos malões. - Vocês levaram mais de 2 horas para arrumar as malas! Eu vou jantar. Não sei vocês, mas eu estou com fome. - falei já saindo do quarto elas me seguiram correndo.

- Obrigada Katherine. - todas agradeceram. - Se não fosse esse seu feitiço ficaríamos até amanhã tentando arrumar a mala. - Júlia falou.

- Se todo ano for assim, eu vou cobrar. Ficarei rica. - falei rindo.

A última noite noite em Hogwarts estava maravilhosa. Sonserina ganhou a Taça das Casas e a Taça de Quadribol. Pelo o que eu sabia, era a décima vez consecutiva que isso acontecia.

Na manhã seguinte, estavámos embarcando nas carruagens que nos levaria até a estação de Hogsmead.

Com quem eu me sentei no Expresso de Hogwarts? Não quis me sentar com minhas amigas e nem com os Grifinórios. Fui para o final do trem e fiquei lá sozinha por quase 20 minutos. Depois, Cedric Diggory, Hanna Lookwood e Stacy Striker se juntaram a mim.

Fiquei amiga deles, sem contar que tinha conhecido mais pessoas em Hogwarts.

Quando cheguei na plataforma 9 ¾, os Malfoy e os Nott estavam esperando a mim e a Alexia juntos. O que significava que os Nott iriam para a Mansão Malfoy. Que ótimo, teria que aturar a Alexia por mais 6 horas, mais ou menos.

O que aconteceria no segundo ano em Hogwarts? Só esperando para descobrir...


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Notas finais do capítulo

Desculpem pela demora.
Teve o casamento do meu primo, minha tia voltou para o Brasil, eu fiquei doente, aí minha mãe ficou doente, e agora meu pai que não está bem. *Vou virar enfermeira assim...*
As idéias foram dar uma volta aí no Brasil e demoraram um pouquinho para voltar... **Eu moro no Japão ok?**

E então? O que acharam??
Só um aviso...

No próximo capítulo... Harry Potter, Hermione Granger e Rony Weasley fazem sua primeira aparição na fic.