Voldemorts Daughter escrita por NatyAiya


Capítulo 13
Capítulo 13 - Revelação ao mundo




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Capítulo 13 - Revelação ao mundo

Voltei para Hogwarts alguns dias depois do Ano Novo. Como todo ano, no dia 31, eu procurei pela mente de meu pai. Ele ainda continuava na Albânia com a Nagini, mas para a minha surpresa, havia um homem com eles. Ele não passava dos 29 anos, e pude perceber que era um viajante.

Pelo que eu entendi da mente de meu pai, o homem estava com eles desde o começo de outubro. Não sabia dizer o que meu pai estava planejando, mas pude ver que aquele homem, era o mais novo discípulo de Lord Voldemort.

Os meses passaram, os dias em Hogwarts se tornaram quentes, e as provas finais iam se aproximando. Com frequencia passamos a ver quintanistas e alunos do sétimo ano passando mal e tendo que passar algumas horas na Ala Hospitalar.

Lexi, Mel, Bianca, Júlia e Rachel não paravam de falar que não iriam conseguir passar nos testes. Vou ser sincera. Todos aqueles gritinhos histéricos delas dizendo que iriam reprovar e perguntas idiotas como: "O que vai acontecer se eu reprovar?" e "Será que eles vão tirar minha varinha?", estavam me irritando profundamente. Mas... assim como meu pai, sei esconder o que sinto e respondia calmamente suas perguntas e as acalmava, mesmo querendo lançar alguns Crucius nelas.

As provas passaram e agora, as perguntas eram outras: "Será que eu fui bem?" e "Será que eu consegui passar?", e como sempre eu respondia e as acalmava.

Na manhã do dia 31 de maio de 1991, sexta-feira, aconteceu a única coisa que eu não esperava que acontecesse naquele ano, nem naquele ano e nem tão em breve.

Como sempre, acordei antes das outras meninas, tomei um banho, coloquei o uniforme da escola, peguei minha mochila com os materiais, esperei as outras meninas terminarem de se arrumar para irmos comer. Me encontrei com Fred, Jorge e Lino na porta do Salão, conversei com eles e com alguns outros alunos antes de ir para a mesa da Sonserina. Me sentei em meu lugar habitual, ao lado de Mel, e comi algumas panquecas e salsichas. Tudo normal, até o momento que o correio chegou.

Quando eu vim para Hogwarts, os Malfoy fizeram questão de pagar um outro jornal que iria diretamente para Hogwarts, para me manter informada das coisas. Naquele momento, eu queria que eles não tivessem feito aquilo.

Assim que abri o meu Profeta Diário, me arrependi de ter saído do quarto naquela manhã. A manchete do jornal era:

"Aquele-que-não-deve-ser-nomeado tem uma filha!"

Assim que li a manchete, meus olhos voaram para alguns trecho da reportagem: "Katherine Liwener Riddle", "Alexia Nott", "Hogwarts ainda é segura?".

Se acalme Katherine, se acalme e leia calmamente a reportagem. - eu pensei respirando fundo e começando a ler corretamente a reportagem.

"Alguns dias atrás, recebemos uma informação dizendo que Aquele-que-não-deve-ser-nomeado tinha uma filha, e que esta estaria estudando em Hogwarts.

Rapidamente, começamos uma investigação e adivinhem aonde ela nos levou... Aquele-que-não-deve-ser-nomeado realmente tem uma filha. Ela está, atualmente, cursando seu primeiro ano em Hogwarts. Katherine Liwener Riddle é seu nome.

Nossa informante, a senhorita Alexia Nott, estuda com ela e a descreveu como: "Brilhante e Inteligente. Meiga e Cruel. Carinhosa e Maligna." E também confessou ter medo da colega e do que ela possa fazer com os pais.

...

Agora surgem as perguntas: Será que o mundo bruxo ainda é seguro? Será que Hogwarts é segura?

..."

A matéria continuava até o final da página, mas eu já não tinha lido uma boa parte. Conforme os outros alunos iam lendo, suas cabeças viravam na direção da mesa da Sonserina, talvez a minha procura, ou a procura da Alexia.

Não aguentando mais o silêncio em que o Salão estava, e os olhares de minhas amigas em meu rosto, mesmo sabendo que se saísse naquele momento chamaria a atenção de todos no salão para mim, me levantei pegando minha mochila debaixo da mesa e amassando o jornal em minhas mãos, eu sai do salão correndo não me importando com os olhares em minhas costas além de Mel e Bianca me chamando.

Na entrada do salão, para a minha infelicidade, trombei com alguém. Nem me importei em olhar quem era, me desculpei e continuei a correr.

Só depois que já estava sob o sol eu me permiti deixar que as lágrimas de frustração e ódio me consumissem. Atravessei o jardim e só parei quando já estava perto do lago. Me sentei sob a sombra de uma faia que tinha me recebido várias vezes no ano que passou. Ali, sob a sombra da faia, deixei que as lágrimas lavassem meu rosto, enquanto eu amaldiçoava cinco gerações da família Nott.

POV Autora

Katherine, saiu correndo do salão e nem se importou em ver em quem tinha trombado ao sair.

O professor Snape a seguiu com o olhar sem entender o que estava acontecendo. Dando de ombros, seguiu seu caminho até a mesa dos professores e se sentou ao lado da professora McGonagall.

- O que aconteceu com ela Minerva? - ele questionou sem entender os murmúrios que começavam a percorrer o salão.

- Você já leu o Profeta de hoje? - ela perguntou para o homem ao seu lado. Quando ele negou com a cabeça, ela lhe entregou o jornal que estava em sua frente.

Snape abriu o jornal com curiosidade e arregalou os olhos ao ler a manchete. Leu rapidamente uma parte da reportagem antes de se levantar da mesa com uma expressão homicida.

- Severo, deixe-a sozinha. Ela precisa ficar sozinha, deixe ela pensar um pouco. - McGonagall falou antes que esse lhe desse as costas e saísse do salão com passos largos.

Ele se dirigiu aos jardins e não olhou para a mesa da Sonserina onde uma certa menina sorria triunfante.

Ele andou pelos jardins procurando por Katherine, e a encontrou sob a sombra da antiga faia a beira do lago.

POV Katherine

- Katherine... - eu escutei Snape me chamar.

- O que você quer Snape? - eu perguntei grossa sem me virar para ele.

- Quer conversar? - ele perguntou.

- Conversar, Snape? Conversar? - eu gritei me levantando e virando-me para ele. - Acha que o ódio que eu estou sentindo da Alexia pode ser aliviado através de palavras? Acha que eu gostei de ter o meu nome na manchete de um jornal dizendo que eu sou filha do bruxo mais temido e mais procurado nas últimas décadas? - gritei jogando o jornal nele. - Acha que eu vou conseguir continuar com a minha máscara de indiferença e de aluna perfeita pelos corredores dessa escola? - eu perguntei apontando para o castelo. - Acha que aqueles com quem conversei pela manhã, vão conversar amanhã comigo sabendo quem é o meu pai? - eu perguntei finalmente voltando a chorar e me sentando.

- Eu não sei, Katherine. Não posso e nem sei responder nenhuma dessas suas perguntas. Não sei o que está sentindo agora, simplesmente não sei. - Snape falou calmamente enquanto se sentava ao meu lado e me abraçava de lado

- Severo, eu quero voltar para casa. Quero voltar para a mansão. - eu falei aceitando o abraço e escondendo o rosto entre as vestes negras dele.

- Acho que a melhor coisa para fazer agora, é você começar a usar o seu lema com todos na escola. - ele falou me apertando mais contra si e tentando fazer com que eu paresse de chorar.

- Meu lema? - perguntei sem entender.

- Sim. Não era você que ano passado dizia... Como era mesmo? Ah, é: "Eu sou quem eu sou. O que meu pai foi, e o que ele fez não é comigo. Se eu sou filha dele, não é porque eu escolhi ser. E não tenho vergonha de dizer que ele é meu pai." - ele falou tentando imitar minha voz.

- Sua imitação precisa melhorar muito Snape. - eu falei olhando finalmente para ele.

- Finalmente ergueu a cabeça. - ele falou passando a mão em meu rosto e tirando as lágrimas que ali estavam. - Katherine, vamos para o castelo, a primeira aula vai começar logo, logo. - ele falou se levantando e me puxando junto.

- Snape, eu não vou. - eu falei fazendo com que sua mão escorregasse da minha. - Não quero ter que encarar todos ainda. Não vou para nenhuma aula hoje. - eu falei voltando a me sentar.

- Katherine, venha vamos. Ignore todos, use seu lema. - ele falou agachando ao meu lado.

- Não Snape! Eu não quero encarar ninguém agora. Me deixe aqui! Por favor. - eu pedi quase implorando.

- As suas duas primeiras aulas são comigo. Nelas você pode faltar, mas e nas outras? Você também não vai? - ele perguntou vendo lágrimas se acumularem novamente em meus olhos. - Katherine, não é necessário chorar. Não é necessário isso. Vamos, fique pelo menos dentro da escola.

- Não! Eu vou ficar aqui. Posso lançar um feitiço de desilusão em mim, que aqui no jardim, acho que quase ninguém vai me notar aqui. No castelo, eu já não sei. Me deixe aqui, por favor. - eu implorei.

- Tudo bem. Mas eu quero ver você até o final do dia. - ele falou se levantando e voltando para o castelo.

Continuei ali, sob a sombra da faia por um bom tempo. Mas antes que o primeiro tempo de aulas terminasse, Hagrid se aproximou de mim acho que tentando não me assustar, ou com medo que eu explodisse com ele.

- Senhorita Riddle. - ele me chamou.

- Katherine, Hagrid. Nada de senhorita Riddle. - eu falei sem olhar para ele.

- Claro Kate. Venha vou fazer um chá para nós na minha cabana. - ele falou estendendo uma de suas mãos enormes para mim.

- Hagrid, sem querer ofender, mas eu quero ficar sozinha. É melhor me deixar aqui quieta. - eu falei desconfiando que Hagrid estaria ali à pedido de Snape.

- Katherine, não estou aceitando 'nãos' como resposta. Vamos, meu chá não é tão ruim. - ele brincou.

- Desculpa Hagrid. Mas é melhor que as pessoas fiquem longe de mim hoje. Meu humor não está muito bom.

- Acho que eu posso aguentar o seu humor. Venha, vamos! - ele falou já pegando minha mochila do chão.

Suspirei derrotada e o segui até sua cabana. Hagrid abriu a porta, mas antes que eu pudesse me mexer, um cão de caçar javalis passou correndo pela porta e me derrubou na grama.

- Canino! Saia de cima dela. - escutei Hagrid gritar com o cachorro.

No mesmo segundo, o cachorro, Canino, saiu de cima de mim e voltou para dentro da cabana com as orelhas abaixadas.

- Você está bem Katherine? Esse cachorro não tem jeito. - ele disse balançando a cabeça negativamente.

- Estou bem, Hagrid. Apenas me assustei um pouco com a... recepção. - falei rindo pela primeira vez depois que li a matéria do Profeta.

Hagrid fez um chá para nós, que vou ser sincera. Era horrível. Mas, eu tomei e passamos a manhã conversando. Quando era a hora do almoço, Snape apareceu lá.

- Katherine, volte para o castelo. Dumbledore disse que você pode ficar no dormitório que ficou antes, pelo tempo que quiser. A senha ainda não mudou. E se mudar você será avisada. - ele falou ignorando Hagrid até o momento. - Obrigado Hagrid. - ele falou se virando para o meio gigante. Hagrid olhou para ele como se ele fosse uma assombração ou outra coisa.

- Eu volto. Mas não vou sair daquele dormitório até que esteja de noite. - eu falei.

Lancei um feitiço de desilusão em mim mesma e saí da cabana sendo seguida por Snape e Hagrid. Andei pelos corredores da escola até aquele dormitório sozinha. Passei por Fred, Jorge e Lino. Eles estavam conversando sobre mim. Eu parei para escutar me escondendo atrás de uma armadura.

- Vocês viram a Katherine depois do café-da-manhã? - Fred que perguntou.

- Não. - responderam os dois juntos. 

- Vamos perguntar para a Mel ou para a Bianca. As duas devem saber onde a Kath está. Vamos comer. Elas devem estar no Salão Principal. - Lino falou.

Os gêmeos assentiram e foram atrás do outro. Mas, como a minha sorte quer me ferrar. Eu encontrei Mel e Bianca antes de conseguir entrar no dormitório.

- Mel, você viu a Kath? - Bianca perguntou.

- Bianca, você viu a Kath? Eu fiquei até agora com você criatura. Se você não viu a Kath, acha que eu vi? - Mel respondeu grossa. - Mas estou preocupada. Será que ela acha que nós nos importamos tanto com quem é o pai dela?

- Não sei. Vem, vamos comer. Lá no Salão nós perguntamos para os gêmeos e para as outras. - Bianca falou descendo as escadas indo na direção do Salão.

Eu, então, percebi. Elas não se importavam com quem meu pai era. Não importava quem meus pais foram. Só importava quem eu era.

Eu sorri um pouco, mas minha decisão anterior não havia mudado. Eu não apareceria durante o dia. Ficaria no dormitório até o final do dia.

POV Autora

Algumas horas atrás...

Longe do castelo, Lucius Malfoy se segurava para não aparatar para Hogsmead. Narcisa e Draco estavam encolhidos em um canto enquanto ele murmurava coisas incompreensíveis.

- Lucius, acalme-se. - Narcisa pediu depois de quase cinco minutos vendo o marido quase de descabelar.

- Me acalmar Ciça? Aquela miniatura fêmea dos Nott revelou um segredo que passamos tanto tempo escondendo. - Lucius rugiu.

- Nós sabíamos que chegaria uma hora que isso aconteceria. - a mulher retrucou.

- Eu vou falar com ele. - Lucius falou ignorando as súplicas da mulher e aparatando dentro da casa dos Nott. - Onde o Nott está? - ele perguntou rudemente para Alessandra Nott.

- Quem você pensa que é Lucius Malfoy? Não pode chegar aparatando em minha casa e gritando comigo. - Alessandra gritou com Lucius.

- Você já leu o Profeta Diário de hoje? - Lucius perguntou abaixando a voz.

- Não. Ainda não o recebemos. - ela falou estranhando a pergunta.

- Onde está o Nott? - ele voltou a perguntar.

- O que você quer com meu marido? - ela perguntou empinando o nariz.

- Leia isso que você entenderá. - Lucius falou jogando o jornal para ela.

Ela arregalou os olhos ao ver a manchete, enquanto lia a reportagem sua boca ia abrindo sem acreditar no que lia. Quando chegou na parte que o nome de Alexia aparecia, ela murmurou: "Ela não fez isso."

- Ele está no escritório. - ela disse simplesmente devolvendo o jornal para Lucius.

Ele já conhecia o caminho, e sem falar nada ele se dirigiu para o escritório de Nott. Ele abriu a porta com violência e entrou no escitório num rompante.

- O que pensa que está fazendo aqui Lucius? - Nott perguntou ao vê-lo.

- Eu deveria matar a sua filha. - ele falou baixo e cruel.

- Alexia? Por quê?

- Leia isso. - ele respondeu jogando o jornal para o outro homem.

Assim como sua mulher, ele teve a mesma reação arregalou os olhos ao ver a manchete a sua boca foi se abrindo conforme lia a reportagem. Ele terminou de ler antes de se levantar e gritar:

- EU VOU MATAR A ALEXIA!!! - ele berrou.

Antes que Lucius pudesse fazer outra coisa, um berrador apareceu nas mãos do outro homem e ele começou a escrever furiosamente. Lucius não pode ler o que o outro escrevia, mas sabia que e menina estaria encrencada.

Sem dizer mais nada, Nott saiu da sala com o berrador nas mãos e voltou com uma coruja parda. Amarrou o berrador na pata da coruja e deixou ela sair voando pela janela.

- Desculpe Lucius. Eu juro por Merlin, que não mandei essa menina fazer isso. Não achava certo manter a Katherine em segredo do mundo, mas não era assim que queria que o mundo descobrisse. Aquele berrador vai chegar para ela na hora do almoço. - Nott falou para o loiro enquanto se sentava novamente.

- Tudo bem. Katherine nos contou que Alexia deu tipo um ultimato para ela quando elas estavam no Expresso de Hogwarts no dia primeiro de setembro. - Lucius contou.

- Mais um motivo para eu querer matar a Alexia. - Nott murmurou. - Essa menina vai escutar muito quando voltar de Hogwarts.

- Ela é sua filha. O erro já foi cometido e, como nós dois sabemos, não adianta chorar sobre a poção derramada. Você e a Alessandra que se virem com ela. - Lucius falou dando de ombros e se voltando para a porta.

Passou pela sala onde Alessandra estava com Theodore e saiu da casa aparatando de volta para a sua.

De volta a Hogwarts...

Depois que Snape conseguiu convencer Katherine a voltar para dentro do castelo, enquanto ela se dirigiu para o antigo dormitório dela, Snape e Hagrid foram para o Salão Principal.

Ambos se dirigiram para a mesa dos professores, mas antes de se sentar, Snape vasculhou a mesa da Sonserina a procura de Alexia Nott, ela ainda não estava ali, assim como as amigas de Katherine, Melanie e Bianca. Em uma ponta da mesa, estavam Rachel, Lexi e Júlia cochichando entre si sobre onde a amiga poderia estar. As três queriam saber se o que estava escrito no Profeta Diário era verdade ou não.

Nesse momento, Fred, Jorge e Lino entraram no local. Eles, assim como Snape vasculharam a mesa da Sonserina a procura de Mel e Bianca, e com sorte Katherine, mas nenhuma das três estavam ali.

Ainda parados na porta, Alexia Nott passou por eles fazendo questão de bater no ombro de Lino. Ela não disse nada apenas se dirigiu para a mesa. Os três deram de ombros e foram para mesa da Grifinória.

Minutos depois, Melanie e Bianca entraram no Salão e se dirigiram à mesa da Grifinória assim que viram as cabeças ruivas dos gêmeos.

- Vocês viram a Katherine? - os cinco perguntaram em uníssono quando elas chegaram perto o suficiente.

- Não. Ela não foi em nenhuma aula. Estamos preocupadas. - Mel falou.

- Ela não pode simplesmente desaparecer pode? - Fred perguntou.

- Ela vai aparecer. Uma hora ela aparece. - Bianca falou confiante.

- É melhor vocês irem para a mesa da Sonserina. - Lino avisou ao perceber que Snape olhava para eles.

- Se encontrar ela nos avise. - Jorge falou. Elas concordaram e foram para a mesa da Sonserina.

Nesse momento, uma coruja entrou no Salão chamando a atenção de todos. A coruja voou até Alexia Nott enquanto todos a seguiam com o olhar.

Alexia olhou para a coruja sem entender, quando viu o envelope vermelho na pata da coruja. Ela desamarrou rapidamente, e assim que a coruja levantou vôo novamente, o berrador começou a pegar fogo.

"O que eu faço? Se eu sair correndo eles vão escutar de qualquer jeito. É melhor eu ficar aqui. Não, eu vou sair." - pensando isso, ela se levantou pegando as coisas e saiu correndo do Salão. Quem estivesse  no Salão ainda conseguiu escutar o começo dos berros do pai dela.

"ALEXIA NOTT!!! COMO VOCÊ PODE FAZER ISSO COM A KATHERINE???..." - o som se perdeu conforme a menina corria para a masmorra.

"ALEXIA NOTT!!! COMO VOCÊ PODE FAZER ISSO COM A KATHERINE???

VOCÊ SABE QUE ERA TUDO UM SEGREDO. ELA É FILHA DO LORD DAS TREVAS, NÃO É UMA COISA QUE VOCÊ PODE SIMPLESMENTE DIZER: "EU VOU CONTAR PARA O MUNDO O SEGREDO DA KATHERINE E VOU TER A MINHA VINGANÇA!" NÃO!!!

VOCÊ PENSOU NAS CONSEQUÊNCIAS? PENSOU QUE ELA PODE QUERER TE MATAR? PENSOU NOS SENTIMENTOS DELA? PENSOU QUE ELA MESMO SENDO PODEROSA E RESPEITADA POR NÓS, TAMBÉM É UMA GAROTA COM SENTIMENTOS, NÃO UMA QUALQUER?

PENSOU NISSO ALEXIA? EU APOSTO A MINHA VIDA QUE VOCÊ NÃO PENSOU EM NADA DISSO. AGIU POR IMPULSO. FOI TOLA E PRECIPITADA! AGORA TODA A NOSSA FAMÍLIA PODE ESTAR EM PERIGO POR SUA CAUSA!

NÓS IREMOS TER UMA CONVERSA QUANDO VOCÊ VOLTAR PARA CASA MOCINHA! E NEM PENSE, E NEM TENTE ESCAPAR!"

Alexia escutou tudo quieta, e a cada palavra do pai ela se encolhia. Nunca tinha recebido uma bronca tão grande.

Era verdade que ela não tinha pensado nas consequências, queria apenas fazer a Katherine passar vergonha e fazer com que todos parassem de adorá-la e prestigiá-la como se ela fosse uma rainha. Não tinha pensado em nada do que aconteceria depois. Não tinha pensado em sua família, nem no que os pais pensariam. Queria apenas toda a atenção que a Katherine tinha, tanto na escola, quando em sua casa. Sempre Katherine era a escolhida, nunca ela. Ela sempre ficava em segundo plano.

- Ora, o que está feito, está feito. Não posso fazer nada. - ela falou para o nada enquanto se levantava e ajeitava as vestes antes de ir para a próxima aula.

POV Katherine

Quando o pôr-do-sol de aproximou, eu saí do dormitório. Antes, lancei outro feitiço da desilução e fui para os jardins. Me sentei debaixo da mesma árvore que tinha sentado pela manhã e retirei o feitiço de mim.

Estava tão presa em meus pensamentos olhando o sol se por, que nem percebi oito pessoas se aproximarem de mim.

- Onde você esteve durante o dia inteiro? - oito vozes diferentes perguntaram me tirando de meu transe.

- Saiam daqui. - eu falei sem olhar para eles.

- Katherine, não se esconda de nós. Fale conosco. - Mel pediu se abaixando ao meu lado.

- O que vieram fazer aqui? Dizer que não querem mais a minha amizade por eu ser filha do Lord das Trevas? - eu perguntei fria. - Saiba que o que meu pai fez, não é da minha conta. Eu não sou ele. Sou filha dele, não tenho vergonha de dizer isso! Sou filha de Lord Voldemort com muito orgulho. Não apoio o que ele fez, mas se vocês querem me julgar pelo o que meu pai fez no passado, vão em frente. Me julguem, se afastem de mim. Sou Katherine Liwener Riddle. E não Lord Voldemort. - eu falei encarando todos eles e ignorando as caretas que fizeram quando eu falei "Voldemort".

- Não viemos aqui para julgá-la. - Lexi falou.

- Viemos aqui, para saber se tudo o que estava escrito naquele jornal, é verdade. - Júlia completou.

- E saber o por quê de você não ter contado sobre o seu pai. - Fred e Jorge falaram juntos.

- O por quê? Bom, talvez porque ele seja o bruxo mais temido das últimas décadas. Porque vocês jamais teriam começado a falar comigo, se eu chegasse para vocês e falasse assim: "Olá, tudo bem? Eu sou filha de Voldemort, o bruxo das trevas mais temido. Querem ser meus amigos?" - ignorei novamente a careta deles. - Porque vocês se afastariam de mim se eu contasse depois. Porque simplesmente, NÃO ERA PARA O MUNDO SABER A NOVA IDENTIDADE DE MEU PAI! - eu gritei o final. - Vocês jamais compreenderiam.

- Nos conte a sua história. - Lino e Rachel pediram.

- Vocês não vão querer saber. - eu murmurei virando o rosto.

- É aí que você se engana. Nós queremos saber. Queremos compreender a sua história. Queremos saber sobre você, sem mais segredos Katherine. - Bianca pediu.

- Eu não sei quase nada sobre a minha mãe. Depois que Harry Potter derrotou ou fez meu pai enfraquecer, sei lá. Eu passei a ser criada pelos Malfoys, na época eu tinha 2 anos e um mês. - comecei a contar e todos se sentaram ao me redor para escutarem. - Até então, eu tinha sido criada por meu pai. Pelo que eu sei e pelo que estou pesquisando, Luna Liwener desapareceu alguns meses depois que eu nasci me deixando com meu pai.

"Desde quando eu nasci, eu comecei a ser instruída para ser uma bruxa das trevas, uma seguidora de meu pai, sua herdeira. Meu treinamento continuou mesmo sem meu pai. Lucius e Narcisa Malfoy me ensinavam o que sabiam. Eles possuem livros na biblioteca dos Malfoys, que vocês nunca imaginaram e nunca imagirão que existem.

"Quando eu comecei a ler, eu mergulhava nos livros e passava horas ali, aprendendo, absorvendo cada palavra escrita.

- Quando sua magia se manifestou? - Lexi perguntou curiosa.

- Uma noite depois da queda de meu pai. - respondi. - Não me perguntem como e muito menos o por quê, mas minha magia é muito mais avançada do que a de vocês. - eu falei.

- O quê? Uma aluna do primeiro ano ser mais poderosa do que nós? - Lino perguntou brincando. Quando ele notou que eu estava séria ele perguntou. - Isso é sério?

- Sim.

- Prove. - ele pediu ainda sem acreditar.

Eu ergui minhas mãos, sem varinha, fiz a mochila que os oito tinham deixado no chão começarem a levitar.

- Como faz isso? - Fred perguntou vendo todas as bolsas levitarem.

- Eu não sei. Sempre, desde quando eu me entendo por gente, eu faço magia assim, sem varinha. Não estou acostumada a usar uma varinha. - respondi fazendo as mochilas deles voltarem para o chão e me sentei novamente.

- Agora eu estou me lembrando. No nosso primeiro dia de aula, quando a Alexia ameaçou matar a Asha, você ergueu a mão e ela abaixou a varinha com medo. - Júlia se lembrou.

- Sim. Eu e a Alexia nos conhecemos à um bom tempo. Eu não menti para vocês quando falei que o pai dela era em servo de meu pai. - eu falei. - Eu e Alexia éramos melhores amigas. Quando ela fez 7 anos, ela começou a competir comigo. Cada gesto, cada coisa que eu fazia ela tentava ser melhor. Parou de falar comigo e se tornou arrogante. Eu acabei me afastando dela, me tornei mais amiga do irmão dela do que dela. Os pais dela, quando eu estou presente, me tratam como se eu fosse uma rainha. Quase nunca me chamam pelo meu nome, sempre é "Milady", ou "Minha senhora".

"Eu acho que ela, se sente de lado perto de mim. Vocês se lembram no Expresso de Hogwarts, antes de chegarmos aqui? Se lembram o que ela falou? - os três grifinórios, Mel e Bianca assentiram. Rachel, Júlia e Lexi se entreolharam. - Ela disse assim: "Saiba Katherine, que em Hogwarts, eu irei brilhar, e não você. Em casa, você pode ser a preferida, mas aqui... Eu serei."

- Eu não acredito que ela falou isso? - Lexi perguntou rindo.

- Não é motivo para rir Lexi. - eu falei. - Alexia nunca teve amor perto de mim. Ela sempre veio em segundo lugar. Na casa dela, na casa dos Malfoys, agora aqui na escola também. Ela só não é compreendida. Ela queria aparecer, mostrar que ela está ali. Por isso fez o que fez hoje. - eu falei o que achava.

- Você está perdoando ela? - Fred me perguntou incrédulo.

- Não. Não estou perdoando ela. Não vou simplesmente abaixar a cabeça quando ela quiser que eu faça isso. Não vou mais esconder quem eu sou. Eu sou filha do Lord das Trevas e isso é um fato. Eu não me envergonho disso, tampouco me orgulho. Não vou abaixar a cabeça para ela porque me sinto atingida. Eu tenho sangue de Gryffindor e Slytherin, uma combinação estranha, mas que faz de mim, quem eu sou. Ela vai se arrepender. O mundo já sabe sobre mim. Deixem eles se perguntarem se o mundo ainda é seguro ou não. Eu não me importo. Sou quem eu sou e meu pai nunca influenciou nada sobre mim.

- E quanto a Alexia? Ela vai ficar assim, sem punição? - Júlia perguntou de boca aberta com o meu discurso.

- Não. Eu vou falar com ela. Na sala comunal, onde todos vão poder nos ver, assim, ela não inventa nada para me culpar. - eu respondi. - Vamos jantar. Eu já me escondi da escola por muito tempo. Hora de admitir quem eu sou para todos. - eu falei.

Eles pegaram as mochilas do chão e me seguiram.

- Katherine, vai mesmo falar para todos? - Fred me perguntou na porta do Salão.

- Sim. Vou. - respondi decidida.

Entrei no Salão e não olhei para os lados. Meu foco estava na mesa do fundo, onde os professores me encaravam. Andei decidida até onde Dumbledore estava. Os murmúrios começaram, mas eu ignorei a todos.

- Katherine, minha cara. É bom vê-la. - ele me saudou quando eu coloquei as mãos na frente de seu prato.

 - Todos já sabem Dumbledore. Se possível, amanhã à noite eu quero falar com todos, na hora do jantar. Teria como você reunir todos os alunos aqui? - eu perguntei fitando os olhos azuis do diretor.

Ele assentiu.

- Obrigada. - agradeci indo me sentar na mesa da Sonserina onde minhas amigas me aguardavam.

- Ele vai ajudar? - Mel perguntou quando eu me sentei ao seu lado.

- Vai. - eu respondi simplesmente. - Depois vocês podem me passar o que eu perdi hoje? - pedi meio sem graça.

- Foi só revisão. Você não perdeu nada. Só o Snape que pediu para nós fazermos uma poção estranha que eu nem lembro o nome. - Bianca respondeu pensativa.

- Fico feliz em saber que não perdi nada. - falei rindo.

Depois do jantar, eu voltei para o salão comunal da Sonserina junto com as meninas. Alexia não estava ali, mas o salão estava cheio. Ninguém dirigiu a palavra à mim. Todos que estavam ali, ficaram quietos quando eu entrei acompanhada das meninas.

Me sentei na frente da lareira e a conversa recomeçou. Quase meia hora depois, Alexia Nott entrou no salão. Seu olhar vagou por cada rosto que estava ali. Até encontrar o meu.

- Ora, ora. Vejam quem está aqui. Ninguém mais ninguém menos do que a querida filha de você-sabe-quem! - ela falou em alto e bom som. Todos se calaram e se viraram para ela. - Como se sente Katherine, agora que os seus segredos foram revelados? - ela perguntou para mim sorrindo debochadamente.

- Ótima. - respondi fria a encarando.

- Não está querendo me matar nem nada disso? - ela perguntou fazendo uma cara de coitada.

- Vontade não falta. Mas eu não sou uma idiota de sujar minhas mãos ao relar em você. - respondi.

- Meça suas palavras quando falar comigo. - ela chiou.

De longe, vi Asha começar a descer as escadas que levavam ao nosso dormitório rapidamente. Muitos perceberam mas nada falaram.

- Para quê? - eu perguntei. - Eu sou descendente de Gryffindor e Slytherin, filha de Lord Voldemort. E você quem é? - eu perguntei me levantando e a olhando com nojo dos pés a cabeça. Eu era mais alta do que ela, era um fato.

- Não interessa se eu tenho ou não parentes famosos, mas eu pelo menos eu não tenho um pai assassino. - ela gritou.

Asha já estava nos pés da Alexia. Ela se enfureceu com as palavras que Alexia dirigia para mim e se enrolou na perna dela sobre a meia comprida que ia até o joelho. Ela estava prestes a dar o bote...

- Não Asha! - eu falei em ofidioglossia. Nunca, ninguém, exceto as meninas que estavam ao meu redor perto da lareira, tinha escutado eu falando eu ofidioglossia. Se alguém duvidava que eu era descendente de Slytherin, as dúvidas acabaram naquele mesmo instante.

- Essa cobra quer me matar! Essa cobra quer me matar! - Alexia gritava histéricamente.

Eu me aproximei dela com passos firmes, mas calmos.

- Asha, se desenrole da perna dela. - eu mandei ela me obedeceu.

- Você ia mandar essa sua cobra nojenta me matar! - ela gritou sacando a varinha.

- Não, Alexia. Quando eu quiser te matar, eu mesma farei o trabalho. Quando eu for te matar, quero ter o prazer de ver a vida sumindo de seus olhos. Quero ver você me implorar por piedade, por clemência. Não vou usar a Asha. Se fosse para mim te matar, eu te torturaria até você pedir misericórdia, até você implorar pela morte. Só depois, que eu te mataria. - eu falei alto para todos ouvirem. Falei num tom baixo, cruel e frio. - Nunca se esqueça disso. Nunca se esqueça do que eu sou capaz. Sempre se lembre de quem eu sou, de como eu sou. - eu falei mais baixo em seu ouvido.

Me afastei me virando mas pude perceber quando ela ergueu a varinha para me atacar.

- Estupef...! - ela começou. Mas eu era mais treinada, sempre seria mais rápida do que ela. E era muito, mas muito melhor do que ela em um duelo. (N/A: Modesta a Kath não?)

- Petrificus Totalus! - eu girei e gritei apontando minha varinha para ela. No mesmo instante seus braços e pernas se colaram contra seu corpo e ela tombou para trás. - E mais uma coisa. Nunca, jamais, me ataque, ou ataque qualquer outro, pelas costas. Eu sou melhor e mais rápida do que você. - eu falei me abaixando para olhar nos olhos dela. - Não se esqueça. - eu murmurei.

- O que foi isso? - um aluno do sétimo perguntou olhando para mim assombrado.

- Isso, foi eu confessando que sim, sou filha de Lord Voldemort, aquele-que-não-deve-ser-nomeado, você-sabe-quem, o nome que preferir usar. Sim, sou descendente de Gryffindor e Slytherin. A prova vocês tiveram quando eu falei com a cobra. E sim, eu sou filha de Luna Liwener. - eu falei encarando todos.

Nesse momento, Snape entrou no salão acompanhado de McGonagall, Dumbledore, Flitwick e Sprout. Coisa boa não podia ser.

- Onde está a... - ele parou de falar ao me ver. - ... Katherine. - ele terminou num fio de voz.

- Finite! - eu murmurei apontando a varinha para a Alexia que ainda estava petrificada no chão.

- Professores, diretor! Aquela maluca quer me matar. Ela é filha de você-sabe-quem. Ela não deveria ficar junto com os outros alunos... - Alexia falou apontando para mim.

- Nós sabemos quem ela é, e do que ela é capaz, senhorita Nott. Conhecemos a senhorita Riddle. - Minerva falou fria antes que a Alexia continuasse a falar.

- Ela é filha de um assassino! Quem garante que ela também não seja uma assassina? - Alexia insistiu.

- Nós garantimos. - os quatro professores e o diretor responderam juntos fazendo ela ficar quieta.

- Senhorita Riddle, poderia nos acompanhar? - Dumbledore pediu educadamente.

Eu assenti e segui Snape que já estava saindo.

- Tomara que seja expulsa. - escutei Alexia dizer.

Snape parou na minha frente.

- Senhorita Nott, eu nunca ergui a voz com um aluno da Sonserina, mas a senhorita ou é muito BURRA ou é uma TONTA de marca maior. Eu conheço o seu pai! Ele jamais se orgulharia de você se a visse agora. Ele sentiria te desprezaria e a olharia com nojo, garota. Aprenda a receber elogios e agrados por merecer, e não dirigindo insultos para aqueles que são melhores do que você. Nunca receberá elogios e agrados se não fizer por merecer. Portanto, FAÇA POR MERECER! - ele falou se virando e passando por mim para ficar de frente para Alexia. Depois de falar tudo isso, ele se voltou para mim e saiu na minha frente, enquanto os outros alunos olhavam de boca aberta para a porta assim como os professores. Eu segui Snape, e depois fui seguida pelos outros. Ele foi na minha frente até sua sala, eu entrei em silêncio e esperei que algum dos professores começasse a falar.

- Katherine, o que você quer falar amanhã à noite para todos da escola? - Minerva perguntou quebrando o silêncio.

- Quero dizer que sim, eu sou filha de Voldemort. Que tudo o que estava escrito naquele jornal essa manhã, era a mais pura e genuína verdade. - eu respondi automáticamente.

- Muito bem, você tem essa permissão. - Dumbledore falou. - Mas acho que você desconfia que não estamos aqui para perguntar apenas isso não é? - ele perguntou.

Eu assenti.

- Muito bem. Acho que você sabe que cada fundador tinha um lugar secreto no castelo não sabe? - Minerva me perguntou.

- Sim, eu sei. - respondi sem entender aonde eles queriam chegar. - Slytherin tinha a Câmara Secreta, uma biblioteca e uma sala, que seu uso até hoje é desconhecido. Eu só me lembro desse. - falei.

- Sim. A biblioteca secreta de Slytherin, pode ser achada por seu herdeiro, no caso herdeira, assim como a tal sala e a Câmara Secreta. - Dumbledore me falou.

- Gryffindor possuía uma sala, um quarto e uma biblioteca. - Minerva falou.

- Ravenclaw também. - Flitwick falou.

- Assim como Hufflepuff. - Sprout comentou.

- Aonde querem chegar com isso? - eu perguntei sem entender nada.

- Nós descobrimos, através da professora de adivinhação, que você de alguma forma, possui sangue dos quatro fundadores, ou seja, é herdeira dos quatro fundadores. - Snape falou pela primeira vez depois que saímos da sala comunal.

- Como? - eu perguntei entendendo menos ainda. Como uma professora de adivinhação podia saber disso? Ok, ela é professora de adivinhação, mas daí descobrir isso logo no dia em que o mundo descobre quem é meu pai?

- Sua avó, mãe da sua mãe, era filha de descendentes de Ravenclaw e Hufflepuff. Seu avô, pai de sua mãe, era filho de uma descendente de Gryffindor. Resultado disso, sua mãe tinha uma porcentagem de sangue de três dos quatro fundadores. - Flitwick explicou.

- Mas se a porcentagem de sangue na minha mãe era pequeno, em mim não deveria ser menor ainda? - eu perguntei confusa.

- Sim, e é aí que entra a parte confusa. Nós já sabíamos disso quando você veio a Hogwarts pela primeira vez. Mas nossa confirmação veio quando o dormitório onde você ficou, se abriu. Nunca aquele lugar tinha sido aberto. Não importa a senha que usássemos, ele nunca abria. Mas ele se abriu apenas com a sua presença. Você se lembra do desenho do quadro? - Dumbledore perguntou.

Eu pensei um pouco antes de responder.

- Um leão, uma cobra, um texugo e uma águia. - eu respondi me lembrando dos detalhes do quadro. - Os quatro animais de Hogwarts reunidos em um só quadro. - eu falei atordoada.

- Sim. Descobrimos que existe uma profecia de mais de mil anos, que achamos que seja relacionada à você. Foi feita por Rowena Ravenclaw para Salazar Slytherin. - Sprout falou.

- E onde está essa profecia? - eu perguntei curiosa e impaciente.

- Naquele dormitório. - os quadro diretores falaram juntos.

- Nós gostaríamos de ouví-la. - Flitwick falou.

- Então vamos até lá. Acho que sei onde ela está. - eu falei já saindo da sala e sendo seguida pelos cinco.

- Parei na frente do quadro dos animais e nem precisei falar nada. Apenas pensei que queria entrar e o quadro girou mostrando a passagem. Eu entrei sendo seguida pelos outros. Fui até a lareira e observei bem uma esfera que estava ali em cima. Sempre pensei que era algum enfeite. "Como eu estava enganada." - pensei fechando os dedos sobre a pequena bolinha.

No mesmo segundo em que meus dedos se fecharam sobre a esfera, uma fumaça esbranquiçada saiu dela. Uma imagem se formou na fumaça. Uma mulher de 40 anos mais ou menos estava com os olhos desfocados e olhava fixamente para um ponto à sua frente. A imagem de Salazar Slytherin apareceu logo em seguida.

A mulher abriu a boca e começou a falar:

"Em algum momento no futuro, uma descendente de Gryffindor dará a luz a uma criança que terá o sangue dos quatro fundadores...

Apenas essa criança poderá reconstruir Hogwarts das ruínas...

Apenas essa criança, será capaz de mostrar a luz para muitos bruxos...

Apenas ela poderá juntá-los novamente...

Apenas ela, unirá as quatro como no começo...

Apenas ela, terá o poder de mostrar o caminho..."

A fumaça, aos poucos, voltou para dentro da esfera. Enquanto eu ouvia a profecia de mais de 1000 anos, cenas corriam na frente de meus olhos. Não sabia dizer como, mas sabia que aquelas cenas eram do futuro. Coisas que aconteceriam.

Quando toda a fumaça estava de volta na esfera, eu senti meu corpo amolecer e tudo escureceu.


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Notas finais do capítulo

E então?? Uma grande reviravolta, não?? Eu amei escrever a cena dela com o Snape e a cena do Snape falando com a Alexia. A história da Kath, com o decorrer da fanfic, vai mudar um pouco conforme ela vai descobrindo outras coisas.O trio maravilha, talvez, já apareça no próximo capítulo.A parte final dela sendo descendente dos 4 fundadores ficou baseado em um sonho maluco que eu tive umas noites atrás. Ele ficou na minha cabeça e eu tive que escrever...Se vocês não tiverem gostado disso, eu posso mudar alguma coisa. Só resta vocês me dizerem o que acharam.