POV Annabeth

Deixei Nico e Percy para trás. Percy poderia ajudar muito bem Nico nessa historia. Eu só não ajudei o Nico nessa porque, venhamos e convenhamos, é mais divertido ver a cara de preocupado dele.

Bati na porta da Casa Grande e uma Ninfa abriu a porta sorrindo para mim.

– Bom dia, novamente Annabeth. – disse ela. O nome dela é Jeniffer, ela que está cuidando do Damon aqui na Casa Grande.

– Bom dia, novamente Jeiffer. – falei sorrindo. – Damon ainda está dormindo? – perguntei entrando e logo comecei a subir as escadas para o quarto em que Damon estava dormindo.

– Não, ele acordou faz uma meia-hora. Já dei um banho nele, o coto caiu, já dei a mamadeira também, Só estávamos esperando você voltar. – me respondeu ela abrindo a porta do quarto.

Damon estava deitado em um berço e assim que me viu sorriu. Sorri de volta. Tecnicamente, ele é meu filho agora, meu e do Percy. Fiquei muito feliz que o Percy aceitou cuidar do Damon junto comigo, não saberia o que fazer caso ele dissesse não.

Peguei Damon com cuidado para dar uma volta com ele pelo acampamento, não ai deixar meu “filho” o dia inteiro dentro da Casa Grande. Jennifer me acompanhou até a porta. Me despedi dela e sai da Casa Grande.

– Vejam só se não é a nova mãe do pedaço. – disse alguém do meu lado. Pulei de susto e Damon abriu a boca chorando, não fui a única a ficar assustada. – Chorando de novo, bah crianças só sabem chorar, Annabeth. Para uma filha de Atena acha que essa foi uma escolha sabia?

Sentado em uma cadeira de balanço do lado da porta, que confesso que não reparei nele ali, estava o Sr. D. Como vocês já sabem ele é tão atencioso e carinhoso com as pessoas que chega a ser enjoativo. Pelo menos agora ele não erra mais o meu nome.

– Não sei senhor, mais é o que eu quero. – respondi me virando para ele tentando fazer Damon parar de chorar.

Ficamos em silencio, exceto o choro de Damon mais logo consegui fazer com que ele parece de chorar.

– Então, Annabeth. – disse Dionísio quebrando o silencio. – Quero te perguntar uma coisa.

– Claro. – quem sou eu para não responder a uma pergunta de um Deus, não é verdade?

– Tem poucas estatuas minhas no Olimpo. – falou ele parecendo... magoado? – Fui lá ontem e vi as pouquíssimas estatuas minhas. Por quê?

– Desculpa não foi minha intenção, mais isso é culpa de Apolo, Afrodite e Ares. Eles subornaram os escultores das estatuas para as deles ficarem prontas primeiro. – respondi a verdade prontamente.

Vocês não sabem que confusão isso me causou e esta me causando, como podem ver agora. Como já disse uma vez...

Esses Deuses, estão parecendo crianças que encontraram o melhor brinquedo do mundo e querem brincar sem parar.

Essa frase é pura verdade.

– Suas estatuas já estão prontas. Vou falar com os escultores hoje para saber porque as suas não estão no Olimpo. – falei e ele sorriu para mim. – Se não for incomodar, queria saber se as estatuas de Demeter, que também ficaram atrasadas, já estão no Olimpo?

– Não reparei. – disse Dionísio.

– Ok, obrigada. – falei. Caminhei na direção dele e lhe dei um beijo na bochecha o que o deixou extremamente vermelho. Vocês não sabem como é divertido deixar um Deus vermelho de vergonha. – Bom dia sr. D.

– Oque que o dia tem de bom? – falou ele mal-humorado.

Dei de ombros, esse era o jeito dele te dizer bom dia. Me despedi do Sr. D e fui caminhando brincando com Damon.  

– Annabeth. – gritou alguém ao meu lado me fazendo pular de susto e Damon chorar, de novo. Oque por Hades deu nesse povo para assustar a gente hoje?

– Que foi criatura. – falei olhando para a criatura, vulgo Thalia.

– Calma ai Anniepédia. – disse Thalia levantando as mãos em forma de rendição sorrindo. – só queria saber o que vai fazer agora?

– Primeiro acalmar o Damon, depois tenho que verificar um coisa na reconstrução do Olimpo via MI se não é capaz de algum Deus me transformar em sei lá o que.– falei balançando Damon com cuidado para fazer ele parar de chorar. – Tá tudo bem Damon é só sua irmã louca maluca desvairada.

– Eu estou presente. – falou Thalia emburrada. – Deixa pra lá, vamos ao meu chalé por o papo em dia.

– Claro, mais antes. Segura ele. – falei passando Damon para ela que quase teve um treco quando fiz isso. – Calma Thalia, se Percy consegue segurar o Damon você também consegue.

Toquei no ponto fraco dela. Se Percy faz, ela tem que fazer melhor, ou mais ou menos isso.

– Vai para o chalé de Zeus que eu já vou só vou verificar umas coisas com os escultores e depois vou pra lá. – falei e Thalia assentiu meio receosa e foi para o chalé de Zeus.

Fui até o banheiro e liguei o chuveiro para fazer um arco Iris e como estou fazendo uns favores para Iris e “ligação” fica de graça para mim.

Fiquei um tempo discutindo com os escultores que novamente foram subornados por Apolo, Afrodite e Ares mais de um jeito único e exclusivo dos filhos de Atena, e da própria também, convenci eles a colocarem as estatuas de Deméter e Dionísio primeiro.

Sem perder mais tempo fui para o chalé de Zeus. Cheguei lá e Thalia e Damon estavam brincado.

POV Nico

Que ideia que o Percy teve?

Essa era a única pergunta que vinha na minha cabeça enquanto esperava ele aparecer com a Ashley aqui no refeitório. O que por sinal eles estavam demorando, ou eu estava muito ansioso e não conseguia distinguir o tempo direito? Vai saber.

Escutei passos do meu lado e olhei para lá. Fique de pé e estático em um segundo. Cara, é agora. Qual é a bendita ideia do Percy? Estou com vontade de matar esse Nemo, como eu fui aceitar uma ideia dessas?

– Que flor é essa? – perguntou Percy me fazendo voltar a realidade.

– É um Manacá da Serra Branca. – quem respondeu foi Ashley olhando admirada para a flor. – Ela é linda. A onde conseguiu uma dessas? – perguntou ela com os olhos brilhando olhando para mim.

Como é que se fala mesmo?

– Hã... Dã... Hum... – essas palavras inteligentes são do Percy não minhas, porque estou falando elas?

Ok, deve ser convivência de mais com ele mais não me culpem não consigo raciocinar direito com Ashley me olhando assim. Seus olhos brilham de uma maneira que me deixa embriagado e sem uma reação coordenada, se isso faz sentido.

– Essa flor é um presente para você. – falou Percy de repente fazendo Ashley e eu olharmos para ele.

Fiz questão de lhe lançar um olhar de gelar a alma. Que cara de peixe falar uma coisa dessas, ele ainda nem me falou o resto da “brilhante” ideia que ele teve, que eu acho que ele não teve nem uma.

Percy me deu um empurram.

– Perséfone. – foi tudo que consegui falar. Percy rolou os olhos. Mais também o que ele queria de mim? Ainda não estava pensando direito.

– Minha mãe? – disse Ashley não acreditando, ela fica tão linda assim.

– Nico entrega a flor para ela e fala alguma coisa. – disse Percy me dando um peteleco na cabeça o que me fez despertar.

Ainda estava um pouco atordoado quando peguei a mão direita de Ashley, confesso que senti uma correte elétrica passar em meus dedos e percorrer pelo meu corpo com o toque na pele de Ashley mais deixamos isso de lado, ok?

Em vez de colocar a flor na mão dela fiz o que Perséfone me instruiu a fazer. Com cuidado enrolei o caule da flor em torno do pulso de Ashley.

E como Perséfone me disse que aconteceria flor começou a se transformar. O caule se transformou em uma tira que envolveu o pulso de Ashley umas cinco vezes sem que eu tenha que fazer nada e a flor virou um broche que prendia a pulseira no pulso.

– Por Perséfone. – falaram Percy e Ashley juntos.

– Se você soltar a flor e puxar a tira ela se transforma em um chicote estilo Indiana Jones só que como esse chicote é feito de caule de uma flor ela pode reagir ao que você quiser. Já entreguei a flor, te falei o que ela faz, mais ou menos mais falei, então já vou indo. – despejei num folego só.

Pronto já fiz o que deveria fazer agora me mando daqui.

– Que ideia brilhante ideia essa do Percy. Esses amigos, que tipo de ideia foi essa. Ideias idiotas só podiam vir de amigos idiotas. – resmunguei saindo do refeitório e indo para o meu chalé.

Me sentei do lado da porta e me escorei na parede. Respirei fundo e coloquei minha mão em meu peito, fechei os olhos. Meu coração batia acelerado. Até que não foi tão difícil como imaginei.

Fiquei assim por um bom tempo até que escutei passos perto de mim. Abri os olhos e me deparei com Ashley me olhando sorrindo de orelha a orelha.

Ela se ajoelhou ao meu lado e tomou meu rosto entre suas mãos fazendo um carinho na minha bochecha com o polegar.

– Muito obrigada, Nico. – falou ela se aproximando de mim. – Não sabe como me deixou feliz ter sido você á me entregar esse presente da minha mãe.

Por mim o mundo poderia acabar agora mesmo que eu não me importava. Que o pior inimigo estivesse atacando o acampamento, agora eu não conseguia pensar em mais nada ao não ser no que estava acontecendo comigo agora.

Ashley me beijou. Isso mesmo que você leu, ASHLEY BARON ME BEIJOU acredite ou não ela me beijou. Eu não poderia estar mais feliz.

No começo fiquei assustado, mais não me fiz de rogado e correspondi ao beijo. Mais infelizmente o beijo não durou muito, Ashley se afastou de mim devagar.

– Muito obrigada Nico. – disse ela no meu ouvido e me deu um beijo no pescoço. – Tchau, Caveirinha Junior.

Assim Ashley se foi me deixando abobado com a atitude dela.  Fiquei olhando para a onde ela foi ainda meio atordoado.

Passei a língua sobre meus lábios ainda sentindo o gosto da boca de Ashley na minha. O que esse beijo significou de verdade? Para ela? Porque para mim foi a melhor coisa que me aconteceu até agora.

E agora? O que eu faço quando ver ela? Ajo indiferente? Como se o beijo nunca tivesse acontecido e ficaríamos como amigos de novo?

Sacudi a cabeça, melhor eu não pensar nisso, posso pensar de mais e fazer uma burrice que nem o Percy faz.

Fiquei ali, sentando, ainda olhando para a onde Ashley saiu e reparei que muitos campistas estavam indo em direção à arena, eu acho.

Meio relutante me levante e fui até a onde esse povo estava indo. A lembrança do beijo ficava na minha cabeça me martelando, mesmo que eu tentasse ela não saia.

Queria muito beijar Ashley de novo. Ah como eu queria isso.

Cheguei à arena e arqueei uma sobrancelha descrente. É serio que é isso que eu estou pensando que vai acontecer aqui?

Sorri. É, se isso acontecer vai ser muito legal de se ver.