Damon Bronwen é um nome legal. Só para saberem, Bronwen é o sobrenome de Sa... Saphira.

Nossa isso é muito triste e chato. É difícil de acreditar que Saphira mo... Não esta mais aqui. Ela era uma pessoa incrível e olha que a gente só conviveu com ela por poucas horas.

– Nome bonito. – comentou Nico.

Nem tinha visto que Nico não tinha entrado no banheiro. Ele estava encostado no batente da porta olhando diretamente para Damon, nos braços de Annabeth.

– Esse nome tem haver com o Ian? – perguntou Nico com uma sobrancelha arqueada.

Annabeth começou a rir muito e isso foi contagioso, porque Nico e eu começamos a rir também, não sei porque mais deu vontade de rir. Achei incrível que Damon, viu só como ficou bem melhor chama-lo pelo nome, não tenha acordado.

Mais também, se ele conseguiu dormir com esse barulho de tempestade, ele conseguiria dormir com qualquer barulho.

Pensando nisso. Bem que você podia maneirar nos raios né, tio Zeus. E ele me escutou. Só estava ouvindo o barulho da chuva e isso fez nos três ficarmos quietos. Dei de ombros.

– Quem é Ian? – perguntei curioso.

– De TVD. – me respondeu Nico.

Continuei sem entender nada. Mais a palavra me pareceu familiar, acho que era de algum programa de TV.

– Nossa Nico, não sabia que você era fã de TVD. – falou Annabeth espantada.

– É claro, o personagem do Somerhalder é demais. – disse Nico animado.

– Alguém pode traduzir pra mim. – falei levantando a mão. Ser ignorado é muito chato. – O que TVD quer dizer?

– TVD quer dizer The Vampire Diares. – respondeu Nico.

– Hum. – agora entendi do que eles estavam falando. Ian Somer alguma coisa faz o papel de Damon Salvatore nesse seriado. Ele é um vampiro.

– Aquilo sim que é um vampiro. – comentou Nico. – Usa e abusa do poder que tem.

– Concordo.

Tipo assim, nada contra quem gosta de Crepúsculo. Mais vampiro que brilha feito purpurina quando sai no sol e vivi em abstinência sexual ate encontrar sua parceira eterna. Sinto muito mais não cola.

– Prefiro nem comentar essa. – disse Annabeth.

– É por isso o nome do Damon? – perguntei para Annabeth.

– Saphira me disse que não. Ela disse que é pelo significado que o nome Damon tem. Mais eu acho que tem alguma coisa haver sim com o sexy e gato do Ian Somerhalder. – respondeu Annabeth com um sorriso torto.

– Ei. – protestei.

Ela pegou pesado. Chamar outro de sexy e gato na minha frente não da não. Se eu chamar alguma mulher de bonita Annabeth parte a minha cara e a da mulher também. Se eu partisse a cara do Ian milhares de fãs histéricas me atacariam e o pior é que meio-sangues não podem atacar mortais. Isso é injusto.

Nico e Annabeth riram da minha cara.

– Ótimo. Podem rir a vontade. – disse emburrado.

Annabeth me deu um selinho, mais eu ainda continuei emburrado. Ela rolou os olhos, mais continuou sorrindo. Bufei.

– Vou até o carro pegar nossas coisas. – disse Nico se dirigindo à porta da cabana. – Não dá para tomar banho se não vamos ter roupa para trocar.

– Ah, droga. – falei e os dois me olharam preocupados. – Vou ter que limpar o carro antes da gente sair daqui.

Saphira começou a sangrar dentro do meu carro e isso ia ser um trabalho difícil de limpar.

– Não se preocupe. – disse Annabeth entendendo o que eu queria dizer com isso. – Hefesto já deu um jeito nisso. Podemos ir embora amanha cedo sem problema algum.

Sendo assim, tudo bem né? Quem sou eu para reclamar da boa ação de um Deus.

– Então fui. – falou Nico e saiu da cabana.

Fiquei olhando para a porta da cabana e uma coisa me veio na cabeça.

O que será do Damon agora? Porque a única pessoa que ele tinha não esta mais aqui e os Deuses não podem ficar com seus filhos.

– Isso só saberemos quando chegar no acampamento. – disse Annabeth lendo meus pensamentos, de novo.

– Você lê pensamentos? – perguntei, mais isso já estava obvio.

– Quem sabe. – falou ela dando de ombros e indo pra a cama de casal se sentando.

Se ela lê pensamentos mesmo é melhor eu tomar cuidado com o que eu vou pensar daqui pra frente. Me sentei ao seu lado e passei meu braço direito por seus ombros.

– O que vai acontecer com ele? – perguntei preocupado, poxa ele é tão pequenininho.

– Sinceramente, não sei. – respondeu Annabeth triste. – Nunca vi um bebê no acampamento. Os filhos sempre ficam com os pais mortais.

Assenti. Será que o Quíron é uma boa babá? Ou quem sabe será o Sr. D? Já que ele é irmão do Damon.

Nico logo voltou com nossas coisas e as deixou sobre a cama de solteiro. Pegou sua mochila e foi direto para o banheiro. Annabeth colocou Damon na cama de casal com cuidado.

– Olha ele. – ordenou Annabeth.

Fiz o que ela pediu e fiquei olhando para ele. Annabeth foi ate a outra cama e pegou a bolsa que ela tinha pegado na casa da Saphira e colocou ao lado de Damon. De lá ela tirou algumas roupinhas de bebê, tudo azul por sinal, algumas fraldas e varias outras coisas que um bebê precisa.

– O que você vai fazer? – perguntei me deitando na cama de lado olhando para ela e Damon.

– Vou colocar uma roupa nele. – falou. – Ele não pode ficar só com esse lençol enrolado no corpo.

Assenti a vendo tirar com cuidado o lençol azul dele. Ela pegou um tipo de pomada, um cantil que eu acho que é néctar, um pacote de panos de algodão e um pacote de haste com algodão na ponta, ou seja, cotonete.

– Pra que tudo isso? – perguntei curioso. – Não ia só trocar a roupa dele?

– Vou. – respondeu e parou um pouco pensativa, escolhendo as palavras certas. – Essas coisas que eu tirei da bolsa é para fazer a assepsia...

– Assepsia?

– Desinfecção. Fazer a higienização no que sobrou do cordão umbilical para não infectar. – continuou e apontou para o coto umbilical.

– Vai ter que fazer isso todo dia? – perguntei.

– Tem que deixar o coto umbilical seco. Então a cada troca de fralda e apos o banho, ate quando cair, que domara mais ou menos de uns 7 a 15 dias e continuar por no mínimo mais uma semana depois que caiu.

– Nossa. – falei impressionado.

Essa é novidade para mim. E eu achando que trocar de fralda era o difícil. Devo ter feito uma cara engraçada porque a Annabeth começou a rir.

– Sorte que ele é meio-sangue então em três dias caia e depois mais um dia e esta bom. Se fizer com néctar. – completou ela.

– Como você sabe de tudo isso? – perguntei curioso.

– Fiquei curiosa uma vez e comecei a ler sobre isso. Tanto sobre mortais quanto meio-sangues. – respondeu como fim de papo. Achei estranho, mais tudo bem.

Annabeth pegou um algodão e passou em torno do umbigo e sobre ele o secando. Depois ela pegou a haste de algodão e molhou a ponta no néctar e passou no coto recitando algumas coisas em grego antigo.

Damon acordou enquanto ela fazia a assepsia, mais ele ficou quietinho fazendo Annabeth rir a toa. Não deu para ver a cor de seus olhos, eles estavam semicerrados, ainda se acostumando com a claridade.

Depois ela passou uma coisa no bebê, parecia talco, e colocou a fralda nele, a fralda era pequenininha, do tamanho dele. Pegou a roupinha azul e colocou nele.

 Parecia muito fácil, só parece porque quando é você que faz isso deve ser um bicho de sete cabeças e não estou falando de uma Hidra.

Escutei a porta do banheiro se abrindo e o Nico saiu de lá secando o cabelo. Como sempre ele estava vestindo uma roupa toda preta, novidade.

– Percy. – Annabeth me chamou e eu olhei para ela. – Vou tomar...

– Vamos. – já sabia o que ela ia falar e não dei tempo para ela. – Nico fica de olho no Damon. – disse pra ele que revirou os olhos e assentiu.

– Não quero ouvir nem um barulho ou gemido. – disse ele sorrindo malicioso.

Annabeth rio mais não protestou. Peguei as nossas mochilas e fomos para o banheiro.

Fechei a porta do banheiro e joguei nossas mochilas em algum canto. Abracei Annabeth e a beijei com paixão. Ela me correspondeu com igual intensidade.

Levei ela até o boxe do banheiro e liguei a agua quente. Ela se afastou um pouco de mim quando a agua quente entrou em contato com seu corpo frio, mais ela estava sorrindo e eu não estava diferente. Rir de uma coisa dessas é exclusividades de bobos apaixonados. E eu AMO minha Sabidinha.

– Podíamos ter tirado a roupa antes. – ela disse com seus lábios roçando nos meus.

– Tiramos elas agora. – falei rouco e desci meus beijos por seu pescoço a fazendo apertar meus cabelos.

Devagar tiramos nossas roupas. Aproveitando isso para explorar, sem pudor, o corpo um do outro. A agua caindo em nossos corpos fazia tudo ficar cada vez melhor, mais prazeroso. Cada toque dela meu corpo se incendiava de desejo.

Fui em direção a nossas mochilas e peguei uma camisinha. Voltei para o boxe e Annabeth pegou a camisinha da minha mão e colocou em mim. Devo ressaltar que ela foi malvada e colocou lentamente a camisinha.

Voltei a beija-la e a prensei contra a parede do banheiro. Ela se separou de mim e começou a beijar meu pescoço e desceu para meu peito, me levando a loucura. Suas mãos passavam pelo meu corpo me deixando mais excitado. Logo ela tomou meus lábios e me beijou com luxuria.

Desci meus beijos para o seu pescoço, mais queria mais e desci mais um pouco tomando um de seus seios. Annabeth puxava minha cabeça mais de encontra a ela, não querendo que eu parasse.

Desci minhas mãos para suas coxas e a puxei para cima. Ela entendeu e enlaçou suas pernas na minha cintura. Nossas intimidades se roçavam e isso estava sendo uma tortura. A penetrei devagar.

Annabeth mordeu o lábio inferior fazendo o possível para não gemer. Afinal o Nico não queria barulho nem um.

Comecei a me movimentar devagar aproveitando essa sensação maravilhosa que é estar dentro dela. Mais logo o desejo foi mais alto e me movimentei mais de pressa.

Annabeth mordeu meu ombro quando chegamos juntos ao ápice da relação. Enterrei meu rosto na curva de seu pescoço e não resisti e a mordi também, ia ficar uma marca, para eu não fazer nem um barulho ou soltar algum gemido.

– Cumprimos o que o Nico pediu. – falei beijando seu pescoço. Ela riu e soltou suas pernas da minha cintura.

Tirei a camisinha e joguei no cesto. Tomamos um banho tranquilo e muito bom por sinal.

Secamo-nos e trocamos de roupa. Peguei nossas roupas que estavam encharcadas e as levei até o boxe e fiz com que a agua delas saíssem. Olhei para Annabeth e lhe entreguei as roupas. Ela as dobrou e colocou-as dentro da mochila.

Saímos do banheiro e passei meu braço sobre seu ombro. Nico estava dormindo na cama de solteiro. Ele estava com um braço em volta de Damon impedindo que o bebê fizesse algum movimento e caísse. Damon parecia que estava acordado, mexia os bracinhos o tempo todo.

Fomos até a cama de solteiro e Damon estava com os olhos aberto, olhos iguais aos da Thalia, azuis elétricos. Annabeth o pegou com cuidado para não acordar Nico e foi em direção à cesta que estava em cima da mesa. A segui de perto. Estava curioso em saber o que ela ia fazer, não sei por que, só estava.

Ela pegou um tipo de garrafa térmica e a abriu. Lá dentro tinha uma mamadeira pequena e ela pegou e deu a Damon. Ele parecia que estava com muita fome.

– Segura ele e deixa a mamadeira levantada. Eu vou cuidar do braço do Nico. – assenti e peguei Damon no colo e fiz o que ela pediu.

Ela pegou a maletinha de primeiro socorros e cuidou do machucado do Nico com carinho.  Annabeth seria uma grande mãe. Nico não tem ninguém além da gente e acho que isso faz da Annie uma figura materna para ele.

Eu não sei porque eu sinto ciúmes da Annabeth com ele. Ache que isso deve ser normal. Antes era só falar o nome da Rachel que os olhos de Annabeth brilhavam perigosamente.

Annabeth terminou de cuidar do braço do Nico e voltou sorrindo pra mim, seus olhos estavam com um brilho diferente quando parou observando eu dar a mamadeira para Damon. Ele logo terminou de tomar sua mamadeira e Annabeth o pegou.

– Já volto. – falou Annabeth e saiu com Damon em direção ao banheiro.

Fui para a cama de casal e deitei esperando eles voltarem. Passou algum tempo e ela voltou com Damon dormindo. Ele só dorme.

– Ele vai dormir com a gente. Então encosta mais para o canto. – disse Annabeth eu só assenti e fiz o que ela pediu.

Annabeth pegou um dos travesseiros que tinha sobrando na cama do Nico, que eram dois, e pegou os dois que sobraram da nossa cama, tinha uns quatro não sei pra que tudo isso. Ela colocou na cama fazendo um cerco e colocou Damon dentro.

Ela se deitou ao meu lado e eu a abracei, fazendo nossos corpos ficarem colados. Assim ela fechou o cerco que fez. De um lado uma parede de travesseiros, de outro eu e Annabeth. É Damon estava seguro.

Annabeth se aninhou nos meus braços. Fechei os olhos e instantaneamente dormir. E tive meu primeiro sonho nessa missão. E digamos que foi meio esquisito.