The Bakery escrita por melisica


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

mais um meus amores :)



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(Frank POV)

Odeio ser acordado cedo num final de semana, principalmente num sábado que eu durmo apenas três horas que parecem ser quinze minutos. Agora, pior do que isso é acordar com sua mãe parada na porta olhando para você com aquela cara filha da puta até você acordar totalmente. Minha cabeça latejava e eu precisava de um analgésico urgentemente.

-Frank, quero que você me faça um favor.

-Qual? -respondi ainda embaixo do edredom.

-Primeiro: tira isso da cara porque eu to falando com você.

-Que saco mãe... -resmunguei tirando o cobertor -Que?

-Quero vá buscar um bolo na padaria dos Way porque não sei se lembra, amanhã é aniversario da sua vó e vamos na casa dela.

-Porque não pega amanhã?

-Porque vamos sair cedo de casa e porque eu quero que você vá buscar agora. -respondeu categórica.

-Aonde mesmo?

-Na padaria dos Way... O filho deles, o Gerard, sabe qual é, fiz a encomenda com ele. Ele deve ter a sua idade, é branquinho, tem olhos verdes e os cabelos escuros um pouco mais compridos do que os seus...

Pelo menos isso né mãe, ponto para você, descobri o nome dele.

-Tá bom, não descreve o garoto, não precisa... -murmurei baixinho. Na verdade deu vontade de falar: "Cala a boca mulher, eu sei muito bem que é esse gato!", mas não rola... Mas eu não vê-lo e lembrar-me de ontem.

-E toma um banho porque sua cara tá horrível... -disse deslizando seus dedos finos pelo meu rosto -Para de sair com esses seus amigos estranhos Frank... Você ainda vai morrer de ressaca.

-Tomo mundo morre mãe, uns antes e outros depois, só isso. -falei me esquivando de seus toques -E os meus "amigos estranhos" têm nome ok? São Synyster e Zacky.

-Não faz diferença, são todos iguais. Todos te levam pro mau caminho.

-Tá bom mãe... Você pode sair ou quer que eu chegue lá só amanhã? Eu ainda tenho que tomar banho... -revirei os olhos impaciente. Então ela saiu e eu pude ouvir meu pai falando alguma coisa sobre o jornal do dia, algo sobre um seqüestro, nada incomum.

Levantei-me e arrastei-me para o banheiro. Abri o jato frio até sentir que tinha acordado. Não demorei mais do que quinze minutos no banho. Sequei meu cabelo e tentei disfarçar a ressaca com maquiagem da minha mãe. Eu até que estava apresentável para quem passou a noite bebendo e fumando. Se bem que eu o vi no pub ontem... Ele podia não ter ido nem trabalhar e eu todo idiota me arrumando para ir à padaria. É a vida é foda.

Peguei meu iPod e coloquei no aleatório. Dei um beijo na minha mãe - tem que fazer uma média né? - e um bom dia para o meu pai. Sai feliz e saltitante para o estabelecimento. Ok, eu estou muito gay, mas é que esse cara mexe com a minha cabeça. Aliás, com as duas.

Quando entrei dei de cara com ele que tinha uma expressão sonolenta. É a experiência de dormir pouco não foi só comigo. Ele usava uma camisa de botões preta de manga comprida, dobrada até o cotovelo. Por cima, um avental verde escuro com as letras "Way's Bakery" em vermelho. A coisa mais doce do planeta.

-Oi de novo... -fiz um aceno com a mão sorrindo para ele que não me correspondeu -Eu vim pra pegar um bolo de chocolate que minha mãe encomendou pra levar no aniversario da minha vó... E aqueles bolinhos que a minha mãe gosta.

-Er... Sim, certo. -disse gaguejando e eu achei que estava um pouco nervoso -Vou ver se já está pronto e se tem mais destes bolinhos de baunilha... -e depois entrou na cozinha.

Fiquei parado como uma estátua em frente à vitrine de doces e ouvi cochichos perto da seção de salgados. Um garoto loiro e de olhos castanhos e um garoto com cabelo escuro e desfiado e lábios grossos me encaravam enquanto trocavam fofocas.

-E então Frank, como está o seu pai? -Sr. Way perguntou quebrando o silêncio.

-Está bem... -respondi um tanto acanhado -O senhor o conhece?

-Claro que sim! -riu -Nos conhecemos quando éramos jovens, no tiro de guerra. Eu te vi nascer garoto... Donna é amiga da sua mãe desde moças... Lembro que numa noite de bebedeira eu e Donna apostamos cem dólares com seu pai e Linda que ela teria uma garota... Mas aí nasceu você. -riu.

Bem, eu não sou uma garota, mas fico com garotos... Mesmo assim isso não me coloca na classificação de garota.

-... -fiquei o olhando. Não tinha o que responder.

-Diga para o seu pai me ligar mais tarde certo? Se ainda está tudo de pé...

-Ok... -falei concordando com a cabeça. Que porra tá de pé?

De repente, Gerard reaparece e me diz que ainda demoraria dez minutos para o bolo ficar pronto. Assenti em resposta.

Ótimo, aí esta sua chance Frank Iero, inventa alguma coisa para falar com ele. Bem, eu não consegui. Ficamos nos encarando sem jeito por cinco minutos quando liguei novamente meu iPod para quebrar o clima tenso. Começou a tocar Kings of Leon do ponto em que eu havia parado quando entrei na padaria.

-O que você tá ouvindo? -perguntou apontando com a cabeça para o aparelho.

-Eu não acho que você conhece, mas de qualquer forma... To ouvindo Kings of Leon. -mostrei o iPod e no visor a capa do CD SEX ON FIRE aparecia.

-Tá brincando? Eu amo Kings! -sorriu -E adoro essa música que você tá ouvindo, Sex On Fire, uma das minhas favoritas.

-Jura?! -sorri surpreso -Você gosta de rock alternativo, indie, essas coisas? -perguntei eufórico, já tinha uma ideia em mente.

-Ah sim, mas eu costumava gostar há um tempo atrás... Acho que passei da idade dessas de ser "indie alternativo". -riu.

-Ah... -sorri de leve, totalmente decepcionado. Na verdade, minha ideia de chamá-lo para o show do Kings que era na semana que vem sexta mais precisamente, foi por água abaixo.

Sem o que fazer, voltei a mexer em qualquer coisa no meu aparelho. Em menos de dois minutos, ele me estendeu a encomenda e sorriu num leve puxar de lábios e que lábios...

-Aqui está... Tenha um bom dia.

-Valeu, tchau! -acenei indo para o caixa. Mas continuei olhando para ele pelo reflexo do vidro da porta. Paguei, mas antes de sair, sorri de novo para ele que ficou me olhando desconcertado.

(Frank POV)


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Notas finais do capítulo

reviews?