The Bakery escrita por melisica


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Acabei de notar que fiz uma burrada mas vocês perdoam, não é?
Sem querer, acabei fazendo o ano letivo escolar do Franks igual ao nosso, que se inicia em janeiro e não em setembro, como ocorre no EUA.
Vamos fingir que está tudo certo sobre isso ok?
E também, para dar continuidade a história e não ferrar com a linha cronológica, vamos fingir que o Frank teve umas férias beeeeem longas, certo?



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(Frank POV) 


Ele dirigiu por curtos dez minutos até chegarmos em frente a um grande portão de ferro bronze. Quando nós entramos, ele se virou para mim sorrindo e desligou o carro e o som. Vi que estávamos diante de um grande jardim muito bem cuidado e iluminado por pequenas dicróicas instaladas no chão, uma fonte grega em seu centro e um caminho de pedras brancas que levava a um longo canteiro de flores amarelas. Haviam vários postes de ferro torcidos em formas pontiagudas com três lâmpadas em forma de bola pelo caminho a uma grande mansão branca com janelas em detalhes coríntios e uma grande varanda. 

-Vem comigo. -Gerard estava parado ao meu lado e eu nem havia percebido. Ele estava do lado de fora do carro e já havia aberto a minha porta para que eu saísse. 

Me levantei ainda observando a decoração um tanto arcaica da casa e segui Gerard. Ele acabou por parar em frente a um muro coberto por plantas, com folhas bem verdes, que iluminadas pela luz amarela das lâmpadas, ficavam ainda mais verdes. 
Ele fechou a mão direita em meu pulso e me puxou para um caminho escuro, que possuía muitas curvas e entradas e era cercado por muros por ambos os lados - esquerdo e direito - que por fim, acabei por descobrir que se tratava de um labirinto. 

A cada minuto que se passava mais e mais Gerard me puxava consigo para dentro do labirinto. Depois de cinco minutos, ele parou e me puxou para um abraço. Colou nossos lábios, pediu passagem com sua língua e começamos um beijo num ritmo já acelerado. Seus braços me apertavam com força contra seu corpo e sua língua movia-se autoritária em minha boca. Deixei minhas mãos subirem pelo seu pescoço e fiquei afagando a área por algum tempo até levá-las para seu rosto e acariciar suas bochechas e seu maxilar lentamente. Quando o ar finalmente chegou a faltar em ambos os pulmões, ele separou nossas bocas e apenas depositou um selinho finalizando o ósculo. 

Se escorando à parede, ofegante, sentou-se no chão e puxou-me para que eu me sentasse - praticamente escanchado - em seu colo. Deu-me um beijo estalado, enlaçou minha cintura com seus braços e ficou acariciando a parte mais baixa de minhas costas suavemente. Depois de olhar atento à propriedade novamente, tentando identificar qualquer detalhe conhecido, virei meu rosto para defronte ao dele e perguntei:

-Aonde estamos? 

-Aqui era a casa do senador de Jersey que foi assassinado em 1998. -explicou -Depois da morte dele, a família se mudou para San Francisco por medo de novas ameaças de morte feitas por caras que não pegaram até hoje. Depois da mudança, ninguém se interessou pela mansão e a prefeitura declarou como terreno do governo e transformou a mansão em um museu. -torceu os lábios -Dizem que a alma dele ainda vaga pela propriedade assustando visitantes, ainda mais os noturnos. –falou balançando as mãos.

-Para de falar besteiras...

-Ok. –ele riu –Ele não morreu aqui, foi assassinado no gabinete dele, então a alma deve estar por lá.

-Ah que horror Gerard! –arregalei os olhos –Para de falar esse tipo de coisa.

Ele riu e me abraçou forte, sussurrando:

-Eu te protejo meu amor.

-Eu sei... –falei quase ronronando e me aninhando ainda mais em seus braços.


-Tenho duas propostas para você. -sorriu -Mas você tem que prometer que vai dizer sim para as duas. -fez o número dois com os dedos. 

-Depende da proposta. -ponderei -Não posso garantir que vou falar sim para as duas. -afirmei um tanto confuso. 

-Ah, mas você tem que me prometer que vai ao menos tentar falar sim para elas. -falou e fez um bico manhoso que me fez ceder. -Vai fazer isso?

-Vou. -prometi rolando os olhos. 

-Você não vai me matar? -perguntou cerrando os olhos num fingimento mais do que fingido, a meu ver. 

-Claro que não. -neguei com a cabeça -Você acha que eu, Frank Iero, conseguiria viver numa cadeia?

-Hm... -fez expressão pensativa -Então quer dizer que você me mataria?

Eu crispei os lábios em dúvida e ele rindo, provavelmente se divertindo com a minha expressão confusa, voltou a falar. 

-Você disse que não sobreviveria numa cadeia, mas não disse que não me mataria... -disse num tom magoado. 

-Ah Gerard! -bufei -Para de conversinha mole e fala logo o que você tem que falar. -adverti e ele riu. 

-Bem, um amigo meu comprou um par de uns negócios, mas ele desistiu por causa de uns problemas com a família e perguntou se eu quero usar esses negócios por oito dias senão ele perde todo o dinheiro que gastou. 

-Que negócios? -perguntei curioso de fato. 

-Eu não terminei de falar. -ele colocou o dedo sobre meus lábios -Eu tomei a liberdade de falar com seus pais e por hora, eles deixaram. Mas tem um porém. -fez suspense. 

-Que porém? -franzi o cenho. 

-Ué, você aceitar a proposta, meu amor. -falou acariciando minha coxa.

-Oh droga! -exclamei -Eu juro que vou aceitar. 

-Você ainda tem doze dias de férias não tem?

-Tenho... -confirmei -Por quê?

-Que viajar comigo por oito dias para Roma? -perguntou e eu senti meu queixo cair sem permissão. 

-Roma?! -repeti -Eu e você em Roma por oito dias?

-Esqueci de mencionar que vai ser só eu -apontou para si mesmo -, e você. - apontou para mim. 

-É claro que eu quero Gerard! -o abracei rindo -Uma coisa dessas não precisa nem se pensar. É lógico que eu quero passar oito dias só com você. -dei-lhe um selinho -Mas o que você disse aos meus pais? Tipo, você disse que vamos para Itália? É outro continente e imagina minha mãe, eu não sei como conseguiu essa proeza porque hoje mesmo meu pai brigou comigo por eu ter repetido de ano...

-Bem, eu disse que seria uma viagem de amigos, expliquei esse lance do meu amigo não poder mais viajar e que foi por isso que cedeu as passagens e a hospedagem do hotel. 

-E eles falaram o quê?

-Que sim, mas que temos que deixar tudo certinho com eles sabe? -ele riu -Nome do hotel, telefone, manter contato, mandar notícias e trazer muitas fotos e presentes. 

-Só isso?! -perguntei ainda não acreditando em como Gerard havia realizado a façanha de convencer meus pais a me deixarem ir para a Itália assim, sem mais nem menos. 

Ele sorriu e encolheu os ombros. 

-Vejo que você tem que começar a aprender comigo a arte da persuasão. -ele sugeriu. 

-Convencido que dói. -fiz uma careta estranha -Mas e quanto ao dinheiro? -me preocupei -Não é justo você arcar com o resto das despesas, porque eu sei que alimentação por exemplo, não deve estar incluído no pacote. 

-Uh... Alimentação? -vestiu um sorriso travesso nos lábios -Bem, o meu alimento já está garantido, porque eu posso comer você. -falou sério. 

-Ah seu bobo! -bati em seu braço em reprovação -Eu estou falando sério, alimentação de comida. As coisas por lá não devem ser tão baratas. Eu tenho um dinheiro guardado para umas emergências e eu posso levar. 

-Se você insiste tanto... -ele riu -Eu não vou perder a chance de economizar meu dinheiro, não é mesmo?

-Isso mesmo. -sorri -E a segunda proposta?

-A segunda proposta você vai receber em Roma. -sorriu vitorioso e meu coração palpitou ao imaginar o que seria essa "proposta".

-É uma surpresa, mas eu espero que aceite a segunda proposta também. -sorriu. 

-Se for algo tão bom quanto à viagem, com certeza meu sim já está garantido. -dei um selinho longo nele -E quando é a viagem? O que eu vou precisar levar?

-Ah claro, você pode ir lá ao meu trabalho amanhã? -perguntou e eu assenti com a cabeça -Lá eu entrego para você um papel que tem listado todos os documentos que você precisa para poder entrar na Europa, mas não acredito que vai ser um grande problema porque temos renda e hospedagem já garantida. –fez uma pausa -Agora, essa época do ano é verão lá também, mas pode haver uma pequena diferença de temperatura do nosso verão, já que Jersey é no norte dos Estados Unidos e a Itália é bem ao sul da Europa, no mar mediterrâneo. Lá deve ser mais quente do que aqui. Acho que você tem que levar umas roupas mais leves mas se quiser levar umas poucas roupas mais pesadas... Porque vai saber né. 

-Que gracinha, conhece tão bem a geografia européia que poderia até ser geógrafo. -joguei sua franja para trás -Você é tão inteligente meu amor. -elogiei. 

-Isso eu aprendi no ensino médio. -comentou -No primeiro ano. 

-Ah, então é por isso que eu não sei. -fiz bico -Eu estou refazendo o primeiro ano...

-Você repetiu? -riu -Então foi por causa disso que seus pais foram um tanto "resistentes" à viagem... -falou mais para si mesmo. 

-Deve ter sido.

-Você reprovou em quê?

-Química, matemática e física. -falei mantendo meu bico. 

-Exatas... As minhas melhores matérias. -informou -Se você precisar de ajuda com alguma coisa...

-E ter você como professor?! -perguntei -Não iria rolar!

-Por quê? -perguntou.

-Porque eu não conseguiria me concentrar na aula e sim, em você. -sorri manhoso -Prefiro minhas professoras bruxas do colégio mesmo. 

Ele riu rapidamente e voltou a falar sério:

-A viagem é na sexta as oito e é longa. Deve durar umas oito a dez horas... -mexeu a cabeça para os dois lados -Deve ser cansativo demais. -bocejou -Mas eu ainda não te contei o melhor. 

-Como assim? -arregalei os olhos -Você quer me matar do coração? Como assim não me contou o melhor?

-As passagens são na primeira classe. -sussurrou rindo no meu ouvido. 

-Que incrível Gee! -falei animado -Eu n-nem sei o que dizer. 

-Ah, você não tem que dizer nada. -balançou a cabeça negando -Só tem que me beijar e agradecer por eu ter um amigo desses. 

(Frank POV) 





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Notas finais do capítulo

E só para ilustrar o que eu quis dizer quando tentei descrever o poste de luz: http://twitpic.com/3iavm1

Talvez eu não poste até o Natal, então Feliz Natal para vocês amorzinhos *-*
Até o Ano Novo!