The Bakery escrita por melisica


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei, mas essa história bloqueou D:
E se minha mamis não me matar porque eu repeti de ano, eu posto mais rápido ok?
Beijinhos *-*



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(Frank POV)

-Uh Franks... Que sorriso bobo é esse na sua cara de mongol? E olha que hoje ainda é só quarta... -Zacky perguntou enquanto dava um longo gole em sua coca e logo depois mordeu seu lanche, se lambuzando de catchup e mostarda. 

-O anão foi no show do Kings of Leon com o amorzinho dele. -Synyster interviu antes que eu tivesse tempo para ao menos abrir a boca -Criou coragem pra chamar alguém pra sair, isso é um acontecimento histórico. 

Apenas fiz uma careta mal-humorada e Gates me devolveu um meio sorriso. Então o fuzilei com o olhar e ficamos nessa 

-É mesmo? -Zacky voltou a perguntar quebrando o clima -E foi bom?

-Você não imagina o quanto... -respondi suspirando. 

-Eca! -Gates protestou -Pode parando o assunto por aí. Já disse que eu não quero ouvir esse tipo de coisa. 

-Só me fala uma coisa Frank, quem foi o passivo? -Zacky perguntou curioso. 

Gates me olhou torto e depois desviou sua atenção para um ponto qualquer da parede amarela da lanchonete em que estávamos almoçando naquela quarta à noite. 

-Eu. -confessei baixinho. 

Nenhum deles riu, apenas me encararam pensativos por alguns segundos. Tratei de colocar um sorriso sarcástico no rosto e Gates se pronunciou novamente:

-Só não estou acostumado com a ideia de você ser gay, Frank. 

-Também é novo pra mim Syn, eu nunca tinha... -corei violentamente -Você sabe... Com um garoto. 

-Nem com uma garota. -Zacky fez o favor de frisar. 

-Man, não precisava jogar na cara! -reclamei irritado. 

-Uh Franks, fica calmo. -Zacky falou rindo. 

-Eu to calmo! -disse terminando meu sanduíche -Agora vamos.

Terminamos de almoçar e depois fomos a pé para casa de Zacky. Ficamos lá por um tempo e jogamos conversa fora até uma sete da noite. Meu pai que estava trabalhando, me deu carona até em casa. 

-E aí Frank? Preparado pro segundo ano? -ele falou debochado. 

-Que pergunta idiota pai! -rolei os olhos -Não precisa jogar na cara o ano todo que eu repeti de ano...

-É pra você aprender que tem que estudar durante o ano... Meu filho, até o Synyster que não faz nada passou. E você? Reprovado!

-Tá ok pai. -bufei -Eu sei que eu tenho que me esforçar. Eu to tentando, mas exatas não rola. 

-Entra trate de fazer "rolar" porque esse semestre é o decisivo. 

Rolei os olhos novamente. 

-Eu to tentando pai. 

-Não vejo você pegando em nenhum livro, um caderno nenhuma vez. 

-Tá bom pai. 

-Pra mim não está nada bom! Pode ter certeza que eu não vou pagar material tudo de novo. Repetir uma vez é uma coisa Frank, agora, repetir duas é absurdo. -falou mexendo os dedos no volante. 

-Eu não repeti duas. -me defendi. 

-Mas estou vendo que vai. -rebateu. 

Quando chegamos em casa, fui bufando direto para o meu quarto. Fiquei jogando videogame até cansar, o que já devia ser umas onze e meia. Depois desci até a cozinha e fritei uns nuggets já que eu estava morrendo de fome, era um desastre na cozinha e minha mãe provavelmente não cozinharia nada para mim naquele horário, ela devia estar em décimo sono. Abri a porta basculante do armário branco da cozinha e de lá tirei um potinho de plástico pequeno. Fui à geladeira e encarei as bebidas por um segundo: suco de laranja industrializado, água, cerveja e por fim, peguei uma lata de coca-cola bem gelada, o meu vício. Também peguei um frasco comprido e fino com um líquido amarronzado, molho barbecue. 

Peguei um prato e ali arrumei os nuggets e depois de despejar o molho no pote mínimo, coloquei o pote também no prato. Peguei a lata com a outra mão e saí equilibrando tudo com facilidade para subir para o meu quarto. Comi os alimentos ruidosamente, mastigando os pedaços frango crocantes como uma criança, enquanto ouvia From the Inside do Linkin Park quase no volume máximo do meu iPod. Tomei um banho rápido, mas quando saí, meu celular tinha seis chamadas não atendidas... Do Gerard. 

Meu coração pulou e eu me senti uma garotinha de doze anos apaixonada pelo capitão do time de futebol do colégio. Peguei meu celular e disquei de volta. 

-Alô?

-Você me ligou?

-Ah, claro... Quero saber o que você está fazendo...
-disse rindo. 

-Eu? -perguntei confuso -Nada por quê?

-Então eu vou passar aí.

-Não, já está tarde Gerard. Minha mãe não vai deixar e...

-Pequeno, sua mãe não tem que saber.

-Você está me induzindo a desobedecer minha mãe? -perguntei descrente. 

-Tecnicamente sim. -ele riu -Depende do ponto de vista. Em cinco minutos eu estou aí.

-Não Gerard! Eu n-não... -parei quando ouvi o sinal da linha que apitava, indicando que ele já havia desligado.

Ótimo, já passava da uma da manhã e eu tinha um namorado louco... Namorado?! Não Franks, ninguém oficializou nada. Ele é só seu ficante mais lindo. 

Levantei do chão e fui colocar algo mais apresentável, um jeans escuro e uma camiseta branca lisa, já que estava usando um pijama azul com listras brancas ridículo. Fui até o banheiro que ficava no corredor na ponta dos pés e escovei os dentes com uma pasta de menta super ardida, porque poxa, um beijo com certeza tinha que rolar né?

Depois de enxaguar a boca, enxuguei o rosto e voltei para o quarto. Ouvi um barulho na janela e quando me aproximei dela, vi que Gerard jogava pedrinhas no vidro. Fez sinal para que eu descesse e assim o fiz, porém, com muito cuidado para não acordar meus pais. Eu andava na ponta dos pés novamente, só de meias e segurava meu tênis nas mãos. Qualquer pequeno ruído que eu ouvia me desesperava e eu congelava por alguns segundos, sentindo minha pulsação mais rápida. 

Abri a porta e a tranquei rapidamente. Vi que Gerard estava encostado no capô de seu carro usando uma roupa usual, mas sua calça era um pouco mais justa do que o normal, evidenciando ainda mais suas pernas perfeitas. Sua franja caía sobre um de seus olhos oliva e ele vestia um meigo sorriso nos lábios rosados. 

Andei vagarosamente em sua direção com a cabeça baixa e brincando com os meus dedos, visivelmente envergonhado. Quando parei ao seu lado, ele segurou meu queixo delicadamente, mas ainda sim firmemente e levantou meu rosto para que eu o olhasse nos olhos. 

-Você ainda tem vergonha de mim? -perguntou rindo. 

-Um pouquinho. -fiz a medida com os dedos e uma careta engraçada se formou em minha face. 

-Mas no dia em que você dormiu em casa você estava bem desinibido... -comentou olhando para o céu e acariciando levemente meu maxilar. 

Minhas bochechas arderam em chamas no momento em que assimilei a que Gerard estava se referindo quando disse que eu estava "desinibido" e eu escondi meu rosto com as mãos. Ele riu novamente, abraçou dando-me um beijo na minha cabeça e bagunçando meu cabelo brevemente. Abriu a porta do carro para mim e quando entrei a fechou sorrindo. Na boa, me senti mais como uma princesa com este fato, mas nada comentei. (n/a: Ah cara, o Gee tá sendo cavalheiro e você reclama? Passa pra cá então beesha)

-Aonde a gente vai? -perguntei atando o cinto.

-Você já vai ver. -falou sorrindo e me dando um selinho antes de dar partida no carro. 


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