Nossos Caminhos escrita por Gil Haruno


Capítulo 22
Nosso Amor




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–Estou perplexa com essa notícia, acho que tão abalada quando fiquei sabendo que meus pais tinham morrido.



–Acalme-se, ela deve ter se enganado, só pode ser isso.



–Não, eu tenho certeza absoluta que ela sabia o que estava falando, eu vi certeza em seus olhos.E o tempo que ela se afastou já diz tudo, estava dando tempo até surgir com essa bomba.



–Sakura não vamos pensar nisso...



–E vamos pensar em quê?-perguntou, furiosa-Meu Deus, Sasuke!Será que você nunca ouviu falar em camisinha?



–Pare de me repreender como se você fosse a garota mais esperta do mundo!



–Pois saiba que uma, duas, três transa não me deixariam grávida, ao não ser se eu quisesse.



–Sim, exatamente e foi isso que Aya fez.Ela tomava essas pílulas contraceptivas, assim me disse várias vezes.



–Sei, e a bonitinha de repente parou de se previnir e o senhor esperto não desconfiou de nada.



–Sakura...



–Vou para o meu quarto-levantou-se e saiu sem ao menos olhar para trás.




Suspirei de raiva, o ódio me dominava há cada momento que o rosto de Aya vagava por minha mente.Eu não tenho mais respeito por ela, muito menos admiração.Se ela pensou que um filho me fisgaria se enganou e muito mal, pois eu nunca quis solidificar nosso envolvimento, muito menos agora.Vou procurá-la e exigir provas sobre essa gravidez ou minha paternidade.





*x*x*x*x*x*x*x*




–Entre-pediu escancarando a porta para que eu entrasse.



–Estou aqui para saber sobre sua gravidez...



–Sobre o nosso filho, não esqueça-acariciou a barriga por baixo do vestido-Ainda é recente, por isso não tenho uma barriga saliente.



–Me polpe desses detalhes, Aya.Como você pode está grávida se sempre previniu uma gravidez indesejada?



–Sim, é verdade.Eu nunca deixei de me cuidar, mas vacilei algumas vezes ao lembrar de tomar as pílulas, você sabe que isso compromete a segurança da mulher.



–Mas algo me diz que você fez isso de propósito.



–Me acha capaz de fazer algo desse tipo?



–De uns tempos para cá você tem enlouquecido com a presença de Sakura...



–Eu não vou mentir, senti muita insegurança, mas sabemos que não era fruto da minha imaginação.Ainda assim eu não seria capaz de querer fisgá-lo com um filho.



Sentei bagunçando meus cabelos rebeldes.O silêncio dominou a sala pequena, eu não tinha coragem e nem ânimo para olhá-la nos olhos.Pela primeira vez na vida eu não sei como organizar minhas ideias.Eu quero chegar à uma solução, mas há cada tentativa frustada de pensar em algo Sakura vem à mente.Serei capaz de me conformar em ter um filho com uma mulher que eu não amo, mas jamais aceitaria perder a Haruno.



–Aqui está o exame de sangue, fiz ontem como pode ver, o resultado é positivo-entregou-me o papel.



–Ah!Não posso acreditar nisso!



Lamentei seriamente a confirmar a gravidez, de fato eu não sabia o que fazer.Aya sentou ao meu lado, deixava as lágrimas cairem silenciosamente.



–Eu também não queria ter essa responsabilidade agora, mas aconteceu.Sasuke, falamos sobre isso tantas vezes, lembra?Sorrimos com a simples imaginação de termos um filho-sorriu.



–Aquela época não existe mais, Aya.



–Sei, agora só existe aquela mimadinha em sua vida, como tem sido ultimamente.



–E estou feliz com Sakura, e eu não quero perdê-la por causa dessa gravidez.Sei que irei ofendê-la, mas não posso deixar de exigir um exame de sangue dessa criança.



–Eu passei três anos da minha vida sendo seu objeto de satisfação sexual.Como tem coragem de me pedir isso?



–Nossa relação sempre foi aberta, sem compromisso algum.Se você foi meu objeto de prazer, eu também fui o seu.Dou meu sobrenome a essa criança, conforto e carinho, mas quero ter certeza de que estou fazendo a coisa certa.



–Está bem, eu faço o teste que você quiser-nos olhamos-Apesar de tudo estou feliz porque vou te dar um filho, e não ela.Eu não sou má, mas estou adorando saber que Sakura está se mordendo de ciúmes.



–Vou embora-saí.




*x*x*x*x*x*x*x*x*




Semanas depois...



–Oi.



–Oi-respondi, seguindo Sakura com os olhos.



Jogou a mochila no sofá, e foi até a cozinha.Não se aproximou para me dar um beijo, apenas seguiu seu caminho deixando para trás um `oi´ seco.

Os dias passavam para nós, mas os problemas se acumulavam silenciosamente.Sakura está distante, fala o necessário, não me deixa aproximar dela como eu gostaria.Raramente olha em meus olhos, me dá um abraço ou me beija os lábios.Sinto que ela está sufocada com a gravidez de Aya, mas desde nossa última conversa sobre isso, ela nunca mais tocou no assunto.



–Você já almoçou?



–Você sabe que eu não almoço sem sua companhia-ela sorriu timidamente, pegou a mochila e se retirou-Posso pedir comida?-perguntei, fazendo-a parar.



–Sim, por favor-respondeu e saiu.



Enquanto ela provava o cardápio, passei a observá-la.Estava mais distante que o normal, mas sempre atenciosa.Nossa falta de diálogo fez com que ela amadurecesse mais, que tomasse outras atitudes.Eu sabia que ela estava dando um tempo a ela mesma, mas me angustia perceber sua tristeza.



–E como está sendo com Iruka?



–Bem, ele é um professor gentil, tem muita paciência, isso acaba nos ajudando.



–Hum, eu sabia que vocês ficariam em boas mãos.



–Mas não pense que a escola te esqueceu, principalmente a mulherada-sorrimos-Depois de muito pensar se era uma boa ideia acabei entrando para a equipe de olimpíadas de matemática, sou a capitã do time.



–Ótima ideia, eu sempre disse que você é boa com números.



–É ridículo, isso sim-sorriu, desajeitada-Mas sabe o que foi bom nisso?Vê toda a galera se desempenhar em alguma coisa.



–Então você abalou a escola?



–Parece que sim-calou-se, concentrando-se no prato.



–Sakura, eu não quero te ver dessa forma, triste e distante.



–Eu não estou triste, só estou quieta, pensando na vida.



–Está pensando demais e isso está afetando nós dois.



–O quê eu posso fazer, Sasuke? Ino não me olha nos olhos, passa por mim e não me cumprimenta.Eu fui sincera com ela, mas de nada serviu.Quando é que ela vai amuderecer seus sentimentos e perceber que não fomos as amigas perfeitas como deveríamos ser uma com a outra?Ela só vê uma culpada e ela só eu.



–Deixe Ino de molho por um tempo, ela vai acabar percebendo que está sendo imatura.



–Não sei, estou perdendo as esperanças-calou-se, como estava fazendo ultimamente.



–Não é somente isso que está te angustiando, não é?-nos olhamos.



–Eu não quero falar sobre isso-suspirou.



–E por quê não?



–Porque é horrível está dentro dessa situação.Eu não quero pensar ou saber detalhes sobre a gravidez daquela mulher.



–Você não quer, mas eu quero te deixar informada.Aya mostrou-me o exame que confirma a gravidez-Sakura baixou a cabeça e passou as mãos pelos cabelos rapidamente-Farei um exame de paternidade, não quero está fazendo a coisa errada.



–Para quê?Aya é louca por você, ela não seria capaz de te enganar dessa forma.



–Mesmo assim quero ter certeza-ela nada disse-Darei todo o conforto a essa criança e carinho também, mas ela conviverá com a mãe.



–Sasuke, eu não quero que você pense que eu vou atormentar sua vida paternal.É seu filho, você tem que cuidar dessa criança, dar amor e educação.Jogar as responsabilidades em cima de Aya não é seu caráter, então não se preocupe com o que eu acho ou deixo de achar-retirou-se da mesa.



Ouvi a porta do quarto ser fechada.Aquela era mais uma conversa que não dava em nada, que servia para nos distanciar mais.Decidido fui até o quarto dela, bati na porta e entrei.



–Sakura, eu sei que você precisa de tempo, e eu te dei esse tempo, mas é hora de sermos sincero um com o outro.Você quer realmente manter nossa relação?



–Por quê está me perguntando isso?



–Porque você está diferente, está agindo comigo como se eu fosse culpado-suspirei-Não tem porque você está comigo se não quer.



–Ninguém está me obrigando a ficar com você.



–Eu só quero dizer é que... é tudo muito recente, principalmente nosso envolvimento.Então... é cedo para você pular fora, assim evitaremos problemas maiores.



–Eu pensei nisso, mas não acho que seja o que eu quero realmente.Eu quero continuar aqui, agora sendo sua namora.



–E enfrentará meus problemas?



–Você enfrentou os meus quando eu estava sozinha, eu posso fazer o mesmo.Além do mais, eu não vou fazer o que Aya quer... nos separar de qualquer forma.



Me aproximei dela e lhe dei um abraço forte.Ela correspondeu o gesto e eu senti que sorriu.



–Não vamos falar mais disso, ok?Eu não quero que você se envolva com ela, nem ela com você.



–É o que eu vou fazer-beijei seus lábios ligeiramente.



–Comprei um filme, comédia româtica.Quer assistir comigo?



–Não faz seu tipo.



–Mas faz o seu, você vai adorar.



–Hum... Tá bom, vou tomar banho trocar de roupa e estarei aqui em meia hora.



–Aqui não, no meu quarto-falei provocando-a, eu sabia que ela ficaria constrangida-Foi brincadeira, esteja aqui em meia hora.



–Q-quer saber?Prefiro ficar no seu quarto, sempre que estamos nessa sala alguém chega.



–Está bem, você que sabe.





Dois toques na porta, Sakura estava pronta.Abri a porta e ela entrou.Surpreendeu-se com a nova decoração.Alguns móveis foram trocados de lugar, outros substituidos.



–Poxa, o quê você fez aqui?



–Resolvi mexer um pouco nas coisas, dá outra cara.Além disso tenho mais espaço.



–Ficou muito bom, as cores estão mais vivas.E onde eu vou ficar?



–Hum... Na poltrona ou naquela cadeira ali-apontei-Eu sei que você é muito tímida para se acomodar no mesmo lugar que eu.



–E esse lugar seria sua cama?-sorri-Pois ficarei confortável nela, acredite.



–E quem disse que eu vou duvidar?-perguntei, divertido.



Fim de tarde.... A chuva caía há algum tempo, os trovões balançavam o céu cinzento.O quarto era iluminado pela luz da tv, que brilhava e escurecia em cada cena.Os pingos d'água caíam sobre o vidro embaçado da janela, até escorrerem com frequência.

Enquanto Sakura concentrave-se no filme, eu acariciava seus cabelos com perfume de cerejeira, e abraçava a fina cintura por cima do vestido leve.Beijava a nuca, acariciava o ombro desnudo e dava leves mordidas em seu pescoço delicado.

Ela virou-se para mim, olhou meus olhos com desejo antes de me beijar.Sentia falta dos seus lábios, do seu perfume... dela.Me deitei sobre o corpo esguio, encaixando-me entre as pernas sedosas.Seus dedos dividiam com desespero as mexas negras dos meus cabelos, pressionando-me a aprofundar o beijo.Parei de beijá-la, contra minha vontade, e encarei profundamente o verde de seus olhos.



–Eu não aguento mais, preciso tocá-la, senti-la como mulher.



–Eu também quero senti-lo, Sasuke.



Beijei seus lábios com mais desejo, cultivando o brilho intenso que brotou em seus olhos.Desabotoei seu vestido, permitindo-me visualizar os seios salientes dentro do sutiã apertado.Suas mãos escorregaram até minha cintura, depois subiram arrancando minha camisa.Apertei com firmesa sua cintura, depois desci as mãos acariciando as pernas, subindo com os toques até encontrar a calcinha vermelha que dava o toque especial na sua beleza.

Subi com beijos ousados até os seios já desprotegido e os toquei de forma delicada com a língua.Sakura gemia meu nome silenciosamente, eu explorava prazeirosamente cada parte do seu corpo com a boca.

Me posicionei entre suas coxas, encaixando-me no seu corpo.Cada parte de mim se movimentava, como se quisesse prendê-la aos meus desejos para sempre.Há cada movimento um gemido de prazer e dor... Eu a tenho em meus braços da forma mais humana, mais envolvente... Debaixo do barulho agudo da chuva sobre o telhado, do quarto escuro com seu cheiro embriagante, a tornei única para mim.



*x*x*x*x*x*x*x*x*



Ainda dormia sendo envolvida nos lençóis.Passavam das nove da noite.Não chovia mais, somente o vento balançava as árvores na rua.Depois do banho fui preparar um chá, como de costume.



–Sasuke?-remexeu sobre a cama, depois me observou-Quê horas são?


–Passam das nove-fui até ela.



–Da manhã?-perguntou, confusa.



–Não, da noite-sorri, logo depois a beijei-O filme acabou e não vimos, parou de chover e sentiremos fomes depois do chá-lhe abraçei fortemente-Já que dormimos muito e não teremos sono nas próximas três ou quatro horas deveríamos aproveitar esse tempinho juntos.O quê você acha?



–Excelente-sorriu, maliciosa-Acho que você precisa me ensinar algumas coisinhas, serei uma boa aluna.



–Posso ser um professor muito malvado-tomei seus lábios sedutoramente, ouvindo vez ou outra seus gemidos.





Meia noite e meia...



–E aí? Como está o macarrão?



–Muito bom.Sabe que estou gostando disso?



–Disso o quê?



–Desses cuidados, atenção... Tenho que lhe dizer que você era uma péssima cozinheira quando chegou.



–É verdade, eu aprendi a cozinhar com você.Mas até hoje você não conseguiu fazer os lanches que eu faço.



–Bem, eu vou consegui um dia, pode apostar.



–Apostado.Sabe, estava lembrando da... -meu celular tocou.



–Desculpe-fui pegá-lo-Ah! Mas o quê ela quer agora?



–Deixe-me adivinhar... é Aya!



–Sim, a própria-Sakura suspirou, irritada-O quê você quer, Aya? Mas o quê houve? Sim, eu sei onde fica, em meia hora estarei aí-desliguei.



–O quê aconteceu?



–Não sei bem, mas parece que ela passou mal.Tomou alguns remédios e foi liberada.



–E ela está no hospital?



–Está sim.Sakura, eu...



–Vá, mas volte logo, ok?



–Não se preocupe, não vou demorar-lhe dei um abraço e um beijo antes de sair.




*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*



No carro...




–Você está grávida, tem que tomar cuidado e pensar antes de fazer esforço.



–Eu sei.Bem, é que a casa está pequena, andei comprando umas coisinhas pro bebê, e o espaço diminuiu drasticamente.



–Não se preocupe com isso, sua casa é grande, só precisamos fazer algumas reformas.Deixe o custo da obra comigo.



–E onde ficarei até essa obra acabar?



–Em um hotel-Aya desanimou-O custo da hospedagem também será por minha conta.



–Obra, hospedagem... O quê significa isso, Sasuke?



–É o que eu posso fazer por você.



–Você mora numa boa casa! Têm dois quartos de hóspede lá, eu posso me arrumar em um deles.



–Nem pensar! Eu não quero você enfiada naquela casa de novo.



–É por causa dela, não é?



–Sim, é por causa de Sakura! Aya mete na sua cabeça de uma vez por toda que eu não quero mais nada com você!



–Nada... -chorava, parecia querer a qualquer custo tornar a viagem mais difícil ainda-Não sabe como me arrependo de ter dado somente um susto naquela desgraçada.



–Você está delirando por acaso?



–Fui eu! Eu estava naquele carro.Eu provoquei o atropelamento de Sakura!



–Quê? Então é verdade? Sakura não disse isso para se vingar de você, ela estava certa.



–Eu fiz isso por amor a você!



–Agradeça por você está esperando um filho, porque se não tivesse eu lhe daria uma surra e lhe deixaria na delegacia!



–Sasuke, deixe-a! Temos planos juntos, sempre fomos um casal perfeito!



–Eu ainda tinha algum respeito por você, mas você não significa mais nada para mim! Eu vou tomar essa criança de você assim que ela nascer e você pagará por seu erro ou desaparecerá da minha vida!



–VOCÊ NÃO VAI ME DEIXAR!-segurou o volante.



–Solte esse volante, Aya!-tentava afastar suas mãos da minha, mas ela fazia de tudo para atrapalhar minha direção.



–VOCÊ NÃO VAI ME DEIXAR!



A empurrei contra a porta do carro.Segurei o volante e tomei a direção, mas o carro derrapou pela estrada, despencando barranco abaixo.





Continua...


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Notas finais do capítulo

Beijos!