A ausência diminui as paixões medíocres e aumenta as grandes, assim como o vento apaga as velas, mas atiça as fogueiras.
                                                                        (Autor desconhecido)

Bella acordou assustada e chorando desesperadamente. Mais uma vez nesses dias sonhou com Edward, mas desta vez não sonhou com ele sendo assassinado como vinha sonhando, mais sim se casando com outra, depois que descobriu toda a verdade sobre a vida imunda que ela viveu. Ele não a perdoou por ela não ter contado a verdade, a deixou no altar, e dias depois se casou com outra.

Bella sente um aperto enorme no peito e resolveu que contaria, ela mesma, toda a verdade sobre seu passado. Ela tentou poupá-lo de tudo, mas estava cada vez mais difícil. Sentia-se fraca, infeliz, ela sabia que ele poderia nunca mais olhar em sua cara ou começar tratá-la diferente, mas ela teria que passar por tudo, e confiar nele.

Levantou da cama, depois de se acalmar, tomou seu banho, colocou uma calça jeans, botas de cano alto preto, uma blusa xadrez dobrada até o cotovelo, deixou o cabelo solto. (http://estrelando.r7.com/fotos/87/61/fto_ft1_98761.jpg)

Depois fez sua higiene matinal e desce em direção à cozinha.

Ruth preparava o café.

-Bom dia querida!

-Bom dia Ruth. Poderia chamar o Louise pra mim?

-Tudo bem, mas você já vai sair?- Bella assentiu. -Nem pensar hoje você só sai daqui depois de tomar seu café.

-Tudo bem.

Depois de tomar seu café e comer algumas torradas. E logo encontra Louise,vão ao cemitério. Lá era o único lugar onde Bella se sentia protegida, estando longe de Edward.

Edward sai cedo de casa, sem ao menos tomar café. Chega ao FBI e logo é cercado por seus homens o avisando de um seqüestro relâmpago, onde um bandido mantém uma família em cárcere privado. Edward corre em direção ao local e depois de muita conversa e persuasão consegue fazer com que o bandido se entregasse, sem precisar usar a força ou sem ninguém sair ferido. Tudo acompanhado de perto pelas emissoras de TV. O trabalho durou a manhã toda e parte da tarde.

-Bom trabalho senhor- diz Jasper, tentando puxar papo. -Já que o trabalho foi realizado com sucesso e não precisamos voltar pra o escritório hoje, eu queria conversar com o senhor?

-Conversar?-pergunta desconfiado.

-Sim, tem um bar há poucos minutos daqui.

Edward curioso para saber o que se trata aceita.

Eles chegam ao bar, Edward logo é recebido com aplausos pelos freqüentadores do local, pelo trabalho a pouco realizado. Ele apenas balança a cabeça agradecendo. Eles se sentam, pedem uma bebida.

Edward olha sugestivamente para Jasper, para começar logo a conversa.

Jasper dá um belo gole em sua cerveja e começa.

-Ok, eu vou começar só não sei por onde. -diz nervoso.

-Que tal do inicio? –diz Edward sarcástico.

-Claro, claro .Olha chefe...

-Apenas Edward.

-Han... Edward, desde que começamos a trabalhar juntos, naquele dia em que você estava com a moça em seus braços...

-Isabella.

-Oh, sim Isabella, eu percebi algo diferente, eu estou sendo muito intrometido eu sei, mas eu comecei e vou terminar. A maneira com que você a olhava, não era nada comum. -Edward franze o cenho, mas Jasper continua-Eu sei bem o que estou falando, apesar de não ter encontrado o amor em minha vida, mas eu sei identificar quando alguém tem a sorte de encontrar.

-O que?Você está louco?-diz furioso, ameaçando se levantar.

-Sabe Edward às vezes você tem que aceitar quando lhe estendem a mão. Eu estou aqui enfrentando a tremedeira e o pavor, por estar falando esse tipo de coisa com você. Eu quero ser seu amigo, me sinto obrigada a isso, não sei por que mais sinto. Eu estou tentando abrir seus olhos, mas se você não aceitar minha ajuda pode ser tarde de mais.

Edward volta a se sentar e vira de uma vez a dose de seu copo, e pede outra dose de uísque.

Como Edward não falou nada, mas voltou a se sentar, Jasper tirou coragem não sabe de onde e continuou.

-Muitas pessoas se apaixonam várias vezes na vida, mas poucas amaram ou encontram um amor verdadeiro, como você encontrou. E olha às vezes encontramos, mas por não prestar atenção em alguns sinais, simplesmente deixam o amor passar, voando com o vento, sem se abri pra ele verdadeiramente. Eu sei o que te fez desistir da prostituta.

Edward presta atenção em todas as palavras de Jasper, enquanto bebe mais uma dose, de sua bebida.

-Edward você pode falar comigo, às vezes ajuda.

-Ah você é policial ou psicólogo?-diz sarcástico

-Eu troquei a faculdade de psicologia para ser policial.

-Ah bom!-tenta fugir do assunto e pede a garrafa inteira de uma vez.

-O pior erro do ser humano é tentar tirar da mente o que não sai do coração. Você este indo trabalhar mesmo estando de folga, metendo a cabeça no trabalho. Ela está na sua casa?

-Sim.

-Então, não adianta você tentar fugir,pelo contrário,insista,persista,corra em direção a sua felicidade, não deixe cai diante dos seus olhos, Edward.

-Eu não iria consegui fazê-la feliz. - desabafa.

-Mas você pode estar a fazendo sofrer.

-Eu não quero isso.

-Seu afastamento pode está matando-a Edward!

-Merda- diz culpado passando a mão pelos cabelos repetidamente, os deixando mais desalinhados. -Definitivamente mexer com os sentimento do coração é apontar uma estaca para o próprio coração.

-Sim, é mesmo. Mas ainda está em tempo de reverter à situação. Eu não a conheço, mas ele me pareceu estar extremamente apegada e pode estar até amando-o também.

Edward e Jasper ficaram conversando horas e horas, como se fosse velhos amigos. Mas com certeza uma grande amizade crescia ali. Depois de se abrir como nunca tinha feito antes, Edward estava mais bêbado do que jamais ficou na vida.

Jasper o ajudou a sair do bar e entra no carro, lhe pedindo o endereço de sua casa. Apesar da voz arrastada ele lhe deu, Jasper seguiu para o endereço, esperando que o mesmo estivesse certo. No final das contas estava, passou pela portaria e colocou Edward com dificuldades, afinal o homem é gigante e pesado, no sofá da sala, acompanhado de perto por Luke, que rosna repetidas vezes pra ele. Sai rapidamente da casa, trancando aporta e colocando a chave por debaixo da porta. Deixando um Edward extremamente alcoolizado e desmaiado no sofá.