Todo amor verdadeiro tem seus obstáculos.

Naquela noite fria, Edward não dormiu nada, ficou rolando de um lado ao outro em sua cama, pois decidiu não dormir com Bella. Mal sabendo o mal que causaria.

Afinal como ‘’o amor vai e vem fácil’’ ,como ele leu,resolveu se afastar de Bella, iria tentar manda par o inferno esse sentimento que carregava no peito. Não queria causar nenhum sofrimento a mais a ela, por achar que não saberia amá-la com ela merece.

Quando o relógio marcou cinco horas da manhã, pulou da cama literalmente, pois não queria acordar e encontrar Bella, porque bem sabia, que quando a visse de novo seu plano iria por água abaixo.

Ele desce até a garagem e tira de lá as centenas de sacola que comprara no shopping. Encontra em uma delas, um caderno preto e rosa, que comprou pra ela escrever suas músicas.

Vai a seu quarto deixa as sacolas e o caderno em cima da mesa de cabeceira e tenta ir embora, mas seu olhar cai sobre ela.

Enrolada no mesmo lençol branco que a cobriu, não está com um semblante nada feliz, parecendo estar em um pesadelo.

Edward, porém, não percebe o mal que causará a ela deixando-a sozinho em um momento tão difícil, como o que ela está revivendo.

Ele se baixa e lhe dá um singelo beijo na testa e sai apressado do quarto sem olhar para trás.

Ruth, que está passando roupas no quarto ao lado, vê pela fresta da porta, Edward parado de costas para o quarto onde Bella dorme.

Ele não sente que está sendo observado, passa a mão pelo rosto e cabelo, e tenta aplacar o aperto sem eu coração, fecha os olhos com força, lutando com seu subconsciente. Sua mente diz que é o certo a fazer, e que é para o bem de todos, acabar com o que não tem um caminho próspero e feliz pela frente. Porém, seu coração diz o contrário.

Coma luta interna travada, Edward sente que está entrando em um buraco sem fundo onde ele só cai mais e mais.

Porém como todo homem burro, que descobre a magia do primeiro amor, para ele o único, decide seguir sua mente, sentindo seu coração despedaçar. Mas ergue a cabeça, decidido a esquecer esse sentimento que está o deixando mais fraco e idiota, assim pensava ele.

Ruth vê a aflição estampada na cara de seu padrão e percebe que ele já enxergou o que sente. Ela sabe que esse é o momento que pessoas com Edward, frios, durões, sempre tentam fugir quando encontra alguém que derreta o gelo de seu coração.

-Essa parte não dura para sempre. -pensa com um sorriso no rosto.

Edward já na estrada em direção ao seu trabalho, mesmo estando de folga pelos próximos dias, afunda mais o pé no acelerado, tentando afugentar as imagens que passam como flashes do roso de Bella de sua cabeça.

-Inferno-soca o volante.

Logo chega ao enorme e luxuoso prédio do FBI, vai direto para seu escritório sem olhar e dirigir a palavra a ninguém. Tentando voltar com sua rotina.

Senta-se na sua cadeira e tenta relaxar, quando uma batida na porta o sobressalta.

-Com licença,mas hoje o senhor está de folga. -diz sua secretária se intrometendo aonde não é chamada.

-Eu sei. Eu não preciso de ninguém para me informar isso. Se eu quis vir trabalhar hoje o problema é todo meu. -diz seco.

-Desculpe-me senhor - diz Ângela com a cabeça baixa.

-Sai logo daqui. E não me perturbe mais.

Ângela sai, sem da mais nenhum piu.

Bella acorda desnorteada, após um pesadelo horrível que teve com Edward. Na qual o mesmo era morto fria mente por seu próprio pai. Ela sente na cama ofegante e olha em volta, percebe que está sozinha.

As lembranças no dia anterior e de anos atrás voltam como um soco violento, seu estômago protesta.

Bella corre para o banheiro e joga todo o resto de comida existente no vaso. Sem forças para se levantar,deita no chão frio do banheiro,em posição fetal.

Depois de horas ali, consegue levantar-se, toma um banho gelado, escovas os dentes,pega as sacolas que Edward deixou,veste uma calça jeans, um tênis e uma blusa branca (http://www.mileyphotos.org/displayimage.php?album=183&pos=5 )se senta na cama.No fundo quando acordou no meio da noite e estava sozinha,soube que estava acontecendo alguma coisa com Edward ,mas não soube dizer o que é.Porém a ferida que estava cicatrizando vagarosamente após a chegada de Edward,volta a sangrar.Bella sabe que a única pessoa capaz de abrandar seu sofrimento é seu avô.

Bella desce e já ia saindo quando Ruth lhe pergunta:

-Não vai tomar café querida?

-Não, estou sem fome. Obrigada.

-Aonde vai?

-Ao cemitério

Inicialmente pensa em mentir, mas sabe que é péssima nisso acaba conta a verdade.

-Sozinha?

Bella assente.

-Espere, o Louise pode levá-la. Ele é o motorista do patrão, vou chamá-lo.

Bella tenta dizer que não, mas a empregada não lhe da ouvidos e volta rapidamente com um senhor roliço,com os cabelos pretos,de mais ou menos cinqüenta e poucos anos,mas como semblante jovem e sorridente.

Eles se apresentam e depois de muita insistência de Ruth, Bella aceita. Ela informa o local que deseja ir, menos de quarenta minutos chegam ao cemitério.

-Obrigada senhor, pode ir agora.

-Só Louise, por favor. Eu ficarei até a senhorita voltar, nãos e preocupe pode demorar o tempo que quiser.

-Tudo bem.

Bella segue para o túmulo de seu avô. À medida que se aproxima alívio e tristeza vão tomando seu corpo e as lágrimas não podem mais ser seguradas.

Quando finalmente chega, senta-se no túmulo de granizo e passa a mão pela na foto que esta no centro.

-Sinto tanta sua falta vovô, como eu queria que o senhor estivesse aqui comigo.Me chamando de anjo,me abraçando como só o senhor sabe.Aquela ferida abriu mais vovô,eu não tenho forças para lutar contra.Me perdoe por ser tão fraca .Eu te amo.-Bella diz e se deita.

Ao seu redor uma atmosfera nada agradável a atinge. Não se importando com o frio que bate em sua pele exposta, causando arrepios, continua ali chorando cada vez mais forte e descontroladamente.

A noite chega, somente depois de um funcionário do cemitério lhe avistar que estão fechando é que Bella se levanta e vai para o carro.

É recebida pó Louise, que abre a porta pra ele a e vai para o banco do motorista.

Louise percebe seu rosto inchado e vermelho e se preocupa.

-A senhorita está bem?

-Sim- a voz de Bella sai como um sussurro.

Treinado para ser discreto e não se meter na vida de seu patrão não lhe pergunta mais nada e vai embora.

Chegam a casa, Bella agradece e vai pra dentro de casa. Ela avista Ruth e lhe pergunta:

-Boa noite Ruth. O Edward chegou?

-Boa noite querida. Não, ainda não.

Bella não consegue disfarçar sua decepção, apesar de tudo queria vê-lo.

-Obrigada. Eu vou pro quarto.

-Não vai jantar?

-Não estou com fome.

-Mas você não comeu nada!

-Pois é!

Sobe pro quarto, toma um banho quente, assim relaxando seus músculos tensos. Veste um pijama comportado. Quando vai para a cama percebe o caderno deixado por Edward.Ela lembra que no shopping ontem,entre um de seus papos,ela soltou que não tinha nada para escrever suas músicas,ai foi que ele comprou o caderno de presente pra ela.

Bella sorri, pega o caderno e uma caneta, senta-se na cama e começa a escrever algumas músicas que rondam sua cabeça. Mas logo adormece.

Para Edward o dia foi igualmente cansativo e chato. Passou o dia afundado no trabalho, parando apenas para almoçar. Mas ao contrário do que pensava as imagens de Bella voltava e o atormentava, ele parava tudo que estava fazendo e ficava olhando pro nada com um sorriso torto nos lábios.

Jasper que estava de folga, mas após a ligação de Ângela, a secretária de Edward,avisando que ele o chamava, parou tudo e foi trabalhar. Ele via a distração constante do chefe e logo arrumava um jeito de chamar sua atenção novamente aos papéis ou o computador em sua frente.

Edward foi o último a sair do prédio, não queria chegar cedo em casa e encontra Bella.Quando já era meia-noite foi para casa.Chegou em casa comeu algo que achou na geladeira,tomou seu banho,colocou uma calça e camisa leves e se jogou na cama.

Tudo em vão, sua cabeça fritava para ir ao quarto de Bella e pelo menos ver se ela estava bem.

Foi ao quarto, e a encontrou dormindo com o caderno encima de seu peito e com a caneta na mão.

Pegou o caderno e caneta com cuidado e colocou na mesa do lado da cama. A cobriu, deu um beijo em sua testa e lhe sussurrou um boa noite.

Bella acordou a tempo de sentir o beijo carinhoso depositado em sua testa e ouvir o boa noite. Porém, não abriu os olhos, apenas sorriu e virou de lado contente.

Edward a observou sorrir e sorriu junto, saiu e fechou a porta do quarto. Tentando fazer com que a vontade louca de deitar do seu lado e sentir o seu calor, como fazia antes de seus sentimentos virem à tona, passasse.

Ele deitou em sua cama, demorou, mas consegui pegar no sono, mas mesmo assim não conseguiu abandona - lá sonhou com Bella o tempo que esteve dormindo.