(Nem) Todo Mundo Odeia a Emily escrita por May_Mello


Capítulo 7
Todo mundo odeia ladrões.


Notas iniciais do capítulo

Tcharãn! õ/
Estou de volta, moçada. E que demora, hein? Não estava mais aguentando essa viagem infernal. Detesto calor. Urrrg. Não posso nem lembrar. /morre
Espero que vocês ainda estejam vivos. E eu sou uma sem coração, eu sei. D: Mentira, eu tenho coração, e ele é cheio de colesterol. -q É que nem deu pra desejar Feliz Natal e nem Feliz Ano Novo, mas espero que vocês tenham sido felizes nessas datas, ao contrário de mim. :/ -q
Bom, então... Feliz Páscoa adiantado, porque vai que... Ok, nem tanto. '-'
Muito obrigada pelos reviews gamantes. *-* Vou respondê-los depois, ok?
Espero que gostem desse capítulo, porque eu não gostei. /cry'
Boa leitura... -v-



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“(...) pois eu posso até não estar vendo quem roubou o meu objeto da sorte, mas já odeio essa pessoa do fundo do meu fígado.”








Quando eu era pequena, eu já tinha o costume de reclamar da vida. Eu deveria ter aproveitado mais a época em que as minhas únicas preocupações eram não fazer xixi nas calças e xingar todo mundo que implicava comigo porque eu preferia brincar de carrinho do que de boneca. Se eu soubesse que as coisas iriam piorar drasticamente dessa maneira eu teria aproveitado meu tempo livre e reclamado mais.

Recapitulando os últimos capítulos da minha vida eu percebo que quanto mais eu rezo mais a assombração aparece.

–Andem logo, cambada! – Gregory berrava em frente à casa dos Schultz enquanto os esperava para irmos jogar vídeo-game. Tomara que a mãe deles saia com um cabo de vassoura e bata na cabeça dele pra ele aprender a parar de ser tonto.

Lukas passou pela porta; olhou para Gregory e depois olhou para mim.

–Minha mãe não deixou a gente ir. – Lukas disse, suspirando. – Ela disse que temos que ajudar a terminar a mudança.

–Obrigada, senhor! – Fechei os olhos exclamando e quase me ajoelhando ali no meio da rua.

–Poxa, cara. – Gregory balançou a cabeça negativamente.

Thomas saiu logo atrás de Lukas, e me lançou um olhar terrível. Ele só faltou rosnar, pular em mim e arrancar minha orelha.

Entortei um pouco a cara e estalei os olhos, olhando para ele. Acho que fiquei parecida com a menina do filme de terror de ontem e talvez tenha assustado ele. Não, não assustou. Lukas começou a rir e Thomas deu um sorrisinho ainda com aquela cara de “te pego na saída”, enquanto Gregory ainda se lamentava.

–Pra quê se lamentar? Nós temos é que comemorar! O sol está brilhando nesse dia lindo, olhe! – Falei para Gregory e olhei para o céu, que ainda permanecia nublado por causa da chuva. – Bem, nem tá brilhando tanto, mas o dia tá lindo.

–Quem sabe na próxima, não é? – Gregory olhou para mim e logo depois perguntou para eles, voltando a sorrir.

–É, em alguma próxima vida, e de preferência na que nem tiverem inventado o fogo ainda e muito menos um vídeo-game. – Falei.

–E de preferência na que eu nascer cego pra não ver sua feiúra. – Thomas revidou, olhando para mim.

–Vamos, Gregory. Os meus olhos precisam de descanso de tanta... Tanta... Só... Vamos logo! – Puxei Gregory enquanto falava.

–Tá, tá. – Gregory resmungou.

A nossa tarde foi linda. Jogamos a tarde inteira, enquanto ríamos e nos divertíamos comendo todos os tipos de porcarias na face da terra.

NÃO! NÃO FOI NADA DISSO! Chegamos na casa do Anthony e fomos expulsos, como esperado. Então seguimos rumo à casa do Gregory, e eu fui atingida por um monte de água, quando um carro ‘acidentalmente’ passou por uma poça e fez com que tudo espirrasse em mim. Chegando no Gregory, demorou umas três horas pra televisão preta e branca dele ligar.

Claro, foi muito divertido comer puro pão velho enquanto jogávamos um jogo que travava toda hora em uma televisão 1D. Tá legal, não era nem 1D, mas pelo menos tinha momentos em que ela pegava milhões de cores, porque quanto a imagem travava aparecia um monte de fitinhas coloridas dançando na tela. E o cabeçudo do Gregory não quis que a gente fosse pra minha casa porque era muito longe. Foi perfeito. Tão perfeito que tenho vontade de chorar.

Agora estou voltando pra minha casa. Sozinha, numa rua escura e solitária, tudo porque meus belos amigos da onça dizem que a minha casa é muito longe.

Já devem ser umas nove da noite, e tudo o que só pode ouvir por aqui são tiros. Mentira. Só latidos de cachorro, mas se fossem tiros seriam até menos assustadores.

Se eu tenho medo de ser roubada enquanto volto pra casa sozinha à noite? Claro que não, até porque a única coisa que podem roubar de mim são... Bem, será que meus órgãos prestam?

Não, eu realmente não tenho medo. Tudo bem. Eu tô tremendo que nem vara verde aqui, mas é segredo.

Já posso avistar a minha casa. Meu Deus, espero que a luz tenha voltado! Mas se depender da sorte que tenho é capaz que até alguns fios de eletricidade tenham se arrebentado, sei lá, explodido.

Passei em frente à casa dos Schultz, de onde uma barulheira infernal podia ser ouvida. Essa não! De aberração barulhenta já basta eu nesse bairro.

Entrei em casa e tropecei em tudo antes de achar o interruptor. A luz piscou umas quinhentas vezes, igual naquelas casas abandonadas, antes de acender.

Subi para o meu quarto, não antes de acender todas as luzes pelo caminho. Tudo está muito estranho por aqui. Muito estranho. Algo me cheira mal, e dessa vez eu nem botei fogo na cozinha.

Aglomerei toda a bagunça do meu quarto em um único canto bem longe da minha guitarra. Claro, eu protejo a minha preciosidade, mesmo nem sabendo tocar.

Dei uma boa olhada por todo o meu quarto. Por que raios eu sinto que falta algo?

Me encarei no imenso espelho da porta do meu closet e tentei ignorar a barulheira que vinha do quarto dos gêmeos antes de me jogar na cama. Fiquei olhando para o teto mais uma vez. Ai, que depressão.

De repente eu me levanto em um pulo, como se tivesse sido picada por uma cobra. Tá, eu não sei qual seria a sensação de ser picada por uma cobra, mas eu me levantei na velocidade da luz.

Olhei por toda a minha cama, tendo um flashback de onde eu tinha “guardado” o meu all star da sorte. Não, não, não... NÃO!

Revirei toda a casa. Olhei até dentro da privada, e nada de encontrar o meu amado all star. Só achei o outro par, que estava jogado dentro do meu closet.

Não é real! Eu só dormi de tédio na casa do Gregory e estou tendo um pesadelo desses. É a única explicação lógica.

Voltei para o meu ponto de partida, o meu quarto. Encarei o pé oposto do meu all star da sorte. Ah, cara! Se nem com o conjunto todo eu tinha sorte, imagina só com um pé.

Olhei para a porta da minha sacada que estava entreaberta. Como assim?

Sabe aquela frase que diz que o que os olhos não vêem o coração não sente? Então, ela é uma baita de uma mentira, pois eu posso até não estar vendo quem roubou o meu objeto da sorte, mas já odeio essa pessoa do fundo do meu fígado.








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Notas finais do capítulo

É, a vida é um cão de saia.. Nanana... Esqueciorestodaletra...(8)'-'
Err... Então, ainda tem alguém aí? Se tiver, peço que comente agora ou cale-se para sempre. {?} @_@
Ai, G-zuis, beber muita água salgada dá nisso. Mas... E agora, José? Conseguirá Emily descobrir quem roubou seu pobre tênis? Conseguirá ela recuperá-lo? E o mais importante: Conseguirá Gregory uma TV nova ou algo do tipo? HAUHSDJHAJSDHAUDHA' Ignorem. '-'
Bjos e acho que o próximo capítulo não irá demorar. XD