(Nem) Todo Mundo Odeia a Emily escrita por May_Mello


Capítulo 5
Todo mundo odeia os vizinhos.


Notas iniciais do capítulo

Hey, olha eu aqui! õ/
*leva uma pedrada*
Desculpa pela demora e pelo capítulo escroto. D:
As provas estão realmente acabando com a minha pouca criatividade. ¬¬'
Gente, muito obrigada pelos comentários. Não vou responder eles agora porque tô me matando de tanto estudar aqui. Só tirei um tempinho pra vir postar agora. Amanhã eu respondo todo mundo e vou dar 100 pontinhos pra todos que estão acompanhando a fic. Tô muito feliz. HAUSHUJDHJHDAHD'
E quero agradecer muito mesmo à BHM pela recomendação linda. Muito obrigada. *-*
Boa leitura. o/



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"-Eu não acredito que você é nossa vizinha.

–EU TAMBÉM NÃO!"


–Vai, vai, sua pamonha! Não pára! Não, não, por favor! Sua estúpida! – eu gritava com a porta de vidro que dava para a minha sacada. Bem, eu não gritava com a minha porta, e sim com as gotas de água que nela escorriam.

Bom, estava chovendo, e como não tem nada melhor pra fazer eu estou apostando corrida com as gotas de água, enquanto Metallica ecoa alto pelo meu quarto. Tão alto que os vizinhos devem achar que aqui é algum lugar de... Bem, eu não sei o que eles pensam! Tá querendo que eu adivinhe?

Eu moro muito, muito longe da escola, mas com o tempo você se acostuma a não sentir mais suas pernas depois de andar uns 100 quilômetros, ou mais. Tá, é longe, mas nem tanto. Pra ajudar mais um pouco na minha rua mora o capeta, literalmente. Zooey mora no final do quarteirão, e sempre quando pode passa por mim com aquele carrinho rosa dela enquanto eu me mato de tanto andar.

Pra completar fiquei na detenção e ainda peguei chuva no caminho, não tinha água quente no meu banheiro e eu quase morri congelada enquanto tomava banho. Agora estou aqui, apostando corrida com gotas de água.

Ué, há algo muito estranho por aqui. Tem um caminhão de mudanças parado frente à casa dos Montgomery desde que cheguei, e agora há uma movimentação estranha lá dentro. Os Montgomery são uns velhinhos que sempre estão me xingando pelo som alto. A sacada deles quase encosta na minha, e ainda bem que eles não usam o quarto com essa sacada. Deus me livre e guarde!

Será que eles morreram? Eu juro que não fui eu, apesar de desejar isso várias vezes. Eu sei, eu não vou para o céu. Vou passar direto e vou acabar indo parar no espaço sideral. Triste fim de Emily Evans.

Enfim... Que se danem! O que importa é que eu perdi. Eu perco até em uma competição de gotas. É o cúmulo!

De repente o som desligou e a luz apagou, assim, do nada. Seriam os espíritos dos Montgomery? Não, bobagem.

–Bobagem. – repeti para mim mesma, mas se isso é mesmo bobagem pra mim, cadê a coragem para parar de encarar a porta e olhar para trás pra ver o que aconteceu?

Minha mãe nunca está em casa. Eu nunca pensei que fosse dizer isso, mas eu queria que ela estivesse aqui agora. Tá, foi só a luz que acabou. E eu definitivamente não quero que minha mãe esteja aqui.

Me virei para olhar pelo meu quarto, onde não se via nem a porta, de tantas roupas e tranqueiras jogadas por ele. Então me virei para a porta de vidro novamente e...

–AHHHHHHHHHHHHHHHH! – levei um dos maiores sustos de toda a minha vida. Não, eu não vi os espíritos dos Montgomery, eu vi... o Michael Jackson. Não, também não.

Era o Thomas, que também olhava para mim, só que os olhos dele não estavam arregalados, como deveriam estar os meus.

–O que você está fazendo aí? – ouvi a voz dele abafada pela minha porta, que ainda estava fechada, ao contrario da dele.

–Eu moro aqui! – falei, abrindo a porta. Minha mão tremia e minhas pernas ainda estavam bambas. – E por favor, se quiser me matar, faça de outra maneira , não me dando um susto desses. – olhei bem pra ele, que passou a língua pelo piercing que ele tinha no lábio inferior. – E você? O que faz aí? – perguntei, andando mais pra frente e entrando em minha sacada. Ainda bem que a chuva já tinha parado.

–Eu moro aqui. – respondeu, dando de ombros.

–Desde quando?

–Desde que eu me mudei, esperta. E agora esse quarto é meu e do Lukas. – respondeu, rindo convencido, enquanto eu revirava os olhos.

–Mas é muito chato mesmo. Além de tentar me matar fica aí, me dando patadas.

–Eu moro aqui desde hoje. A gente tinha se mudado pro centro, mas aí a gente resolveu se mudar pra cá, e agora eu percebi que é muito longe da escola. Feliz? – ele perguntou, entediado.

–Não. E eu tive que me acostumar a não sentir mais minhas pernas depois de andar tanto pra ir e voltar da escola todos os dias. Com o tempo você se acostuma, mas eu realmente espero que você morra antes disso. – falei, fazendo a minha cara de “barraqueira”.

–Problema seu. – ele provocou.

–Ah, é? Então... Então... É mesmo problema meu. – tentei argumentar, mas vi que não tinha como. – Você é muito irritante, sabia?

–E você é muito chata, sabia?

–Sabia. O que eu não sei é por que você saiu da Alemanha pra vir me amolar aqui! – estiquei minha mão direita, tentando fazer com que meu dedo indicador ficasse bem na cara dele, mas a distância, ainda que fosse pequena, não me permitia, pois ele estava afastado de mim.

–Não te interessa. Olha, é muito pra essa sua cabecinha oca entender. – ele revidou, enquanto eu abaixava a mão.

–Olha aqui, seu... seu... seu... – ele começou a rir, enquanto eu pensava em um xingamento propicio. – Não é engraçado!

–Eu gosto de encher o saco às vezes, mas você é muito chata, cara.

–Sou mais chata que a Zooey? – não tenho idéia do por que perguntei isso.

–Muito mais. – ele fez um gesto com os braços. Acho que queria mostrar o tamanho da minha chatice.

–Poxa, magoou. – murmurei.

–Aliás, não acho a Zooey chata. Me sentar na mesa dela foi a melhor coisa que me aconteceu naquela escola. O Lukas é mesmo um trouxa de ir pedir desculpas pra você por isso. E você é só uma chata sem seios!

–Eu não acredito que você disse isso! – bufei, entrando no meu quarto cega de raiva. Agora ele tinha me acertado num ponto fraco!

–O que? Vai fugir agora? – ele me perguntou. Peguei a primeira coisa que vi pela frente, no caso, um tênis, ou pelo menos acho que é isso.

Voltei pra minha sacada. Provavelmente meu rosto está da cor do meu cabelo de tanta raiva. Taquei o tênis com tudo. Era pra acertar nele, mas por sorte – ou azar – o tênis bateu em um dos vidros da porta da sacada dele, que despedaçou em uns mil pedaços.

–Olha o que você fez, sua vesga! – ele exclamou, olhando o vidro quebrado, enquanto sua boca forma um perfeito “O”.

–Quem morreu? – Lukas, preocupado, entrou no quarto, olhando para Thomas, que não desviou o olhar do vidro quebrado.

–Por enquanto ninguém, mas seu irmão morrerá em breve! – respondi, e houve um silêncio momentâneo. – Eu não acredito que disse que você podia ser legal! – olhei para Thomas, ainda bufando.

–Emily? – Lukas arqueou uma sobrancelha. Só agora ele percebeu que a louca que quebrou um dos vidros deles sou eu? – Eu não acredito que você é nossa vizinha.

–EU TAMBÉM NÃO! – gritei, entrando no meu quarto, batendo a porta com tudo e fechando a espécie de cortina que tinha nela para que não se pudesse ver nada.



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Notas finais do capítulo

AHHHHHHHHHHHH! Não me matem, eu sou linda. Mentira, eu sou feia. '-' Mas não me matem porque eu sou uma boa pessoa. Não, eu também não sou uma boa pessoa... ._.'
Enfim, não me matem. -q
O Tom e a Emily realmente não se deram bem. E acho que no próximo capítulo tem um "mistério". /fail
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Cri, cri, cri. *barulho do vento*'-'