(Nem) Todo Mundo Odeia a Emily escrita por May_Mello


Capítulo 46
Todo mundo odeia convites.


Notas iniciais do capítulo

Oooopa!
Olha eu aqui de novo! o/

Seguinte galera: Muuuuito obrigada pelas novas recomendações, ok? Muito obrigada mesmo!
E muito obrigada pelos comentários também, são essas coisas que me motivam e me fazem voltar mesmo depois de 300 gerações.

Não tô com muito pra dizer, e se eu dissesse que consegui estragar meu notebook de novo vocês provavelmente diriam que é mentira ou me internariam porque eu devo ter sérios problemas pra estragar tanto computador assim, mããããs.... Vamos ao que interessa, ne? Fiquem agora com esse capítulo escroto.
UmBjo&UmQjo ~



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Todo mundo tem coisas importantes pra fazer. Aprender a tocar bateria, sair com o pai pra assistir o jogo de não sei quem, estudar, pegar garotas... Beleza. Deixem a Emily sozinha e chorando no seu quarto escuro.

Ultimamente tem sido assim. Todo mundo está ocupado demais pra mim... E sim, eu estou dramatizando tudo como sempre. Mas parte da situação é verdade! Poxa! Eu me acostumei tanto com todo mundo me perturbando que... Sei lá.

E nesse tempo em que todo mundo tem me ignorado, eu reparei em coisas incomuns até pra um pessoa como eu: um dia no ônibus Lukas segurou a mão da Sam meio que espontaneamente, acho que estão namorando; outro dia peguei o Anthony prestando atenção na aula sem ficar entediado ou com sono; e nessa manhã, enquanto eu amarrava meu all star sentada em minha cama, reparei que Thomas me olhava da sua sacada, e quando me viu, ele simplesmente sorriu. Essa última situação foi estranha, admito. Foi quase tão estranho quanto eu não nem ao menos ligar ao ver o Lukas segurando a mão da Samantha.

Cansei dessa depressão toda me envolvendo e juntei um casaco pra dar uma volta por aí. Jogada ao vento, perambulando, sem ninguém... Ai, que dor no coração.

Não dei nem dois passos pela rua e meu momento de solidão-eterna-nem-tão-eterna-assim foi interrompido por um Thomas todo sério sentado na varanda. Só fingi que não o vi e passei reto, balançando meu cabelo e me achando o último carvão do saco. Ok, essa comparação foi tão horrenda quanto o Thomas... E sim, hoje estou fazendo muitas comparações.

Caminhei calmamente. Andei um tanto bom, uns cinco quarteirões mais ou menos, até o parque da rua Brook. Era um parquinho ajeitadinho que nos finais de semana atraía um monte de criancinhas ranhentas. Mas hoje só estava calmo e silencioso, pra ajudar no meu humor.

Sentei-me em um dos balanços e me balancei de leve, olhando para sol que já se punha.

–Que dia mais triste! – Exclamei suspirando.

–É claro que o dia está triste, só porque eu não fui te ver hoje. – Thomas abriu um sorriso tão grande que ocultou o restante que faltava para o sol desaparecer. Fora o susto que me deu aparecendo assim, do nada.

–Será que pode me dar licença? Não está vendo que eu estou aqui em depressão profunda? – Apenas o encarei com minha cara de morte e ele saiu da minha frente, se sentando no balanço ao lado.

Houveram uns três segundos de silêncio.

–Então... Sobre o baile...

–Shii. Escuta o barulho do silêncio, Thomas.

É realmente estranho o fato de como Thomas se aproximou de mim nesse mês que passou. Acho que isso é devido às aulas de guitarra que ele tem me dado, ou simplesmente pela sua insistência em invadir minha casa e ficar me fazendo rir todos os dias... Não sei.

–Tá legal. Pode falar. Não agüento mais esse silêncio, esse abandono... Por que não foi na minha casa esses dias? Todo mundo me abandonou! – Me desesperei e Thomas cruzou os braços, fingindo que eu nem estava ali. – Thomas? THOMAS? Thomas... – O último “Thomas” saiu em um choramingo, e Thomas riu, finalmente se voltando para mim.

–Tadinha dela. – E ainda debochou de mim.

–Urgh! É melhor você calar a boca mesmo, menino! – Agora fui eu quem cruzou os braços, super irritadinha.

–Não precisa ficar brava, sua estúpida. Não fui na sua casa porque eu estava muito ocupado...

–Ocupado, é? – Interessei-me, arqueando as sobrancelhas.

–Ocupado pensando em um bom plano pra gente se vingar da Zooey no baile... No baile que é semana que vem, sabe? – O que ele está insinuando com esse “sabe?” no final da pergunta, hein, universo?

–Bem, vamos só desistir... De qualquer forma, se a gente se vingar da Zooey, eu sei que quem vai dar a última gargalhada maléfica será ela. Aceite os fatos, Thomas.

–De jeito nenhum! Agora que ela aceitou ir no baile comigo... E além do mais, eu já pensei em tudo.

–Ótimo. Faz tudo certinho e depois me conta como foi.

–Eu me esforçando aqui e é assim que você me trata?! – Thomas apontou para o próprio peito, todo revoltado.

–Aposto como seu plano nem me envolve no meio, não é? Eu nem vou ao baile e... –Acabei de me dar conta que Thomas está me ajudando sem que eu nem tenha pedido. Ele vai se vingar da Zooey por mim sem que eu nem tenha pedido, e só agora eu me dei conta disso? Ele vai se vingar da Zooey... por mim?

O encarei, que me olhava com uma cara de interrogação, esperando que eu terminasse a frase.

–Eu te perdôo, Thomas!

–Do que é que você está falando? Emily, sinceramente, eu tenho medo de você, porque... você tem sérios problemas mentais.

–Você vai se vingar da Zooey por mim, então... eu te perdôo por ter ficado com ela na “Semana do Verde”.

–Você nunca mais tocou no assunto, achei que nem se lembrasse mais. Nem mesmo EU me lembrava que tinha ficado com essa garota!

–Eu sei, mas é que... A mágoa ainda estava no meu ser, só que agora... É, eu definitivamente te perdôo.

–Ótimo, e esse fato foi extremamente importante na conversa, não é? – Aprendeu comigo a ser irônico, é? – Agora, sobre o que você disse antes, de não estar envolvida no plano, não é verdade. Você vai ao baile, só pra poder se divertir sem que a Zooey esteja lá! E outra, eu aposto que ela vai ser burra o suficiente pra aparecer de qualquer maneira, mas aí vai ser sua hora de falar umas verdades.

Não sei por que, mas continuo olhando para o Thomas abobalhada, como se agora ele fosse meu herói.

Ok. Retiro o que pensei.

–Eu não sei se você sabe, mas eu odeio bailes. Eu jurei nunca mais ir em um. E se a Zooey aparecer mesmo, o que eu vou fazer? E ainda tem o fato de que o Tyler vai estar lá... E se a Zooey não aparecer nem vai ser vingança direito. Ela só vai ficar plantada em casa.

–Você fala tudo de uma vez e eu mal posso responder. Sorte sua que eu sou muito esperto mesmo. – E convencido! – Primeiro, você vai sim ao baile! Segundo, se o Tyler te incomodar eu arrebento ele de novo. E terceiro, não dá pra ter certeza se a Zooey vai ou não, mas eu aposto todas as minhas fichas que vai. E se ela for, deixa comigo porque eu sou demais. – E pra completar deu um sorrisinho de canto. Eu comecei a rir debochadamente, até que comecei a rir pra valer olhando pra cara de tonto dele. – E por falar em Tyler, ele tem te atormentado muito depois da última vez que te chamou pro baile?

–Na verdade, não. De vez em quando na escola eu pego ele me olhando, mas... Ele não tem mais falado comigo.

–É, vai ver ele já enjoou de você, ou está ocupado de mais se declarando pra outras garotas.

–Boboca!

–Olha como fala de mim, ô, piolhenta!

–Não, não você, o Tyler... – Eu e Thomas começamos a rir de novo, até que tudo ficou em silêncio novamente, e o sol já tinha desaparecido.

–Se eu vou ao baile, acho que preciso encontrar um par. – Suspirei novamente, me levantando.

–O quê? Depois de tudo o que fiz por você, vai me fazer essa desfeita?

Huh?!


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Notas finais do capítulo

Me digam o que acharam, por favor.
:*