Teenage Dream escrita por Sophie Queen


Capítulo 40
You Make Me Fell I’m Living a Teenage Dream


Notas iniciais do capítulo

Disclaimer: TWILIGHT não me pertence, muito menos a música TEENAGE DREAM, porém Bellinha de naughty cheerleader para seduzir o Edward, sim! Então, por favor, respeitem.
.
.
.................................................
.
.
N/A: Olá amores...
.
Todo mundo está bem?! Buscando os lencinhos já?! Essa última semana foi complicada... parece que o universo conspira contra mim... mas enfim... tirando os problemas pessoais que sempre me trollam, consegui concluir mais uma long (a mais longa que já escrevi) essa semana.
.
É TEENAGE DREAM felizmente para mim, infelizmente para muitos de vocês chegou ao seu fim, e posso dizer que por mais absurdo que pareça estou me sentindo completamente satisfeita com este desfecho. Acredito que muita gente não irá gostar, pois não me aprofundei muito em várias questões, mas como eu disse anteriormente esta fic tinha a intenção de focar tão somente no envolvimento deles adolescentes, o final deles era previsível e principalmente cliché, então por isso que não dei tanto foco. Ok?!
.
Este último capítulo/epílogo é dividido em 4 partes, e conforme vocês leem acharão estranho tenho certeza -, mas como disse era só pra mostrar como a situação ficou. Então já advirto: não vale chorar ou ficar emocionado, apenas curtem essa viagem no tempo com demasiado prazer. HAHAHAHAHA
.
O fim pode ter chegado, mas isso não quer dizer que não lerei reviews depois desse último capítulo, que não postarei nada mais que me lembre da fic no tumblr, e nem que não responderei perguntas relacionadas à TEENAGE DREAM e EVERLONG, porque isto é simplesmente improvável e ridículo.
Então se tiverem curiosidades, dúvidas, o que for fiquem a vontade para questionarem no tumblr da fic. O endereço para quem ainda não sabe é: youngforeverlikeateenagedream(PONTO)tumblr(PONTO)com/ caso vocês não queiram perguntar no tumblr, não hesitem em usar o formspring, lá assim como o outro estará de portas abertas para qualquer dúvida, ok?! O endereço é: www(PONTO)formspring(PONTO)me/carolvenancio prometo que irei responder todas as perguntas da maneira que puder, ok?! Só lembrando que para acessar qualquer um dos dois basta trocar a palavra (PONTO) pelo símbolo, ok?!
.
Ainda não estou abandonando para sempre o mundo das fics, já que como todos estão carecas de saber, estou voltando para CONEXÕES ILÍCITAS. Sei que esta fic é totalmente diferente desta, e até mesmo diferente de tantas outras que escrevi. É pesada, forte, dramática e até mesmo dúbia, e isto não agrada muita gente. Não tem problema. Acho que cada um deve ler aquilo que gosta ou então ter mente aberta o suficiente para conhecer um drama mais novelesco, então quem não quiser enfrentar meus putos nada confiáveis, fiquem a vontade para lerem outras coisas e quem quiser ler outras coisas mais brandas de minha autoria fiquem atentos as minhas one-shots, ok?! Principalmente daquela família rock and roll, da qual sempre escreverei outtakes que complementem MERRY ROCK N ROLL CHRISTMAS e ROCK VALENTINE, ok?!
.
Já falei demais aqui, e lá no final falarei mais um monte, então os deixarei com este último capítulo.
.
Boa leitura. ;D
.
.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/108737/chapter/40

CAPÍTULO 40 – You Make Me Fell I’m Living a Teenage Dream

.

Sabe aquele momento da sua vida, que tudo ao seu redor se estagna, seus pensamentos conseguem somente se focar em uma única coisa, e seu olhar fica preso no de outra pessoa?! Era exatamente desta forma que estava me sentindo ao ver Edward de joelhos diante de mim, estendendo uma pequena caixinha de veludo negro, com o mais belo anel de noivado que eu poderia sequer sonhar, pedindo para que eu casasse com ele.

Edward Cullen estava me pedindo em casamento.

Quando em um ano atrás eu imaginaria que isso aconteceria?! Que o homem que sempre fui apaixonada, sempre foi apaixonado por mim e que queria passar o resto de sua vida ao meu lado, me fazendo feliz?! Se alguém me dissesse isto, eu com certeza riria da sua cara, tamanho o absurdo que era. Entretanto, estava acontecendo, aqui e agora. E a única resposta que poderia dar ao seu pedido era:

- Aceito.

Seu sorriso se ampliou quando a única palavra saiu de minha boca, e eu poderia dizer que o sorriso que carregava em meu rosto era tão amplo quanto o dele. E em um gesto tão antigo quanto o mundo, Edward deslizou o belo anel de ouro branco com o diamante em formato de coração pelo meu dedo anelar direito, prometendo em breve se tornar meu marido.

Meu.

Não havia como e por que controlar a emoção que estava sentindo, e em meio a lágrimas de genuína felicidade, me joguei em seus braços, necessitando da nossa proximidade física, para completar a emocional que já estávamos partilhando; para celebrar o começo do para sempre.

- Eu te amo. – sussurrou Edward em meu ouvido, me levando em seus braços para a cama que anos atrás nos entregamos pela primeira vez um ao outro, para que agora nos amássemos pela primeira vez como noivos. Prontos para começarmos a nos preparar para ficar um ao lado do outro para sempre.

- Eu também te amo. – murmurei contra os seus lábios, os reivindicando para mim, enquanto nossas mãos ávidas e nossos corpos saudosos explorassem a pele quente do outro com ânsia e necessidade.

.

Edward como um bom estrategista, obviamente que havia preparado tudo o que uma garota pode sonhar com a noite que é pedida em casamento pelo amor de sua vida. Inclusive, ele estava preparando tudo por um bom tempo, como me confessou mais tarde durante a noite.

Primeiramente conversou com Carlisle e Esme sobre o pedido e depois dos dois lhe apoiarem e desejarem que fôssemos felizes, ele foi falar com meus pais. Pedir a minha mão oficialmente em casamento para o meu pai, que antes de tudo lhe passou um longo sermão relembrando do passado e das coisas terríveis que aconteceram, antes de enfim conceder o pedido.

Com a aceitação de nossos pais, ele com ajuda de Jasper, Alistair e – para a minha surpresa – Emmett, prepararam todo o cenário para o pedido, que contou com a ajuda de Alice, ‘dando’ a grande ideia para irmos a Forks para participarmos de um novo baile de formatura.

Não pude deixar de perceber que todas as pessoas mais importantes da minha vida, sejam familiares e amigos, queriam que eu fosse feliz; por mais que esconderam de mim anos da minha própria vida por causa de um infortúnio médico, eles sempre souberam que Edward e eu nascemos para ficarmos juntos, para sermos um do outro. E a maior prova disto é que todos se unirão para nos ajudar a selarmos o nosso destino, sendo a parte mais importante da vida um e do outro.

Edward fez questão de me lembrar durante toda aquela noite – como se eu fosse capaz de esquecer – que agora eu era a sua noiva, e que em muito em breve eu seria a senhora Edward Cullen. E sem querer ser presunçosa ou arrogante, eu não podia esperar para que este dia chegasse. Para que eu me tornasse a sua esposa.

.

05 de fevereiro de 2012.
A surpresa da temporada.

.

Hoje era um dos dias mais importantes da carreira de Edward, e eu como sua noiva, seu porto seguro ao longo dessa temporada um tanto quanto irregular para os Giants, que venceram apenas 9 partidas das 16 que disputaram, e ainda sob um placar apertado, contra a quase unanimidade do New England Patriots, tinha mais que o dever, eu tinha a honra de estar ao seu lado para prestigiá-lo, para dar o meu apoio, seja qual for o resultado final.

Seria um jogo complicado. Até mesmo Edward havia me dito que para seu time conseguir uma virada semelhante à final do Super Bowl da temporada 2007-2008 contra os Patriots era improvável, e, caso acontecesse, os Giants confirmariam o seu lugar como a maior zebra do futebol americano.

Era irônico que outra final seria contra o time de New England, já que naquele primeiro Super Bowl que Edward jogou defendendo a camisa dos Giants depois de 4 anos jogando pelo time, ele em um passe de pura genialidade conseguiu a espetacular virada no placar. Naquele início de 2008, Emmett e Rosalie me chamaram para assistir a partida em sua casa, mas me recusei terminantemente apenas para ficar suspirando por Edward sem ter que passar constrangimento na frente do meu irmão e cunhada. Quem diria que depois de 4 anos estaria eu aqui em Indianápolis, no camarote de honra onde as famílias dos jogadores ficavam para assistir a partida, como a noiva de Edward?!

Oh sim... ser noiva de Edward Cullen tinha seus pequenos contras que felizmente estou aprendendo a lidar. Apesar de ser um dos atletas mais bem pagos do mundo, um ícone do football nos EUA e sempre viver sobre os holofotes, conseguimos manter ‘escondidos’ nosso relacionamento por quase 10 meses. Claro que em diversas situações me viram ao seu lado e tiraram fotos, mas sempre me consideraram uma empresária, uma jornalista, qualquer outra coisa, menos que eu fosse a sua namorada.

Todavia, depois de que Edward pediu-me em casamento, antes de iniciar a temporada 2010-2011 da NFL saímos de férias. Fomos ao Havaí, e inevitavelmente na nossa segunda noite na ilha, quando Edward sempre romântico fez uma surpresa para mim no restaurante, um paparazzi que estava ali para tentar uma foto do casal sensação de Hollywood tirou uma sequência de fotos nossas sendo afetuosos, e horas depois o caos se instaurou pela América, sobre o ‘mulherengo’ Edward Cullen ter sido fisgado.

Nossa vida por alguns dias virou um inferno. Pessoas querendo saber tudo da minha vida, querendo saber como nos conhecemos, como eu havia conquistado Edward, quando seria o nosso casamento. Foi complicado, eu me sentia constantemente exausta e incapaz de lidar com esta situação. E por mais que eu tivesse um pouco de privacidade em meu trabalho, muitas pessoas me aguardavam na saída, querendo tirar uma foto minha, tentar saber qualquer coisa sobre mim.

Cheguei até a considerar que não valia a pena ficar com Edward se tivesse que enfrentar esses abutres todos os dias. Eu posso ser jornalista, mas sempre achei que o sensacionalismo no mundo dos famosos, cheio de paparazzi e fofocas, ridículos, preferindo mil vezes ficando com a sessão de economia que me dedicava.

E foi um dia desses, que cheguei extenuada em casa, destruída emocionalmente por causa de um escândalo que um tabloide e pessoas interesseiras que só queriam seus 5 minutos de fama sobre um evento da minha época da faculdade, que Edward todo protetor, resolveu se manifestar.

Em uma conversa com Garrett e Ben, Edward marcou uma conferência no MetLife, e por mais que ele dissesse que não era necessário a minha presença, quis estar ao seu lado quando ele fizesse o anúncio de que éramos um casal e estávamos noivos de maneira oficial. Naquela situação nunca me senti tão exposta, mas ele sendo ele, pediu com tanto respeito e devoção que a imprensa respeitasse a minha intimidade e que me deixassem em paz, que nada que conseguissem desenterrar sobre mim mudaria nosso relacionamento.

Se for possível, naquele momento eu me senti mais apaixonada por ele do que eu poderia imaginar que fosse possível, e em meu apartamento, em meio aos meus lençóis tentei convencê-lo a me arrastar para Vegas e casar comigo diante de um Elvis. Gentilmente ele tirou a ideia da minha cabeça, dizendo que não era o momento certo, que quando fossemos realmente nos casar ele gostaria que fosse perfeito, que todos os meus sonhos que idealizei enquanto ajudava Rose e Alice prepararem seus casamentos, finalmente se realizassem no nosso.

Óbvio que ele venceu o argumento me seduzindo.

De qualquer maneira, depois desse evento a imprensa abrandou o seu interesse em mim, e começamos, enfim, a nos preparar para um dia nos casarmos. Compramos o apartamento perfeito para iniciar nossa família em Chelsea mesmo, algumas quadras do apartamento em que ele vivia, e a construtora que contratamos para reformá-lo estava programando para nos entregar em 3 semanas. Eu estava ansiosa para ver como ficaria depois de reformado e principalmente antes que Esme assumisse como seu o nosso apartamento para decorá-lo.

- Animada para ver a Madonna? – perguntou Alice rindo, sentando-se ao meu lado.

- Oh, claro. – suspirei bebendo um longo gole do refrigerante que segurava e saindo completamente dos meus devaneios.

- Bella relaxa, vai dar tudo certo. Nem Edward que está jogando está nervoso como você! – defendeu com seriedade.

- Eu não estou nervosa, só ansiosa para ver o jogo. – tentei me defender sem soar muito convincente.

- Okay, fique se enganando. – rolou os seus olhos verdes. – Mas se quiser a minha opinião, acredito que teremos uma nova virada como a de 2008. – deu de ombros.

- Improvável Alice, nem seu irmão acredita que os Giants são tão sortudos assim para conseguir uma nova virada sobre o Patriots. – pontuei com objetividade.

Alice deu de ombros levantando-se do lugar que estava ao meu lado.

- Tudo é possível. – disse misteriosamente andando para longe de onde eu estava.

Surpreendentemente Alice tinha razão. Quase como uma reprise do Super Bowl de 2008, o NY Giants venceram o New England Patriots em uma virada histórica – 21 a 17 – diante do ponto sentado de Ahmad Bradshaw, o running back dos Giants, depois do passe perfeito de Edward.

Foi completamente inesperada a vitória do time nova-iorquino. Tanto que quando foi sinalizado o final da partida, eu em uma torrente de emoções que nem sabia que estava comecei a chorar ao ver a genuína felicidade de Edward, que comemorava a vitória com seus companheiros de time e também o fato de ter sido eleito o jogador mais valioso do Super Bowl XLVI, com 30 passes certos em 40 tentativas, para 296 jardas e dois touchdowns.

E daí?! Eu tenho verdadeiro orgulho pelo meu homem ser tão bom.

Minutos antes da entrega dos prêmios, desci até o vestiário para poder abraçá-lo e parabenizá-lo pela espetacular vitória. Edward estava exultante, ainda não conseguia acreditar na vitória, tanto que quando ele me viu, me apertou em seus braços com seu corpo suado, molhando a roupa que eu usava, e me beijou com sofreguidão e urgência. Evidente que o vestiário repleto de jogadores, comissão técnica, patrocinadores, e mais um monte de pessoas que não faço ideia de onde saíram, começaram a gritar e zoar comigo e com Edward, falando para arrumarmos um quarto.

Dizer que fiquei rubra de vergonha é um eufemismo gigantesco.

Após a premiação e a todos os jogadores tirarem seus uniformes, seguiram para uma coletiva onde além do técnico e Ahmad, que fez o último ponto do jogo, Edward foi o que mais respondeu perguntas. Todavia, a pergunta do representante da FOX Sports foi a que mais me surpreendeu.

- Edward, depois dessa temporada surpreendente o que você pretende fazer?! Tirar umas férias ou começar já os preparativos para a próxima temporada?! – Jay Glazer questionou com um sorriso enviesado.

Edward extremamente confortável com a mídia sorriu torto para o entrevistador, e dando uma rápida piscadela em direção a câmera respondeu:

- Eu já havia conversado com a comissão técnica, que caso ganhássemos este Super Bowl, eu estaria tirando umas férias até o início de agosto para poder curtir a minha noiva, e finalmente nos casar. É isto que estarei fazendo pelos próximos meses. – afirmou com convicção, me pegando completamente desprevenida e deixando-me boquiaberta na saleta ao lado de onde ocorria a coletiva, pois não esperava que nos casássemos até o próximo ano.

Todos nossos familiares que estavam junto comigo na saleta me encaram procurando uma resposta, no mesmo instante que meu telefone começava a tocar com meus pais querendo as mesmas respostas. Todavia, eu não as tinha por ora, e somente dizendo a todos que ‘eu também não fazia ideia’, segui para o hotel que estávamos para aguardar Edward e esperar que ele me explicasse sua declaração.

.

01 de junho de 2012.
Momento de fazer uma nova lembrança desse dia.

.

Hoje era o grande dia. O dia em que me tornaria a senhora Edward Cullen. E dizer que eu estava nervosa era ridículo, eu estava em completo frenesi. Nem mesmo a companhia das minhas madrinhas – Alice, Rosalie e Angela – estava conseguindo me acalmar, e olha que as 3 estavam me fornecendo taças de champanhe uma atrás da outra.

- Deus, Bella! Não é como se Edward fosse fugir e não casar com você. – advertiu Rosalie esfregando a sua barriga de 6 meses de gravidez com carinho e sentando-se no sofá em frente do lugar em que eu estava andando de um lado para o outro.

- Mas está tudo certo?! Decoração, bolo, o jantar, a decoração?! – perguntei pela centésima vez para Alice.

- Bella, você deixou tudo nas mãos mais que capazes da minha mãe, que contou com a minha ajuda. É claro que tudo está mais que perfeito. – advertiu jogando gomos de uva em sua boca.

- E o tempo?! Certeza mesmo que não irá chover certo?! Vocês sabem como Forks é com chuva. – tentei intervir mais uma vez. Foi uma escolha pessoal minha e de Edward em realizar a nossa cerimonia de casamento no lugar em que nos conhecemos, onde nossas famílias até hoje vivem.

- Bella, pelo amor de Deus! Se você passar mais uma vez na minha frente eu vou vomitar. Você está me deixando enjoada com essa sua caminhada. – exclamou Rosalie literalmente verde.

- Bella, por que você não se senta e come alguma coisa? Em alguns minutos a Maggie estará aqui para fazer a sua maquiagem e cabelo. – interviu Angela.

Como o casamento seria realizado em um campo aberto próximo a casa dos Cullen, decidimos que para que eu tivesse mais privacidade e Edward não me visse antes do casamento, minhas madrinhas reservaram a suíte máster de uma pousada que ficava em uma área mais afastada de Forks, a apenas 10 minutos de onde ocorreria a cerimônia.

Maggie, a responsável pela minha maquiagem e cabelo, chegou alguns minutos antes do horário que estava combinado, e praticamente ordenando que eu comesse alguma coisa antes de ficar deslumbrante para o meu futuro marido.

A contragosto, me alimentei e depois de um novo banho só para tirar um pouco a ansiedade que estava sentindo dos meus ombros, sentei na cadeira que Maggie instruiu para que ela fizesse meu cabelo. Minhas amigas conversavam comigo e traziam frutas e bebidas para que eu consumisse enquanto ficava sob os tratos da ‘maga do cabelo e a maquiagem do noroeste’. Foi um verdadeiro milagre que decidi fazer minha depilação e unhas na parte da manhã, deixando a parte da tarde para descansar e focar somente nos últimos detalhes.

Para controlar meu nervosismo a essa hora, onde está a minha terapeuta?! Evidente que depois de descobrir da minha amnésia o trabalho com a minha psicóloga ficou muito mais fácil e menos neurótico, já que para ela tudo fez muito sentido. Carlisle, que fora o médico que havia diagnosticado o meu problema, veio a NY para fazer alguns exames e comprovar que realmente o meu trauma havia se esvaído para sempre, mas que deveria ficar atenta a qualquer ‘falta’ de memória. Algo que felizmente não havia acontecido por quase 2 anos.

Quando Maggie finalmente terminou de fazer meu cabelo, um elegante coque com um toque retro e uma discreta grinalda com padrões de flores com cristais, pediu para que eu comesse mais alguma coisa, para enfim iniciar a minha maquiagem. As minhas amigas e madrinhas deixaram a suíte em que estava para começarem a se arrumar também, enquanto eu era maquiada.

Apesar de a maquiagem ser extremamente simples, demorou um longo tempo para que ficasse pronta. Segundo Maggie, eu iria me emocionar ou então suar, e ela não queria que eu ficasse parecendo a noiva do Chuck, o boneco assassino. Após finalizada, a maquiadora deixou o quarto, instruindo que eu começasse a me arrumar e que em breve minha mãe viria para me ajudar a colocar o vestido.

Vestido.

Oh meu Deus.

Tudo relacionado ao meu vestido foi um imenso segredo, pois eu queria escolhe-lo por mim mesma, decidir qual tecido, qual modelo e como ele deveria ser sem os palpites e comentários de ninguém, isto quer dizer Alice e Rosalie. As duas não gostaram nem um pouco, dizendo que eu as estava castigando por terem escondido por 12 anos o meu passado. Talvez fosse, talvez não, e por mais que elas tentassem tirar de mim qualquer informação de como seria, limitei-me apenas em dizer que seria branco e tomara que caia – para que Alice pudesse confeccionar o das madrinhas.

Entenda, é meu casamento e já havia determinado que Esme, minha mãe e Alice cuidassem de todos os outros detalhes, mas o meu vestido eu queria cuidar por mim mesma, ser a única a saber como ele seria, tudo para que quando eu aparecesse diante de todos os convidados e Edward, os surpreendessem. Sem contar que: deem-me um pouco de crédito, eu não fui a qualquer lojinha de vestido de noivas, eu procurei um estilista renomado e especialista em noivas, e depois de várias reuniões e conversas eu sabia que aquele modelo era mais do que perfeito para a concretização do meu conto de fadas.

Abandonando meus devaneios, comecei a me arrumar para o grande momento, o momento em que me tornaria a esposa de Edward Cullen, o único amor de toda a minha vida. Passei com demasiado cuidado e atenção – não deixando nada para trás – um creme corporal com essência de flores de algodão e morangos por todo o meu corpo, e depois coloquei a lingerie que havia escolhido. Um conjunto de renda branca com sutiã tomara-que-caia, que ficaria perfeito com o meu vestido.

No momento em que terminei que prender o gancho da cinta liga na meia 7/8 branca que usava, a minha mãe adentrou o quarto usando o seu belo vestido de um tom de ametista com detalhes do tecido de chiffon dando suavidade e movimento. Seus cabelos estavam presos em um coque elegante e sua maquiagem estava tão suave quanto a minha. Renée sorriu assim que me viu.

- Você está tão linda! – guinchou dando largas passadas e indo até onde eu estava parada diante do espelho.

- Nem estou pronta ainda, mãe. – adverti em meio a um riso emocionado.

Ela deu de ombros.

- Mas tenho certeza que você ficará estonteante! – exclamou, puxando-me para os seus braços e me abraçando com força. – Minha menininha está casando com o primeiro namorado dela. Isto é tão romântico que me faz até lembrar quando te dei aquela lingerie para a primeira vez de vocês. – refletiu cheia de saudosismo.

- Mãe! – exclamei envergonhada. – Você veio aqui para me constranger ou me ajudar?! – inquiri mudando o rumo da nossa conversa.

- Ok, ok, sem mais lembranças. – comentou balançando a sua cabeça para afastar seus pensamentos e lágrimas. – Cadê o misterioso vestido?! – questionou com curiosidade. Sorri brilhantemente e quase pulando sobre meus calcanhares fui até o local em que estava o vestido ainda coberto com a sua capa de viagem e escondendo completamente como ele era.

Com um sorriso no rosto o retirei da capa, enfim revelando o modelo para outra pessoa além de mim e o estilista que o fez. Minha mãe que estava logo atrás de onde eu estava soltou uma exclamação de surpresa.

- Bella, é lindo!

- Eu sei. – concordei convencida, tirando o vestido do cabide para vesti-lo. Minha mãe auxiliou-me a colocá-lo sem estragar meu cabelo e a maquiagem, e depois de fechar o zíper, virei-me para o espelho para enfim admirar todo o conjunto.

O vestido, que fora inspirado na Cinderela da Disney, tinha um decote em forma de coração bordado com cristais e strass. Um corpete drapeado em tafetá contrastava perfeitamente com o bordado, dando um ar romântico e jovial. A saia ampla, no melhor estilo ‘bolo de noiva clássico’, era de tule sobre o tafetá, que tinha pequenos detalhes bordados que com o movimento do tule deixava o vestido leve e com um discreto brilho.

O meu vestido era um conto de fadas. Meu conto de fadas.

Calcei o sapato de salto médio forrado com o mesmo tafetá que fora feito o vestido e com um discreto laço (de tecido) na parte de trás que o designer me indicou, e fui até a penteadeira do quarto a procura do meu colar prateado de coração com pedrinhas coloridas que Edward havia me dado há 14 anos no dia dos namorados, e que havia levado em uma joalheria para polir, assim como fiz com a pulseira que ele me presenteou no Natal de 97 e claro, meu belíssimo anel de noivado.

Muitas pessoas não conseguiam compreender essa fixação do Edward em me presentear com corações, mas eu compreendia, significava que o seu coração era meu, assim como o meu era dele.

Borrifando meu perfume, finalmente me encarei, agora todo o conjunto, no espelho, e sem querer soar convencida ou arrogante, eu me sentia a noiva mais linda, mais feliz e mais plena de todo o mundo. Aposto que nenhuma outra mulher sentiu tamanha felicidade como a que sentia. Até mesmo todo o meu nervosismo que antes parecia me sufocar desapareceu.

Assim que me voltei para a minha mãe, depois de me admirar por longos segundos, a vi em lágrimas e com um sorriso de felicidade brilhando em seu rosto, e por mais que não quisesse chorar, foi inevitável não me emocionar.

Estávamos em meio a um abraço completamente emotivo e cúmplice quando um bater suave da porta ressoou por todo o quarto, e lentamente meu pai entrou trajando um smoking preto com gravata borboleta da mesma cor. Ver meu pai usando esse tipo de roupa, tão incomum se comparado com seu tradicional uniforme de Chefe de Polícia era ao mesmo tempo surpreendente e estranho, e já emocionada por causa da companhia da minha mãe, me emocionei mais ainda com meu pai com o seu olhar atento, mas extremamente feliz, por me ver feliz. Tanto que praticamente me joguei em seus braços em um abraço apertado.

Em um momento completamente família do qual nos abraçávamos e nos emocionávamos com a situação, meu pai nos recordou que todos já tinham ido para o local onde ocorreria a cerimônia e que estava na hora de irmos. Pegando o meu buquê de rosas brancas e rosas champanhe, que era o tom dos vestidos das minhas madrinhas, saímos da pousada que estávamos para seguir para a enorme limusine branca que me levaria ao local.

A viagem de dez minutos parecia ter sido feita em 10 segundos, e meu nervosismo a cada milésimo de segundo aumentava gradualmente. Eu não sabia exatamente o porquê estava tão nervosa, eu sabia que Edward iria casar-se comigo até se estivesse vestida de calça jeans e camiseta, mas uma insegurança infundada, um temor ridículo me assolava. Acredito que deva ser algo normal para noivas, para mulheres.

“Pelo amor de Deus e Jesus Cristo Isabella, hoje não. Hoje é o único dia da sua vida que você está estritamente proibida de surtar. Hoje é o dia de ser feliz, de realizar o seu maior sonho! Então controle-se criatura!” – exclamou a Prazeres com a sua estridente voz.

Ah... claro... a Prazeres. Ela vire e mexe aparece ainda gritando de sua maneira nada educada quando estou surtando ou divagando no absurdo. Edward vive me pegando nesses momentos de devaneio e por mais que ele tente não rir, ele não conseguia, afirmando que desde quando ele me viu pela primeira vez – nos meus nada favoráveis 14 anos – eu já divagava dessa maneira e que com o tempo esse meu ‘tique nervoso’ ficou mais evidente.

Óbvio que nunca disse a ele que eu tinha essa maldita que falava comigo em doses diárias de sarcasmo e inconveniência, pois se eu lhe dissesse isto aí sim ele iria me considerar realmente louca.

Quando chegamos ao clube campestre onde eu me tornaria a mais nova senhora Cullen, minha mãe se despediu de mim e de meu pai, beijando as nossas bochechas para ir atrás de Carlisle para entrar no local onde ocorreria a cerimônia com ele, deixando eu e meu pai no carro.

Eu estalava meus dedos e mexia as minhas mãos em um nervosismo desnecessário, que nem mesmo as palavras da Prazeres ecoando em minha cabeça faziam abrandar o meu estado.

- Você está bem Bella?! Você não precisa se casar se ainda estiver em dúvida. Não me importo se você e Edward ficarem apenas morando sob o mesmo teto. – pontuou meu pai com a sua visível preocupação pelo meu estado de espírito.

- Eu estou bem. – concordei com um sorriso. – Eu quero isto, só que sei lá... acho que estou sentindo um nervosismo normal de noiva. – expliquei não muito certa. Ele rapidamente segurou minha mão na sua, apertando-a, antes de levar aos seus lábios e a beijar suavemente. Seu bigode perfeitamente aparado fez uma ligeira cócega em minha mão, que me fez encolher e sorrir saudosa pelo gesto tão característico da minha infância.

- Ele é um bom rapaz e te ama verdadeiramente. – sorriu meu pai, indicando com a cabeça o lugar onde Edward estava a alguns metros do carro conversando com seus pais e Alice, mas que vire e mexe lançava olhares em direção ao carro para ver se conseguia me ver.

Sorri para a sua visão estonteante. Edward, assim como o meu pai, usava smoking preto, todavia a sua gravata borboleta era de um branco que quase se mesclava com a sua camisa. Seus cabelos estavam penteados – ou deveriam estar, já que a costumeira desordem não deixava que seus fios fossem domados. Seu rosto estava liso, recém-barbeado, seus olhos verdes brilhavam intensamente, e seus belos e grossos lábios estavam de um tom de boca intenso, literalmente me chamando para um beijo.

Instantaneamente todo o nervosismo que sentia se esvaiu e eu estava ansiosa para me tornar a sua esposa perante a lei e Deus. Com a música começando a tocar, Edward entrou pelo lugar onde ocorreria a cerimônia, onde todos os nossos convidados estavam esperando para assistir o momento do ‘sim’, de braços dados com a sua mãe, Esme, que trajava um belo vestido rosa chá, de um padrão parecido com o que a minha mãe estava, porém de um modelo completamente diferente.

Em seguida foi a vez de a minha mãe entrar de braços dados com Carlisle, no exato momento em que eu saía do carro em companhia do meu pai. Minhas amigas, que usavam belos vestidos tomara que caia de um tom de champanhe com um leve plissado no busto, estavam se preparando para entrar com seus maridos e ao me verem se surpreenderam. Alice literalmente guinchou saindo do lado de Jasper e praticamente correndo em minha direção, contra o bom humor da organizadora da cerimônia que protestou com o fato da irmã do noivo atrasar a entrada das madrinhas.

- Bella! É lindo! – exclamou literalmente de boca aberta diante de mim. – Eu estava imaginando mil e uma coisas, mas nunca esperei que fosse algo assim, tão perfeito para você! – elogiou me abraçando com demasiada delicadeza.

- Obrigada Allie, eu disse que você deveria confiar em mim. – brinquei dando uma piscadela. Ela rolou seus olhos, voltando para a fila da qual Angela e Ben já adentravam o local da cerimônia. Rosalie e Emmett, que já estavam se preparando para entrar, deram uma ligeira piscadela, e claro que meu irmão fez um comentário sarcástico que felizmente não consegui ouvir, mas que meu pai ouviu muito bem que acabou rindo com seus botões.

Kimberley, a filha de Angela e Ben, que estava com um pouco mais de um ano, e Emma, filha da Tanya de 5 anos, eram as minhas daminhas. Ambas estavam usando vestidos de tafetá branco – o mesmo do meu vestido –, e em suas minúsculas cinturas uma grossa faixa com um elegante laço na parte de trás em champanhe, o mesmo tom do vestido das minhas madrinhas. O contraste de seus cabelos – negros para Kim e loiros para Emma – era belo e os cachos que haviam feito nelas as deixavam mais lindas ainda. Duas princesinhas.

- Você tá palecendo uma plincesa. – começou a pequena Kim, deslumbrada com o vestido, não se importando sequer que estivesse trocando o ‘R’ pelo ‘L’. – Igual a Cindelela. – comentou, analisando o vestido com um olhar impressionado.

- Eu me inspirei nela. – respondi com suavidade para a menininha, que arregalou seus grandes olhos castanhos escuros e admirou o vestido com um novo olhar. Emma observava a conversa, sorrindo quando disse que me inspirei na Cinderela.

- Você tá mais bonita que a Cinderela. – elogiou.

- Obrigada Em. – agradeci, dando um suave aperto em sua bochecha.

- Tia Bella – começou a menina segundos depois, no momento em que a marcha nupcial se iniciava, indicando que deveríamos entrar. –, você e o tio Edward terão bebês?! – perguntou genuinamente curiosa.

Meu pai disfarçou uma tosse, enquanto nós quatro caminhávamos em direção ao local que daria entrada para onde os convidados e Edward estavam.

- Acredito que sim, Em. – respondi com um sorriso.

- Então vocês já encomendaram um com o Senhor Cegonha?! – perguntou animada. Eu ri divertida com a sua pergunta entusiasmada e inocente, contudo fora meu pai que, antes de sinalizarem para que as duas garotinhas entrassem, respondeu:

- Eu espero que ainda não Emma. – eu lhe dei uma cotovelada e ele somente sorriu, como se dissesse “para mim você ainda é virgem, pelo menos até essa noite.”

Rolei meus olhos, mas sem conseguir esconder o sorriso em meu rosto, pois eu via que todos ansiavam que Edward e eu iniciássemos uma família logo. Com a marcha nupcial sendo tocada por violinos, violoncelos e um piano, eu e meu pai andamos de braços dados pelo corredor perfeitamente decorado com flores brancas, vendo nossos convidados com imensos sorrisos em seus rostos. Todavia, o olhar mais importante era o de Edward, que brilhava em uma intensidade abrasadora, esbanjando amor, carinho e devoção.

Em um gesto tão antigo quanto o mundo, meu pai me entregou a Edward no altar, depositando um suave beijo em minha testa e apertando a mão de Edward, que depois que meu pai se foi deu um demorado beijo em minha bochecha e sussurrou em meu ouvido um “você está linda”.

A cerimônia foi simples. Votos tradicionais, nada extravagantes e nem incomum. E da mesma maneira ocorreu o jantar, que foi animado, confortável e extremamente íntimo – por mais que tivesse mais de 150 pessoas espalhadas por todo o clube campestre. Acredito que o único detalhe mais fora do comum tenha sido o bolo, que apesar de seus perfeitos 3 andares brancos com detalhes em rosas de fondant branco em torno de cada base, eram os noivinhos sobre este que o tornava tão único, tão nós.

Os bonequinhos estavam vestidos de vestido branco e smoking preto, assim como eu e Edward estávamos. Entretanto, o bonequinho que representava Edward estava com a camisa aberta, onde mostrava a sua camisa branca com inscrições vermelhas do Giants e em uma das mãos uma bola de football. Já a bonequinha que representava a mim, estava com uma bolsa parecidíssima com a que uso diariamente para trabalhar na transversal, e com uma camiseta dos Giants também branca com vermelho amarrada na cintura, e nas mãos pompons nas cores do time.

Era tão divertido e ao mesmo tempo tão nós, porque sinceramente eu conseguia nos ver daquele jeito com uma facilidade absurda. Edward pelo visto também, pois sussurrou a mesma coisa em meu ouvido antes de me puxar para um beijo apaixonado na frente de todos nossos convidados.

Assim como qualquer outro casamento, tiramos inúmeras fotos, fomos abraçados e parabenizados por inúmeras pessoas, tanto que depois que joguei o buquê nada mais me fazia ficar ali, e Edward sabia disso, dando um aviso para que alguém buscasse o seu carro, onde em seguida nos despedimos de forma generalizada de todos e partimos.

Por ora para o casebre que desde quando erámos adolescentes fazia parte da nossa história, e que essa noite teria mais uma para se lembrar, para que nós lembrássemos, antes que no final da tarde do dia seguinte partíssemos para NYC, onde pegaríamos um voo diretamente para Atenas, na Grécia, já que passaríamos nossa lua de mel em Santorini, nas Ilhas Gregas. Escolha de ambos.

.

14 de novembro de 2013.
Hoje não é alarme falso.

.

Frio. Estava extremamente frio em Nova Iorque. Eu não aguentava mais ficar entulhada de roupa e com mais de quinhentos cobertores sobre mim, além da vontade de fazer xixi a cada 10 minutos – tudo por causa da enorme barriga que portava.

Sim, eu estava grávida e extremamente mal humorada.

Havia sido uma semana infernal. Exatos 7 alarmes falsos e nada de Noah dar o ar de sua graça para que seu papai e sua mamãe o conhecesse.

Oh sim, além de mal humorada eu estava extremamente sarcástica, e nada ajudava o fato de Edward, que havia se machucado em um jogo no início de setembro, risse de mim por causa do meu sofrimento.

Maldito bastardo que eu tanto amo.

Eu estava com exatas 39 semanas de gestação, o que segundo meu médico era extremamente normal, todavia Noah estava tão grande que já não havia espaço para que ele se movimentasse em meu útero, o que fazia com que aumentasse mais ainda o meu estresse e a neura de estar sentindo contrações a cada segundo. Por mais que eu tentasse me focar em qualquer outra coisa, minha mente parecia ter um mecanismo do qual só conseguia imaginar contração, contração, contração.

Xingando e bufando, me dei por vencida e com um esforço hercúleo deixei a cama, seguindo para o banheiro. Eu havia engordado 15 quilos, o que é ideal para o número de semanas que eu estava, mas querendo ou não, 15 quilos a mais e uma bola de basquete no centro do meu corpo não contribuíam em nada para o meu equilíbrio já falho, e por mais que Edward estivesse se recuperando de sua lesão no ombro, ele me ajudava em praticamente tudo; desde me ajudar a tomar banho até vestir-me, passando por dirigir atrás dos mais loucos desejos, quanto as constantes idas à maternidade.

Sem querer soar neurótica ou dramática, mas era a oitava vez que ia ao banheiro na última hora.

- Você está bem?! – questionou Edward, que durante o tempo em que fui ao banheiro já havia deitado na nossa cama sob os grossos cobertores para amenizar o frio incomum para final de outono.

- Não. – respondi fazendo um biquinho. – Eu me sinto gorda, feia, inchada, neurótica e principalmente continuo tendo dores que pelo que parece não existem. – confessei, deitando lentamente sobre a cama. Edward tentou disfarçar uma risada, abrindo seus braços para que eu entrasse neles por um breve momento, já que esta posição, assim como todas as outras, era demasiadamente desconfortável.

Delicadamente ele colocou suas duas grandes mãos sobre a minha barriga, afastando os tecidos das roupas que eu usava. Suas roupas. Suas mãos, para a minha surpresa, estavam absurdamente quentes, confortáveis e convidativas. Sem querer ronronei, tentando me aproximar mais dele.

Edward riu em meu ouvido.

- Em breve baby. – murmurou, mordiscando o lóbulo da minha orelha. Ficamos naquela posição por um tempo. As mãos quentes dele deslizando sobre a pele esticada da minha barriga trazia uma paz e um conforto extraordinários, era como se apenas o seu toque fosse capaz de passar a dor.

Entretanto, uma nova vontade de fazer xixi quebrou o clima romântico em que estávamos. Quando retornei ao quarto Edward já estava quase adormecendo, e entrando debaixo dos cobertores para me proteger do frio, virei-me de lado para tentar dormir. Inesperadamente Edward colocou novamente uma de suas mãos sobre a minha barriga e gentilmente murmurou em meu ouvido:

- Ele virá em breve, Bella. Eu sinto que ele está tão curioso para nos conhecer, quanto estamos curiosos para conhecê-lo.

- Espero baby. Estou com medo de que aconteça algo com ele. – choraminguei enlaçando meus dedos aos dele sobre a minha pele esticada, temerosa por tantos casos que andei lendo e ouvido de mulheres que perderam seus bebês por causa de nascimentos tardios. Eu sei que é um pouco raro isto acontecer, meu médico havia me garantido, mas não adianta, eu estava paranoica com tudo.

- Não há nada o que temer. – murmurou conta o meu ouvido, dando um sereno beijo na curvatura do meu pescoço.

Como as últimas noites, meu sono foi irregular. Por inúmeras vezes eu acordei sentindo contrações, mas calejada de tantos alarmes falsos tentei arduamente ignorá-los. Entretanto, às 3 da manhã, quando levantei pelo que parecia ser a quadragésima quinta vez, notei algo diferente. Minha bolsa havia se rompido.

Claro que isto não ajudou em nada quando constatei, ampliando ainda mais meu pânico, por ter sido estúpida em ignorar todas as contrações por pelo menos 4 horas. Sentindo mais dor do que parecia ser possível, retornei ao quarto para tentar acordar Edward.

- Edward, baby... – comecei arfante do seu lado da cama. – Noah... baby... ele... oh meu Deus! Edward! – gritei por fim. – Vai nascer. – completei com a voz esganiçada.

Edward rapidamente pulou da cama e começou a fazer dezenas de perguntas para mim, enquanto discava o telefone do meu médico para lhe informar que minha bolsa havia rompido. Mesmo com a dor que estava sentindo, quis tomar um banho quente antes de ir para a maternidade. Felizmente meu adorável marido foi paciente e extremamente carinhoso para me ajudar.

Usando um vestido de lã antialérgico que havia ganhado de Alice e alguns casacos, com Edward portando a minha mala e de Noah, seguimos para o hospital aonde o nosso primeiro filho viria ao mundo.

Foram longuíssimas horas – 5 horas – até que finalmente Noah veio ao mundo chorando alto, com 3 kilos e 300 gramas e com 50 centímetros. Um bebê enorme segundo o médico, mas felizmente saudável e com os incríveis olhos verdes do pai, que ficou ao meu lado durante todo o tempo, me dando apoio e principalmente seu amor no momento mais feliz da nossa vida.

Evidente que os tios e os avós do pequeno Noah vieram em peso assim que souberam que o menino havia nascido para conhecê-lo, trazendo vasos de flores para mim e bichinhos de pelúcia para o meu filho. Mas nenhum momento se compara à primeira vez que amamentei meu filho.

Tão lindo, tão pequeno, tão meu e de Edward. Nosso primogênito. O fruto do nosso amor que esperou uma década e meia para vir a este mundo e ser a prova de que nascemos para ser um do outro. A prova máxima de que somos almas gêmeas.

De que Edward sempre foi e sempre será o meu amor adolescente. Meu sonho adolescente.

.

.

FIM

.

.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

N/A: Cabô! *seca a lágrima que está escorrendo*
.
Eu sei... foi bem superficial tudo nesse capítulo, mas como disse a intenção era só mostrar como as coisas terminaram. E olha só... esses fofuxos acabaram tendo uma fofurinha de brinde! KKKKKKKKK
.
Espero com demasiada sinceridade que vocês tenham gostado desse fim, assim como a fic, que desde o início disse que seria cliché, uma glicose pura e fuffly e que tudo o que aconteceria só influenciaria o futuro dos dois. E vocês muitas vezes não acreditaram em mim, hein?! Compreendo que não foi a melhor fic do universo, e sei que poderia ter sido muito mais expressiva com ela do que fui, mas como já cansei de dizer tive diversos momentos que não estava inspirada, que não conseguia escrever, que simplesmente tudo parecia complexo demais para mim, mas que sempre priorizei o fato de que vocês gostariam de saber o desenrolar e por isto continuei firme e forte até o fim.
.
Foi surpreendente que um gênero que eu não me dou tão bem escrevendo comédia conseguisse chamar tanta atenção, e por fim TEENAGE DREAM conseguiu atrair tanta atenção quanto a minha primeira fanfic, INEXPLICAVELMENTE AMOR. E por isto que eu só posso agradecer cada um de vocês por lerem, comentarem, perguntarem, se envolverem com a trama. Ela foi pensada estritamente para o divertimento, para o sonho de toda mulher (seja adulta, adolescente ou até criança) ver que às vezes o nosso príncipe encantado é encontrado em situações completamente estranhas, que aquele garoto que você era apaixonada na escola e que temia falar com ele tinha uma queda por você também. Por mais que isto ainda não tenha acontecido comigo.
.
Viajar no tempo, mais precisamente para 97 e 98 despertou inúmeras lembranças em minha própria vida, que apesar das dificuldades familiares que enfrentei nesta época, foi um amor adolescente e a amizade que não me permitiu sucumbir à loucura, a desistir de tudo. Tanto que espero ter deixado claro durante estes 40 capítulos que antes do amor, a coisa que eu mais prezo é amizade. Nossos amigos podem tomar decisões das quais não compreendemos e que achamos um absurdo, mas parafraseando um antigo dito popular, amigos são a família que podemos escolher, e assim como uma família eles também tomam atitudes errôneas, que podem causar anos de sofrimento, anos de esquecimento apenas com a intenção de nos proteger.
.
Eu ainda mantenho amizade com as minhas amigas dessa época... na verdade são 18 anos que somos amigas, e nem mesmo a distância, o tempo, os diversos rumos diferentes que tomamos nos afastou, podemos não manter o mesmo contato que antes, mas vire e mexe estamos nos reencontrando para conversar e rir de coisas desta época que para mim foi especial, apesar dos apesares, como se tivessem acontecido ontem.
.
Então, a mensagem que quero deixar para todos é: valorizem as suas amizades, discussões, intrigas, brigas tolas, ou, como muita gente disse quando a Bella descobriu que a Alice e a Rose haviam mentido para ela, para riscarem da sua vida, não valem a pena. Aprendam a diferenciar amigos, de colegas. Colegas querem festar com você, querem ficar ao seu lado só quando você está bem, e quando você precisar não estarão nem aí para vocês. Já amigos verdadeiros não importam se seja por algo ruim ou por algo bom, seja contando ou escondendo, eles sempre estarão ao seu lado não importa o momento. Podem me chamar do que for por causa desse pensamento, mas depois de uma certa idade, a maturidade nos faz ser mais sábios. Eu sou mais sábia do que era ontem, e menos do que serei amanhã. Todos nós somos.
.
Bom, chega de divagar ou dar lição de moral, apesar de não ser isto. Quero agradecer imensamente a todos que leram, comentaram, recomendaram, indicaram, favoritaram, discutiram, inquiriram, fizeram tudo o que podia deixando esta fic em evidência. Queridos, obrigada, obrigada, obrigada, não existem palavras suficientes para agradecê-los por tudo o que me fizeram. Eu escrevi esta história para cada um de vocês e tenho certeza que pelo menos em uma passagem alguém se identificou, e senão irão fazer em algum momento.
.
Patti... eu nem sei como começar a te agradecer. Foram tantos altos e baixos, tantas situações diversas nestes longos meses que demorei a concluir esta fanfic... foi complexo, tenso e em várias momentos eu pensei em jogar tudo pro alto e finalizar lá pelo capítulo 25... mas com o seu apoio inestimável eis que chegamos ao fim. Sei que às vezes te mandava os capítulos em cima da hora, ou ainda sem sequer revisá-los porque estava entediada, não importa, em todos os momentos você esteve aqui comigo, lendo essa história, me apoiando e principalmente betando com maestria. Se não existem erros gramaticais, de pontuação e verbos é tudo obra sua. Obrigada meu amor, e milhões de desculpas por exigir tanto de você!
.
Este pode ser o fim, mas isto não quer dizer que não lerei reviews que eventualmente (acredito) viram, então quem ler está estória depois que finalize, não se intimide em deixar uma review, eu vou ler e vou surtar aqui em casa com seus comentários, ok?!
.
Obrigada a todos mais uma vez e nos vemos em CONEXÕES ILÍCITAS ou em qualquer outra one-shot ou short-fic que eu decida escrever e que seja fofa. Vocês moram em meu coração.
.
Amo todos vocês!
.
Beijos,
.
Carol.
.
.
........................................................
.
.
N/B: E a Carol ainda diz que não vale chorar ou ficar emocionado. IMPOSSÍVEL!
.
Há semanas vinha sentindo aquela nostalgia, aquela sensação de fim se aproximando... mas nada comparado com o que estou sentindo agora. Sabe aquela tristeza em saber que não encontrarei mais capítulo novo de Teenage Dream ao abrir o meu hotmail? Ou tweets da Carol relacionados a algo da fanfic? Então...
.
É difícil dar adeus a esses dois, depois de dezesseis meses acompanhando essa estória encantadora, envolvente, que assim como acontecia com vocês, também me deixava curiosa, louca, roendo por novo capítulo. A Carol sabe o quanto eu surtava, sofria, vibrava com cada ideia nova que ela tinha, cada situação ou acontecimento que viria, e o quanto pirei por EVERLONG, implorando durante meses para que ela me enviasse o que já tinha escrito, nem que fosse uma linha, um parágrafo, e a Carol sequer tinha digitado alguma coisa, pois estava tudo em seu caderno haushuahsuahushas.
.
Não quero me estender muito porque sei o quanto vocês estão desesperados por esse desfecho, mas não sem antes deixar os meus mais sinceros AGRADECIMENTOS a Carol por permitir que eu fizesse parte dessa fanfic maravilhosa! TEENAGE DREAM foi a primeira fic que betei, e eu não poderia ter tido uma melhor primeira experiência como beta! MUITO OBRIGADA pela oportunidade, por ser paciente quando eu demorava um pouco mais do que você planejava para retornar os capítulos, por compartilhar as ideias antes mesmo que estas viessem com os capítulos, por ouvir minhas opiniões, sugestões, e principalmente, obrigada por nos proporcionar mais uma fanfic espetacular! Você sabe a minha admiração pelo seu trabalho, dedicação, a sua criatividade, especialmente a forma como você coloca tanto amor e tanta emoção na escrita, permitindo que nos apaixonamos perdidamente pelos seus personagens, nos emocionando de uma maneira incapaz de explicar. Carol, você vale OURO!
.
Para finalizar, quero agradecer a todos os leitores, mesmos os que nunca tiveram paciência de ler minhas enormes notas *risos*. Obrigada por comentarem, favoritarem, indicarem, por fazerem de Teenage Dream um sucesso! Sei que é de partir o coração saber que não haverá mais a opção de próximo capítulo para clicar, mas como toda e qualquer história, aqui também precisava ter o seu fim.
.
Foi bom estar com vocês, até qualquer hora.
.
Beijos, Patti.
.
.
........................................................
.
.
Quer fazer uma pobre autora feliz? oO
.
Deixe uma review ou um comentário para mim, dizendo se você gostou, ou se odiou, mesmo com o fim da fic, feedbacks são importantíssimos para que nós, autoras, melhoremos no que erramos ou continuamos fazer o que foi certo. *.*
.
Ficarei encantada em ler!
.
.