Teenage Dream escrita por Sophie Queen


Capítulo 39
No Regrets, Just Love


Notas iniciais do capítulo

Disclaimer: TWILIGHT não me pertence, muito menos a música TEENAGE DREAM, porém Tanya mostrando que o tempo muda qualquer um, sim! Então, por favor, respeitem.
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N/A: Olá amores...
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Tudo bem com vocês?! Como estão passando os últimos dias?! Espero que divinamente bem. Pra mim tem sido corrido, além da determinação de terminar essa fanfic com agilidade, comecei as minhas aulas e Deus... já tenho uma biblioteca para ler. E quase como um bônus nada amigável uma tendinite dos infernos na minha mão direita veio para me trollar e atrasar todos meus planos. Mas eu sou uma mula de teimosa e contra o meu bem estar estou aqui terminando de escrever e revisar esta fanfic, porque como todo mundo já tá careca de saber eu preciso voltar com CONEXÕES ILÍCITAS minha necessidade por aquela fanfic está beirando a doença.
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Mas... antes de me dedicar aqueles dois putos, eu tenho que terminar a minha devoção a estes dois fofuxos aqui de TEENAGE DREAM, e felizmente estou conseguindo.
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Como já disse no tumblr, formspring e twitter este é o último capítulo entre aspas, porque o último (que irá receber o nome de um capítulo regular) fará às vezes de epílogo, que terá mais ou menos o tamanho normal dos meus capítulos por aqui (beirando as 10 páginas e 5 mil palavras). Sei que muita gente gosta da fic e queria que eu continuasse, ou escrevesse outtakes. Mas quem me conhece das minhas outras fanfics sabe o que um final significa realmente o final para mim. Eu não tenho a intenção de resgatá-los em extras ou outtakes. EVERLONG pra ser bem sincera foi algo extremamente contra a minha natureza em uma fic, mas eu fiz, porque achei necessário, algo que depois do desfecho que planejo por aqui, não será necessário uma continuação ou um extra. Quero pedir desculpas desde já por isto, mas é assim que eu funciono. Cada autora age da maneira que lhe convém, eu sou assim.
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Mas o fato de que eu não os trarei em outtakes, não significa que vocês não possam me inquirir sobre qualquer coisa relacionada à história em si, ou ao futuro de todos os personagens. Por isto que o tumblr da fic continuará aberto à disposição de todos para perguntar, especular qualquer coisa que vocês queiram. Então não deixem de ir lá se caso alguma dúvida, curiosidade aparecer. O endereço para quem ainda não sabe é: youngforeverlikeateenagedream(PONTO)tumblr(PONTO)com/ caso vocês não queiram perguntar no tumblr, não hesitem em usar o formspring, lá assim como o outro estará de portas abertas para qualquer dúvida, ok?! O endereço é: www(PONTO)formspring(PONTO)me/carolvenancio prometo que irei responder todas as perguntas da maneira que puder, ok?! Só lembrando que para acessar qualquer um dos dois basta trocar a palavra (PONTO) pelo símbolo, ok?!
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Sobre este capítulo eu só posso usar uma palavra para descrever: FOFURA. Em alguns trechos eu realmente me emocionei enquanto escrevia, então espero que vocês se divirtam, sorriam, se emocionem com ele. Foi feito especialmente para vocês.
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Chega de blá, blá, blá... porque todo mundo quer é ler o capítulo.
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Boa leitura. ;D
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CAPÍTULO 39 – No Regrets, Just Love

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Eu estava sem palavras.

Em toda a sua beleza atlética e também genética herdada de seus pais estava ali, diante dos meus olhos. Meu coração imediatamente começou a bater mais rápido e alto, de uma maneira que era um crime para a tranquilidade daquele lugar mágico em que estava. Estávamos.

- Bella, por favor, me diga alguma coisa. – insistiu Edward ainda do lugar em que estava, ao lado da árvore com as nossas iniciais.

- Sim. – respondi silenciosamente. – Eu me lembrei de tudo. – completei acima de um sussurro, abaixando minha cabeça e admirando as minhas mãos.

- E?! – incentivou, dando pequenos passos em minha direção.

- E... – suspirei pesadamente. – Eu sei que aconteceu comigo, que tudo fez parte da minha vida, mas ao mesmo tempo... ao mesmo tempo não parece pertencer a mim. É estranho, é como se tivesse vendo a vida de outra pessoa, o que é ridículo porque eu sei, eu me lembro de tudo, e sei que foi comigo. – balancei minha cabeça negativamente tentando clarear a minha mente. – Eu sei que não devo ficar me prendendo ao passado e que devo me focar tão somente no futuro, mas parece tão injusto ignorar o que aconteceu. – completei abaixando minha cabeça e estudando meus tênis.

- O que isso quer dizer?! – Edward perguntou confuso.

Levantei a minha cabeça, suspirando pesadamente e piscando algumas vezes em sua direção.

- Não sei também. – sorri enviesado.

- E você não quer nem descobrir o que tudo isso quer dizer, o que significa, o que pode acontecer no futuro?! – pediu cruzando seus braços em seu peito.

- Claro que eu quero! – exclamei defensivamente. – Mas só acho que ignorar o que aconteceu lá nos primórdios é tão injusto, tão frio, tão inapto. – balancei minha cabeça negativamente mais uma vez.

- Nós não iriamos ignorar o passado, só não nos apegaríamos a ele. – pontuou com sensatez.

Ri sem humor.

- Mas Edward, nós nem nos conhecemos mais! – exclamei. – Você não é mais o mesmo garoto que relatei em centenas de páginas do meu diário, que me mandava bilhetes inesperados, que fazia mixtapes para mim semanalmente. – balancei novamente com a cabeça. – E eu não sou a garota que você idealiza, que você conheceu há 12 anos. Eu sou outra pessoa, completamente diferente do que era. – contrapus defensivamente.

- E?! – desdenhou outra vez, caminhando para mais perto de onde eu estava. – Quantas pessoas no mundo inteiro se conhecem todos os dias, e descobrem tantas coisas em comum?! – pediu retoricamente. – Nós podemos ter mudado nestes 12 anos Bella, mas eu ainda sou esse cara que você disse, que te mandava bilhetes inesperados, que fazia mixtapes semanalmente, que sabia que te amava antes mesmo de falar um ‘oi’ para você.

“E você, Bella,” – sorriu enviesado em minha direção. Senti as minhas bochechas ficando rubras. – “você pode ter mudado, ficado mais linda e sexy do que todos os meus sonhos eróticos ou não idealizavam, mas ainda vejo muito daquela menina linda, tímida, mas decidida, teimosa como uma mula diante dos meus olhos.” – deu uma ligeira piscadela para mim. – “Você pode negar, mas você ainda continua sendo a garota que eu namorei no meu senior year e que passei anos me lastimando por não estar ao meu lado.” – pontuou com um sorriso enviesado.

Senti imediatamente meus olhos marejados diante do seu discurso, que mais parecia uma declaração do seu amor, do seu desejo por mim.

- Você acha que isso pode dar certo? – perguntei com a voz grossa por causa da minha emoção.

Ele ampliou seu sorriso, aproximando-se de onde eu estava e sentando-se em uma das pontas da minha toalha, apenas a alguns centímetros de mim.

- Se tem duas pessoas que com toda certeza conseguem fazer isso dar certo somos nós dois. – afirmou com um sorriso. – Apesar de odiar as circunstâncias que fizeram com que nós nos separássemos, foi o melhor, porque apesar de te amar não sei se nosso relacionamento teria sobrevivido na época em que estávamos na faculdade. – deu de ombros. – O que foi bom. A faculdade foi onde você se descobriu, pelo que eu ouvi no sábado, foi onde você deixou de ser tão encanada com as coisas, estou certo?! – perguntou incisivamente.

- Yeah, foi uma época onde finalmente me conheci. Mas Edward... se eu soubesse realmente que fomos um casal antes, talvez eu não teria decidido mudar na faculdade, então não tem como sabermos se seria diferente mesmo. – tentei contrapor.

Ele deu de ombros.

- Tem alguma diferença agora Bella?! – desdenhou como se aquilo realmente não tivesse importância nenhuma. – Não tem como voltarmos ao passado e tentar reescrever esses anos em que ficamos afastados. O melhor que podemos fazer é começar a partir de agora. – objetivou com um sorriso enviesado.

Sorri diante de suas palavras tão sinceras e cheias de significado.

- Ok, e por onde começaríamos?! – inquiri com um sorriso envergonhado, sentindo minhas bochechas ficando mais vermelhas do que eu gostaria, já que a minha memória estava viajando sem restrições para a manhã de domingo em que o vi completamente nu.

Edward parecia compartilhar da mesmíssima lembrança que eu, pois um enorme sorriso enviesado e verdadeiramente sacana brilhava em seu rosto.

- Nós já começamos Bella. – disse lentamente com o seu sorriso e olhos brilhando. Senti minhas bochechas ficando mais vermelhas do que antes. – Somos adultos, isto acontece. – completou diante da minha clara timidez. – Mas por ora, será que posso convidá-la para jantar essa noite?! – pediu com o seu característico sorriso torto.

Levantei um de meus ombros, entortando um pouco a cabeça sorrindo meio envergonhada, meio tímida com o seu pedido.

- E onde você pretende me levar?! – repliquei tímida, mas genuinamente curiosa.

Edward deu de ombros.

- Não faço ideia. Provavelmente em algum lugar em Port Angeles. – rolou os olhos. – Eu só quero estar com você, não quero esperar mais para conhecer essa Bella adulta, tão diferente e tão igual da que eu conheci há 12 anos. – pontuou com um sorriso sincero.

- Ok. – concordei. – Eu janto com você esta noite. – explicitei para ver o mais belo sorriso sendo formado em seu rosto.

Ficamos mais algum tempo na clareira. Apesar da nossa proximidade, nenhum de nós ultrapassou a linha invisível entre nós. Edward riu das mixtapes que havia gravado para mim em uma época tão longínqua, e como havia trazido muita coisa para comer, acabei dividindo tudo com ele, que estava faminto. Mantemos uma conversa leve e descompromissada. Amigável para ser mais exata, nunca ultrapassando esses limites impostos em nosso acordo tácito.

Quando o crepúsculo começou a apontar ao fundo, sabíamos que tínhamos que deixar a campina. Ao lado um do outro seguimos pelo meio da floresta em direção onde nossos carros estavam estacionados. Evidentemente que quando fomos nos despedir um breve constrangimento recaiu sobre nós, pois não sabíamos como proceder um com o outro. Limitamos-nos a um tímido sorriso e com Edward dizendo que às 8 horas passava na casa dos meus pais para me buscar para irmos jantar.

Um sorriso idiota e bobo se fixou no meu rosto enquanto eu dirigia para casa e de lá não saiu em nenhum momento. Nem mesmo durante o meu banho, ou enquanto me arrumava. A propósito, abençoada seja Alice que arrumou as minhas coisas e teve a competência de me mandar algumas peças de roupa não tão informais como as camisetas e os jeans que estava usando desde que cheguei aqui.

Como não fazia a mínima ideia do lugar onde iriamos, vesti calça jeans escura, uma blusa sem mangas marrom clara e as alças com detalhes pretos, bem acinturada, e sandálias de salto médio em couro do mesmo tom da blusa. Deixei os meus cabelos ondulados e soltos, emoldurando assim meu rosto. Fiz uma maquiagem leve, apenas destacando meus olhos, e com um leve tom de pêssego em minhas bochechas.

Não sabia se seria muito audacioso da minha parte, mas algo me dizia que eu deveria usar o colar e a pulseira que ele havia me dado de presente em duas datas distintas há tantos anos. Delicadamente tirei cada uma das peças de sua morada, e decidi dar um pequeno brilho nelas com um fecho de algodão. Depois de terminada a minha tarefa, coloquei a pulseira e depois o colar.

Apesar de não ter nenhum espelho grande como tinha aqui quando era adolescente – já que ele agora se encontrava em meu apartamento em NYC –, um de menor escala foi colocado pela minha mãe sobre a minha escrivaninha/penteadeira, e quando me admirei por este, eu realmente me senti confiante. Não só pela forma que eu olhava, adulta e sexy, mas pelo fato de que os presentes de Edward que resolvi usar davam um toque especial a minha roupa. Era como se aqueles dois acessórios fossem uma peça necessária do meu corpo.

Devidamente pronta, desci para esperá-lo na sala com meus pais. Minha mãe, que estava na cozinha arrumando o jantar, somente sorriu em minha direção. Meu pai, em contrapartida, analisou a minha forma milimetricamente.

- Aonde você vai?! – pediu assim que sentei no sofá da sala.

- Em um jantar?! – respondi soando mais como uma pergunta. Meu pai fechou seus olhos em fendas, levantando-se de sua poltrona e indo até a cozinha, mas voltando rapidamente com uma lata de cerveja em mãos.

- Com quem?! – perguntou no mesmo instante em que a campainha tocava. Gemi internamente.

Por que Edward tinha que fazer isso?! Por que meu pai estava agindo como se eu tivesse 17 anos?!

Antes que eu pudesse levantar do lugar em que estava sentada e abrir a porta sem que meus pais vissem com quem eu sairia, meu pai foi mais rápido e em três passadas já estava com a mão na fechadura, abrindo a porta de entrada. Segurei uma respiração enquanto ele abria a porta com um olhar que ele só usava quando se tratava de mim ou dos criminosos que ele detinha na delegacia. Descrença e interrogação.

- Boa noite Chefe Swan. – cumprimentou polidamente Edward assim que viu meu pai na porta.

A surpresa de Charlie ao ver Edward em sua porta, em uma cena tão comum de 12, 13 anos atrás foi impagável, e mesmo me controlando, não consegui deixar de rir. Minha mãe, que ainda estava na cozinha, gargalhou alto. Pelo que parecia ela tinha uma grande desconfiança de que estaria saindo com Edward, e querendo ver como meu pai reagiria ao vê-lo me buscando para jantar, não lhe contou.

Renée ainda causaria um ataque cardíaco em meu pai.

- Edward?! – exclamou meu pai completamente confuso. – O que você faz aqui, filho?! Está tudo bem com Carlisle?! Esme?! – pediu ainda surpreso por ver Edward em sua porta.

- Oh! Eles estão todos bem. Estou aqui para buscar Bella, nós iremos jantar. – explicitou com um sorriso. Rapidamente o olhar de meu pai foi de Edward para mim, que estava a alguns passos atrás dele, com os braços cruzados e tentando arduamente não rir da cara um tanto quanto cômica que meu pai fazia.

- Com Edward Cullen que você vai jantar?! – perguntou rudemente, não se importando com Edward, que estava parado diante dele com um olhar divertido. – Você tem certeza disso?!

- Hum... sim?! – respondi atordoada com a reação do meu pai. Não conseguia acreditar que mesmo eu tendo 30 anos ele me tratava como uma garotinha que mal sabe andar.

- Pelo amor de Deus Charlie! – exclamou a minha mãe incrédula, saindo de seu lugar na cozinha. – Eles não são mais crianças, são adultos! Pare de ser assim. – pediu se postando ao lado do meu pai na porta. – Edward, como está querido?! – cumprimentou cheia de gentileza.

- Excelente, Renée. Ah... a propósito minha mãe pediu para lhe entregar esses biscoitos de aveia e chocolate, ela disse que são os preferidos do Chefe. – ofereceu, entregando um pote branco com os biscoitos.

- Oh Esme! Sempre tão atenciosa. – agradeceu minha mãe cheia de sorrisos. Meu pai ainda olhava de mim para Edward, com as suas sobrancelhas arqueadas.

- O que isso significa?! – questionou por fim, apontando para nós dois.

- Charlie pelo amor de Deus! Eles não estão em sua sala de interrogatório! – interveio a minha mãe.

- Ué Renée?! Eu nem sabia que os dois mantinham contato hoje em dia. – defendeu-se meu pai. – Só quero saber o que isso significa, porque por um breve segundo eu tive um déjà vu dos dois no high school, a única diferença é que eles mudaram um pouquinho, mas em tese ainda é a mesma coisa. – deu de ombros.

Tanto Edward como eu rimos da sentença do meu pai.

- Nós nos reencontramos recentemente em NYC, Charlie. – explicou Edward com seu sorriso enviesado.

- E?! – incentivou.

- E nós somos amigos. Por Deus pai, eu não tenho mais 17 anos. – intervim caminhando em direção à porta para afastar Edward do ataque dos meus pais e me ver livre desse interrogatório infundado. – Vamos?! – pedi a Edward quando me pus ao seu lado. Ele sorriu e acenou com a cabeça, dando boa noite aos meus pais e seguindo ao meu lado pela calçada que levava até o carro que ele havia locado.

- Esteja em casa às 10! – ouvi meu pai gritar ao longe. Tanto Edward como eu rimos da incoerência, já que se passava das 8:30, e se íamos mesmo jantar em Port Angeles, seria pelo menos 40 minutos para ir e 40 minutos para voltar.

- Charlie! – escutei minha mãe o repreendendo outra vez. – Volte a hora que você quiser, Bella. – interveio no mesmo instante em que Edward abria a porta do lado do passageiro para que eu pudesse entrar.

- Os dois não mudaram nada, hein?! – divertiu-se sorrindo para mim todo sedutor.

- Desculpe-me por isso, você sabe como é... – dei de ombros, sinceramente envergonhada pelo comportamento dos meus pais.

- Tudo bem Bella. – sorriu, fechando a porta e correndo para entrar no lado do motorista. – Eu só me pergunto se tivéssemos continuado o nosso namoro depois que terminamos o high school se ele agiria assim, ainda mais com nós dois morando do outro lado do país. – divertiu-se, fazendo com que minhas bochechas se tingissem de vermelho intenso.

- Provavelmente ele se mudaria para NYC para ficar nos vigiando ou contrataria um segurança para mim. – compadeci de sua diversão.

Edward gargalhou com a minha explicação.

- Possivelmente. – concordou ligando o carro e começando a conduzir pelas ruas de Forks em direção à rodovia que nos levaria a Port Angeles. – Bella?! – pediu depois de um longo tempo.

- Edward?! – repliquei dizendo que eu estava ouvindo-o.

- Hum... er... não sei se é apropriado, mas fiz uma mixtape, se é esse o nome que se tem ainda, para você. – disse entregando-me uma caixinha semitransparente branca de CD. – Só consegui achar um CD para gravar. – justificou timidamente.

Peguei a caixinha em minhas mãos e a abri, estudando o CD branco onde a caligrafia elegante de Edward havia escrito: “Para Bella, com amor”.

- Se fabrica fitas cassete ainda?! – repliquei tentando fazer humor, o que funcionou já que Edward me acompanhou nas risadas.

- Não faço ideia, mas provavelmente não, assim como fitas VHS. – comentou dando de ombros. Ambos caímos na gargalhada, já que fitas cassetes e VHS há 12 anos era o auge da tecnologia. Em menos de uma década as antigas fitas cassetes foram substituídas por CDs, seguido por MP3, entre tantas outras variações, até chegar aos ipods de hoje em dia. O mesmo vale para as antigas VHS, que foram substituídas por DVDs, que já estão começando a serem substituídos pelos Blu-Ray.

- Será que podemos ouvir?! Descobrir o que se tem no itunes do famoso Edward Cullen? – pedi com um sorriso.

- Claro que pode. Mas se você está esperando encontrar Justin Bieber, Taylor Swift, Jonas Brothers, ou qualquer coisa desse nível, já informo que você deve perder as esperanças. – pontuou sério. – Não conto a ninguém que sou fã deles. – brincou gargalhando no final.

- Oh meu Deus! – exclamei colocando o CD no leitor. – Sou a primeira a saber que você é fã do Bieber?! Canta ‘Baby’ pra mim?! – pedi em meio a gargalhadas que foram acompanhadas por ele, no mesmo instante em que os acordes de ‘All You Need Is Love’ dos Beatles se iniciava.

Imediatamente todo o ar descontraído e divertido que estávamos compartilhando transformou-se em algo completamente diferente, arrebatado de tensão, explicações, desejo, paixão e amor. Um silêncio incômodo, mas ao mesmo tempo confortável caiu sobre nós enquanto ele conduzia o carro até Port Angeles. Seguida pela canção dos Beatles veio ‘Everybody Hurts’ do R.E.M., e depois ‘Apologize’ do One Republic.

Era evidente que as músicas que Edward havia escolhido para a mixtape tinham muito a ver com a nossa situação. Era claramente um passeio pelos 12 anos em que vivemos separados – tanto no quesito musical, por causa de músicas e artistas de vários anos, como também das circunstâncias que passamos por esse tempo, sejam separados ou juntos.

E por mais que tínhamos tantas coisas para dizer, para conversar, não o fizemos. Ficamos os 30 minutos restantes em silêncio. Edward prestava atenção na estrada, enquanto eu admirava o padrão das árvores que passavam por nós.

Foi um alívio extremo quando o carro parou, e Edward o desligou, fazendo com que o som se desligasse também. De repente o silêncio ficou sufocante e ensurdecedor. O frio que estava sentindo quando o ar condicionado estava ligado foi substituído por um calor atordoante. Uma mão invisível apertava a minha garganta, quase me sufocando. Notei que respirar era uma tarefa árdua, era como se estivesse no ponto mais alto do mundo e o ar rarefeito era nauseante, incômodo, sufocante.

- Então, preparada para enfrentar comida italiana?! – questionou Edward tentando fazer graça, mas visivelmente nervoso, assim como eu.

Qual era o nosso problema?! Por que tanto nervosismo?!

- Oh sim! Ninguém faz um ravióli de cogumelos como o Bella Donna. – comentei com um sorriso.

- Não entendo a sua obsessão por comida vegetariana. – divertiu-se fazendo uma careta. – Então vamos?! – ofereceu já abrindo a sua porta, e antes que eu abrisse a minha, ele já estava a abrindo.

- Obrigada. – agradeci sentindo as minhas bochechas ficando quentes.

Com uma de suas mãos na base da minha coluna, transmitindo um calor apaixonante e desejoso, Edward e eu seguimos para o restaurante. E por mais que este estivesse ligeiramente cheio, o maître conseguiu arrumar para nós uma mesa mais afastada. Eu poderia estar enganada, mas posso apostar que fora Edward quem pediu a mesa mais afastada do restante do restaurante.

Ao contrário de quando fomos ali no Dia do Namorados em 1998, desta vez Edward e eu saboreamos um vinho oferecido pelo Sommelier sem fazer careta, e quando fizemos nossos pedidos, que por uma insistência de Edward escolhemos um prato para dividir. De entrada ordenamos um Carpaccio com Alcaparras, e de prato principal Risoto de Cogumelos e Truta com Amêndoas, tudo acompanhado de um delicioso vinho tinto de origem italiana.

Por mais que o clima romântico estivesse carregado no ar de todo restaurante, por sua decoração vermelha e mais escurecida por causa das velas, tivemos uma refeição prazerosa, com uma conversa leve e descompromissada. Claro que alguns flertes, por ambas as partes, foram jogados durante o nosso bate papo, mas em nenhum momento eles se tornaram inapropriados.

Cavalheiro e insistente como só Edward pode ser, ele se ofereceu para pagar a nossa conta, não me dando nem opção de contestá-lo, dizendo que se eu realmente quisesse gastar o meu dinheiro, que fizesse um jantar para nós dois em um momento futuro.

Quando deixamos o restaurante, acredito que tanto eu quanto Edward ainda não estávamos prontos para encerrar a noite, e com a desculpa de tomarmos um sorvete, começamos a caminhar pelo longo píer de Port Angeles. Infelizmente o sorvete que cada um escolheu não durou tanto para postergar mais a noite e sabíamos que em breve teríamos que encerrá-la.

Contudo, agindo como dois inconsequentes, ignoramos o movimento da rua que diminuía continuadamente, ignoramos os bares, restaurantes e lanchonetes do píer fechando, ignoramos até mesmo o vento úmido e gélido que assolava todo noroeste do pacífico.

Era confortável, apaziguante e prazeroso ficar na companhia de Edward, que apesar de não estarmos falando sobre nós diretamente, a conversa descompromissada sobre músicas prediletas, comidas preferidas, e qualquer outra coisa mais leve, era uma maneira de nos conhecermos um pouquinho mais. De nos reconectar.

Evidentemente que não posso esquecer-me de mencionar que conforme andávamos pelo píer lado a lado, diversas vezes a mão grande, calejada, mas extremamente quente de Edward roçou pela minha, como se estivesse impaciente, ansiosa para enlaçar nossos dedos. Eu queria que ele fizesse isto. Tanto que sou incapaz de articular com precisão.

Na nossa segunda volta pelo píer, paramos em um parapeito para admirar o mar tranquilo da baía de Port Angeles. O aroma da salinidade era relaxante. Eu sempre gostei do cheiro do mar, ele sempre remetia a casa para mim. E era assim que eu estava; com meus olhos fechados, sentindo a brisa suave batendo em meus cabelos, o cheiro do mar e a presença de Edward ali ao meu lado me trazendo tranqüilidade.

Quando senti a sua mão quente segurar uma das minhas com uma delicadeza que parecia que eu fosse quebrar a qualquer momento, lentamente abri meus olhos, para encontrar os olhos verdes brilhantes de Edward focados no meu rosto, como se me admirar fosse a coisa mais importante que ele poderia fazer. Sorri acanhada do seu olhar intenso e atordoante.

- O que foi?! – perguntei em meio a uma risada abafada. Ele deu de ombros. Ergui uma sobrancelha, o incentivando.

Ele suspirou pesadamente, em seguida molhou seus lábios com a sua língua. Mesmo que não fosse a minha intenção, não consegui desviar meus olhos durante o movimento tão natural e tão sexy ao mesmo tempo.

Engoli em seco.

Tão suavemente que poderia ser confundido com a suave brisa vinda do mar, Edward deslizou a mão que não segurava a minha pelo meu rosto. O calor que emanava dela era envolvente, me consumia em chamas e em desejo de uma maneira que não conseguia explicar. Meu coração batia alto em meu peito, minha pulsação estava em polvorosa, minha respiração completamente arfante, apenas com o seu suave toque.

Delicadamente ele traçou os padrões prateados, cravejados de pedrinhas coloridas do colar que ele havia me dado há tantos anos no dia dos namorados. Um sorriso contemplativo cresceu em seu rosto. Seus olhos, que antes estavam acompanhando o trajeto da ponta de seus dedos, focaram-se novamente em meus olhos. Tão intensos, tão sinceros, tão apaixonados.

Tremi ligeiramente, mas de nada esse tremor tinha a ver com frio.

- Eu quero tanto te beijar nesse momento, só não sei se isto seria ultrapassar os limites. – confessou com a voz suave e calma, continuando seus círculos tranquilizantes na palma da minha mão, e afagando meu rosto com a outra.

Sua confissão acendeu uma chama de esperança intensa em meu peito, aumentando e sincronizando as batidas do meu coração, o fluxo de minha pulsação, a cadência da minha respiração, juntamente com um sorriso sincero, verdadeiro e completamente apaixonado se estampava em meu rosto.

Sem lhe dizer nada, me aproximei mais dele, enquanto quase que reflexivamente Edward se inclinava em minha direção. E sem nenhum pensamento de arrependimento, de erro, de incompletude, apenas desejo, luxúria, paixão e amor, toquei seus lábios com os meus.

No início foi suave, apenas um leve roçar de nossos lábios, todavia a atração quase que magnética que temos um pelo outro se atraía com veemência. A corrente elétrica tão intensa, tão estranha, mas completamente apropriada fluía por nós, como se fossemos a metade de um todo. Tanto que quando aprofundamos nosso beijo, foi natural, necessário, único.

Nossos lábios encaixavam-se com exatidão, como peças de um quebra-cabeça, feitas para se complementarem. Suave, cálido, apaixonado, intenso. Único. E quando as nossas línguas pediram para partilhar daquele momento, foi natural e propício. Ao se encontrarem, elas pareciam se reconhecer, ansiosas para estarem juntas outra vez. E como se tivesse vida própria, elas se conectaram, acariciaram-se com fervor e desejo, e a cada toque, seja ele sereno, ou mais profundo, elas pareciam compartilhar uma sincronia, uma intimidade inigualável.

Urgente, luxuriante, apaixonado, repleto de saudades, e com um amor claramente intenso que sentíamos, aquele poderia ser descrito como o melhor beijo da minha vida. Aquele que ao mesmo tempo em que trazia uma carregada aura de nostalgia, trazia também o frescor, a ânsia de novidade, de um futuro amplo e perfeito a nossa frente.

Não sei dizer quanto tempo ficamos ali, só nos beijando. Nossos lábios envolvendo o do outro com carinho e desejo, nossas línguas se acariciavam e transmitiam todo o nosso amor, e nossos dentes, que em momentos certos mordiscavam os lábios um do outro, davam a intensidade, o apimentado exato para que nosso beijo fosse só nosso. Único e perfeito. Infelizmente o ar gelado do noroeste carregado por uma possível chuva nos assolou, e por estar com uma blusa sem mangas, tremi em seus braços, que ocasionou interrompermos o beijo seguido por uma risada que partilhamos e a preocupação de Edward.

- Você está tremendo. Toda arrepiada. – murmurou contra os meus lábios, com a sua testa apoiada à minha e deslizando suas mãos por meus braços, tentando me aquecer.

- Eu estou bem. – tranquilizei me aproximando mais dele, sentindo o seu corpo quente aquecendo todo o meu.

Ele riu sonoramente. Apoiando seus lábios na minha testa.

- Eu também estou bem – riu. – Mas temos que ir, Bella. Está ficando muito tarde e em breve vai começar a chover. – explicitou olhando para o céu. Imitei a sua ação, notando que o céu estava carregado de nuvens esbranquiçadas, que eram vez e outra clareadas por intensos riscos brancos prateados. Relâmpagos.

Ao contrário de antes, desta vez caminhamos pelo píer de mãos dadas. Era tão natural, confortável. Um sorriso bobo e completamente apaixonado brilhava em meu rosto, e todas as vezes que eu lançava olhares a Edward, o mesmo sorriso bobo e apaixonado brilhava no seu rosto.

O caminho para casa, mesmo com Edward conduzindo o carro, continuamos com nossos dedos enlaçados, ouvindo a mixtape que ele havia me feito. Em alguns momentos ele levava os meus dedos aos seus lábios e os beijava com suavidade.

Todos os meus sonhos que sempre idealizei em minha mente desde sempre, que aumentou quando soube da nossa conexão no passado, estava ali, se tornando realidade. E ao contrário do que se poderia esperar, eu não me sentia aterrorizada, mas sim plenamente feliz.

Quando chegamos à frente da casa dos meus pais, nos despedimos com longos e fervorosos beijos, com a promessa de nos encontrar no dia seguinte.

Eu estava literalmente flutuando enquanto caminhava pelo jardim de minha mãe até a porta de casa. Como se passava das 2 da madrugada, todos estavam dormindo, e tentando fazer o mínimo de barulho possível subi para o meu antigo quarto, e suspirando como uma verdadeira adolescente fiquei relembrando cada detalhe da maravilhosa noite que tivemos juntos.

Os dias seguintes continuaram da mesma maneira.

Edward e eu saíamos por volta do meio da manhã e íamos ao nosso prado, onde passávamos a tarde ouvindo músicas em nossos computadores, saboreando lanches que eu havia feito, conversando, nos conhecendo e, em alguns momentos partilhando beijos.

Por ser Forks, onde o tempo é sempre chuvoso – com raras exceções – algumas tardes, quando era impossível ir ao prado, íamos ao cinema, ou então nos juntávamos no sofá da sala de casa, ou na sala de TV da casa de seus pais para assistir filmes novos e antigos. Suspenses e dramas. Comédias e romances.

As noites, em contrapartida, eram mais diversificadas, entre jantares íntimos e até mesmo refeições com nossos pais. Apesar da intimidade e conhecendo um ao outro como jamais nos conhecemos, nosso relacionamento não passou de beijos ardentes e algumas mãos bobas enquanto ficamos em Forks.

Porém, apesar do tempo em que ficamos ‘em casa’ ter sido ótimo, ali nada era real. Estava na hora de voltarmos para Nova Iorque e ver se realmente o nosso relacionamento funcionaria na vida real.

Na sexta-feira partimos somente no carro em que eu havia locado – Carlisle levaria o que Edward locou no sábado – em direção a Seattle, onde pegaríamos o voo para NYC. Claro que nosso relacionamento, que ainda não foi especificado por nós se era namoro ou não, era incrível. Edward e eu tínhamos uma química natural um com o outro, e dava para ver que éramos incríveis juntos.

Todos diziam que éramos incríveis juntos.

Mas existia um grande espaço, que apesar de estarmos compreendendo o que aconteceu em 12 anos e estamos consertando isto, ainda é complicado, principalmente para mim que ainda acha injusto eu não conseguir me conectar com o passado, que mesmo sabendo que é meu parece estranho, como se pertencesse à outra pessoa. Edward continuava na insistência que eu devia esquecer e viver o agora, e, eu estou tentando, realmente estou, mas... não sei... é confuso até mesmo para mim a minha necessidade de me reconectar com o passado, fazer sentir como se realmente ele fosse meu.

De qualquer maneira, o nosso retorno a NYC não seria só para saber se nosso relacionamento funcionaria com as vidas que levamos hoje em dia; e, o grande elefante rosa na sala era o fato de que em NY estaríamos longe de Forks, longe da aura adolescente em que ficamos por 8 dias e teríamos que ser adultos. Possivelmente partilhar intimidade física.

Pode soar estranho que dois adultos, bem resolvidos, com suas carreiras definidas e claramente apaixonados ainda não tivessem ultrapassado a barreira física de um relacionamento. Tudo bem, nós havíamos ultrapassado esta barreira, mas parecia ter sido em uma época tão distante, e eu ainda não conseguia me lembrar daquela noite, por causa do álcool que eu havia ingerido. Edward havia me contado em uma tarde no nosso prado superficialmente tudo o que havia acontecido, mas uma maldita amnésia alcoólica não me ajudava a lembrar de maneira alguma.

Era claro, tanto para mim quanto para Edward que estávamos praticamente contando os segundos para sermos íntimos outra vez, mas ambos éramos medrosos, covardes demais para tocar neste assunto, e por causa disso o postergávamos o máximo que podíamos. Em Forks tínhamos a desculpa de nossos pais estarem sempre próximos a nós, mas que desculpa teríamos em NY?! E será que realmente queríamos essa desculpa?!

Claro que não queríamos, e por mais ridículo que seja eu estava temerosa com o que aconteceria quando ultrapassássemos esta última barreira e começássemos a ter um envolvimento íntimo e depois nosso relacionamento não desse certo.

A maioria diria que eu estou agindo de uma maneira irracional e que era só sexo, mas eu não conseguia ver dessa maneira, apenas sexo, e creio que Edward também não. Era como se dividíssemos a mesma opinião que quando fossemos para a cama, teria que ser algo que tínhamos certeza.

Assim, quando chegamos em NYC em o que literalmente pode se entender como um acordo tácito, paramos apenas em um restaurante para jantar e depois cada um seguiu para a sua própria casa. Dizer que não foi estranho me despedir de Edward seria um eufemismo, eu sentia falta dele ao meu lado, seu corpo me aquecendo, e não foi nem um pouco reconfortante sentir o seu perfume em meus lençóis e travesseiros quando deitei na minha cama, ou talvez fosse só meu cérebro me pregando peças, acostumado com o cheiro de Edward e o imaginando até mesmo nas minhas roupas de cama completamente limpas.

O sábado foi torturante, principalmente na parte da manhã, onde fiquei ansiando encontrá-lo na hora do almoço. Porém, pedindo inúmeras desculpas ele não pode vir, pois tinha que resolver uns problemas com a Adidas, que com a sua ausência apareceu. Passei a tarde toda ansiando a sua presença, esperando por ele aparecer, o que foi extremamente angustiante.

Queria ligar para Alice e Rosalie e contar as duas o que havia acontecido, e até mesmo agradecê-las por tudo, todavia eu não queria atrapalhar o sábado que tinha combinado com Edward com a chegada inesperada das duas, por isto fiquei no aguardo dele.

Foi um verdadeiro alívio quando meu celular tocou no final da tarde indicando uma mensagem dele, da qual dizia que em uma hora estaria passando em minha casa, e que ele me levaria para jantar.

Eu estava animada e empolgada por saber que sairia com Edward, já que estava quase considerando que não iríamos nos ver antes dele ir para Washington, por conta disto decidi me arrumar com o máximo de cuidado. Abusando da sensualidade que tenho, e principalmente me arrumando única e exclusivamente para ele. Para deixá-lo feliz por eu estar ao seu lado.

Sabe como mulheres podem ser nestes quesitos, de ir a extremos para ver um olhar de desejo em um homem. No seu homem.

Querendo atrair a atenção de Edward um pouco mais, optei por um vestido verde militar com bordados dourados e pretos da coleção de Alice, e scarpins negros de salto. Eu sabia que com este vestido não dava para usar o colar que desde que colocara na noite do nosso primeiro jantar em Port Angeles não tirei, por isso continuei com ele, mesmo que o escondesse por baixo do vestido. Coloquei alguns outros acessórios – inclusive a pulseira que ele também havia me dado.

Deixei meus cabelos ao mais natural possível, ondulados e caindo em uma cascata de mogno em minhas costas. Fiz uma maquiagem esfumaçada em meus olhos, os destacando. Um suave tom de pêssego em minhas bochechas e um suave batom cor de boca em meus lábios. Ao me admirar no espelho, não pude deixar de me surpreender. Modéstia à parte, eu realmente estava linda, e mesmo soando convencida demais, tenho certeza que Edward iria gostar.

Estava colocando algumas coisas em uma bolsa de mão quando o interfone tocou. Colocando meu celular por último na carteira corri – ou pelo menos andei a largos passos – até o interfone do qual eu atendi extremamente animada. Antes que eu dissesse que estava descendo para encontrá-lo, ele pediu para subir, pois queria me entregar um presente de aniversário atrasado.

Normalmente não gostava de ganhar presentes ou ser surpreendida, mas estava interessada demais em saber o que Edward tinha para mim. Na porta do meu apartamento nos cumprimentamos com um suave beijo seguido de imensos sorrisos. Tentando controlar a minha vergonha, já que a última vez que Edward esteve em meu apartamento nos encontrávamos em uma situação um pouco constrangedora e embaraçosa, o convidei para entrar.

Edward parecia estar tendo os mesmos pensamentos que eu, pois ignorou completamente o sofá – que era para onde eu estava caminhando – e seguiu para a minha mesa, onde ele depositou duas sacolas negras com as 3 tradicionais riscas brancas da Adidas.

- O que significa isso?! – perguntei realmente confusa.

- Bom, primeiro abra esta aqui. – pediu com um sorriso enviesado, entregando-me uma das sacolas que continha uma caixa de sapato dentro.

Mais do que curiosa, pelo fato de que Edward estava me presenteando com um sapato, abri a caixa com expectativa, me surpreendendo ao encontrar dentro dela um par de Adidas Hemp verde, idênticos aos que ele usava, que inclusive tinham a sua pequena assinatura atrás.

- Você disse que sempre quis um desses. – deu de ombros. – Eu sei que eles não são parecidos com os de antigamente, tentei inclusive conseguir um sem o meu nome, mas disseram-me que era impossível, porque estavam produzindo só para a minha linha especial... – começou a divagar. Não conseguindo controlar a vontade de abraçá-lo e beijá-lo, o calei com um dedo.

- Obrigada. Eu adorei o presente. – disse com um sorriso amplo. – Não me incomodo que tenha o seu nome, na verdade isso torna mais especial. – completei, ficando na ponta dos meus pés e dando um beijo em seus lábios em agradecimento.

Como era de se esperar de nós depois de um dia todo longe um do outro, o beijo que era para ser um simples e breve agradecimento, acabou tornando-se um beijo intenso e sôfrego, que só foi interrompido porque o telefone dele tocou, indicando uma mensagem de texto.

- Garrett me lembrando de que devo estar no La Guardia às 8 amanhã. – explicou com um sorriso enviesado e guardando o seu aparelho novamente no bolso. – De qualquer maneira, acho que você deve abrir o seu outro presente. – instruiu afastando-se um pouco incomodado de mim. Um breve olhar para ele e rapidamente compreendi o motivo de sua distância.

Edward estava ficando excitado.

- Você disse que foi Tanya que contou sobre a minha camisa. – falou envergonhado com meu olhar, rapidamente desviei e tornei a encará-lo.

Confirmei com um aceno a sua sentença.

- Não é um grande presente, porque eu tenho várias destas, mas – deu de ombros. – achei que deveria te dar de presente algumas. – explicou com visível timidez conforme eu retirava as 3 camisetas oficiais do Giants e mais duas do time de football da Yale.

O encarei confusa.

- Por que da faculdade?! – pedi sem entender o motivo.

- Foi quando comecei a usar o cisne. – explicitou dando de ombros. Admirei a camiseta, e logo encontrei o pequeno símbolo idêntico a das suas camisas de hoje em dia. – Toda as vezes que entrei em campo nos últimos 12 anos, você estava comigo, me estimulando, como fazia no high school. – completou com um amplo sorriso. – Uma lástima que você não estava na beira do campo com uma microssaia e pompons gritando o meu nome nesta época. – divertiu-se. O empurrei suavemente.

- Para com isso! Ainda não consigo acreditar que me deixaram ser uma líder de torcida. – falei rindo também.

- Mas eu consigo... consigo perfeitamente. – replicou balançando suas sobrancelhas e me analisando de cima em baixo. – A propósito, você olha espetacular. – elogiou com um gracejo, colocando uma mecha dos meus cabelos atrás de minha orelha.

- Obrigada. – agradeci, me contorcendo toda completamente envergonhada. Edward riu outra vez.

- Vamos?! – ofereceu. Acenando com a cabeça e recolhendo a minha bolsa, deixamos meu apartamento com os dedos enlaçados.

Fomos a um simpático restaurante japonês em Tribeca. O local, apesar da sua aura oriental, era claramente muito romântico. Me senti infinitamente melhor por saber que a roupa que havia escolhido era mais do que apropriada. Ordenamos um barco de sushis e sashimis, e como bebida saquê.

Ao contrário dos jantares que havíamos partilhado nos dias anteriores, aquele estava carregado com uma aura diferente, era como se uma grande expectativa viesse dele, ou talvez fosse o fato que Edward estaria fora da cidade até quarta-feira, eu não sabia ao certo, estava sendo partilhada por nós.

E foi assim, em um momento de completa surpresa enquanto saboreávamos nossa sobremesa – banana caramelizada com amêndoas, nozes e sorvete de passas ao rum –, que ele abordou o assunto que eu menos esperava ser abordado neste jantar.

- Bella – começou suavemente segurando uma de minhas mãos nas suas e fazendo pequenos círculos na palma com seu polegar. Aguardei com expectativa suas próximas palavras. – eu não sei se você... hum... concorda comigo sobre o que está acontecendo entre nós dois... estes últimos dias foram... incríveis e nada me fará esquecê-los, mas... eu tenho uma dúvida. Sei que combinamos que íamos nos reconhecer, aprender um sobre o outro e ver onde tudo iria dar. E eu realmente sinto que nos conhecemos mais do que imaginávamos. – balbuciou literalmente rondando o assunto principal, que sinceramente não fazia ideia do que se tratava.

- O que você está querendo dizer Edward? – perguntei confusa diante do seu discurso que mais parecia uma divagação.

Ele engoliu em seco. Bebendo em seguida um longo gole de sua água.

- Eu quero dizer... quer dizer, eu quero te perguntar. – ele novamente engoliu em seco, enquanto eu esperava o que ele tinha para me perguntar. – Será que você quer ser a minha namorada outra vez?!

Pisquei atordoada diante de suas palavras.

- Deus! – exclamou passando a mão em seu rosto. – Eu acabei de soar como um adolescente inseguro. Deixe-me dizer da forma correta. – suspirou balançando sua cabeça, e tornando a capturar minhas mãos com as suas. – Eu quero você em minha vida, Bella. Eu tinha certeza disso há 12 anos, tive durante todo esse tempo e tenho agora. Eu sei que... que nem tudo é tão fácil como queríamos, mas podemos dar um jeito, eu sei disso, e sei que você também sabe. – ele apertou minha mão suavemente.

“Talvez namorada e namorado não seja o termo correto para usarmos. Você é a minha vida. Eu te amo como eu nunca imaginei que fosse possível amar alguém, e estes dias ao seu lado só provaram isto. Então o que eu quero te pedir, é que por ora seja a minha namorada, porque a minha vida você já é, e eu quero que você seja ela para sempre. Quero que você seja a minha amiga, minha companheira, minha amante, meu amor, a minha futura esposa.” – sorriu torto para mim, soltando suas mãos das minhas e as colocando de cada lado do meu rosto, o amparando como se fosse uma peça preciosa, de cristal.

Edward fechou seus olhos por breves segundos, antes de torná-los a abrir. Os verdes de suas íris brilhavam intensamente.

- Então... você quer ser a minha namorada?! – pediu com um sorriso enviesado.

Eu sentia meus olhos completamente marejados diante de todo o seu discurso. Meu coração batia compassadamente, mas era alto e rápido. Todas as hesitações, medos, inseguranças que estava sentido pelo fato de não me recordar completamente do nosso passado foram esquecidos e eu só conseguia focar meus pensamentos que não importava mais o que aconteceu, ou qualquer coisa relacionada ao nosso passado. As únicas coisas que realmente importavam eram o nosso presente e futuro, e eu queria que fosse ao lado dele, sem mais distância.

- Sim! Deus! Sim, Edward. – exclamei em meio a lágrimas. – Eu quero ser a sua namorada, seu tudo. – brandi, levando as minhas mãos ao seu rosto e o amparando.

- Meu tudo. – repetiu acima de um sussurro, para em seguida capturar meus lábios em um beijo urgente e sôfrego.

Por mais que quiséssemos prolongar a nossa noite ao máximo, infelizmente não podíamos. Edward tinha que estar cedo demais no aeroporto e começar a se preparar para o jogo de terça-feira à noite. Apesar de o restaurante ser próximo a minha casa, Edward pediu para o taxista esperá-lo enquanto se despedia apropriadamente de mim.

Trocamos beijos cheios de paixão e desde já cheios de saudade. Era estranho saber que depois de dias convivendo com ele diariamente, ficaria 3 dias sem vê-lo. Entretanto, Edward prometeu que nos falaríamos por telefone e Skype durante este tempo. Foi com os olhos marejados que o vi entrando no taxi e indo para longe de mim.

Vê-lo partir era tão arrasador, devastador, ainda mais com o pensamento de que só o veria em alguns dias. Era terrível. Tanto que quando entrei em meu apartamento e vi as coisas que ele havia me dado mais cedo, sabia que eu não deveria estar na minha casa sozinha, lamentando a sua ausência. Eu deveria estar ao seu lado, nos amando com fervor, aproveitando as horas que ainda tínhamos para ficarmos juntos.

Não sei exatamente o que me deu, mas retirei meu celular da minha bolsa e enviei uma mensagem de texto para Alice, pedindo para ela o endereço de Edward. Não sei por que pedi para ela, mas parecia o certo. Felizmente segundos depois ela me respondeu, com o endereço, seguido de um ‘seja feliz’.

Sorrindo animada para a tela do meu celular, deixei o meu apartamento. Por sorte não demorou que um taxi passasse por minha rua, e dando o endereço de Edward, em menos de 5 minutos estava deixando o taxi e entrando no edifício. Felizmente uma senhora também estava chegando e explicando para ela que era namorada de Edward, ela deixou que eu entrasse no prédio sem ter que anunciar para ele que estava ali.

Oh, sim! Eu queria surpreendê-lo.

Eu estava completamente ansiosa, e a cada passo que dava mais próximo de sua porta, mais ela ampliava, assim como meu coração batendo mais rápido e alto, quase ecoando pelas paredes de madeira que envolvia todo o corredor. Toquei a campainha e aguardei. Foram quase 2 minutos inteiros até que Edward vestindo calça de moletom cinza e sem camisa abriu a porta.

- Bella?! – exclamou surpreso, notando que eu estava com a mesma roupa ainda. – O que aconteceu?! – perguntou visivelmente preocupado.

Não sabia como responder a sua pergunta, e por conta disto apenas me joguei em seus braços, capturando seus lábios com os meus com demasiado fervor. Ele retribuiu o meu beijo com a mesma intensidade, com a mesma paixão que eu, apertando-me em seus braços, fazendo com que eu sentisse o calor de seu corpo contra o meu.

- Bella... – balbuciou enquanto tentava se afastar, mas eu continuava a atacá-lo com meus beijos e abraços. Minha necessidade por ele.

- Eu quero você Edward.  Eu não quero esperar mais. – disse com veemência encarando seus intensos olhos verdes, que queimavam em desejo.

Ele hesitou por alguns breves segundos, procurando em meu rosto alguma dúvida, mas quando não as encontrou, capturou meus lábios com os seus, deslizando suas mãos por meu corpo até as minhas coxas, onde ele as apertou suavemente e as usou como uma alavanca para me levantar. Agilmente o abracei com as minhas pernas, enquanto ele nos levava para o seu quarto.

Assim como esperava, nós não fizemos sexo apenas. Era algo muito mais profundo, com muito mais significados do que sexo ou amor. Estávamos ali selando o nosso destino juntos, apagando qualquer dúvida de que pertencíamos um ao outro. Que fomos destinados um ao outro. Que éramos almas-gêmeas.

Estar em seus braços sem a barreira de roupas era indescritível. Sentir seu calor passando para o meu, seu corpo sobre, sob o meu. Poder beijá-lo e ser beijada de todas as maneiras possíveis. Nos amar com todo o sentimento, toda a veracidade, todo desejo, toda luxúria, toda volúpia, toda paixão. Era tudo o que sempre quis. Ainda mais se significava que pudesse dormir abraçada com ele, com a minha cabeça em seu peito ouvindo a cadência de seu coração como uma canção de ninar.

Todavia, nada poderia se comparar com acordar com seus beijos.

- Bella, baby... eu tenho que ir. – murmurou com a voz suave, mas com uma ligeira pitada de amargor.

- Hum... – ronronei rolando sobre a cama para encarar Edward, que estava quase sobre mim completamente vestido e com um sorriso torto em seus lábios. – Fica aqui. Comigo. – choraminguei piscando sonolenta. Ele riu da minha incoerência.

- Era tudo o que eu mais queria. – replicou baixinho, dando um suave beijo em meus lábios. – Mas eu realmente tenho que ir. Você pode ficar aqui, dormindo. Vou deixar uma chave na porta, e depois você me entrega, pode ser?! – ofereceu, depositando novos beijos em meu rosto.

- Hum... – ronronei mais uma vez, me acomodando outra vez sobre a cama, apertando o seu travesseiro em meus braços, sendo recebida com intensidade por seu perfume.

- Eu te amo. – sussurrou em meu ouvido, deslizando a ponta de seu nariz por meu rosto.

- Eu também. – disse mais coerente, virando para ele e assim pudéssemos nos beijar avidamente.

Apesar de estar me esforçando ao máximo para convencê-lo a ficar na cama comigo, eu sabia que ele tinha suas responsabilidades e por mais que odiasse ficar longe dele, o deixei ir, com a promessa de falarmos mais tarde. Quando escutei a porta se fechando ao longe, apertei mais o seu travesseiro e tornei a cair na inconsciência do sono.

Acordei horas mais tarde, completamente envolvida com o cheiro de Edward e completamente nua em sua cama. Demorei alguns minutos para ter coragem o suficiente para deixar esse lugar que selou o nosso destino juntos, mas por fim dei-me por vencida e a deixei. Tomei um banho demorado, e vesti a mesma roupa que estava na noite anterior. Arrumei a cama em que havíamos dormido, e conferindo para ver que nada estava fora do lugar, deixei seu apartamento, o trancando com a chave que ele havia deixado.

Durante a tarde de domingo, entediada, cansada e cheia de saudades de falar com Rosalie e Alice, liguei para as duas para virem em casa. Obviamente que ambas quiseram um relato minucioso do que havia acontecido em Forks e desde que eu havia chegado a NYC – as duas já sabiam que eu estava com Edward estes últimos dias. Apesar do que havia acontecido no dia seguinte ao meu aniversário, toda aquela hostilidade foi completamente esquecida, e sem nenhuma mágoa, contei-lhes tudo o que havia acontecido, inclusive que agora Edward e eu éramos um casal novamente.

Tanto Alice, quanto Rosalie ficaram sinceramente felizes por nós dois, dizendo que agora nada poderia nos afetar e que merecíamos mais do que tudo ficarmos juntos. Foi uma mudança extremamente positiva no comportamento das duas, o fato de que realmente torciam para que ficássemos juntos.

Como havia me prometido, Edward me telefonou e nós nos falamos por Skype todos os dias em que ele esteve em Washington, por mais que fossem breves conversas, pois ele estava exausto dos treinamentos e eu estava cansada do meu próprio emprego que havia se acumulado durante as minhas férias. Na terça-feira falamos um pouco antes do jogo – do qual havíamos todos nos reunido na casa de Emmett e Rosalie para assistir. Ele disse que estava nervoso e todo o time parecia desconexo, sem inspiração.

Como havia previsto na ligação minutos antes do início da partida, esta foi difícil para os Giants, que acabaram perdendo de 27 a 14 para o Washington Redskins. Edward estava completamente devastado quando falou comigo algumas horas depois do jogo, dizendo que provavelmente só nos veríamos na quinta-feira, já que por causa da derrota eles teriam uma reunião de urgência, em Washington mesmo.

Estava contando que o veria no dia seguinte – provavelmente na hora do almoço, como estávamos combinando –, mas a nova ordem dos fatos só deixou-me com mais saudades e desejo de vê-lo. E foi exatamente durante o meu horário de almoço na quarta-feira que tive uma grande ideia. Liguei para ele para confirmar que horas seria o seu voo para NYC, ele disse que deveria chegar às nove, mas que iria direto para casa porque estava exausto e queria descansar para poder passar o seu único dia de folga – quinta-feira – o máximo que pudesse ao meu lado.

Entretanto, Edward esqueceu-se completamente que eu estava com uma chave de sua casa e a surpresa que eu estava pensando o deixaria bastante animado.

Cinco horas em ponto deixei a redação do Times e segui para uma loja de departamento próxima para comprar o que usaria em minha surpresa. Depois passei em minha casa, onde arrumei uma muda de roupa para o dia seguinte e tudo o que precisaria, em seguida fui para a casa de Edward. Passei em uma mercearia para comprar algumas coisas para fazer um lanche para ele. Conhecendo-o, ele estaria tão puto com tudo que mal havia se alimentado hoje.

Preparei uma torta de frango e um bolo de chocolate, que eu sabia que ele apreciaria com fervor ao encontrá-los quando chegasse. Depois de tudo feito, e faltando um pouco mais de uma hora para que ele chegasse, comecei a preparar a minha surpresa em si. Tomei um banho para tirar os efeitos do dia e vesti uma camisa azul com detalhes vermelhos dos Giants tamanho PP infantil, com o seu número e nome, que ficou colada em meu corpo e 3 dedos acima do meu umbigo.

Usando uma calcinha minúscula, e uma microssaia de pregas no mesmo tom de azul, uma meia 3/4 branca com detalhes em azul e vermelho e sapatos estilo boneca vermelhos, fiz uma maquiagem marcante e deixei meus cabelos caírem sobre meus ombros. Conferindo a forma que olhava e aprovando, fiquei aguardando a sua chegada.

Assim como havíamos combinado, Edward me telefonou no caminho para a sua casa, dizendo que estava cansado e que amanhã me telefonaria para combinarmos algum programa. Esperando surpreendê-lo de uma maneira boa, desliguei todas as luzes do apartamento, deixando um pequeno bilhete sobre o balcão avisando sobre os alimentos que fiz.

Quinze minutos depois que encerramos a ligação ouvi a porta sendo aberta e a luz da sala sendo acesa. Percebi que ele deixou suas coisas sobre o sofá e depois seguiu para a cozinha, onde admirou o que havia feito e pegou um pedaço da torta de frango, supus, em seguida abrindo a sua geladeira e bebendo algo diretamente do bico. Depois de sua breve excursão pela cozinha, seus passos arrastados tornaram-se altos para os meus ouvidos – ele estava se aproximando do seu quarto –, e com meu coração palpitando velozmente, o aguardei ansiosa para saber o que ele acharia da surpresa.

Quando a luz se acendeu e ele me viu, agitei meus pompons azuis e vermelhos e disse não tão alto ‘surpresa’. Imediatamente Edward começou a rir. Temi que ele estivesse me achando ridícula naquela roupa, mas antes que eu pudesse me desculpar, ele interveio.

- Se eu tivesse uma visão sua assim durante o jogo ontem, dificilmente eu teria perdido, ou eu simplesmente poderia ter desistido de jogar para arrastá-la comigo para algum vestiário. – disse caminhando em minha direção.

- Você gostou?! – perguntei incerta.

- Bella, você não faz ideia. – replicou, me puxando para seus braços e me beijando sofregamente. – Se toda vez que voltar de algum jogo e encontrá-la assim me esperando, vou começar a ansiar ficar longe só para poder encontrá-la encarnando todas as minhas fantasias adolescentes ou não. – divertiu-se, nos deitando em sua cama, com ele sobre mim.

- Esta é sua fantasia? – inquiri arqueando uma sobrancelha.

Ele riu contra a minha pele, depositando uma sequência de beijos sedutores e apaixonados por todo o meu pescoço e maxilar.

- Tudo que seja relacionado a você fazem parte das minhas fantasias. – respondeu contra os meus lábios.

Nos amamos aquela noite com desejo, paixão e diversão. Partilhando risadas em momentos indevidos, falando algumas coisas bobas, e até mesmo Edward cantando Backstreet Boys durante e depois. Eu estava me sentindo plena e leve, mais feliz do que jamais poderia sequer imaginar, ao lado do homem que eu sempre amei, e que estava determinado a me fazer a mulher mais feliz e amada de todo o mundo.

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04 de junho de 2011.
Quase 9 meses depois.

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- Alice, isto tudo é mesmo necessário?! – perguntei, admirando meu cabelo e maquiagem no espelho, ainda sem entender o porquê todos nós concordamos vir para Forks e ir justamente a um baile de formatura da Forks High School.

- Bella você esqueceu que o nosso baile de formatura foi um desastre?! Então o que custa fingirmos por uma noite apenas que temos 17, 18 anos e aproveitar este momento como tal?! – replicou com diversão.

Suspirei pesadamente.

Desde que eu e Edward nos assumimos com um casal, sempre que podíamos saíamos com Alice, Jasper, Rosalie e Emmett. Era como se estivéssemos na época do high school, saindo todos juntos. A única diferença era que no final da noite ou Edward ia para a minha casa, ou íamos para a sua.

E fora em uma destas reuniões na casa de Alice que ela teve a sua grande ideia; de irmos todos a Forks para ir ao baile de formatura do high school, para compensar o nosso que acabamos não aproveitando por uma sequência de fatores que sequer gosto de pensar.

Apesar da relutância de todos acabamos concordando.

Alice rapidamente ligou para Alistair ir com seu companheiro, e Edward ligou para Ben – que me surpreendi ao saber que era seu agente – ir com Angela. Alistair disse que iria com toda a certeza, já Ben e Angela recusaram, pois ela estava prestes a dar a luz ao primeiro filho deles e estava se sentindo como se tivesse engolido uma bola de basquete, alegando que caso aparecesse no ginásio da Forks High School todos iriam se assustar.

Nosso assunto durante as duas semanas seguintes dessa decisão foi como faríamos. A família de Rosalie não tinha mais uma casa em Forks, o que significava que ela iria ficar na casa dos meus pais com Emmett. Alice e Jasper haviam acabado de se casar, então por conveniência iriam ficar na casa dos Cullen.

Edward e eu, entretanto, não éramos casados e nem vivíamos juntos – quer dizer, não formalmente, já que ele passava mais tempo em minha casa quando estava em NYC do que em seu apartamento. Porém, aos olhos das nossas famílias, principalmente do meu pai, éramos apenas um casal de namorados, e por mais que sentíssemos a falta um do outro de uma maneira impossível de articular, aceitamos o fato que teríamos que passar 4 noites em camas separadas. Seria como se ele estivesse jogando em outra cidade.

De qualquer maneira aqui estávamos nós em Forks, nos preparando para um baile de formatura do high school. Da mesma maneira que ocorrera no nosso primeiro baile, Alice exigiu que eu e Rosalie ficássemos em seu quarto para nos arrumar e os meninos se concentrassem na casa dos meus pais ou no quarto de Edward. Eu não sei o que eles fizeram, mas por duas vezes eu ouvi o som de suas vozes no quintal, entrando em um carro e indo para algum lugar.

- Alice, este vestido não vai entrar em mim! – exclamou Rosalie com toda a sua beleza de uma modelo internacional em seu roupão branco, exibindo um pedaço de tecido vermelho em suas mãos.

Alice rolou os olhos.

- Claro que vai, Rose. Eu fiz com as suas medidas. – explicitou com objetividade. – Ele pode parecer minúsculo olhando assim, mas quando vestir, o tecido se moldará ao seu corpo.

Rosalie analisou mais uma vez o vestido que estava em suas mãos.

- Se você diz. – deu de ombros, desatando o nó de seu roupão e ficando somente de lingerie para vestir o tal vestido estilo bandage que Alice havia feito para ela.

Claro que assim como a baixinha havia dito o vestido havia ficado deslumbrante em Rose, marcando todas as suas curvas e evidenciando que a sua forma estava perfeita. Seus cabelos loiros estavam soltos, e com cachos perfeitos em suas pontas. Sua maquiagem estava suave, para contrapor com o vestido que chamava a atenção o suficiente.

- Eu não disse que ia ficar perfeito?! – replicou Alice para Rosalie, saindo de seu closet usando um vestido de paetês rosa tomara que caia, com o que eu só poderia chamar de uma saia de seda rosa como detalhe.

Qualquer um que usasse aquele vestido ficaria parecendo uma palhaça, mas não Alice, que mesmo com seus 31 anos mais parecia uma fada recém-saída dos contos do Peter-Pan, com seus curtos cabelos castanhos escuros quase negros presos de alguma maneira formando um elegante e moderno penteado.

- Okay, confesso que você tinha razão. – rebateu Rosalie com o seu jeito natural de odiar dar o braço a torcer para alguém. – Adorei a sua ideia de usarmos cores similares as que usamos no nosso baile. – comentou se olhando no grande espelho.

Alice deu de ombros.

- Achei que seria uma boa forma de nos reconectar com o que foi perdido. – explicitou. – Bella, você não irá colocar o vestido?! Daqui a pouco Edward bate aqui na porta te chamando para ir.

- É mesmo necessário?! Você não acha que as nossas roupas estão chamando muita atenção?! Estamos indo quase que de penetra nesse baile, não deveríamos chamar tanta atenção assim. Isso cabe as concorrentes a rainha. – argumentei, ainda incomodada que apesar dos nossos vestidos serem um pouco informais, eles eram muito sofisticados para o padrão de Forks.

- Você está se vestindo para os alunos da FHS ou para Edward?! – questionou com certa impaciência Rosalie.

- Hum... Edward, apesar de que ele prefere que eu não use nada ou então seja uma líder de torcida safada. – repliquei com um sorriso enviesado que foi partilhado por Rosalie.

- Agrr! – bufou Alice. – Eu não preciso saber o que meu irmão prefere Bella, sério. – disse fingindo um arrepio. Eu e minha cunhada rimos mais alto e completamente divertidas com a nossa melhor amiga, antes que eu finalmente retirasse a camiseta do Edward que vestia e colocasse o vestido.

Para mim, Alice havia idealizado um modelo azul meia-noite, tomara que caia de decote princesa, com um detalhe em bordados azul marinho e prata sob o busto, que batiam no meio das minhas coxas. Era um modelo incrível, que com os meus cabelos escovados e com um ligeiro volume, me deixavam quase parecendo uma adolescente. Se não fosse pelas minhas curvas mais acentuadas e algumas minúsculas rugas em torno de meus olhos, eu poderia até mesmo passar por uma aluna da FHS que havia se formado há 1 ou 2 anos.

Terminados os últimos ajustes em nossas maquiagens, roupas e cabelos, descemos para encontrar todos os meninos vestidos de forma semelhante: calças e blazers de cores escuras e camisas de cores diversificadas com o último botão aberto. A de Emmett era de um cinza claro, a de Jasper negra e a de Edward de um azul profundo.

Esme, assim como no nosso primeiro baile, insistiu para tirar fotos de nós. Seja todos juntos, seja individual, seja divididos por sexo, seja casais. Entretanto, o mais divertido foi que para nos convencer a tirar as fotografias ela utilizou-se do mesmo argumento que havia usado há 13 anos:

“Quantas vezes poderei tirar fotos de vocês indo para o baile de formatura dohigh school?

Ouvir esta frase novamente foi extremamente divertido, não só para mim, mas para todos, já que naquela situação nunca imaginávamos ‘viver’ um segundo baile de formatura. E foi exatamente essa a resposta que meu irmão deu:

- Aparentemente Esme, duas vezes. – brincou, para que todos nós caíssemos na gargalhada.

Para não nos denunciar completamente, decidimos que não usaríamos corsages, o que foi quase uma afronta para Esme que achou aquilo um absurdo, mas por fim acabou aceitando as nossas desculpas, já que poucas adolescentes usavam corsages atualmente nos bailes.

Alice, Jasper, Rosalie e Emmett seguiram no carro que haviam locado em Seattle, enquanto Edward e eu fomos no que havíamos locado. Apesar de nos últimos meses termos nos tornado muito abertos um com o outro, sabendo quase que instantaneamente o que o outro pensava, algo parecia deixar Edward ansioso, e por mais que tentei descobrir o que era, não consegui.

Evidente que quando se mora em uma cidade pequena, o conterrâneo mais famoso desta é sempre um chamariz, e Edward sendo um astro da NFL, que começou jogando no mesmo time que a maioria dos garotos que estavam naquele baile, a sua presença no mesmo logo foi notada, e todos queriam trocar uma palavrinha com ele, pedir um conselho, pedir uma ajuda, ou somente dizer que era seu fã.

E, por mais que estivesse na companhia dos meus amigos, incluindo Alistair e seu companheiro Jack, que não via desde quando terminei a faculdade há quase 7 anos atrás , era estranho não ter Edward ao meu lado, e acredito que ele devia estar sentido o mesmo incomodo, pois pediu imensa desculpas a todos, dizendo que esta noite queria que esquecessem que ele era uma pessoa famosa, pois gostaria de somente curtir o baile com seus amigos e namorada.

Foi um gesto lindo, que me deixou completamente emocionada e mais apaixonada ainda por ele.

Conforme o baile transcorria, começamos a perceber que por mais que fosse divertido estarmos ali, éramos muito velhos para aquilo, mas como havíamos feito uma promessa que ninguém deixaria o baile antes da dança de casais, começamos a comparar os tipos de adolescentes que existem hoje com os quais fomos um dia. E assim como em qualquer high school encontramos um Emmett, uma Rosalie, um Jasper, uma Alice, um Edward, uma Bella, um Alistair, uma Tanya, e claro, um Jacob.

Era estranho, mas extremamente óbvio que mesmo se passando 13, 14 anos, algumas coisas nunca mudariam. A garota nerd se apaixonando pelo garoto popular, capitão do time de football. Aquele garoto que é conhecido por aprontar todas na escola, ficando de quatro pela chefe das líderes de torcida e ela insegura sobre os sentimentos dele para com ela. O garoto vindo do sul, que não joga football, que é aficionado por arte, completamente apaixonado por uma líder de torcida com mania de fashionista. O menino gay que sofre preconceito dos outros alunos. A turma de garotas venenosas, que vivem o colegial para atormentar os nerds e fazer a vida destes um inferno. O garoto reserva do capitão do time que morre de inveja deste.

Tudo continuava igual, e por mais estranho que fosse ver, era confortável o que uma vida pode fazer com você, muda-los completamente, seja para um bem ou para o mal. No fim, a nossa adolescência não é o que define o que seremos no futuro, pois ali não é o momento de tomar decisões para sempre, ali é o momento para errar, acertar, tornar a errar, tornar a acertar, e esperar que no futuro você consiga olhar para tudo o que fez quando adolescente e dizer: eu vivi intensamente a minha vida, e todos os erros que cometi fazem parte de mim e com eles eu tenho que conviver.

Quando uma música mais lenta e romântica começou a tocar, Edward rapidamente tirou-me para dançar, e assim como rimos da escolha de uma música triste pelo DJ no baile de Homecoming, em que começamos a nos tornar um casal, o DJ havia também colocado uma música triste sobre relacionamentos que não davam certo. Rindo juntos, Edward parou seus movimentos e encarando com demasiada intensidade os meus olhos, questionou:

- Tá a fim de sair daqui?

- Achei que você nunca fosse me pedir. – repliquei com um sorriso. Agilmente Edward enlaçou nossos dedos, e despedindo-se brevemente de nossos amigos, com a promessa de nos encontrar no dia seguinte para irmos a Seattle em um almoço com Ben e Angela, eu e ele seguimos para dentro do carro.

Evidente que contaminados com o espírito adolescente do qual estávamos embutidos, ficamos por longos segundos nos agarrando dentro do carro, e por mais que o desejo fosse imenso, Edward foi quem interrompeu nosso amasso, dizendo que queria me levar em um lugar mais adequado.

Conduzindo em alta velocidade pelas estradas, em menos de 30 minutos Edward entrava pelo caminho de pedra que levava até a pequena cabana que pertence a sua família e que fora o local onde tivemos nossa primeira vez. Rapidamente lancei um olhar para ele, que sorria torto.

- Achei que precisávamos de um tempo sozinhos. – explicou dando de ombros. – E de qualquer maneira, seria para aqui que te traria depois do nosso baile. – lembrou com uma piscadela para mim.

Sorri afetada.

Edward tinha uma maneira impressionante de ir do cavalheiro todo apaixonado, ao cafajeste interessado só em sexo com uma facilidade impressionante, e nunca, em qualquer uma de suas versões, ele perdia o seu charme e o brilho amoroso em seus olhos.

Era como se a cada dia eu me apaixonasse por uma versão diferente dele. Aumentando exponencialmente o meu sentimento como um todo, dando-me plenitude. O complemento que faltava em minha vida.

Como um eterno cavalheiro, Edward abriu a porta do lado do passageiro para que eu saísse, e quando já estava fora do carro, ele me prensou contra a lataria, me beijando sofregamente. Foi inesperado, mas extremamente adorável. Eu adorava essas demonstrações inesperadas de seu amor por mim, da mesma maneira que ele adorava quando lhe fazia alguma surpresa.

Interrompemos nosso beijo quando grossos pingos de chuva começaram a cair sobre nossas cabeças, e rindo um para o outro adentramos a pequena cabana.

Ao contrário da nossa primeira vez, a lareira não estava acesa, e por conta disto a escuridão era um pouco incomoda quando Edward fechou a porta atrás de nós. Eu mal conseguia andar, pois não conseguia ver absolutamente nada, até mesmo porque as cortinas das pequenas janelas estavam fechadas, impossibilitando que a pouca luz noturna adentrasse.

Percebi Edward movendo-se quase como um fantasma atrás de mim. Eu queria me virar para procurá-lo, mas na escuridão do casebre era impossível. Inesperadamente a luz suave foi acesa. Pisquei atordoada com a inesperada claridade, no mesmo instante que via espalhadas por todo o casebre rosas vermelhas.

- O que significa tudo isso? – perguntei confusa. – É alguma data especial que eu não estou sabendo?! – completei, virando-me para onde Edward estava parado com um sorriso enviesado em seu rosto.

- Não é uma data especial, mas pode ser. – falou misterioso. Cerrei meus olhos, o encarando mais confusa do que antes. Dando mais um de seus sorrisos torto que tanto amava, Edward colocou a mão no bolso de sua calça e lentamente começou a se ajoelhar.

Ajoelhar.

Oh. Meu. Deus!

De repente tudo começou a acontecer em câmera lenta em torno de mim. Meu cérebro parecia ter perdido a capacidade de se concentrar em alguma coisa. Perdido até mesmo a capacidade de se acalmar. Eu estava surtando, sem nem ao menos querer e silenciosamente em minha própria mente.

Serenamente Edward – já de joelhos diante de mim – ergueu uma bela caixa de veludo preta aberta, mostrando um belíssimo anel de ouro branco com um diamante em formato de coração. Um anel de noivado.

Noivado.

- Bella, você aceita se casar comigo?!

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Notas finais do capítulo

N/A: Nahhh... eu sei... terminar esse último capítulo assim é maldade, mas desde quando eu sou a autora mais boazinha, hein?! *HUAHUAHUAHUAHUAHUA*
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É tão lindo, tão awn ver os dois juntos de novo, não?! Apesar de ainda se amarem, quantas coisas mudaram em 12 anos... eles já não são tão inocentes, não marcam datas para se encontrarem, sequer se sentem tímidos um na frente do outro... oh como a vida adulta muda a gente! Foi tão gostoso escrever esse capítulo e só não foi mais fácil do que o primeiro e a sequência do início do namoro deles.
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Nostalgia de final de fic batendo pesadíssima! Mas é isso aí, fics assim como livros necessitam ter um começo, meio e fim. Sei que muita gente não concorda com N decisões que tomei ao longo desta estória, mas foi à maneira que idealizei, que planejei e que escrevi. Poderia ter feito várias coisas diferentes?! Claro que sim, mas se tivesse feito com certeza esta fanfic não seria minha (qual é?! Teve uns draminhas, mas senão tivesse que graça teria?!)
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Desde o início quando tive a ideia sempre tentei me focar ao máximo em situações divertidas e até irreais, e até mesmo usar alguns clichês adolescentes que quem ainda é, acha absurdo. Mas acima de tudo, eu me propus sair da minha zona de conforto dramas com grandes questões pessoais, sociais e humanas para ir para algo leve, fresco, divertido e até mesmo um pouco sarcástico. A Prazeres vocês acham que era quem?! A minha própria consciência me trollando pelo que escrevia. Contudo, por fim, o resultado foi satisfatório, certo?!
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Durante estes 16 meses (um ano e 4 meses) eu passei por vários problemas, enfrentei vários momentos de falta de inspiração e desmotivação, mas no fim consegui concluir com louvor isto aqui, e, é por testar a paciência de todos vocês por este tempo que dedico esta fanfic, eu elaborei ela conforme sentia o que vocês queriam ler, revivendo cenas das minhas séries favoritas, momentos da minha própria vida, e até situações que ocorrem até hoje em dia. Foi uma viagem por um longo corredor de recordações, lembranças, tudo.
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Claro eu volto com o último capítulo em breve, e espero que vocês gostem realmente do final que planejo. Será meio conto de fadas?! Evidente. Mas o toque divertido, descontraído e até mesmo apaixonante terá com certeza. Ok?!
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Obrigada mais uma vez a todos que leram e comentaram, vocês que fizeram está fanfic o que ela é. Patti, em todos os altos e baixos, todos os momentos complexos você estava aqui comigo. Baby, obrigada eternamente por tudo, e principalmente por betar esta fanfic com maestria.
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Nos vemos em breve no último capítulo, ok?!
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Amo vocês!
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Beijos,
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Carol.
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N/B: Sério, eu nem estou conseguindo ser coerente escrevendo minha nota. Se me perguntassem, provavelmente não conseguiria responder qual capítulo fora mais emocionante, entre este e o capítulo 30, quando ocorreu a primeira vez deles. Mas com toda certeza, esse está sendo o mais difícil de deixar uma nota de beta. Sentimento de despedida, de nostalgia, me dominou completamente.
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Eu poderia usar tantas palavras para definir este capítulo, e ao mesmo tempo não encontro nenhuma, não uma que resumisse tudo que ele significou para mim. Lindo, emocionante, apaixonante... droga, já estou chorando novamente. Estou muito emocionada, porque apesar do início do capítulo ter me divertido, na parte do Charlie implicando como nos velhos tempos, o restante foi só emoção. Eu já tinha lido quase tudo antes da Carol concluir, e uma das partes que mais me emocionaram foi o pedido de namoro de Edward, ou melhor dizendo, todo o seu discurso. Palavras que toda mulher, sonhadora ou não, desejaria ouvir um dia do carinha pelo qual é apaixonada. Não segurei mesmo as lágrimas no finzinho do baile e a ida deles 13 anos depois à cabana, onde se amaram pela primeira vez. Minha mente remeteu ao capítulo 23, quando Bella e Edward estão na campina e ela idealiza um futuro onde eles estão juntos, compartilhando o amor que sentem pelo outro, mas logo a Bella se entristece achando que aquilo nunca se realizaria. Viu, Bella? Aconteceu. Porque nada e ninguém pode separar duas almas destinadas a ficarem juntas. Para sempre.
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Nossa, Carol, suas palavras tocaram em mim profundamente. Foi como um filminho em minha cabeça, sabe? Voltei anos atrás, para a minha adolescência, vendo o quanto foi bom aquela época, os erros que cometi, os acertos e o que aprendi com todos eles, e principalmente que todos eles me levaram a ser o que sou agora. Fica a mensagem paras as centenas de leitoras que TEENAGE DREAM conquistou ao longo desses 16 meses de existência, que olha, vai deixar muitas saudades. Curtam o agora sem medo de errar. É errando que aprendemos a acertar.
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Não vou me despedir porque ainda tem o último capítulo, mas gostaria de agradecer pela 94573865563 vez a Carol por fazer parte disto aqui. Porque betar as fics dela não é uma oportunidade, é uma honra. Obrigada pelo convite, pela paciência e compreensão nos últimos dias, pela demora de alguns capítulos devido a minha vida sem tempo.
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E obrigada a todas vocês, por fazerem disso aqui um sucesso!
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Até o último capítulo ;)
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Patti.
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Quer fazer uma pobre autora feliz? oO
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Ficarei encantada em ler!