Teenage Dream escrita por Sophie Queen


Capítulo 32
Bobos, Apaixonados, Inseguros e Ciumentos


Notas iniciais do capítulo

Disclaimer: TWILIGHT não me pertence, muito menos a música TEENAGE DREAM, porém Bella e Edward super fofinhos um com o outro depois do coito, sim! Então, por favor, respeitem.
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N/A: Olá amores...
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Tudo bem com vocês?! Espero que tenham tudo uma semana excelente.
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Bom... desde as minhas dicas no capítulo passado tenho recebido umas reviews perturbadoras, para dizer o mínimo. Claro, tem a ver com o Edward só porque eu disse que ele perderia um pouco a mágica todo mundo achou que ele iria se oferecer para pagar a faculdade da Bella. Quero que vocês entendam uma coisa: eu acho muito lindo o fato do Edward da titia Steph se propor a pagar tudo para a Bella, mas o meu Edward não é assim tão cavalheiro em armadura brilhante. Primeiro porque acho que mulher que aceita ser sustentada 100% por homem sem estar casada, porque assim eu ainda aceito em alguns aspectos está agindo como uma puta; segundo, o Edward tem 18 anos, legalmente ele é menor de idade, assim não pode simplesmente decidir pagar a faculdade da namorada, é ilógico; em terceiro lugar, nem a Bella, nem Charlie, nem Renée, nem nenhum dos Swan aceitaria que Carlisle custeasse os estudos da Bella. É um problema deles, e eles irão resolver. Estou começando a achar que deixei o orgulho da Bella e sua família um pouco embaçada durante a história, mas deixo claro nenhum se deixaria vender, eles lutam por o que querem. Bella pode estar passando por uma dificuldade financeira por causa dos estudos, mas eles darão o jeito deles, ou melhor, eu darei um jeito para que tudo se acerte. Quem está achando esse meu sermão inapropriado, essa foi a criação que recebi da minha família, e isso eu também tento passar aos meus personagens, gostem ou não.
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Uma outra coisa: sim a Bella é dramática, mas tem algo que desde o começo eu sempre, sempre usei para intensificar ainda mais o lado adolescente que todo mundo está passando batido, por mais que a maioria já saiba o que aconteceu (a grande parte já sabe o que aconteceu), todos estão deixando de notar dois pontos, que sinto que quando tudo for revelado no outtake, e na fic a partir do capítulo 36 vocês irão achar ridículos. Então prestem atenção nos detalhes das entrelinhas. Por favor!
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Ok. Eu estou parecendo aquelas tias chatas da escola dando bronca. Vou parar por aqui. KKKKKKKKKKKKKKKK
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Obrigada a todos que comentam, compartilham suas experiências seja quando foram adolescentes nos anos 90 ou então atualmente, são vocês com suas histórias que muitas são parecidas com as minhas que ajudam a produzir essa fanfic. Quem ainda é adolescente e não conseguiu se ver em nenhuma situação. Calma... vocês se verão um dia. Vocês podem não notar agora, mas em alguns anos tenho certeza que sim.
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Dúvidas, perguntas, curiosidades, leitura de borra do café, cartas, mão, trazer o homem amado em 3 dias, prever resultados das loterias, previsão do tempo não deixem de ir ao tumblr da fic e me perguntar - youngforeverlikeateenagedream(PONTO)tumblr(PONTO)com/ ou senão for suficiente no formspring me perguntar www(PONTO)formspring(PONTO)me/carolvenancio prometo responder todas as perguntas da maneira que puder, ok?! Só lembrando que para acessar qualquer um dos dois basta trocar a palavra (PONTO) pelo símbolo, ok?!
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Agora chega de enrolar, e vamos ao capítulo que mudará muitas concepções. LOL
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Boa leitura. ;D
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CAPÍTULO 32 – Bobos, Apaixonados, Inseguros e Ciumentos

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Meu pai declarou mais algumas coisas que não consegui compreender ao telefone, tamanha a minha resolução de que nunca conseguira ter aquilo que mais ansiava, e despedindo-me dele com a perspectiva de comemorarmos a minha admissão em um jantar especial essa noite, encerrei a chamada.

Esse sonho estava tornando-se um pesadelo.

Eu gostaria de sentar no chão da secretária e chorar as minhas lágrimas de tristeza e também de alegria sozinha, sem a interrupção de ninguém. Contudo, sabia que isso seria impossível, e exatamente por conta disso tirei uma força sobre-humana de alguma parte do meu interior para empurrar o meu choro de lado e enfrentar o restante do dia na escola.

Assim que saí da saleta da Sra. Cope para voltar a minha sala de aula, encontrei Edward com as mãos enterradas no bolso de sua calça jeans sorrindo brilhantemente para mim.

- Então?! O que o Chefe Swan queria? – questionou com um sorriso. Devolvi o sorriso.

- Hum... informar que havia chegado uma carta de Columbia. – disse dando de ombros. – E Esme o que queria? – perguntei genuinamente curiosa.

- Informar que havia chegado uma carta de Yale. – disse, usando as mesmas palavras que usei. Sorri enviesado, o que foi imitado por ele.

- Qual é, Edward? Me conte o que sua mãe disse que estava escrito na carta. – pedi fazendo biquinho e o abraçando com força para reforçar meu ponto.

Edward arqueou suas sobrancelhas.

- Você irá me contar o que dizia na sua? – replicou. Acenei afirmativamente com a cabeça, mordiscando meu lábio. – Ok, dizia que fui aceito na Universidade de Yale, e que a instituição estava me oferecendo uma bolsa de estudos integral para que além de cursar medicina eu defenda o time de football. – falou exalando animação.

Sorri animada e feliz para ele, mesmo que uma pontada de inveja por ele ter conseguido uma bolsa de estudos, algo que nenhum dos Cullen realmente precisava, para cursar medicina.

- Isso é ótimo Edward! – exclamei. – Parabéns amor! – o abracei com força, pressionando um beijo em sua garganta e tentando com todas as minhas forças suprimir esse sentimento de inveja pelo meu próprio namorado que me consumia.

- E você? – pediu cheio de expectativa.

- Eu fui admitida em Columbia. – disse simplesmente deixando que um sorriso sincero inundasse todo o meu imo, esvaindo as coisas ruins que estava sentindo.

- Oh! – exclamou, me puxando para os seus braços e distribuindo diversos beijos em todo o meu rosto. – Isso significa que em agosto estamos ambos indo para a costa leste, e que ficaremos menos de uma hora de distância um do outro?! Eu não posso esperar por isso, baby! – falou cheio de animação, me apertando em seus braços e me beijando sofregamente.

Tive que engolir em seco.

O restante do dia foi a mesma coisa. Pessoas me parabenizando por ter sido admitida em Columbia, outras chorando por não ter recebido a carta de nenhuma instituição. O dia ficou ainda melhor quando Rosalie teve que correr na secretaria para ligar para a sua mãe, que assim como meu pai fez comigo, informou que a loira tinha sido admitida na Columbia.

Estranhamente nos quesitos universidades, tudo estava se saindo da mesma maneira que eu sabia que tinha acontecido da outra vez, com o meu eu de 30 anos.

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A semana passou-se tranquila, depois que as cartas de admissão das universidades já haviam sido entregues, Edward e eu voltamos a nossa bolha apaixonada – que foi resultado da nossa primeira vez e da primeira vez que dizemos ‘eu te amo’ um ao outro. Ele estava sendo o namorado que toda garota sonha em ter, inclusive eu mesma, posso dizer; me abraçando e me beijando nos corredores da escola, nos intervalos das aulas ou ainda de maneiras mais sutis, tais como encontrando pequenos bilhetes escritos em sua caligrafia elegante em meu armário.

Eu amava essa atenção que ele estava me dando, me fazia sentir especial, querida, amada. Contudo, algo mais estava acontecendo e isso me incomodava além do normal. Edward apesar de todo romântico, apaixonado e amoroso, estava se tornando extremamente possessivo e ciumento, algo que me aborrecia.

Sua primeira crise de ciúmes inexplicável – por assim dizer – aconteceu na última quinta-feira de fevereiro, onde durante a aula de Artes, a professora Sra. Lewis nomeou a mim e a Jasper – porque convenientemente as letras I e J são seguidas no alfabeto – para supervisionarmos a parte histórica, gramatical e a arte do Yearbook da turma de ‘98, nada muito trabalhoso como parece, somente tomando 1 hora das nossas terças e quintas-feiras para verificar como tudo estava andando.

Edward quando soube que eu estaria trabalhando com Jasper, para todos os efeitos namorado da sua irmã, ficou completamente insano com a escolha da professora ao nomear nós dois. E assim, no final daquele dia, na saída tivemos uma briga épica.

- Oh... então quer dizer que agora vocês irão trair a mim e a minha irmã?! – foi a sua acusação direcionada a mim e a Jasper. O resultado dessa acusação tola foi comigo chorando como uma adolescente tola e apaixonada como era. Na sua frente, o que era pior.

Fui embora para a minha casa sem sequer olhar para trás, e como dois teimosos que somos, só demos o braço a torcer pela estupidez que fora nossa briga no final das aulas de sexta-feira. Todavia, quem acredita que na próxima semana ele melhorou o comportamento afastando o seu lado possesivo e ciumento engana-se redondamente.

Seu próximo alvo de ciúmes e possessividade irracional foi Alistair, que é assumidamente gay – ou seria se não houvesse tanto bullying em uma cidade pequena como Forks.

Alistair e eu somos amigos de longa data, quando muitas pessoas mal sabiam o meu nome na escola ele que estava sempre do meu lado sendo o meu amigo, era no mínimo respeitoso que eu devolvesse as gentilezas que tanto ele me fez em um momento de dificuldade. E era exatamente isso que estava fazendo, abraçando e confortando-o enquanto ele me contava um desastroso encontro que tivera com um rapaz mais velho em Seattle durante o fim de semana.

Da mesma maneira que transcorreu o incidente com Jasper, Edward não fora nem um pouco suave ou sereno em acusar Alistair de se aproveitar de mim, e eu de enganá-lo. Escusa-se a dizer que ele sequer quis escutar a verdade por que eu estava abraçada com um amigo em um momento que ele precisava.

Nossa discussão durante o almoço não foi nem um pouco baixa. Ambos estávamos alterados e gritamos coisas ruins e nada gentis sobre o outro, atraindo a atenção de toda a população da Forks High School, que apreciaram o show ridículo que demos. O resultado dessa briga foram 3 dias sem se falar. Por fim, ele deu o braço a torcer assumindo o seu erro mais uma vez.

Eu não reconhecia este Edward possessivo, ciumento, inseguro. Estas novas características que ele estava tão rudemente apresentando era tão fora do personagem do garoto por qual eu tinha me apaixonado, que eu amava, que simplesmente não conseguia compreender esse comportamento estúpido dele.

Alice também não estava nada satisfeita com o irmão. Tanto que estava se recusando a conversar com ele, isso desde a briga que tivemos por causa de seu ciúme para com Jasper. Ela mesma havia me dito que eu não deveria perdoar Edward, pois com toda a certeza ele voltaria a agir como um homem das cavernas e me decepcionaria outra vez.

Ah se eu soubesse como Alice estava certa, teria me poupado tanto sofrimento. Mas sou teimosa como uma mula e sempre dou a minha cara a tapa para ver que ninguém muda da noite para o dia.

Na semana seguinte ao incidente com Alistair parecíamos ter voltado às boas. Edward já não estava tão ciumento ou possessivo. Ele treinava com vigor para o jogo contra os Bears de Port Angeles que aconteceria na sexta-feira, tanto que nosso tempo juntos foi escasso, e quando o tínhamos, planejávamos com animação uma nova ida à cabana que foi de seu avô para nos entregarmos outra vez.

Porém, alguns minutos antes do jogo tudo mudou drasticamente.

Mike Newton estava me inquirindo sobre uma dúvida em geografia, e como eu era tutora da matéria, como um meio de ganhar créditos para a minha bolsa de estudos – se é que eu irei ganhar – as respondi sem hesitar, inclusive propondo ao garoto que se encontrasse comigo na biblioteca segunda-feira para que eu lhe ajudasse de uma maneira melhor com suas dúvidas. Não era nada demais, Mike não estava fazendo absolutamente nada a mim. Tanto que estávamos até mesmo longe um do outro para evitar comentários, mas pelo que parecia, o fato que eu estava usando a minúscula saia verde e dourada das cheerios era um motivo mais do que suficiente para a coisa toda ruir. Pelo menos do ponto de vista do meu namorado.

Edward viu Mike e eu conversando e marcando de nos encontrar na biblioteca na segunda-feira, e assim como nas duas outras vezes ele compreendeu totalmente errado o que estava acontecendo e sem nenhuma explicação bateu irracionalmente no garoto, deixando-o a beira da inconsciência, o que só foi evitado por causa da chegada do treinador Green.

O Sr. Green não ficou nada satisfeito em ver o capitão do time agir infantilmente com outro membro da equipe, e dessa forma, para punir Edward por seu comportamento ridículo, não deixou que ele jogasse contra o time da escola de Port Angeles. Com Jacob Black assumindo a posição de quarterback – já que era o reserva de Edward – os Spartans sofreram uma derrota vergonhosa, algo que desde que Edward começou a jogar pelo time nunca mais havia acontecido.

Tal derrota logicamente foi atribuída a falta de Edward no time, e quando ele me levava para casa aquela noite, colocou toda a culpa por seus atos irresponsáveis em mim. Uma nova discussão foi iniciada entre nós dois. Mais uma vez coisas que não deveriam ser ditas foram ditas, e eu completamente consumida pelas minhas emoções acabei dando um tapa no rosto de Edward, que enfurecido agarrou meus braços com força, os apertando enquanto me chacoalhava furiosamente. Se não fosse por meu pai interceder, Deus me livre o que poderia ter acontecido.

Foram mais 5 dias brigados. Afastados.

O que é engraçado, pois me disseram inúmeras vezes que o sexo aproximava o casal. Pelo jeito essa regra não se aplicava a nós.

A nossa reconciliação partiu de Edward, já que ele foi o único que estava errado para início de conversa. Primeiramente pediu desculpas ao meu pai, dizendo que na outra noite ele estava alterado e não pensando corretamente, e que ele se odiava por ter me segurado com força e consequentemente me machucado. Meu pai, ao contrário de mim ou minha mãe, não gostou muito das explicações dele, fazendo-o prometer nunca mais encostar um dedo em mim que não seja para me fazer um carinho, e se ele me machucasse outra vez, não hesitaria em usar a sua arma contra ele.

Suas desculpas para mim nesta ocasião foram lindas. Palavras cheias de emoção, respeito e devoção, e a evidente promessa de que ele nunca mais desconfiaria do que sentíamos um pelo outro. Sim. Eu acreditei em cada palavra dele, sem nem pensar em arrependimentos.

Naquele fim de semana finalmente tivemos nossa segunda vez.

Ao que parecia, aquele Edward possessivo, ciumento, inseguro havia desaparecido para sempre, dando espaço mais uma vez ao meu Edward, o apaixonado, galanteador, amoroso, do qual eu era apaixonada e amava com toda a fibra do meu ser.

Ledo engano.

Fora logo depois das férias da páscoa que o lado babaca de Edward voltou em toda a sua glória. Emmett havia recebido um ‘D+’ em Inglês, e com essa média era certa uma nova reprovação para ele. Assim, eu como uma boa irmã que sou, estava consolando meu irmão, lhe informando que iria ajudá-lo a subir a sua nota no último bimestre para que assim ele assumisse a sua vaga na NYU e no time da mesma.

Emmett estava meio que me dando um de seus abraços de urso quando Edward nos encontrou na biblioteca. Suas acusações mais uma vez eram infundadas e ridículas, e por se tratar dele acusando-me de ter algo com o meu irmão, verdadeiramente ofensivas. Emmett ficou indignado pelas palavras de Edward naquele momento e consumido pelo desprezo e ódio por Edward, o espancou sem hesitação.

Por mais que eu amasse Edward, aquilo para mim foi a gota d’água. Não conseguia tirar a razão de Emmett bater nele a ponto de deixá-lo com ferimentos visíveis.

Enquanto os dois iam para a diretoria receber suas advertências do diretor Aro, eu corri para o meu carro e conduzi a toda velocidade para a casa dos Cullen, onde Esme deixou que eu esperasse Edward no seu quarto.

Uma hora e quarenta minutos foi o que demorou para um Edward arrastando seus sapatos entrasse em seu quarto. Pela sua cara de surpresa, ele não tinha notado a minha caminhonete na rua.

- Bella?! O que você faz aqui? – perguntou cheio de surpresa, dando longas passadas para chegar próximo a mim. Sem hesitar, levantei meu braço em um gesto claro para que ele parasse, o que felizmente ele o fez na hora.

- O que está acontecendo com você, Edward? – pedi sem rodeios. – Quem é essa pessoa que você está se transformando, hun?!

Ele abaixou a sua cabeça, envergonhado.

- Desde o fim de semana dos Namorados você vem agindo assim, irracionalmente. Me acusando de estar te traindo, sendo todo possessivo, ciumento. O que é isso Edward?! Será que eu estou tão alheia ao nosso relacionamento que sequer noto que eu estou lhe dando motivos para duvidar de mim? Porque Edward, convenhamos, eu não tenho te dado motivo algum! – brandi, fechando as minhas mãos em punho.

Ele suspirou pesado, completamente envergonhado por suas atitudes. Eu podia sentir isso.

- Pedi para me deixarem como tutora só de meninas por sua causa. Pedi para a Sra. Lewis colocar a sua irmã para trabalhar comigo e com Jasper no Yearbook por sua causa. Alistair só conversa comigo se Rose ou Alice estiver ao meu lado. Eu sequer estou fazendo o trabalho de Economia da Sra. Woods porque não quero causar um mal estar com você. – balancei minha cabeça para colocar meus pensamentos em ordem e afastar as lágrimas traiçoeiras que estavam querendo rolar por meu rosto.

“Eu estou me prejudicando na escola, correndo risco mais ainda do que eu já estou de não conseguir uma bolsa de estudos, e você sabe que sem uma bolsa de estudos, estudar em NY para mim é impossível. Meus pais não têm condições de me mandar para Columbia, mas você o riquinho que tem tudo, que foi admitido na Yale com bolsa de estudos não se importa com isso. Pra que se importar com algo tão tolo como o meu futuro, não é mesmo?!” – repliquei irritada e completamente decepcionada com ele, que não parecia com nada com o garoto que eu sonhava.

Ri sem humor.

- Sabe o que parece? – perguntei retoricamente. – Que você quer que eu fique aqui em Forks, enquanto você brilha em New Haven, se torna o garanhão do campus, o fodão do football da liga universitária, para quando vir visitar a mamãe aqui em Forks você tenha a otária aqui para te aquecer a noite, para você foder! – exclamei não conseguindo conter o linguajar chulo que escapou por minha boca.

- Bella não! – exclamou ele com a voz miúda defensivamente. – Eu te amo! Eu quero estar com você para o resto da minha vida. Compartilhar com você os momentos de alegria e tristeza. – afirmou com fervor.

- É mesmo? – desdenhei. – Não parece, Edward! O que você acabou de fazer na escola foi além do imperdoável. Me acusar de estar fodendo o meu irmão?! Meu próprio irmão?! Edward, como você pode sequer pensar nessa opção, que coisas doentias têm passado por sua mente, hein?!

- Bella... – chamou com a voz fraca. – Eu... eu não estava pensando direito, por favor, me perdoa. – implorou.

Fechei meus olhos com força, suprimindo as lágrimas que estavam prestes a cair por eles.

- Não. – falei com a voz entrecortada. – Para mim a sua acusação esta tarde foi a gota d’água. Não tenho mais forças para fazer esse relacionamento funcionar, Edward. Parece que só eu estou tentando, fazendo o possível para que tudo dê certo, enquanto você só me decepciona a cada vez.

Engoli em seco.

- Eu não posso ser mais a sua namorada. Não dessa maneira. – e sem dizer mais nada deixei o seu quarto e depois sua casa.

Meus próximos dias foram miseráveis, porque apesar de tudo eu ainda amava Edward. Ele, assim como Emmett, estava suspenso por uma semana e meia, e o falatório pelos corredores da FHS não estavam sendo nem um pouco gentis comigo, dizendo que Edward havia me flagrado traindo-o com meu próprio irmão.

Rosalie como uma verdadeira leoa entrou em muitas discussões devido aos comentários. Alice passava a maior parte do dia me consolando e se controlando para não chorar. Jasper, assim como a prima, também entrou em algumas discussões, até mesmo em uma briga corporal com James que estava espalhando rumores sobre eu e ele, o que ocasionou ao loiro uma detenção.

Eu estava no inferno, literalmente.

High School era o meu inferno.

Dez dias depois, quando Edward e Emmett estavam de volta à escola, a situação havia melhorado, e muito. Para evitar constrangimentos entre Edward e eu, as classes que fazíamos juntos, e consequentemente sentávamos juntos, mudaram. Agora eu me sentava com Alice, Rosalie, Emmett, Jasper, Alistair e até mesmo com Jacob Black, que vinha me surpreendendo, se mostrando uma pessoa totalmente ao contrário do que eu imaginava.

Dá para acreditar?! Jacob Black era uma pessoa doce e cheia de problemas em sua casa.

Com o meu término com Edward, meus estudos viraram a minha prioridade. Desta maneira, era hora de começar a trabalhar no trabalho imenso de Economia, e exatamente por causa disso que eu e Jacob estávamos nos aproximando. Eu gostava de sua companhia, ele era divertido, engraçado, e fazia com que eu esquecesse Edward por algumas horas.

Soube que sua família estava com problemas, ainda resultado do acidente que matou a sua mãe e deixou seu pai paraplégico. Rachel, sua irmã mais velha, também não estava ajudando e em um típico momento de revolta adolescente tardia havia começado a se envolver com drogas, levando para o vício grande parte das economias da família que já estavam escassas desde que quase tudo foi usado com as despesas médicas.

Jake – como ele me disse que preferia ser chamado – trabalhava para conseguir aumentar a renda familiar, mas o tanto que ele fazia depois da escola não eram suficientes. Ele cogitou abandonar os estudos, mas seu pai, Billy, foi categórico em proibi-lo, e exatamente por isso ele praticamente contava os minutos para o final do senior year, para que assim pudesse ter um emprego real.

Quando o questionei sobre a universidade, Jacob riu. Por mais que tivesse sido aceito na universidade comunitária de Port Angeles, onde as taxas são extremamente baixas e eles ofereciam imensos benefícios para quem morava na região, ele não estava interessado em estudar, pelo menos não por enquanto, pois sua prioridade era saldar as dívidas da família.

Me doeu ver um garoto de 18 anos com responsabilidades de um homem adulto; e por mais que eu não sabia se isso – de sua dificuldade financeira – era verdade na realidade da qual eu pertencia, era uma boa desculpa pelo seu comportamento aos 30 anos, por mais que espancar a esposa na minha concepção é algo imperdoável, mas para alguém que passou uma adolescência tão miserável quanto a dele, ter um futuro de merda não era algo tão surpreendente.

Conhecendo Jacob melhor, me senti uma idiota por não aproveitar todas as opções de futuro que estavam à minha escolha. E por isso que, acompanhada de meu pai em uma quarta-feira onde ele pediu folga no Departamento de Polícia, fomos a Seattle conversar em alguns bancos para ver se podiam me oferecer algum empréstimo universitário para financiar a minha ida a Columbia. Com sorte eu conseguiria um emprego durante as férias onde poderia arrecadar um bom dinheiro e depois arrumar um emprego em NYC que pudesse manter as minhas despesas pelo menos com alimentação.

Seria turbulenta a minha vida na universidade, mas se isso significasse que eu estudaria em uma universidade da Ivy League, com a possibilidade de um futuro brilhante do qual eu conhecia, eu iria tentar. Fosse o que fosse.

Para a imensa alegria minha e de meu pai, havíamos conseguido o empréstimo de um banco onde os juros e taxas não eram tão astronômicas. E de Seattle mesmo enviamos o cheque de 90 mil dólares e a minha matrícula para Columbia.

Parecia que tudo nesse meu sonho maluco estava caminhando para a normalidade, por mais que Edward e eu não estávamos mais juntos.

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Contudo, as coisas tiveram uma nova reviravolta nauseante 5 dias depois que havia feito o empréstimo no banco. Columbia havia recebido minha matricula, e já estavam me encaminhando os cronogramas das aulas e solicitação para dormitórios.

Minhas notas na escola estavam excelentes, e na disputa da bolsa de estudos eu estava em primeiro lugar, o que foi surpreendente, pois nem suspeitava que ainda estivesse concorrendo, e exatamente por conta da bolsa de estudos das empresas Meyer que todos os alunos do senior year estavam reunidos na quadra da escola para o anúncio de quem estaria recebendo a bolsa integral e os dois alunos que a receberiam parcial.

Alice estava do meu lado e narrava empolgada os planos de perder a sua virgindade com Jasper no fim de semana do seu aniversário – por mais que ainda faltava um mês para ele. Rosalie, que estava do meu outro lado, tentava ignorar as palavras de Alice, pois querendo ou não se tratava de seu primo quase irmão, mas sendo tão boa nisso quanto a minha capacidade de ignorar Edward na escola.

Ou seja: nenhuma.

Eu estava tentando arduamente superar Edward Cullen, mas vê-lo me encarando seja o momento que for ou então encontrar bilhetes seus de desculpas no meu armário não estava facilitando. Não havia contado a ninguém sobre isso, e tentava ao máximo me mostrar indiferente, mas confesso que todos os dias chegava em minha casa e escrevia em meu diário sobre o que senti durante suas encaradas e guardava seus bilhetinhos, como a menina boba, tola e apaixonada que era.

A Prazeres e a Maria Inconsequente estavam em conflito interno consigo mesmas, pois ao mesmo tempo que elas sabiam que eu estava certa em terminar tudo com Edward, elas também estavam cientes que ainda nos amávamos. Merda, eu mesma estava confusa, dividida em minhas próprias emoções. Queria muito poder voltar atrás e mudar muitas das nossas decisões, por mais certas que elas pareciam naquele momento.

Eu não estava prestando nem um pouco de atenção ao que o diretor Aro Volturi ou a CEO das empresas Meyer, Stephenie, estavam falando. Contudo, quando ouvi meu nome ser pronunciado pela mulher, ela detinha toda a minha atenção.

- A senhorita Swan além da média ‘A+’ conseguiu uma pontuação excelente no SAT, por isso não podemos conceder nossa bolsa de estudos integral a outra pessoa senão ela. – entonou a mulher orgulhosamente. – Vamos todos dar uma salva de palmas a melhor aluna da turma de ‘98 da Forks High School, Isabella Swan. – declamou com polidez e orgulho.

Ok. O mundo pode parar nesse momento que eu quero descer.

Não.

Alguém me belisca.

Isso!

Alguém me belisca. Porque foi dessa mesma maneira que recebi a bolsa de estudos quando passei por isso na primeira vez.

Uma vaga lembrança da situação passou velozmente por meus olhos. Alice e Rosalie ao meu lado. Meu olhar perdido em Edward. Minha mente focada em outra coisa que não era o que acontecia no ginásio – por mais que não conseguia assimilar ao certo o que eu estava pensando naquele momento.

Tão rápido quanto a lembrança veio, ela foi suprimida.

Engoli em seco.

Os minutos seguintes foram uma sequência de fatos que passaram como um borrão por meus olhos. Eu ainda estava atônita quando recebi o cumprimento do corpo docente da FHS, do diretor Aro, e da CEO das empresas Meyer. Inferno, eu nem sequer me recordo de abraçar o meu irmão que estava exultante com a minha conquista, ou Alice e Rosalie, ou até mesmo Jasper, ou qualquer um dos meus amigos do colégio.

Nada fazia sentido para mim.

As palavras ditas em um passado distante pela Prazeres rondaram a minha cabeça outra vez:

“E se isso não for um sonho?! Se tudo isso realmente aconteceu, e você por alguma razão misteriosa esqueceu?! Será que você já tinha considerado essa hipótese, Isabella? Que você odiou tanto algo que lhe aconteceu, que suprimiu a melhor parte de sua vida ao esquecimento?

Será que foi isso?! Eu havia me esquecido de todo o meu senior year?! Não é possível, eu me lembrava de tantas coisas... mas ainda não tudo, existia buracos nas minhas recordações, buracos imensos que nunca antes havia os considerado até então.

Como se me puxando das minhas divagações, uma corrente elétrica correu por meu corpo como um curto circuito.

Engoli em seco.

- Bella, será que podemos conversar? – pediu a voz que mais sentia falta de ouvir.

Fechei meus olhos, suspirando pesadamente.

Edward.

Esse era o ponto dessa realidade que provava que nada disso aqui era verdade. Que isso não era uma sequência de eventos que foi suprimida por mim, pois isso nunca existiu.

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Notas finais do capítulo

N/A: Eu não disse a vocês que eu daria um jeito em tudo?! Vocês sofrem em antecipação... e depois dizem que a Bella é dramática. Ela só está confusa com tudo o que está acontecendo; se ponham no lugar dela?! Eu estaria surtando se estivesse em seu lugar.
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Edward perdeu um pouco a sua mágica, mas porque ele agiu dessa maneira, o que aconteceu para de repente ele enlouquecesse e começasse agir como um babaca possessivo, ciumento, inseguro duvidando da própria sombra quando se tratava de seu relacionamento com a Bella?! Alguém tem algum palpite ou vão aguardar o próximo capítulo para saber toda essa história?! Hein?!
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É meu povo... o fim está se aproximando e por mais que os capítulos não estão tão grandes ou cheios de detalhes, eles são de suma importância para o desfecho?! Já conseguem ver tudo o que aconteceu?! Eu sei que sim, mas vocês estão com a imensa dúvida ainda: o que aconteceu com o Edward aos 31 anos?! Tá fácil gente! Leia as entrelinhas do porquê ele agiu como um babaca!!!
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Obrigada a todos que continuam lendo e comentando, eu faço isso aqui para vocês! Patti, obrigada imensamente baby, você é uma pessoa fantástica, obrigada por me ajudar nisso aqui, mesmo quando a correria nos consome! ;D
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Próximo capítulo na quarta-feira, quem quer?! Para isso vocês sabem o que tem que fazer: reviews, reviews, reviews, ok?!
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Obrigada mais uma vez. Amo vocês! ;D
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Beijos,
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Carol.
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N/B: Essa sou eu lendo TD na madrugada. E espumando de raiva!
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WTF Edward??????????
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Idiota! Tudo bem ser possessivo e ciumento, acho que no fundo todos nós temos um pouco disso, mas, cara, Edward ultrapassou todos os limites! TODOS! Acusar traição da Bella com o próprio irmão??? Sem falar que ele quase a prejudicou na escola. Eu achei bem feito a surra que ele levou, e mais ainda a Bella ter terminado o namoro!
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Será que com esse tempo afastado ele aprendeu alguma coisa? Será que a Bella irá perdoá-lo?
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Cenas do próximo capítulo...
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*Sério, ainda estou MUITO puta com o Edward* Eu sei, eu entendo, eu também tive a idade da Bella e namorei, e os garotos costumam agir como algo assim, já fui alvo de uma situação semelhante com namorado e... UGH! Vontade socá-lo!
E vocês, como estão após ler esses absurdos? Deixe-nos saber!
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Um ótimo início de semana e nos vemos na separação definitiva ou reconciliação hauhsuahsuhashauhsuahsuhas
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Beijos, Patti.
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Quer fazer uma pobre autora feliz? oO
Deixa uma review ou um comentário para mim, dizendo se você gostou, ou se odiou, se você tem alguma sugestão! Pois sugestões e palpites aqui são fundamentais! *.*
Ficarei encantada em ler!