Teenage Dream escrita por Sophie Queen


Capítulo 29
O Vil Papel


Notas iniciais do capítulo

Disclaimer: TWILIGHT não me pertence, muito menos a música TEENAGE DREAM, porém Bella toda cheia de expectativa para perder a virgindade, sim! Então, por favor, respeitem.
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N/A: Olá amores...
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Como todo mundo está?! Como foram de Natal?! E Ano Novo?! Espero que tenham sido iluminados. Os meus foram familiares. Sempre são assim.
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Eu tenho conhecimento que prometi postar antes do Natal, mas compreendam que fim de ano na minha casa é coisa de gente maluco, ainda mais diante do ano filha da puta que foi 2011. Mas como todos sabem: antes tarde do que nunca.
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Esse capítulo está de derreter os corações de muita gente seja de alegria ou de pena. Ele pode ter ficado um pouco maçante, mas foi necessário para que eu não fuja do cronograma que tenho para a fanfic. Ok?! Lá no final eu conto uma surpresinha para vocês e faço uma proposta indecente! LOL
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Quem ainda tem curiosidades, dúvidas ou interesse em saber qualquer coisa sobre mim, ou verificar status dos capítulos, spoilers, minhas inspirações não deixem de acessar no tumblr da fic, fiquem a vontade para fazer o que quiserem! O endereço é este aqui: youngforeverlikeateenagedream(PONTO)tumblr(PONTO)com/ - basta trocar a palavra (PONTO) pelo símbolo, se não conseguiu acessar vai no meu profile que lá tem o link.
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Aproveitando aqui ainda antes de deixa-los com o capítulo quero pedir a todo mundo dar uma conferida no capítulo final de RUMOR HAS IT e também na one-shot de Natal que nem é tão natalina assim: MERRY ROCK N ROLL CHRISTMAS e me deixem saber o que vocês acharam das duas! OK?!
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Obrigada a todos que leem TEENAGE DREAM, comentam, criam teorias, recomendam, indicam, favoritam, e principalmente a cada capítulo estão aqui comigo. Tudo isso aqui é para vocês não se esqueçam.
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Agora vamos parar de enrolar e vamos ao capítulo.
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Boa leitura. ;D
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CAPÍTULO 29 – O Vil Papel

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Apesar de ter passado boa parte do dia dormindo, quando voltei para o meu quarto após a conversa que tive com a minha mãe, dormi assim que a minha cabeça tocou o travesseiro, e talvez, eu possa ter sonhado com a noite em que Edward e eu seríamos um do outro. Antes de o meu relógio marcar 8 da manhã eu já estava acordada, ansiosa para o dia que teria com Edward.

Estranhamente para Forks – que apesar de continuar com as temperaturas extremamente baixas – o céu estava claro, nenhuma nuvem acinzentada dava as caras, e a fina camada de gelo que ainda tinha sobre algumas superfícies derretiam-se com o calor tímido do sol invernal.

Sentindo-me completamente renovada, sem quase nenhum vestígio do meu resfriado, e também sem nenhum sinal da minha maldita cólica menstrual, segui para o banheiro onde tomei um banho demorado, optando por lavar meus cabelos. Ao retornar ao meu quarto vesti-me como se fosse para a escola – calça jeans escura, all stars negros, um suéter de decote redondo preto, deixando sobre a minha cama um grosso casaco e um cachecol.

Sequei meus cabelos no secador, fazendo com que estes ficassem extremamente revoltos e volumosos. Odiando que justamente hoje resolvi ser atacada por um bad hair day, os amarrei em um coque bagunçado e desci para tomar o meu café da manhã. Como bem previra meus pais já haviam saído para seus trabalhos, e Emmett já havia ido para a tal excursão biológica da Forks High School.

Depois de alimentada retornei ao meu quarto para terminar de me arrumar. Mesmo sabendo que Edward já havia me visto nos meus piores momentos, me maquiei bem o suficiente para que nenhum sinal do resfriado que fui assolada durante a semana parecesse presente em meu rosto, e notando que meu cabelo não ia mesmo colaborar, puxei todo para trás prendendo em um rabo de cavalo.

Estava terminando de passar algumas coisas minhas em minha bolsa quando a campainha tocou. Dei mais uma olhada para ver como eu olhava antes de correr para abrir a porta e ser brindada com a visão de Edward olhando como sempre espetacular, portando o seu lindo sorriso torto. Senti seus olhos correndo por toda a minha forma, enquanto eu, completamente desajeitada comecei a mordiscar meu lábio inferior.

- Você parece ótima hoje. – falou suavemente, correndo a sua mão quente sobre meu rosto, acarinhando-o.

- Eu me sinto melhor. – disse com a voz diminuta.

Não resistindo à saudade e vontade de tê-lo mais próximo a mim, o abracei firmemente, sentindo o seu perfume almiscarado e masculino me inebriando, para que no minuto seguinte seu hálito mentolado me cercasse quando finalmente nos beijamos. Com uma saudação demorada, finalmente fizemos nosso caminho até seu Volvo, onde seguimos para Port Angeles.

Apesar do frio que fazia, passamos um dia maravilhoso. Fomos à livraria, andamos pela cidade, comemos coisas que normalmente não faríamos, fomos a lojas de instrumentos musicais e discos, e até mesmo ao cinema. Foi um dia nosso. Sem a interferência de ninguém, ou pensamentos negativos. Um tempo para curtirmos a companhia um do outro; tanto que quando chegamos a Forks por volta das 9 da noite eu me sentia exausta.

Na sexta-feira o céu ainda mantinha-se claro, com um sol tímido entre nuvens brancas. O frio estava mais intenso do que no dia anterior, mas os meteorologistas afirmavam que nada de chuva ou nevasca para esse fim de semana. Como sexta era um dia da semana em que o trabalho da minha mãe era mais brando, ela finalizou o seu expediente antes do almoço, e depois de almoçarmos no restaurante de Sue Clearwater seguimos para o Hospital de Forks para a minha consulta com o ginecologista.

Dizer que me senti envergonhada quando estava sentada com a minha mãe na sala de espera ao lado de mulheres grávidas quando Edward e Carlisle passaram um pouco antes que eu fosse chamada, era um eufemismo. A expressão no rosto dos dois ao me verem ali era um misto de surpresa e incredulidade. Ao primeiro olhar, porém, quando eles pararam para nos cumprimentar o rosto do meu namorado assumiu uma máscara de desejo, e eu podia ver em seus olhos esmeraldinos que ele estava sorrindo torto diante do significado que era eu estar ali.

Carlisle, todavia, tentou duramente manter sua expressão indiferente conforme conversava com a minha mãe, mas falhando miseravelmente quando ela revelou o motivo para a nossa visita ao ginecologista. Parafraseando Renée: “Para que Bella esteja protegida, e que nenhuma surpresa surja para nós, Carlisle. Sou muito nova para ser avó.”

Dizer que o Dr. Carlisle Cullen ficou pálido que nem papel ao ouvir essas palavras seria um eufemismo ridículo. Senti sua postura tornar-se rígida e o seu olhar sobre Edward parecer um pouco acusador. Será que ele estava imaginava que nós já havíamos feito... aquilo? Ou será que ele daria em Edward um discurso sobre sexo, e como se proteger? Gostaria de ser uma formiguinha e que pudesse ouvir a conversa de ambos.

Com uma rápida despedida, Edward e eu combinamos de nos encontrar mais tarde. Quando no começo da noite Edward bateu na porta de casa, o seu olhar estava meio culpado, enquanto eu ainda sentia os tons rubros que me tomaram durante toda a minha consulta ao ginecologista presentes em meu rosto. Optamos por ficar na minha casa na companhia dos meus pais assistindo a um sitcom qualquer que passava na televisão. Pontualmente às 10 da noite Edward despediu-se e seguiu para a sua casa.

Sábado amanheceu com o céu completamente acinzentado enquanto grossos pingos de chuva tomavam toda a cidade. Por conta de um problema no lugar onde estavam fazendo a excursão, todos da minha turma só estariam voltando no domingo. Minha mãe, junto com Esme, haviam ido a Seattle fazer sabe-se lá o que antes de amanhecer e por conta da violenta chuva que assolou todo o estado de Washington as duas só estariam voltando no domingo. Meu pai, entretanto, como Chefe de Polícia estava trabalhando em horário dobrado, já que a chuva causou inúmeros estragos nas regiões próximas a Forks.

No começo da tarde eu já estava completamente entediada por ficar sozinha em casa, quando abençoadamente o telefone tocou. Era Edward me convidando para ir a sua casa, já que ele também estava sozinho, uma vez que Carlisle sendo médico-chefe do hospital estava em plantão devido ao mesmo problema que o meu pai: a incessante chuva. Disse-lhe que iria tomar um banho e me arrumar e que no mais tardar em uma hora estaria em sua casa.

Uma hora e meia depois que nos falamos por telefone, dirigindo a caminhonete que herdei de Emmett avancei pela rua de Edward com cuidado, já que havia começado a nevar. Mal havia estacionado o carro e Edward já estava do lado da porta do motorista abrindo a porta para mim, me ajudando a descer do mesmo – sabendo da minha propensão a acidentes era uma ideia fabulosa dele, vindo me auxiliar.

Sem a presença de Alice, a casa dos Cullen parecia grande demais e silenciosa demais. Com um cumprimento caloroso entre nós, Edward rapidamente me levou para o seu quarto no sótão, onde nos acomodamos no sofá e ficamos ouvindo música e aproveitando a companhia um do outro.

Edward e eu éramos um casal que amava música. Sempre ficávamos ouvindo música. Ou ouvir música era uma forma de tentarmos dissipar a tensão sexual que pairava no ar entre nós desde... sempre?

Wow... da onde surgiu essa tensão sexual?

Ok. Éramos adolescentes, hormonais, e que já tinha avançado o sinal para a segunda base, então por que de repente tudo entre nós parecia correr através de uma fina camada que qualquer movimento brusco pudesse rompê-la?

“Porque vocês precisam fazer sexo!” – exclamou a Prazeres agudamente.

Ótimo! Olha quem resolveu fazer uma aparição.

“Qual é Isabella? Você não sabe viver sem mim. Sem contar que desde que vocês voltaram de San Diego o que aconteceu na noite de ano novo entre vocês vive em seus pensamentos. Então para de se fazer de difícil e inicia algo logo com o menino, por Cristo!” – demandou com uma animação tão grande que por um segundo eu poderia dizer que nossos papéis haviam sido invertidos – mais uma vez. Eu tinha me tornado a amarga de 30 anos e ela a hormonal de 17.

“Vocês dois já conversaram sobre isso, e seus pais já estão cientes que em breve vocês estarão fazendo sexo. Isso tudo não é tipo, uma grande transgressão às regras do namoro de vocês, todos os adolescentes fazem isso. E outra, você já está tomando pílula.” – ponderou a infeliz com sensatez.

Será que ela tinha razão? Será que essa tensão carregada entre nós é só a antecipação para o que estaríamos fazendo em breve?

“Hum... er... eu não acho que ainda é o momento.” – começou hesitante e incerta a Maria Inconsequente. – “Acho que... er... poderíamos... ter um pouco de diversão antes dos finalmente?” – disse soando mais como uma pergunta repleta de insegurança.

Notei a Prazeres rolando os olhos na periferia da minha cabeça.

“Qual é?! Só não quero ficar ouvindo os arrependimentos eternos de uma garota de 17 anos que transou com seu namorado super sexy capitão do time de football e futuramente astro de NFL para o resto dos meus dias!” – brandiu a Inconsequente nervosa, mordiscando seu lábio inferior.

A prazeres arqueou sua sobrancelha em descrença.

“E por que exatamente você acha que a Isabella iria se arrepender eternamente de transar com o Edward delicinha Cullen?! Hun?!” – replicou com os braços cruzados.

“Porque... porque...” – hesitou a Inconsequente, tomando uma respiração profunda e fechando seus olhos com força. – “Porque nós amamos ele!” – falou com a voz cheia de emoção. Instantaneamente todos os meus sentidos retesaram.

Eu amava Edward?

Considerei essa hipótese por um tempo.

Minhas pernas pareciam gelatina quando ele estava perto de mim? Check.

Meu coração batia velozmente só de pensar o seu nome? Check.

Meus pensamentos ficavam relembrando todos os momentos que passávamos juntos? Check.

Eu queria ficar com ele para o resto dos meus dias? Check.

Mesmo com 30 anos eu ainda sonhava acordada – e dormindo – com ele? Check.

Eu gostaria de ser íntima com ele? Check.

Eu ansiava que ele fosse o primeiro cara de toda a minha vida? Aquele que teria a minha virgindade para si?  Duplo check.

Oh meu Deus!

Oh. Meu. Deus!

Eu amava Edward. Fato duplamente confirmado.

Senti minha boca ficar seca, minhas mãos suarem, meu coração bater ruidosamente, minha respiração ficar ofegante e minha cabeça girar. Como lidar com esse sentimento novo e todas essas emoções que advém dele? Oh meu Deus... acho que vou vomitar.

- Bella? Você está bem? – inquiriu preocupado Edward ao notar o meu olhar assombrado. – Você parece meio verde. – falou incerto.

Yeap. Eu preciso vomitar.

Rapidamente me levantei do sofá que estava deitada com Edward e corri para o banheiro de seu quarto, mal prestando atenção no que ele falava preocupadamente. Entrei no banheiro com uma velocidade anormal e rapidamente fechei a porta, seguindo para o vaso sanitário onde despejei todas as porcarias que havia ingerido durante todo o dia.

Quando foi exatamente que o “gostar do Edward” transformou-se em “amar Edward”? Há quantos dias eu o amava?!

“Desde sempre!” – exclamaram como duas fãs adolescentes de algum ídolo pop a Prazeres e a Inconsequente.

Ótimo. Tudo que eu precisava nesse momento era dessas duas.

Ambas rolaram seus olhos, indignadas comigo. Tentei com toda a minha perseverança ignorá-las enquanto vomitava as tripas coração. Quando já não havia mais nada que eliminar no meu estômago, dei descarga aproveitando para verificar se nada havia escapulido do meu surto – felizmente nada. Fui a pia e lavei a minha boca e rosto.

Levantei a cabeça e admirei meu reflexo no espelho.

Felizmente minha imagem não parecia adoentada – o que era de se estranhar, já que havia expelido tudo que havia comido durante o dia e no anterior. Meus olhos castanhos não estavam nublados de preocupação com a recente resolução que havia tido, muito pelo contrário, eles brilhavam indistintamente como chocolates derretidos. Minhas bochechas não estavam pálidas e sem vida, elas estavam coradas levemente e exalando uma aura de felicidade inexplicável.

Intrigada com a forma com que meus olhos e minhas bochechas olhavam, dei um olhar atencioso a todo o meu rosto. Ele não parecia a face de uma pessoa que havia acabado de vomitar tudo o que podia e não podia, na verdade ele era pura exaltação. Incerta, toquei meu rosto, sentindo a minha pele suave sob meus dedos, irradiando calor e felicidade.

Em dúvida diante do caleidoscópio de emoções, sensações e sentimentos que se passavam por meu corpo, tentei dizer algumas frases para o meu reflexo.

- Eu amo Edward? – murmurei baixinho a pergunta. Imediatamente um sorriso amplo e completamente feliz surgiu em meu rosto. – Eu amo Edward. – repeti, tentando soar com firmeza. – Eu. Amo. Edward. – tornei a repetir, desta vez com um sorriso amplo em meu rosto.

A Prazeres e a Inconsequente riram amplamente comigo. Ainda tentando testar essa nova situação, tornei a murmurar acima de um sussurro.

- Edward, eu te amo.

Estranhamente essas palavras não soaram estranhas ou inapropriadas perante os meus ouvidos, na verdade, elas soaram tão verdadeiras e emocionais como nenhuma outra havia antes soado em toda a minha vida.

De repente eu me senti muito tola por ter demorado 30 anos para enfim considerar, assumir, entender que eu não gostava de Edward; que eu não era apaixonada por ele. Eu o amava com toda a essência do meu corpo. Com toda a emoção do meu ser. Com toda a devoção da minha alma.

Talvez, ele fosse a minha alma gêmea.

Repentinamente um arrepio que nada tinha relação com frio, mas sim com calor, com emoção, dominou o meu corpo. Tudo dentro de mim parecia ansioso para explodir e declarar todo o amor que sentia por Edward. Era como se o ar não fosse capaz de fazer funcionar os meus pulmões enquanto não dissesse isso. Sentindo-me sufocada tornei a repetir lentamente:

- Edward, eu te amo.

Um enorme e genuíno sorriso cresceu em meu rosto. Nunca antes em toda a minha vida me senti tão plena como naquele segundo. Estava prestes a repetir pela terceira vez para mim mesma a minha sequência de palavras prediletas quando escutei alguém batendo na porta do banheiro.

- Bella? – a voz de Edward estava um pouco aguda, claramente de preocupação. – Você está bem? – pediu com urgência.

- Sim. Eu estou bem. – disse alto o suficiente para que ele ouvisse.

- Aconteceu alguma coisa? Será que você quer algo? – perguntou ainda inquieto.

- Só um mal estar. Alguma bobeira que comi em casa. – respondi me odiando por mentir para ele.

- Será que você quer alguma coisa? Um chá?! Um biscoito? Os dois? Um almoço? – tornou a pedir incerto.

- Hum... – murmurei encarando mais uma vez meu reflexo no espelho, antes de encarar toda a pia de Edward onde sua escova de dentes, pasta de dentes, enxaguante bucal e outros produtos de higiene pessoal estavam dispostos.

Considerando que eu deveria estar com um hálito de um gambá, peguei a pasta de dentes e apertei uma generosa quantidade de creme em meu dedo, escovando com fervor meus dentes, me livrando dos resquícios do meu vômito. Ainda incerta sobre o meu hálito, fiz por duas vezes um bochecho com o enxaguante bucal. Vendo que não tinha mais nada o que fazer, levei as minha duas mãos em frente à boca e assoprei para sentir o meu hálito, felizmente ele estava parecido com eucaliptos e menta.

Dando mais uma olhada ao meu rosto no espelho, finalmente me afastei deste para abrir a porta do banheiro, dando de cara com um Edward com a expressão preocupada. Seus cabelos estavam mais desordenados do que normalmente já eram, poderia apostar que ele havia passado seus dedos por eles uma infinidade de vezes enquanto estava no banheiro.

- Acho que vou aceitar aquele chá e os biscoitos. Na verdade poderíamos fazer um lanche. – disse com um sorriso tímido. Era complicadíssimo encará-lo depois de descobrir que eu o amava.

- Hum... você está se sentindo realmente bem? – perguntou colocando suas mãos quentes em meus braços e os afagando com suavidade.

- Aham. Só um mal estar. – dei de ombros. Edward encarou-me desconfiado, mas quando percebeu que realmente eu estava bem, aceitou essa condição e assumindo o caminho seguimos para a cozinha perfeita de sua mãe.

Como era de se esperar, na cozinha dos Cullen havia de tudo. Dois tipos de bolo – chocolate e banana com nozes –, cookies de diversos sabores, pães variados, presunto, salame e queijos diversos, pasta de amendoim, geleia, margarina, maionese, iogurte, sucos, leite e chá – que Edward fez. Era um verdadeiro brunch de meio de tarde.

Por ter vomitado tudo o que havia comido durante o dia, estava faminta. Devorei cada alimento que estava diante de mim, como se nunca antes tivesse visto comida. Edward ria da minha atitude esfomeada, mas também não era nem um pouco elegante a maneira que ele comia. Quando finalmente estávamos empanturrados e completamente satisfeitos com o alimento, andamos preguiçosamente para a sala, onde cada um deitou em um sofá enquanto assistíamos uma reprise de Seinfeld.

Estávamos curtindo o terceiro episódio seguido do sitcom rindo como dois imbecis, quando um estalo alto na rua apagou todas as luzes da casa, inclusive a televisão. Edward e eu nos entreolhamos amedrontados, e numa velocidade incomum para ambos nos levantamos e corremos para ver o que havia acontecido pela enorme janela da sala.

Uma imensa árvore antiga que ficava no limite da casa dos Cullen havia caído ao ser atingida provavelmente por um raio ou o vento, errando por pouquíssimos centímetros a minha caminhonete, mas acertando efetivamente os fios de energia e telefone. Por ser a última casa de uma rua sem saída e o fato da árvore estar bloqueando de um lado a outro da calçada, Edward e eu nós encontrávamos isolados do restante da cidade, enquanto uma nevasca intensa caía sem pausa deixando toda a rua esbranquiçada.

- Parece que estamos sem acesso ao mundo. – disse Edward dando de ombros.

- E nem temos telefone para comunicar a delegacia ou os bombeiros. – completei.

Atordoados e entediados por não ter nada que pudéssemos fazer, voltamos a sentar no sofá e ficamos por longos minutos encarando um o rosto do outro, até que Edward cansou-se e me convidou para ir ao sótão que ele iria tocar algo para nós. Assim como ficar nos encarando na sala, Edward logo se irritou com seus instrumentos musicais, murmurando que sem amplificador a guitarra ficava sem graça. Como jogar um jogo de tabuleiro estava fora de cogitação – pois além do tempo acinzentado, o crepúsculo avançava rapidamente por toda Forks.

Edward estava impaciente, nem mesmo quando ficamos deitados lado a lado no enorme sofá de sua sala de música ele sossegou. Era como se suas calças estivessem cheias de pó de mico.

“Pó de mico, honey B?!” – desdenhou a Prazeres com uma gargalhada. – “Isso me parece outra coisa. O que será que está se passando na cabeça do Edward neste momento, hein?!” – perguntou cheia de uma curiosidade lasciva.

“Oh meu Deus!” – exclamou a Inconsequente. – “Você acha que é... oh meu Deus Prazeres.” – completou com uma risada histérica e afeminada.

Essas duas estão piores do que adolescentes que pegam para ler a Cosmopolitan da mãe e ficam rindo dos arquivos secretos de sexo, quando principalmente falam da ereção masculina...

Oh meu Deus! Será que Edward está com uma ereção?

Disfarçadamente forcei meus olhos pela penumbra do sótão para a região sul da anatomia dele, e mesmo com a caça jeans e a blusa que usava, eu consegui vislumbrar um volume nada ‘normal’. Engoli em seco.

Será que se eu me jogar pra cima dele outra vez, será que... hum... er... rola outra vez uma segunda base?

“Sim!” – gritaram a Prazeres e a Inconsequente em uníssono.

Okay. Respira Bella. Tente não assustar o menino, ou essa tentativa de sedução pode sair pela culatra.

- Edward? – chamei com a voz baixa, mas tentando exalar sensualidade. Rapidamente ele voltou seu olhar para mim.

Escutei-o engolindo em seco.

- Bella? Você está se sentindo bem? – questionou visivelmente preocupado.

- Oh sim. Estou bem sim. – respondi rapidamente. – Er... hum... você está bem? – perguntei incerta.

- Excelente. – afirmou forçadamente, tentando sorrir torto.

- Okay. – disse lentamente. – Por que você não senta um pouco, aqui do meu lado? – pedi hesitante, mordiscando meu lábio inferior.

- Claro, baby. – respondeu, sentando-se no sofá, mas alguns bons centímetros de mim.

- Por que você está tão longe? – ronronei, me arrastando para perto de onde ele estava e me enroscando ao seu lado. Imediatamente ele ficou tenso, como se meu toque o queimasse.

- Bella, eu não acho prudente. – murmurou com a voz quebrada.

Sorri vitoriosa. De repente uma coragem estrangeira me dominou, e com um movimento rápido de minhas mãos puxei o rosto dele para mim e ataquei sua boca com fome. Beijando-o sofregamente, urgentemente e voluptuosamente.

De início ele tentou resistir, mas quando tracei timidamente a minha língua por seu lábio inferior, ele enfim liberou o acesso para que o nosso beijo fosse mais profundo, muito mais intenso, muito mais luxuriante. Nossas línguas acariciavam-se com fervor, dançando a dança que foi feita só para elas. Nossos lábios embebiam-se um do outro com desejo, enquanto nossos dentes faziam pequenas participações especiais mordiscando nossos lábios inferiores, para aumentar mais ainda o prazer que era como álcool correndo em nossas veias.

Minhas mãos estavam ávidas para tocá-lo, e tão ansiosas como estavam trançavam-se entre os seus cabelos acobreados os puxando levemente, trazendo o seu rosto mais próximo ao meu. Suas mãos, em contrapartida, estavam apertando com força minha cintura, era como se ele estivesse as forçando a ficar ali, imóveis, mesmo que ele desejasse as correr por todo o meu corpo.

Gemi meio satisfeita e meio frustrada contra seus lábios.

Subitamente eu precisava de mais. Precisava sentir mais o corpo de Edward. Precisava sentir mais seus lábios. Precisava estar mais próxima dele. Em um movimento rápido consegui sentar em seu colo, dobrando as minhas pernas de cada lado das suas, colando meu corpo ao seu, e puxando ainda mais seus cabelos. Ouvi-o ofegando contra meus lábios, e depois descendo os seus para o meu pescoço.

Um calor avassalador começou a me tomar, era como se estivesse em uma banheira de água fervente, e toda roupa que usava era demais. Enquanto Edward beijava meu pescoço com uma devoção nauseantemente incrível. Afastei minhas mãos de seus cabelos e em um movimento rápido retirei o hoodie que usava, jogando em algum lugar no chão da sala, e como um viciado atrás de seu vício, voltei a agarrar os cabelos dele os puxando e reivindicando seus lábios outra vez com sofreguidão.

Ondulei meu corpo sobre o de Edward para tentar ficar mais próxima a ele, entretanto, quando fiz o movimento sua masculinidade roçou a minha, e um gemido meu e um urro dele preencheram o quarto. No mesmo momento ele rapidamente me afastou de seu corpo, e com a sua força me colocou sobre o sofá, enquanto se levantava e caminhava para longe de mim.

Nós dois estávamos ofegantes.

- Edward? – chamei meio culpada com a voz completamente ofegante. O vi apoiar suas mãos na parede diagonal do sótão próxima a janela e suspirar pesadamente. Seu corpo também respirava aos arquejos.

- Be-lla... o... o-que vo-você est-está fa-faz-fazendo? – questionou gaguejando.

Fechei meus olhos com força.

Será que ele estava me rejeitando? Não. Lógico que não. Se ele estivesse me rejeitando nunca teria correspondido o meu beijo. Com uma nova onda de coragem inundando todo o meu corpo, levantei-me do sofá e calmamente caminhei até onde ele ainda estava de costas para mim.

Tomando uma respiração profunda, toquei suavemente suas costas com as minhas mãos. Senti-o ficando tenso por um segundo, mas quando corri minhas mãos lentamente pela extensão delas ele relaxou minimamente. Tomei isso como um sinal afirmativo para continuar minha sedução.

Aproximei mais meu corpo do seu, colando meu peitoral em suas costas, enquanto meus lábios tocaram suavemente sua nuca. Ouvi Edward soltar um suspiro pesado, contudo satisfeito.

- Estou com saudades de você, Edward. – murmurei contra a pele de seu pescoço. – Eu posso até estar enganada, mas acredito que você também vive pensando no que aconteceu em San Diego, relembrando do que aconteceu aquela noite. – falei com sinceridade.

Novamente ele suspirou pesadamente. Tirando uma de suas mãos da parede e tocando a minha que estava em seu abdômen, enlaçando nossos dedos.

- Sim. Eu tenho pensado muito no que aconteceu. – confessou. – Mas Bella, eu não acho que ainda é o momento de avançarmos mais. Não acho que estamos preparados. Não ainda. – sussurrou com a voz vaga.

Escutei ao longe a Prazeres e a Inconsequente protestando diante da afirmativa dele, mas com uma força hercúlea as afastei, deixando que a minha preocupação ficasse tão somente em meu namorado.

- Eu sei. – concordei. Correndo meu nariz por sua nuca. – Mas... Edward... não precisamos fazer nada além do que já fizemos. – disse hesitante.

- E se não conseguirmos, Bella? – replicou apertando meus dedos com os seus. – Já é difícil não pular como um louco em cima de você quando vem aqui, usando uma blusa branca e um sutiã como esse que você está usando hoje, vermelho, azul e branco. Eu tenho... medo de fazer algo que depois nós dois iremos nos arrepender. Bella, eu não quero te machucar. Eu... eu gosto muito de você. – confessou com a voz derrotada.

- Edward – chamei suavemente. – se acontecer qualquer coisa é porque deve acontecer. Nós somos adolescentes, temos que errar, acertar, tornar a errar até acertar. É assim. Por favor, não me empurre para longe de você. – disse com a voz grogue de emoção. – Eu sinto que tem que ser você. – respirei profundamente fechando meus olhos e apoiando a minha testa em suas costas. – Você tem que ser o meu primeiro. Eu quero dar esse passo com você.

- Eu também sinto que tem que ser com você. – confessou usando as minhas palavras. – Também quero dar esse passo com você, mas ainda é cedo Bella. Eu não me sinto pronto... quer dizer... eu estou pronto, você está pronta, mas ainda não é o momento. – disse com confusão.

- Ei. Não precisamos fazer tudo hoje. Ok? Só... sermos nós dois. Por favor. – implorei com paixão em minha voz.

Edward sorriu, fazendo todo o seu corpo tremer.

- O que foi? – perguntei confusa e amedrontada.

- Nossa situação. – disse dando de ombros, mas correndo com suavidade sua mão por meu braço. – Deveria ser o contrário. Eu tentando persuadi-la a seguir em frente e você me barrando. Não isso. – tremi ligeiramente, tentando me afastar de Edward, que notando a minha hesitação, virou seu corpo rapidamente para ficar frente a frente a mim, fazendo com que seus braços fortes me abraçassem. – Mas eu amo o fato que você é segura de si o suficiente para propor a mim. – completou com um sorriso enviesado, reivindicando meus lábios com os seus.

Quando o ar ficou escasso em nossos pulmões nos separamos para respirar profundamente. Edward me encarou com seus intensos olhos verdes, como se buscasse algum receio nos meus castanhos, mas quando não encontrou nada enlaçou nossas mãos e com passos lentos, mas decididos, seguimos para o seu quarto.

Ao chegarmos em seu refúgio, Edward acendeu uma lanterna que iluminou boa parte da escuridão, e caminhando mais lentamente ainda chegamos ao pé da cama, onde nos encaramos profundamente.

- Você tem certeza disso? – perguntou dividido entre a incerteza e o desejo. Confirmei com um aceno de cabeça, e sem mais delongas Edward me abraçou pela cintura com um de seus braços e com o outro se apoiou em sua cama, conforme nos deitava sobre ela.

Levamos nosso tempo nos beijando, e depois, com um cuidado único despimos nossas roupas. Estávamos outra vez só em nossas roupas íntimas – Edward em sua cueca boxer e eu em minha calcinha. Nossos lábios, nossas mãos sabiam exatamente aonde irem sem avançar mais do que estávamos. Gemidos suaves preenchiam o quarto. Não era aquela coisa desesperada, mas sim calma, tranquila, necessária para conhecer um o corpo do outro.

Eventualmente, em algum ponto as últimas peças que permaneciam em nosso corpo também foram dispostas, mas o contato em nossas partes íntimas foi restrito às nossas mãos.

Edward foi cuidadoso quando seus dedos tocaram a minha feminilidade. Seus olhos não deixaram meu rosto um segundo sequer, procurando alguma hesitação da minha parte, mas não encontrando nenhuma – ainda mais porque mantive meus olhos nos dele enquanto me deliciava do prazer que me era oferecido –, continuou me acariciando intimamente.

Depois que meu corpo todo tremeu e se contraiu em desejo, sinalizando que havia chegado ao meu limite, Edward sorriu satisfeito consigo mesmo, me puxando para um beijo profundo, cheio de paixão, desejo e amor.

Quando foi a minha vez de tocar o membro de Edward outra vez, ele gemia a cada movimento, seus olhos forçavam-se para se manter abertos e grudados em meu rosto, mas parecia impossível para ele, e a cada movimento meu ele jogava a cabeça para trás e urrava de prazer, erguendo a sua pélvis em um movimento de puro instinto. Meus lábios acariciavam seu pescoço, beijavam seus lábios, sussurrava palavras incompreensíveis até mesmo para mim em seu ouvido.

Gemendo alto Edward chegou ao seu ápice, derramando todo o seu desejo por minha mão e perna, como também por seu corpo. Timidamente tirei minha mão de seu eixo e a coloquei sobre o seu abdômen, enquanto ele acalmava a sua respiração. Em determinado momento senti Edward limpando o seu gozo de mim e de si mesmo com a sua camiseta, e depois quando não havia mais vestígio algum do líquido quente, me beijou com fervor.

Trocando sorrisos apaixonados ficamos por um tempo ali deitados sobre sua cama, completamente nus. Todavia, em algum momento começamos a sentir frio, e me lançando o seu sorriso torto Edward enlaçou nossos dedos e nos levou para o banheiro, onde da mesma maneira que em San Diego ficamos debaixo da água quente encarando os olhos um do outro, enquanto se era lavado todo o resquício do que havia acontecido entre nós.

Eventualmente a água começou a tornar-se gélida e fomos obrigados a deixar aquele espaço que parecia nos arrastar para uma realidade paralela. Edward me entregou uma toalha limpa para que me secasse, enquanto usava a sua para secar-se. No quarto tornei a vestir as roupas que estava antes, enquanto meu namorado vestia uma calça de moletom e uma camiseta de mangas compridas.

- Esta tarde. – disse deslizando seus dedos por seus cabelos.

- Eu sei. E ninguém veio retirar a árvore que está bloqueando a rua, como também nem nossos pais deram notícias. – falei com um suspiro pesado, olhando pela janela do quarto que a árvore caída ainda estava bloqueando a rua coberta de neve.

- Será que você... hum... quer dormir? Tenho certeza que o quarto de hóspedes está pronto para receber você, ou se preferir o quarto da Alice também está sempre a sua disposição. – comentou incomodado.

Arqueei minhas sobrancelhas.

- Eu não posso dormi aqui com você? – questionei timidamente.

Um sorriso do tamanho do mundo dominou seu rosto.

- Claro que você pode! – exclamou animado. – Você está confortável com jeans? – perguntou incerto. Dei de ombros.

- Acho que vou pegar um pijama da Alice, me acompanha até lá embaixo? – pedi mordiscando meu lábio inferior nervosamente. Ele acenou efusivamente em concordância, pegando a lanterna e enlaçando nossos dedos para irmos até o quarto cor-de-rosa de sua irmã.

Quando retornamos ao seu quarto – comigo usando um pijama rosa pink de Alice – nos acomodamos na imensa cama dele, debaixo dos cobertores, e tão rápido quanto desejamos boa noite estávamos dormindo profundamente.

Acordamos na manhã seguinte com o barulho de tratores e serras possivelmente trabalhando em retirar a árvore que bloqueava o caminho. Vestimos nossas roupas e fizemos nossas higienes pessoais e fomos à cozinha. Para variar estávamos famintos. Tomávamos nosso café da manhã entre risadas e brincadeiras quando a porta de entrada se abriu, trazendo para dentro Carlisle e meu pai, Charlie, com a aparência de cansados e famintos.

Edward me ajudou a preparar um café reforçado para os dois, que com um apetite impressionante devoraram tudo o que estava sobre a mesa. Como meu pai estava terrivelmente cansado, Carlisle ofereceu para que ele descansasse um pouco no quarto de hóspedes. Relutando no início, Charlie finalmente sucumbiu ao seu cansaço e ao oferecimento de Carlisle, caminhando pesadamente para o quarto.

Quando arrumávamos a cozinha, minha mãe e Esme chegaram afoitas e assustadas com os acontecimentos da imensa nevasca na cidade. Ambas ficaram tranquilas quando Edward e eu dissemos que passamos o dia juntos e que não tivemos nenhum problema – a não ser a falta de luz, que já havia sido restabelecida. Emmett e Alice se uniram a nós alguns minutos antes de um almoço tardio preparado por Esme e minha mãe, Renée.

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O restante do mês de janeiro passou em um piscar de olhos. Entre nossas classes finais que estavam se tornando insanamente mais difíceis, treinos das cheerios e de football, e também os trabalhos imensos que todos os professores pareciam decididos a nós recomendar, o meu tempo com Edward ficou restrito aos finais de semana, e mesmo assim passávamos boa parte de nosso tempo estudando juntos.

Todavia fora na primeira semana de fevereiro que uma terrível notícia me devastou.

Estava na aula de história com Alice, animada por ter recebido a minha primeira carta de admissão vinda de Stanford quando uma nervosa Sra. Cope veio me chamar, dizendo que o Diretor Aro e a coordenadora pedagógica Srta. Bree Tanner gostariam de falar comigo. Naquele momento eu tinha certeza que eles queriam me parabenizar pela minha admissão e me informar que havia conseguido o apoio financeiro que havia solicitado ou então que havia ganhado uma bolsa de estudos.

Todavia, assim que entrei no escritório do diretor Aro Volturi eu sabia que a notícia que iriam me dar não era nada boa.

O diretor começou o seu discurso, me felicitando pela minha admissão na universidade de Stanford – onde ele havia se graduado -, mas antes que eu pudesse agradecer adequadamente o lisonjeio, a coordenadora pedagógica Bree informou o real motivo da minha ida aquela sala.

O meu pedido de ajuda financeira para poder ir a universidade fora negado pelo governo.

O motivo foi o fato que meus pais por terem empregos fixos e terem casa própria livre de hipoteca, e com meu irmão indo a uma universidade renomada com bolsa de estudos, a possibilidade de concederem a mim o apoio financeiro era inviável. Uma vez que a renda anual dos meus pais estava mais do que apta para bancar meus estudos.

Enquanto eles me davam a notícia devastadora, eu a ouvia paralisada, sem conseguir expressar nenhuma emoção. Todavia, quando deixei as dependências da direção e secretaria não consegui controlar meu estado de espírito quando finalmente grossas e impiedosas lágrimas de fracasso deslizavam por meu rosto.

Não sei quantos minutos fiquei ali sentada chorando, soluçando encostada na parede lateral da escola, sentindo-me um completo fracasso, ao perceber que todos os meus esforços durante os meus 4 anos no high school haviam sido em vão, que todas as minhas horas de estudo foram para nada. Amargurando ainda mais o desfecho da situação não pude deixar de considerar que provavelmente nem a bolsa de estudos das empresas Meyer que estava concorrendo poderia conseguir, selando assim o meu destino em Forks para todo o sempre, sem a possibilidade de ir a NYC e me tornar jornalista do Times ou estudar em uma universidade como Columbia.

Alice e Rosalie que me encontraram. E depois de minutos tentando me acalmar, mas falhando miseravelmente, chamaram Emmett e Edward para tentarem descobrir o que estava acontecendo comigo. Não queria despejar nenhuma das minhas preocupações para qualquer um deles, mas quando Edward me puxou para seus braços, me vi contando em meio a lágrimas e soluços o que havia acontecido.

Minhas amigas, irmão e namorado foram os melhores do universo, me consolando, dizendo que eu iria sim para uma grande universidade, e que eu seria uma profissional incrível em um futuro próximo, e um dia o governo se arrependeria de não ter me concedido apoio financeiro, e se caso eu não conseguisse uma bolsa de estudos que também seria uma imensa perda para quem não me dera.

As palavras deles tiveram um poder inexplicável sobre mim, mas mesmo assim, quando estava sozinha não conseguia evitar pensar nas consequências de não ir a uma universidade, e todas as outras facetas dessa estranha realidade alternativa que estava vivendo.

Tentei suprimir ao máximo minhas preocupações diante de todos, mas quando Alice, Rosalie e Angela me convocaram a uma ida à Port Angeles para comprarmos os presentes de Dia dos Namorados para os nossos namorados tornei a me desesperar.

O que eu daria a Edward?

Deus! Com o que eu poderia presentear um garoto que tem tudo, e o que não tem, possui dinheiro mais do que suficiente para comprar?

Senti meu estômago se revirar. Ponderei as minhas opções, fazendo uma conta rápida para ver o quanto eu poderia gastar em um presente para ele. Percebi que fazendo uma ginástica em minhas economias poderia gastar 20 dólares, no máximo 30. Agora me diz o que se pode comprar com 30 dólares para uma pessoa como Edward?

Tentei disfarçar a minha preocupação, mas quando Alice percebeu que eu estava apenas procrastinando a compra de algo para seu irmão, me arrastou para um canto para saber o que estava acontecendo.

- Bella, por que você está assim longe? – pediu com delicadeza.

- Não estou longe! – me defendi mais rudemente do que deveria. Ela arqueou suas sobrancelhas perfeitas em desconfiança.

- O que é então? – replicou levando suas mãos na cintura. – Já entramos em sei lá quantas lojas e você parece incerta sobre tudo. O que está acontecendo? Você e o Edward estão bem? – perguntou levemente preocupada.

- Está tudo bem comigo e com Edward, Alice, fica tranquila. – tranquilizei me sentindo derrotada.

- Então o que foi? – pediu com urgência.

Suspirei pesadamente.

- Alice, eu não sei o que dar ao seu irmão de presente. – confessei com a cabeça baixa. – Sem contar que não posso gastar mais que 30 dólares, ainda assim teria meu orçamento do mês estourado. – disse com a voz grogue por conta das lágrimas.

Alice rapidamente me abraçou com força. Tentando me conformar com a sua infinita generosidade.

- Bella. Edward não se importa com o que você pode dar a ele. Para ele o maior presente é você estar com ele. – disse acariciando meus cabelos.

- Mas Alice – solucei. – todas vocês estão dando presentes magníficos para seus namorados, e tenho certeza que Edward comprou algo lindo para mim, enquanto eu não posso sequer comprar o vinil que ele quer, porque é muito caro. – chorei ainda mais desesperada.

- Shiii Bella, acalma. – implorou esfregando minhas costas. – Edward não se importa com isso. Por que não montamos uma cesta com todas as guloseimas preferidas dele? Tenho certeza que ele irá adorar. E caso você ainda se sentir mal, pode gravar uma mixtape com suas músicas prediletas, ou pode fazer uma surpresa com uma lingerie. – ponderou com um sorriso enviesado muito parecido com o de Edward.

- Alice! – a reprendi. Ela gargalhou.

- Bella, não importa o que você dê a Edward, ele irá gostar de qualquer coisa, desde que seja você que deu. Ok?! Agora vamos no Mc Donald’s que eu vou te pagar um milk-shake de chocolate. – falou me abraçando com força.

Naquela noite, quando cheguei em casa comecei a procurar loucamente nos livros de receitas da minha mãe coisas que poderia fazer a Edward e que eu sabia que ele gostaria de saborear. Não seria um presente caríssimo ou magnífico, mas seria feito com as minhas próprias mãos e eu esperava sinceramente que ele iria gostar do fato de mais uma vez eu estar fazendo algo com as minhas próprias mãos para uma data comemorativa.

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Notas finais do capítulo

N/A: Quem aí tá com o coração partido pela Bellinha não ter dinheiro para comprar um presente para o Edward de dia dos namorados? o/
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Nesse capítulo nossa menina sofreu dois golpes por causa do vil papel. Será que essa nova sequência de fatos vai mudar todo o futuro que ela conhece?! E o Edward como irá agir a um novo presente faça com suas próprias mãos da Bella?! Será que isso será a porteira para um rompimento?!
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E o momentinho íntimo dos dois?! É tão bonitinho ver o Edward dando uma de Edward que nós conhecemos, né?! É uma lástima que não exista Edwards como este e tantos outros por aí. Muitos garotos precisavam de uma passagem só de ida para os confins de uma escola para aprenderem a ser gentis, cavalheiros e respeitadores com as meninas. *momento partido feminista*
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Ok. Vamos lá. O próximo capítulo ~ 30 ~ é o que muita gente está esperando. Finalmente nossos bebezinhos vão chegar aos finalmentes, então assim quero muito, muito, muito que vocês me lotem de reviews porque dependendo de como vocês forem com as reviews eu posto o capítulo antes de domingo. O que vocês acham?! Acho que posso contar com vocês certo?! A proposta indecente é chegar as 1100 no fanfiction ponto net e as 2050 no Nyah. Será que posso contar com vocês?!
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Quero agradecer imensamente a todos que estiveram comigo durante o último ano lendo essa fic, comentando, recomendando, indicando, favoritando, bem como acompanhando todas as minhas outras. Não me canso de dizer: eu faço isso aqui para vocês. Posso não responder review por review, mas leio cada uma delas e tento responder todas as dúvidas, bem como superar cada nova história com enredo e situações que irão agradar a todos.
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Eu sei que em 2011 não fui uma autora muito legal tendo atrasos injustificados, atrasos justificados, problemas que deram muita dor de cabeça e outras situações igualmente complicadas. Agradeço imensamente que vocês compreenderam meus problemas, e entenderam como a minha vida é bagunçada. .
Espero que em 2012 podemos estar juntos, firmes, e que todos os problemas tolos que tivemos sejam superados e que vocês possam estar aqui comigo acompanhando não só o desfecho de TEENAGE DREAM como também todas as minhas outras fanfics.
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Obrigada a Patti por estar sempre disposta a me ajudar, corrigindo todos os meus erros, enganos e tantos detalhes que nem sei enumerar suficientemente. Escrever fanfics para mim é um passatempo, uma terapia que me ajudou e ajuda a suportar as minhas dificuldades, a me conhecer, mas principalmente aprender. O tanto que aprendi nesses quase 3 anos não há escola, faculdade, lugar no mundo que me ensinaria. Obrigada a todos mais uma vez.
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Espero que vocês tenham dado uma olhadinha no final de RUMOR HAS IT e também na minha one-shot de Natal MERRY ROCK N ROLL CHRISTMAS que apesar de ser natalina, o feriado é só um pretexto para essa aventura. Espero vê-los no próximo capítulo que depende só de vocês para que dia ele vai sair! ;D
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Obrigada mais uma vez a todo mundo. E saibam que eu amo vocês incondicionalmente.
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Um enorme beijo,
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Carol.
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N/B: Awnnnnnnnnn eles juntinhos na cama, despidos e fazendo coisinhas de adolescentes. Awwwwwwwwwwwwn gente. Foi tão fofinhooooooo! Imaginando como provavelmente será a primeira vez. Edward todo cuidadoso, carinhoso. Oinnnnnnnnnnnnn. Por que todos os garotos / homens não podem ser assim? *suspira*. Vejo o eu te amo finalmente sendo proferido apaixonadamente por ambos no próximo capítulo. Será, será, será????
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Porque vocês precisam fazer sexo! Sofri com a Prazeres kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Meu Deus, essa e a Inconsequente ainda vão enlouquecer a Bella huahsuhaushuashauhsuahs.
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Fiquei com o coração partido pela Bella, tadinha. Só baque em cima de baque ultimamente. Em tão pouco tempo o pedido de apoio financeiro negado, e depois, a falta de grana para comprar um presente para Edward. Mas assim como a Alice lhe disse, tenho certeza que para Edward o tipo de presente ou a falta dele é o que menos importa, mas sim eles estarem juntos. Tenho certeza que ele vai amar o que ela pretende preparar, e que será uma das coisas que impulsionará a darem o último passo.
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Aguardo ansiosa!
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E para quem tem a paciência de ler minha notinha, espero que tenham tido uma ótima entrada de ano e que 2012 seja um ano melhor para todo mundo.
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Nos vemos na primeira vez dos pombinhos *suspira*.
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Patti xx
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Quer fazer uma pobre autora feliz? oO
Deixa uma review ou um comentário para mim, dizendo se você gostou, ou se odiou, se você tem alguma sugestão! Pois sugestões e palpites aqui são fundamentais! *.*
Ficarei encantada em ler!