Teenage Dream escrita por Sophie Queen


Capítulo 23
Obstáculos


Notas iniciais do capítulo

Disclaimer: TWILIGHT não me pertence, muito menos a música TEENAGE DREAM, porém estes serzinhos tímidos, fofos e apaixonados, sim! Então, por favor, respeitem.
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N/A: Olá amores...
Tudo bem com vocês?! Eu espero que sim. É eu sei que atrasei isso aqui, mas acredite: uma chuva incessante na minha cidade que me obrigava a ficar na cama, uma cólica daquelas de derrubar qualquer ser humano, somado com esse maldito horário de verão. Resultado: atrasei isso aqui por pura vagabundice. Podem me culpar, vir com tochas e facões, eu deixo dessa vez.
Bem, de qualquer maneira esse capítulo estava e não estava planejado. Eu o havia mentalizado quando comecei a escrever a fic, mas depois daquele tempão que fiquei sem atualizar, e desse meu inesperado mais adorável rompante que tive de atualizar toda semana, eu acabei esquecendo totalmente dele, mas felizmente antes que fosse tarde demais consegui me lembrar e eis que ele veio. Não será neste ainda que eles vão ir assistir Titanic no cinema, como a maioria está ansiando, será no próximo. Eu prometo. ;D
Muitas pessoas, entre elas eu inclusive *dá tchauzinho* vão se identificar muito com esse capítulo, porque nossos fofinhos vão passar por uma situação que digamos, muitos estão passando, seja para ingressar em uma universidade ou depois dela nas dificuldades de passar em concursos ou provas para garantir a licença para exercer a profissão que escolheu *cof cof OAB cof cof*. E claro o final, depois de toda ansiedade e tensão valerá a pena. *pisca para as safadjenhas*
De qualquer maneira em meio a minha lástima do final de semana, eu resolvi fazer algo que eu sei que a maioria queria a muito tempo de mim e eu sempre ignorei os pedidos, um blog especialmente para esta fic. Sim, sim, TEENAGE DREAM agora tem um domínio próprio de internet, onde eu postei e continuarei postando coisinhas que me inspiraram ao escrever esta fic. Fotos, músicas, cenas de filme, quotes diversos, as roupas que os personagens usam, spoilers, tudo. Sem contar que lá tem uma partezinha (ask me) onde vocês podem me questionar o que quiserem, que irei responder desde que não atrapalhe a surpresa do final da fic, ok? Aqui o link: http://youngforeverlikeateenagedream.tumblr.com/ . xD
Bom, chega de enrolar aqui, né?! *KKKKKKKKKKKKKKKKK*
Obrigada a todos que lêem, comentam, recomendam, indicam, palpitam, criam teorias, me mandam diversos tweets, reviews, emails, PMs, questionando mil e uma coisas, esboçando suas teorias ou simplesmente elogiando, vocês que fazem dessa história o que ela é! Obrigada mesmo!
Agora, finalmente, boa leitura! ;D
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Errata: nos capítulos 21 (Só nós dois) e no 22 (Thanksgiving) eu cometi um pequeno deslize por pura falta de atenção em relação ao relacionamento da Alice e do Jasper. Obrigada as reviews que me avisaram sobre o erro. O relacionamento deles foi de 97 até 2001 quando o Jasper se uniu ao Exército Americano por causa da guerra contra o terrorismo no Afeganistão e depois no Iraque, retornando a NY em 2007 onde reencontrou a Alice e desde então eles estão juntos. Vale ressaltar que durante o período em que o Jasper ficou na Guerra a Alice foi a Europa, onde ficou estudando por 4 anos em Paris, período este de 2002 a 2006. Neste capítulo eu irei explicar mais ou menos isso. Ah... eu também alterei os parágrafos nos referidos capítulos acima em que cometi o erro. Obrigada a todos pela compreensão e milhões de perdões pelo meu equívoco.

CAPÍTULO 23 – Obstáculos

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O recesso de Ação de Graças passou mais rápido do que todos nós gostaríamos, e a primeira segunda-feira gelada de dezembro deu a sua cara, com o céu de Forks completamente nublado e com uma chuva incessante, que apesar de leve molhava qualquer pessoa que tentasse sair de casa desprotegida. O clima chuvoso e frio, beirando a melancolia era um reflexo da tempestade e nuvens negras que rondavam sobre todos quartanistas.

Para a angústia de todos os alunos do senior year aquela talvez fosse a semana mais importante para todos nós na escola e provavelmente da nossa vida. Seria a semana em que realizaríamos as provas do SAT. Teríamos que correr atrás de nossos professores preferidos por cartas de recomendação, mas principalmente iríamos começar a preencher os formulários para as universidades que iríamos nos candidatar para uma vaga em um futuro muito breve.

O meu futuro eu já tinha pleno conhecimento de como seria, por mais que tivesse que enfrentar aquela maldita semana estressante mais uma vez.

Por uma sorte, e talvez também uma ironia do destino, eu havia conseguido entrar em uma universidade de prestígio, integrante do elitismo da Ivy League. Por mais que houvesse ocorrido na época inúmeros contratempos, consegui uma bolsa parcial de estudos, e tanto o meu esforço durante o High School quanto o meu esforço na faculdade, fizeram com que eu me formasse com honrarias na Columbia University no curso de Jornalismo.

Meu tempo na universidade foi incrível. Nova Iorque é incrível. Dividindo por cinco anos um dormitório com Rosalie, que também havia sido admitida na Columbia University para estudar Direito, fez com que a nossa amizade alcançasse patamares que superavam a questão familiar, já que assim que terminou a faculdade, um ano após eu concluir, Rose e Emmett se casaram. Rose e eu passamos a nos respeitar e a nos conhecer mais, o que ajudou muito na nossa dinâmica de colegas de quarto.

Enquanto Alice fazia as vezes de minha irmã mais nova, Rosalie fez de uma irmã mais velha, me protegendo do mundo e de mim mesma que desde sempre me auto-depreciava por ser estranha e introspectiva.

Emmett também foi para Nova Iorque conosco, e por mais que ele tivesse reprovado o último ano do High School, suas performances como o melhor Fullback do estado de Washington durante o nosso senior year lhe abriu a porta necessária para conseguir uma vaga na NYU, onde cursou Administração de Empresas. E mesmo após a lesão que o afastou definitivamente dos campos, Emmett continuou com a sua bolsa de estudos por ser ajudante do técnico, o que para a nossa família de orçamento apertado veio muito a calhar.

Jasper e Alice também vieram estudar na Big Apple. O loiro de origem texana foi admitido na CUNY - City University of New York – onde fez alguns créditos do curso de História, interrompendo o seu último semestre para unir-se ao Exército Americano na Guerra contra o Terrorismo, depois do 11 de setembro de 2001.

Alice, todavia, conseguiu ingressar na prestigiada Fashion Institute of Tecnology, onde estudou História da Moda, Conhecimento de Tecidos e Design de Moda. Os três cursos que ela fez na FIT lhe foram o passaporte para que em 2002 conseguisse sua almejada vaga na ESMOD em Paris, onde durante 4 anos aperfeiçoou suas técnicas em Criação e Design de Moda. Não era por menos que ela era excepcional no que fazia.

Em contrapartida, Edward fora o único de nós que não viera para Nova Iorque, apesar de ter sido admitido em todas as universidades da cidade. O ruivo foi para a Yale University, que segundo Alice me disse em algum momento no nosso primeiro ano em NY, foi a única que aceitou que ele estudasse medicina enquanto conciliava com os treinos e jogos do time de football. Acredito que todas as universidades que recusaram a sua proposta hoje em dia devem se arrepender amargamente. Edward se formara como o primeiro de sua turma de medicina e logo em seguida abdicou de sua especialização para dedicar-se única e exclusivamente a NFL, que ele já jogava há 2 anos, quando terminou a faculdade.

De qualquer maneira, por mais que eu soubesse que o nosso futuro seria brilhante e que sairíamos bem sucedidos em qualquer coisa que fizéssemos, de nada contribuiu para que meu nervosismo pelas provas do SAT abrandasse. Afinal, como eu, uma pessoa que terminou o High School há 12 anos conseguiria realizar a prova que determinaria todo o meu futuro?

Pânico era eufemismo para o que eu estava sentindo.

Evidente que na minha crise de pânico a minha mente perturbada e irracional não deixou de formular que talvez nessa realidade alternativa, onde eu sou namorada de Edward Cullen, eu não tenha ido para a universidade, muito menos para Nova Iorque e que eu nunca sequer estudei jornalismo ou coloquei meus pés no saguão do prédio do New York Times, onde eu com 30 anos trabalhava.

Eu já não estava mais em pânico, eu estava histérica. E a minha mente, imaginação ou que raios for não estava me ajudando em nada, pois teimava em me colocar no lugar de uma das plastics com os seus futuros de merda; provavelmente o de Leah, que além de ser ameaçada pelo trabalho que fazia de assistente social, era espancada pelo marido semanalmente.

Meu nervosismo chegava a um nível tão irracional que na véspera das provas eu tive um pesadelo com esta resolução de que meu futuro seria como o de Leah. Acabei passando a noite em claro lendo todos os cartões de revisão que havia feito com Alice e Rose, e os resumos que havia feito com Edward, tentando absorver o máximo de coisas que podia em pouquíssimo tempo.

Cansada e ansiosa eram apenas duas palavras que explicavam como estava me sentindo na manhã seguinte. Eu estava uma pilha de nervos, errando algumas vezes como colocar meus tênis, e até mesmo como vestir um simples suéter.

Ser uma adolescente e sofrer a pressão de ter que se sair absurdamente bem nas provas que determinariam o seu futuro era um peso inestimável que eu havia me esquecido completamente.

- Você está se sentindo bem, Bella? Está passando mal, filha? – estas foram as duas primeiras perguntas cheias de preocupação da minha mãe assim que entrei na cozinha para tomar meu café da manhã com meus pais e meu irmão.

- Não. – murmurei monossilábica, me jogando na cadeira em que normalmente ocupava na cozinha. O meu humor estava no pior estado possível. Não que eu não fosse sempre mal humorada.

- Bells? O que está acontecendo? Você dormiu bem? – a voz preocupada e cheia de alerta do meu pai despertou-me do martírio matinal.

- Não. – choraminguei. – Se eu não conseguir ir bem no SAT hoje, e não conseguir ser admitida em universidade alguma, vocês continuarão me amando, certo? – questionei com meus olhos marejados. A minha mãe correu até mim, apertando-me em seus braços me dando um conforto inestimável para aquele momento que nada parecia me acalmar.

- Ah, qual é Bella? – desdenhou Emmett rindo, recebendo atenção de todos nós, inclusive um olhar de aviso do nosso pai, que ele ignorou completamente. – Você é a melhor aluna do nosso ano. E outra, se no ano passado eu consegui ter uma boa média no SAT, por que raios você não terá? Você é uma nerd! – exclamou orgulhoso, porém divertido. Lancei um olhar repreendedor ao meu irmão sobre os braços da minha mãe da qual ainda me amparava.

- Você não está ajudando. – murmurei para ele, que rolou os olhos levando uma grande garfada dos seus ovos mexidos a boca.

- Bells, tenho certeza que você irá se dar muito bem nas provas. – tranqüilizou o meu pai. – E, se caso você não conseguir ir para uma universidade, eu e sua mãe não nos importamos em ficar com você, assim você fica aqui cuidando dos seus dois velhos. – logrou dando uma piscadela no melhor estilo Emmett de ser. Foi inevitável que um sorriso não brotasse em meu rosto diante de sua tão atípica descontração.

Segundo a minha mãe, Renée, quando ela conheceu Charlie em uma festa de 4 de julho em um clube em Port Angeles, na época ambos com um pouco mais de 18 anos, ela se apaixonou perdidamente. Ela sempre dizia que meu pai adolescente era uma mistura do jeito extrovertido de Emmett, e do meu jeito centrado, tímido, e que quando ela o viu corando por conta de um pedaço de torta que lhe havia servido, seu coração começou a bater tão rápido que simplesmente ela sabia que estava apaixonada por aquele rapaz e que ele seria o seu amor pelo resto da vida. Tanto que alguns meses depois eles começaram a namorar; o casamento veio um ano e meio depois do primeiro beijo que partilharam.

A história dos meus pais, assim como a maioria das histórias de amor, era linda. Mas por que eu estou pensando nela agora, ao invés de me focar no problema emergente sobre o SAT que está a minutos de começar e determinar como será a minha vida daqui para frente?

“Pelo amor dos seus 30 anos, larga de ser paranóica e dramática Isabella!” – censurou a Prazeres irritadiça. – “Nada de ruim, de mal, ou péssimo vai acontecer com você na prova. Pensa que se você não conseguir nesta, mês que vem tem outra! Agora relaxa pela próxima meia hora antes que nós tenhamos um ataque de nervos que nos obrigue a ir ao hospital!”

As palavras da minha consciência ecoaram em minha cabeça com força, e todo o nervosismo que estava sentindo diminuiu consideravelmente só por causa de uma única palavra. Qual? Hospital. Como eu odiava aquele ambiente apático, aquelas paredes claras, tudo esterilizado, o cheio de doença e morte que corre por aqueles corredores. Um arrepio incômodo da lembrança fez com que me contorcesse no abraço de mim mãe, que nos separou e me encarou desconfiada.

- Você está mesmo bem, Bella? – perguntou segurando meu rosto com as suas mãos quentes e analisando-o milimetricamente. – Está com uma aparência tão adoentada. Você tem se desgastado muito nos treinos de líder de torcida, talvez fosse mais prudente você diminuir o ritmo. – orientou cheia de preocupação, com seus olhos ainda analisando-me clinicamente.

- Eu estou bem mãe. É só preocupação com o exame. – sorri tentando tranqüilizá-la. Ela me encarou desconfiada, porém nada disse. Apenas me forçou a tomar um café da manhã bastante reforçado para que pudesse me dar energia pelas 4 horas em que estaria sentada em minha cadeira respondendo questões de conhecimentos gerais que seriam o passaporte para a vida que eu conhecia hoje em dia, com 30 anos.

Devidamente alimentados por minha mãe, Emmett e eu seguimos para a escola para realizar nossos exames. Edward havia me perguntado se eu gostaria que ele fosse me pegar em casa para ir à escola, mas como eu imaginava o quanto estaria nervosa dispensei a carona do meu namorado para ir com o meu irmão, que mesmo tendo muita eficiência em esconder o nervosismo que sentia, eu ainda podia notar que ele estava tão nervoso quanto eu.

Não foi surpresa que encontramos Alice mais enérgica do que nunca devido a sua ansiedade, Rosalie mal humorada desafiando com um olhar mortífero quem quer que quisesse conversar com ela, Jasper com enormes olheiras, indicando que ele tivera uma noite tão mal dormida quanto a minha, e Edward que passava seus dedos inquietos por seus cabelos bronzes deixando uma bagunça surreal pelos fios enquanto lia os intermináveis cartões de dicas que Alice havia feito.

Quando a senhora Cope autorizou que todos os alunos do Senior Year fossem para a quadra onde haviam distribuído dezenas de carteiras para que pudéssemos realizar a prova, a ansiedade e o nervosismo do peso que aquilo significava para todos nós recaíram sobre nossos ombros, e sem exceção, todos tentavam ler toda a matéria que poderíamos nos cinco minutos que faltavam para o início da prova.

O diretor da escola, o Senhor Aro Volturi, explicou a todos como funcionaria o exame e quanto tempo teríamos, passou todas as recomendações que podia enquanto os professores distribuíam os testes. Quando o sinal soou autorizando o início do teste, o único som que se ouvia pelo ginásio da Forks High School era de lacres das provas sendo rompidos e dos grafites dos nossos lápis arranhando as folhas de papel.

Muitas pessoas afirmam que quando ficamos nervosos e/ou ansiosos, tendemos a exagerar em tudo a nossa volta, e se somos adolescentes tendemos a exagerar em dobro, fazendo o que popularmente chama-se de uma tempestade em copo d’água. De qualquer forma, três horas e quarenta e cinco minutos depois, com todas as 170 questões respondidas, o sinal soou novamente, informando o fim do exame. Com uma agilidade incrível os professores recolheram os testes nos liberando para sair.

O clima leve após a prova era contagiante. Ninguém aparentava mais estar nervoso, e com uma concordância geral entre eu, Edward, Emmett, Rosalie, Jasper, Alice, Angela e Ben, decidimos ir a uma lanchonete próxima a escola celebrar o fim do exame e da tensão que sentíamos.

Completamente cheios de milkshakes e batatas fritas, cada um dos casais começaram a se dispersar e ir embora. Alice e Jasper disseram que iam a Port Angeles assistir a um filme, Rose e Emmett optaram por ficar na casa da loira, Angela e Ben, que teriam um jantar de família para ir, logo nos deixaram, ficando somente Edward e eu na mesa que antes estava abarrotada de pessoas queridas.

- Você está muito cansada? – perguntou Edward com o seu característico sorriso torto e seus olhos verdes brilhantes.

O encarei desconfiada.

- Não muito. Por quê? – repliquei cheia de curiosidade.

Ele ampliou o seu sorriso, enlaçando nossos dedos e levantando-se da mesa em que estávamos sentados me arrastando junto consigo.

- Vamos dar uma volta, ir para um lugar mais tranqüilo. – murmurou em meu ouvido, dando uma ligeira mordida no lóbulo da minha orelha, me rebocando para fora da lanchonete.

- Devo confiar em você? – questionei divertida quando alcançamos onde seu carro estava estacionado.

- Sempre. – respondeu com um sorriso sacana, uma piscadela divertida e roubando um suave selinho de mim, abrindo a porta do passageiro para que eu entrasse.

Um sorriso boboca e amplo tomava o meu rosto. Edward tinha uma capacidade impressionante de me deixar com um enorme sorriso no rosto por suas ações tão cavalheirescas e o seu jeito de menino travesso. Acho que já devo ter dito isso mais de uma vez, mas a cada dia eu me apaixonava mais e mais por ele, e a cada dia de uma maneira completamente diferente.

- Você sabia que é muito convencido? – perguntei com diversão, conforme ele colocava o seu Volvo em movimento em direção a sabe-se lá onde estávamos indo.

- É. Eu sei. – respondeu com um sorriso enviesado, dando de ombros. – Eu vivo me dizendo isso. Na verdade toda manhã na frente no espelho. – brincou dando uma piscadela e apertando o meu joelho com a mão que usa para mudar a marcha.

- Bobo. – logrei rindo e cutucando com o meu dedo indicador o seu abdômen o fazendo rir ainda mais com a minha brincadeira.

Passamos o resto do trajeto, o qual logo descobri ser a campina onde havíamos ido no nosso primeiro dia de namoro, brincando um com o outro. Às vezes roubando pequenos e delicados beijos da bochecha, rindo, falando coisas aleatórias, enquanto ouvíamos o mix de blues e rock n’ roll dos Rolling Stones.

Edward parou o seu carro no mesmíssimo lugar que havia parado da primeira vez que estivemos ali, e retirando um cobertor do porta-malas do carro e enlaçando nossos dedos mais uma vez, caminhamos pelo terreno irregular com troncos retorcidos, grama, folhas secas, flores e terra úmida. O ar fresco que emanava das árvores era tranqüilizante e restaurador. Mais uma vez o ruivo havia adivinhado exatamente o que eu precisava.

Com o cobertor estendido no meio do pardo, Edward e eu nos deitamos sobre ele, observando as nuvens acinzentadas que ainda rodeavam Forks. O canto de alguns pássaros, a brisa suave, o perfume envolvente das árvores e das flores foi fazendo com que meu corpo relaxasse e com a minha cabeça sobre o peito quente e de respiração cadenciada do meu namorado, eu sentia meus olhos pesando, insistindo que eu deixasse que a inconsciência do sono me levasse a terras tranqüilas que eu tanto precisava, por conta da noite mal dormida.

As mãos serenas e acolhedoras de Edward faziam um cafuné tranqüilo em meus cabelos, aumentando ainda mais a sensação de relaxamento que me dominava. Serpenteei mais ao lado de seu corpo quente, me aproximando mais, com meus olhos fechados, quase adormecendo.

- O que você se vê fazendo quando tiver 30 anos? – a voz rouca e tranqüila de Edward perguntou, despertando-me do meu pré-sono.

Sorri com a ironia, dando um beijo no seu peito em cima do seu coração que estava coberto por uma camiseta branca dos Beatles. Ele riu sonoramente com o meu gesto, dando um beijo em meus cabelos no momento em que me afastava minimamente dele e voltava os meus olhos para o céu crepuscular acima de nós.

- Com 30 anos eu me vejo sendo uma jornalista econômica do New York Times, morando em um apartamento confortável em Greenwich Village, me preparando para receber o meu PhD pela Harvard. É... acho que é isso. – recitei, brevemente fazendo um resumo de como estava atualmente em Nova Iorque. – E você, como se vê? – questionei cheia de curiosidade.

- Hum... não sei muito bem. – riu nervoso. – Por que você não me diz? Você parece ter uma visão bem interessante do futuro. – completou descontraído.

Sorri nervosa. Ele não fazia ideia da visão que eu tenho do futuro.

- Hum... eu te vejo formado em medicina pela Yale, mas não exercendo porque você é um famoso jogador de football. Talvez o melhor quarterback da NFL, jogando pelo NY Giants. Mantendo um apartamento em algum bairro nobre de Nova Iorque, tipo Upper East Side ou Chelsea, mas ficando pouquíssimo tempo em NY por causa dos jogos. – respondi dando de ombros, tentando narrar o máximo de verdade que sabia sobre sua vida aos 30 anos, apesar de não fazer a mínima ideia de onde Edward morava na Big Apple.

- Uau! – exclamou surpreso. – Será que neste futuro em que você será uma jornalista do New York Times e eu um jogador da NFL, nós estaremos juntos? – inquiriu timidamente, conforme seus dedos longos tornaram a se enlaçar com meus cabelos.

- Não sei. Você terá modelos da Victoria’s Secret e atrizes de Hollywood aos seus pés, por que iria estar com uma jornalista sem graça do Times? – repliquei tentando ser divertida, mas sentindo o gosto amargo da verdade na ponta da minha língua.

Inesperadamente ele tirou o seu braço que me abraçava, fazendo com que a minha cabeça caísse suavemente sobre o cobertor, enquanto ele apoiava-se em seus braços pairando sobre mim com seus olhos verdes queimando intensamente os meus com fervor.

- Bella, você nunca será uma jornalista sem graça. – falou com uma sinceridade que fez com que meus pelos se arrepiassem. – E tenho certeza que nenhuma modelo ou atriz vai me atrair como você me atrai. Você é única. – declarou apaixonadamente, colando em seguida nossos lábios para provar o que disse e declarar os seus sentimentos por mim, que ainda éramos incapazes de verbalizar.

Seus lábios eram gentis e amorosos contra os meus, reverenciando a maciez do toque que partilhávamos com devoção e paixão. Sua língua quente e serena deslizou por meus lábios os molhando, em um convite silencioso para que eu deixasse que nossas línguas dançassem a dança que estavam sempre dispostas a executar; sem pestanejar dei-lhe a concessão para tal ação, que rapidamente ele tomou aprofundando o nosso beijo, o tornando mais sôfrego, mais urgente, mais luxuriante, mais desesperador.

O seu corpo quente moldou-se ao meu, mesmo com Edward controlando o seu peso para não cair sobre mim. As minhas mãos ansiando um contato maior trançaram-se entre seus fios acobreados o trazendo mais próximo. Sabiamente, Edward me abraçou com um de seus fortes braços fazendo com que nossos corpos ficassem colados, completamente moldados como peças de quebra cabeça, quando ele caiu sobre as suas costas trazendo o meu corpo por cima do dele, me apertando junto a si, fazendo com que eu sentisse o calor que emanava de sua pele, do seu carinho por mim naquele momento, enquanto nos beijávamos avidamente.

No calor do momento, da paixão inocente e cheia de promessas que compartilhávamos, senti uma das mãos de Edward deslizar pelo meu corpo, roçando suavemente a lateral dos meus seios, apertando a pele exposta da minha cintura e dando um ligeiro aperto em meu bumbum. Me movi mais sobre ele, intensificando mais o nosso beijo, ansiando por um contato maior, mais íntimo. Eu sentia a sua cautela, sua calma esvaindo-se lentamente. A sua masculinidade crescia sob mim diante do contato com a minha intimidade, porém nenhum de nós estava disposto a quebrar o beijo, e ficarmos embaraçados por uma reação natural de nossos corpos, de nossos hormônios.

Mais uma vez, Edward inverteu as nossas posições para ficar pairando sobre mim, descolando assim um pouco o nosso corpo, enquanto diminuía o ritmo do nosso beijo para um mais tranqüilo e inocente, tentando diminuir a excitação que nos levava a uma viagem que se deixássemos nos levar poderia ser sem volta, e completamente inapropriada pelo momento. Por mais que ansiássemos.

Sem a minha autorização a minha mente viajou para um futuro onde eu não havia passado a minha vida adulta tendo uma paixão platônica por Edward Cullen, mas sim uma paixão correspondida, onde éramos melhores amigos, amantes, namorados e tínhamos um compromisso sólido e cheio de expectativa para o futuro: casamento, filhos, uma longa vida partilhada juntos.

Mesmo com meus olhos fechados, os senti ficando marejados com a imagem que eu sabia que nunca iria se realizar em minha mente, enquanto uma ânsia de que tudo aquilo fosse real me dominava. Eu queria aquela memória que a minha imaginação desenhava mais do que tudo na minha vida, mesmo sabendo que ela nunca se realizaria.

Determinada a não esquecê-la, apertei mais meus olhos, sentindo os lábios de Edward contra os meus enquanto sonhava com um dia de primavera comigo deitada em um cobertor no Central Park, admirando com carinho e amor um Edward adulto brincando, rindo, divertindo-se com um menininho de cabelos bronzes e olhos castanhos, e uma menininha de longos cabelos castanhos e intensos olhos verdes. Nossos filhos. A prova do nosso amor.

Mal senti os lábios de Edward separando-se dos meus, enquanto ele distribuía beijos suaves em meu maxilar, bochecha, arrastando-se vagarosamente em direção ao meu ouvido, onde o seu nariz traçou suavemente as minhas linhas, enquanto ele aspirava ao meu perfume natural com uma devoção completamente estrangeira para mim naquele momento e provavelmente em toda a minha vida. Completamente inebriada, admirada e deslumbrada por sua delicadeza, sua paixão e carinho por mim, o ouvi sussurrando uma promessa abarrotada de amor:

- Eu te adoro, Bella. Para sempre.

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Curiosidade: Nos EUA, não existe vestibular para entrar nas universidades, lá é feito o SAT (Scholastic Aptitude Test ou Scholastic Assessment Test) ele é critério para ser admitido em uma universidade, é mais ou menos o esquema do nosso [furado] ENEM. Além do SAT os alunos do 2º grau para serem admitidos nas universidades devem ter boas médias, ou participar de algum programa de esportes, dança, clube álgebra, xadrez, ou afins. Nestas avaliações feitas por essas universidades onde os alunos se inscrevem é pedido cartas de recomendações aos professores, familiares e em algumas faculdades de amigos, bem como uma redação do próprio candidato sobre o porquê de querer estudar naquela instituição. Legal, não?!

O SAT ao contrário do ENEM, é feito em apenas um dia, numa prova que tem duração de 3 horas e 45 minutos, composta de 170 questões divididas em sessões diferentes: há uma pergunta em que o aluno deve desenvolver uma resposta, tipo uma redação; 49 perguntas por escrito, 54 questões de matemática e 67 questões de leitura crítica (atualidades). Ao contrário do ENEM não precisa responder todas as questões, podendo deixar algumas para trás, cada sessão vale 800 pontos, tendo assim que o resultado máximo é 2400. Ai depende da nota de corte de cada universidade para a admissão.

Parece ser complicado, mas acho que é bem mais fácil do que o nosso ENEM ou dos inúmeros vestibulares que temos que fazer, mas, aí é questão de ideologia. Espero ter ajudado a vocês com essa curiosidade aleatória.


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Notas finais do capítulo

N/A: Own... ~ todo mundo suspira, e pega o machado para tacar na cabeça do Papai Noel que não trás um namorado desses no Natal ~ *HUAHUAHUAHUA* O que dizer desse Edward? Ele é um sonho irrealizável? Sério porque os homens não podem ser metade que ele é?! Hein?! Hein!? Cambada de sem noção! *KKKKKKKKKKKKKKK* Tudo bem que eu não tenho um namorado, mas ansiar por um assim não mata ninguém não é mesmo? Esse capítulo confesso que foi complicado para sair, agradeçam aos meus sonhos por esse fim, depois do SAT, porque definitivamente não era para ser assim! LOL
Bem, próximo capítulo vem domingo com toda a certeza, e será o capítulo sobre o Titanic. Eu juro. Sem enrolação. Semana passada eu determinei certinho quantos capítulos a fic vai ter, e para quem ainda tem curiosidade são 40 capítulos. Sim, sim, mais 17 pela frente. Vocês estarão comigo?! xD
Obrigada a todo mundo que leu, comentou, recomendou, indicou, criou teorias, me mandou inúmeros tweets, PMs, tudo. Vocês são incríveis! E aqueles que lêem, mas nem dão sinal de vida, qual é gente, eu não mordo, juro que não. Me digam o que vocês estão achando, qualquer Tô adorando ou Posta mais é incentivo, de verdade. E se vocês tiverem dúvidas não deixem de ir lá no tumblr da fic o: youngforeverlikeateenagedream me perguntem, não sejam tímidos. Esse blog foi feito para vocês se comunicarem comigo e ver como eu me inspiro para escrever a história, ok?!
Obrigada, obrigada, obrigada por tudo, sem vocês nada disso seria possível. Patti, sua linda, imensos obrigadas novamente. Nós vemos domingo com o capítulo sobre o Titanic, ok?!
Um enorme abraço e um beijo estalado na bochecha de cada um! Amo vocês!
Carol.
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N/B: Lendo o início do capítulo relembrando 2003, que fora o ano do meu vestibular para as federais, e me identificando totalmente com a Bella. Caraca, tive uma dor de estômago na véspera, nem consegui dormir e como ela fui tentar estudar alguma coisa já que o sono não vinha e a dor não me deixava relaxar rsrsrsrs.
E já que estamos falando em ingresso à universidades e afins, gostaria de desejar boa prova aos que vão fazer o ENEM no próximo domingo, e boa sorte, claro, mas sabendo que só a sorte não conta. Tenham calma e serenidade na hora de responder as questões. ;)
Coração ficou apertado nesse finalzinho, a Bella tendo um vislumbre de um futuro onde tudo seria diferente do que ela sabia que acontecera. Ela e o Edward estariam juntos, se amando, e teriam filhos. Uma pena que nem tudo seja como desejamos, que nem tudo esteja ao nosso alcance. Será que ao retornar aos 30 anos a Bella conseguirá ter o que deseja?
E aquele Para sempre no fim hein? Awwwwwww.
Mais uma vez obrigada por fazerem o sucesso que é TEENAGE DREAM. Além da Carol, que é quem escreve esta deliciosa história, isso aqui não seria nada sem vocês! Quem não escreve fanfic não imagina o trabalho que há nos bastidores. Deixem reviews e deixe-nos saber o que você está achando, quais as suas expectativas para o futuro da relação da Bella e do Edward, o que vocês acham das aparições da Prazeres, enfim, não tenham medo ou vergonha de sair um pouquinho da moita nem que seja para dar um olá.
E deem um pulinho no tumblr da fic! Está tão lindoooooooooooooo!
Fico então por aqui. Nos vemos no Titanic.
Patti xx
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Quer fazer uma pobre autora feliz? oO
Deixa uma review ou um comentário para mim, dizendo se você gostou, ou se odiou, se você tem alguma sugestão! Pois sugestões e palpites aqui são fundamentais! *.*
Ficarei encantada em ler!