Teenage Dream escrita por Sophie Queen


Capítulo 22
Thanksgiving


Notas iniciais do capítulo

Disclaimer: TWILIGHT não me pertence, muito menos a música TEENAGE DREAM, porém Edward e Bella no show do Foo Fighters, sim! Então, por favor, respeitem.
.
N/A: Olá amores...
Tudo bem com vocês? Tiveram uma semana excelente? Eu espero que sim, porque essa autora que vos fala tá cansada demais, como também frustrada. Relembrar o meu 3º ano do Ensino Médio por causa do vestibular, 8 anos depois de concluí-lo não está fácil. Amaldiçoado quem foi que inventou biologia, química, física e matemática, e as colocou em meu caminho. Vou estudar Filosofia nada disso vai ser útil a minha vida. *desabafo off*
Ain as reviews de vocês foram as mais fofa do mundo! Todo mundo se derretendo com a surpresa que o Edward fez pra Bella. Vou dizer esse menino é o sonho de consumo de 11 em cada 10 mulheres *KKKKKKKK* o meu inclusive.
Okay, ficou bem óbvio durante o último capítulo que o outtake do Edward se chamará Everlong e se alguém já deu uma espiadinha na letra deve ter capturado alguma coisa. Nossa! Falando sobre isso, lembrei que tenho duas coisas para dizer sobre isso, vamos lá:
1º) me questionaram o que seria esse outtake do Edward; bom quando a Bella voltar aos seus 30 anos (SIM, ela vai voltar), muitas coisas serão explicadas, e para dar uma pitadinha mais de curiosidade eu decidi escrever um capítulo sobre o Edward de 31 anos indo ao aniversário da Bella no pub em que ele age cretinamente com ela, lá no primeiro capítulo, lembram?! Mostrando as duas motivações para aquele comportamento diferente de como ele age aqui, no seu eu adolescente. Bom, é isso que eu posso adiantar por esse assunto.
2º) Parabéns!! Tem muitas pessoas que depois da enxurrada de dicas do capítulo passado já começaram a adivinhar mais ou menos o que aconteceu, contudo tem uma pessoa que para a minha surpresa adivinhou TUDO. Sério, fiquei chocada com isso. Parabéns por ser tão observadora. Claro que não irei dizer o nome, nem o que a pessoa disse, mas saiba que você acertou em cheio!
Sobre o capítulo: O início desse capítulo para aqueles desesperados que querem uma intimidade entre esses dois, vão se animar, mas antes que fiquem muitos animados por enquanto esse relacionamento deles não passará disso. E pra quem achou muita inocência dos pais deles aceitarem eles irem sozinhos a Seattle, entenda que Edward foi muito bem criado pelos seus pais, e que Carlisle foi bastante efusivo a respeito da viagem, assim como Charlie que afirmou que se desconfiassem de alguma coisa iriam averiguar se a Bella ainda continua virgem. E caso vocês não tenham percebido, todos no hotel estavam de olho nos dois. A primeira vez deles vai acontecer do jeito que eu quero, no momento mais que adequado. Fiquem tranqüilos.
Vou pedir para vocês mais uma vez conferirem a minha short-fic RUMOR HAS IT que tá, modéstia a parte, uma delicia de ler, o clima lá é bem leve e engraçado. Vale à pena. ;D
Obrigada a todas as reviews, comentários, recomendações, indicações, as manifestações no twitter, Deus... vocês são incríveis! Obrigada por isso tudo. Chega de enrolar, vocês querem ler o capítulo...
Boa leitura. ;D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/108737/chapter/22

CAPÍTULO 22 – Thanksgiving

.

Não querendo soar clichê ou muito menininha, mas a sensação de dormir com os braços de Edward em torno de mim, me aquecendo, me abraçando, me confortando e principalmente me protegendo é algo inexplicável. Porém, tal sensação só não era maior do que acordar e ver seus olhos verdes brilhantes e seu sorriso incerto direcionados a mim. Era como se, assim como eu me sentia, ele se sentia tão feliz quanto, por somente eu estar em seus braços.

- Oi. – murmurei ligeiramente envergonhada, mas sem desvincular meus olhos dos seus. Um sorriso tímido brotou nos cantos da minha boca.

- Oi. – repetiu, me apertando mais em seu abraço, fazendo com que seu calor me aquecesse não só por fora como também por dentro, enquanto depositava um beijo inocente e singelo sobre meus cabelos.

Ficamos longos momentos assim, apenas abraçados. Meu rosto em seu peitoral, ouvindo as batidas cadenciadas de seu coração e os movimentos preguiçosos que a sua respiração fazia em seu peito. Suas mãos eram delicadas sobre os meus cabelos, acariciando cada onda castanha escura que se estendiam por eles. Estávamos completamente em paz. Eu sentia meus olhos pesando, me carregando mais uma vez para o torpor dos sonhos.

Suas mãos quentes agora não estavam mais em meu cabelo, mas sim fazendo círculos preguiçosos em minha cintura. Me aproximei mais dele – se é possível – sentindo o seu perfume, seu calor, seu corpo contra ao meu, livre de pensamentos, de dilemas, de medos, somente aproveitando a calmaria de estar com Edward. Todavia, seus lábios voluptuosos e ansiosos tinham outra ideia, pois os sentia dando leves beijos em minha face, ou apenas roçando contra a minha pele, contra meus lábios.

Um sorriso amplo surgiu em meu rosto, que ainda mantinha os olhos fechados. Quando senti pela segunda vez seus lábios contra os meus, desta vez, contudo, sua língua fazia um contato quase que imperceptível com a pele seca de minha boca. Ele também sorriu a me ver sorrir com a sua investida, e sem mais delongas aprofundamos o contato em um beijo calmo, mas não menos sôfrego. Não importava se havíamos acabado de acordar e estivéssemos com um hálito horrendo, eu não podia me preocupar menos com isso. O fato de beijar Edward desta maneira ao acordar era o suficiente, e parecia que para ele também bastava.

Por mais que não fosse a nossa intenção, o beijo, eventualmente, tornou-se mais intenso, mais luxurioso, mais urgente. Meu corpo já não estava ao lado de Edward, mas sim sobre ele. Suas mãos deslizavam por meu corpo sem nenhuma hesitação, eu podia sentir o calor delas sobre o tecido fino do meu pijama, ou quando ele tocava a parte das minhas costas que estava desnuda, porque a camiseta que eu usava havia subido, contudo não me preocupava com isto.

Minhas mãos, em contrapartida, trançavam-se entre seus cabelos acobreados, massageando o seu couro cabeludo ou então puxando os fios em um gesto tão instintivo que nem sabia o porquê fazia. Nossas bocas ainda eram o mesmíssimo encaixe de sempre, nossos lábios correspondia o outro na mesma intensidade, nossas línguas eram tranqüilas na tarefa de se acariciarem, e nossos dentes nas eventuais aparições eram ridiculamente suaves, dando mordidas quase que imperceptíveis.

Um calor veemente começou a me tomar, e acredito que a ele também. O edredom branco que havia nos aquecido durante toda a noite, logo foi descartado, caindo inutilmente ao lado da cama. Nossos beijos continuavam intensos, nossas mãos continuavam ávidas pelo contato. Eu tentava cada vez mais colar os nossos corpos. Por mais que estivesse sobre Edward, a proximidade parecia não ser suficiente. Inesperadamente ele inverteu as nossas posições, ficando sobre mim, mantendo a sofreguidão, urgência, necessidade de nossos beijos, assim como a ânsia de nossos corpos ficarem colados, unidos, fundidos.

Não deveria ter sido uma surpresa para mim, mas foi, em determinado momento, diante do intenso beijo que partilhávamos, algo inesperado começou a cutucar meu estômago, e completamente na inocência, minha mão foi até o lugar para retirar o que me incomodava. Contudo, para o meu choque e a completa vergonha do meu namorado, quando eu toquei o que me cutucava incomodamente descobri ser... oh meu Deus!

Tão rápido como afastei minhas mãos daquilo, vi Edward afastando-se de mim, levantando-se da cama completamente esbaforido e com as bochechas vermelhíssimas totalmente envergonhadas por uma reação, acredito eu, natural do seu corpo. Seus olhos verdes estavam arregalados em terror, e o travesseiro que ele havia levado consigo quando saiu da cama, tentava cobrir a causa do nosso desconforto.

Eu sentia as minhas bochechas quentes e provavelmente rubras, meu olhar tentava focar só no rosto de Edward, mas o pânico de suas feições me deixava ainda mais desconfortável com o que havia acontecido. Ficamos por longos minutos nos encarando, com olhares que transmitiam o nosso constrangimento sobre o que havia acontecido. Nossas respirações estavam completamente arfantes e irregulares.

- Desculpa por isso Bella. – recitou ainda envergonhado minutos depois. – É que... eu não tenho controle sobre isso? – explicou soando mais como uma pergunta do que uma desculpa. – É eu vou... hum... er... – balbuciou, segurando o travesseiro na frente de seu corpo, apontando desconfortavelmente ao banheiro.

- O-ok. – concordei com um aceno de cabeça, sentindo minhas bochechas ficarem mais vermelhas do que elas já se encontravam. Com um sorriso tímido, ele correu para o banheiro fechando a porta assim que passou por ela.

Um suspiro que nem sabia que estava segurando escapou por meus lábios. Deus... Edward ficou... excitado enquanto me beijava? Que realidade absurda é essa que uma coisa destas acontece? E por que raios eu me sentia desconfortável com tudo isso? Tudo bem, o meu corpo poderia ser de uma adolescente de 17 anos, mas a minha mente não. A minha cabeça era de uma mulher de 30 anos, que há muito tempo não se sentia intimidada porque um cara ficou... hum... animado quando estava comigo. Mas então, por que agora eu me sentia desta maneira?

Tecnicamente eu já havia perdido a minha virgindade em algum momento que eu não me recordava ao certo, como também tivera alguns parceiros sexuais nos últimos anos, mas por que de repente me sentia completamente embaraçada e atordoada com o que havia acontecido? Minha cabeça gritou para mim o motivo, ecoando a sua voz continuadamente.

Edward.

O fato de ser Edward quem havia ficado naquele estado é que deixava tudo irreal. Afinal, era ninguém mais ninguém menos que Edward Cullen, o cara com quem eu havia sonhado acordada, dormindo e até mesmo quando não queria pelos últimos 16 anos. Deus! 16 anos. Desde os meus 14 anos eu já nutria essa paixão platônica por ele.

Uau. Esse meu sonho se mostrava a cada dia mais audacioso.

Evitando, sei lá por que, pensar no que havia acontecido, saí da cama que agora poderia ser chamada de ‘local do crime’ e fui até onde estava a minha bolsa, trocando rapidamente a minha roupa por uma calça jeans, uma camiseta de manga comprida branca e um casaco – desconhecido por mim – listrado em azul e branco. Calcei meus all stars pretos e guardei a roupa que havia usado no show na noite anterior, assim como meu pijama, na pequena mochila.

Passei uma escova pelos meus cabelos, os amarrando em um rabo de cavalo frouxo, e com a minha necessaire em mãos sentei na cama que supostamente deveria ter dormido e aguardei Edward sair do banheiro para que eu pudesse fazer a minha higiene pessoal. Felizmente ele não demorou a sair do banho, com cabelos molhados e vestindo o seu pijama, uma vez que ele fora tão rápido para o banheiro que nem tivera tempo de levar uma troca de roupa. Dei um sorriso apologético para ele, que foi retribuído e corri para o banheiro fechando a porta, dando privacidade não só para mim, como também para que ele se trocasse.

Demorei mais do que o necessário no banheiro, dando tempo o suficiente para que Edward se trocasse. Ainda um pouco constrangidos pelos recentes acontecimentos, descemos ao salão do hotel para comermos nosso desjejum. Felizmente, com comida em nossos estômagos, o desconforto pelo que tinha acontecido mais cedo parecia ter se esvaído, e rindo e falando coisas aleatórias como muitas vezes fazíamos, pegamos as nossas coisas e logo estávamos em seu Volvo retornando a Forks.

Edward deixou-me em casa logo depois das duas da tarde, me dando um beijo que nem de longe chegava próximo ao que havíamos excedido na parte da manhã, afirmando que nos veríamos amanhã, quando ele fosse me buscar para ir à escola. Para a minha imensa surpresa, o domingo passou num piscar de olhos, e inesperadamente eu já estava acordando na manhã seguinte para ir à escola.

Os dias seguintes passaram rápidos e tranqüilos, algo que me perturbava, apesar de tudo. O feriado de Ação de Graças se aproximava velozmente, e em uma não tão surpresa conversa, soube que este ano minha família se uniria aos Hale, e juntos passaríamos o feriado na casa dos Cullen. Claro que a ironia da coincidência não passava despercebida já que um Swan namorava uma Hale, um Hale namorava uma Cullen, e um Cullen namorava uma Swan. Se tivéssemos combinado tal circunstância, tal fato nunca se realizaria.

Oh, claro. Alice e Jasper haviam assumido o esperado namoro que persistiria até quando ficassem adultos, tendo uma breve pausa ocasionada pelo destino quando os dois seguiram caminhos separados, Jasper indo ao Afeganistão depois ao Iraque com o exército americano, e Alice indo a Paris estudar em uma renomada escola de moda. No futuro de 2010 eles haviam encontrado-se a pouco mais de 3 anos, e desde o reencontro nunca mais se separaram, por mais que no tempo em que estiveram separados eles mantivessem contato por cartas e emails.

De qualquer maneira, uma semana antes do Thanksgiving, Jasper fez oficialmente o pedido, e evidentemente, sem nenhuma surpresa – pelo menos para mim -, Carlisle e Edward não deixaram o caminho fácil para o loiro. Depois que os três conversaram sozinhos no escritório de Carlisle enquanto eu e Esme tentávamos acalmar uma nervosa Alice, só provou que os dois homens da família Cullen eram mais ciumentos do que meu pai e Emmett juntos.

O rapaz de origem texana parecia que tinha visto um fantasma de tão branco e pálido que ele estava, sem contar que apesar do frio ele suava em bicas. Pobre Jasper. Acredito que se ele não gostasse realmente muito de Alice, nunca teria aceitado tamanha loucura, porque Edward era muito mais ciumento em relação à irmã do que eu poderia sequer imaginar. Quem diria, não é mesmo?

De qualquer maneira na quinta-feira por volta do meio dia, eu, meus pais e meu irmão nós apertávamos no carro da minha mãe que era conduzido pelo meu pai em direção a enorme casa dos Cullen do outro lado da cidade. Apesar da recusa de Esme, que afirmou que iria ter o maior prazer de preparar todo o jantar de Ação de Graças, minha mãe insistiu, e desta maneira o aroma delicioso de sua torta de Noz Pecan e outra de abóbora, assim como o cheiro inconfundível dos cogumelos recheados, de longe o meu prato preferido feito pela minha mãe, preenchiam o carro deixando tanto eu quanto Emmett mais esfomeados do que já estávamos.

Os Hale já se encontravam na casa dos Cullen quando chegamos, e enquanto a minha mãe se unia a Esme e Melanie na cozinha para terminar os preparativos do jantar, Emmett e meu pai se juntavam a Carlisle, Edward, Jasper e Henry, pai de Rose, para assistirem ao jogo da NFL que passava no canal de esportes. Somente falando um oi alto para os dois grupos que estavam muito entretidos no que faziam, segui para o segundo andar da casa, sabendo perfeitamente onde poderia encontrar minhas amigas. Ao chegar próxima ao quarto da Mestre dos Magos, da minha melhor amiga, eu já podia ouvir ela e Rosalie conversando animadamente.

- Uau! Você está usando vestido! – se surpreendeu Alice quando entrei no quarto, comentando da minha escolha em vestir um vestido xadrez preto e branco, justo no corpo e evasê na saia, que minha mãe havia me dado no dia anterior.

- Eu sempre uso vestidos Alice. – repliquei ligeiramente incomodada com o comentário da minha amiga. – E vocês também estão usando vestidos. – comentei vendo que tanto ela, quanto Rosalie usavam vestidos.

- Nós sempre usamos vestidos. – respondeu divertida Rosalie, rolando seus olhos como se aquilo fosse óbvio e o fato de eu estar usando vestido algo de outro planeta.

- Qual é Bella? Para cima de mim? – desdenhou uma divertida Alice, rindo acompanhada de Rosalie. – Acha que eu não reparei que depois que você começou a namorar Edward passou a usar muito mais saias e vestidos? – completou maliciosamente. – Se eu soubesse que meu irmão iria te fazer tão bem na questão de roupas, teria mexido meus pauzinhos para esse relacionamento ter começado antes.

- Nada a ver esse seu comentário. – disse dando de ombros e me juntando a elas na grande cama rosa em que estavam sentadas conversando.

- Bom, pelo menos em algum aspecto ela ainda é a nossa Bella. – divertiu-se Rosalie lançando um olhar reprovador para o tênis all star de cano alto branco com detalhes em preto que eu usava.

Rolei meus olhos em descaso pelo comentário delas.

- Mas do que vocês estavam falando antes de começarem a comentar sobre a roupa que eu estou usando? – perguntei fingindo irritação, o que fez as duas rirem genuinamente.

- Sobre o trailer de um filme que passou ontem no cinema. – respondeu Rosalie dando de ombros. – Com o Leonardo DiCaprio. – suspirou apaixonadamente.

Oh claro, como eu pude esquecer. A Rosalie de 17 anos tinha paixonite quase que doentia pelo Leonardo DiCaprio. Paixonite esta que só ficou pior depois do sucesso estrondoso de Titanic. Imediatamente meus pensamentos paralisaram e eu encarei minhas amigas atordoadas.

- E que filme seria esse? – perguntei desconfiada, porque eu já sabia a resposta.

- Titanic! – exclamaram em alto e bom som.

Senti um arrepio passar pelo meu corpo, não porque eu odiasse o filme, mas sim porque eu o assisti tanto na companhia destas duas malucas que até mesmo sabia frases completas do Jack e da Rose, sem contar é claro, a maldita música da Celine Dion que tocou até que a última alma da terra soubesse cantar ‘My heart will go on’. Droga. Só de pensar nesta música já começo a ouvi-la no meu subconsciente.

“Near, far, wherever you are. I believe that the heart does go on. Once more, you open the door, and you’re here in my heart. And my heart will go on and on…” – voz extremamente aguda e desafinada da minha consciência de 30 anos cantou alegremente, ecoando a maldita canção que eu estava fazendo um esforço hercúleo para afastar dos meus pensamentos, mas falhando miseravelmente.

Essa música consegue superar a breguice de ‘Un break my Heart’ da Tony Braxton, sem contar que essa maldita Estraga Prazeres conseguia ser mais troll do que eu às vezes.

“Bella, Bella, já disse, somos a mesma pessoa sua tonta. Se eu sou troll pode ter certeza que você é mais.” – divertiu-se cheia de deboche.

Sério, existe criatura mais inconveniente do que essa? Provavelmente não. Eu ainda cometeria um assassinato mental.

- Hum... e quando iremos assistir esse grande filme? – perguntei, tentando controlar o sarcasmo em minha voz.

- Dezenove de dezembro. Nós vamos, no primeiro dia. E nem adianta olhar com essa cara Bella. – alertou Rosalie vendo que eu iria contestar.

Suspirei pesadamente. Óbvio que eu não conseguiria ver-me livre disso. Se eu não consegui me livrar da primeira vez, evidentemente que eu não conseguiria da segunda. E o sonho começa a virar pesadelo mais uma vez...

“Paranóia, Swan!” – gritou a Prazeres de seu canto em minha mente. – “Alerta paranóia!”

Após o assunto Titanic ter rendido, eu e as minhas amigas começamos a falar sobre coisas aleatórias, rindo alto das coisas mais imbecis que poderíamos dizer ou sequer pensar. Estávamos nos divertindo, mas o aroma do alimento que nossas mães preparavam na cozinha parecia vagar por toda a casa, aumentando a fome que sentíamos. Eu mesma sentia o meu estômago roncando.

Felizmente Esme logo nos gritou, afirmando que o jantar estava pronto. Como não havia cumprimentado Edward muito bem quando cheguei, por ele estar concentrado no jogo dos Giants, aproveitamos um minutinho afastados de toda a nossa família para nos cumprimentar adequadamente, com um beijo intenso e um abraço cheio de carinho.

- Você está linda. – sussurrou em meu ouvido. Imediatamente senti minhas bochechas ficando completamente rubras pelo elogio. Por mais que ele sempre me elogiasse, nunca conseguia me acostumar com esses elogios.

- Obrigada. – murmurei timidamente enquanto ele enlaçava nossos dedos e seguíamos para a sala de jantar que estava tomada por todos nossos familiares e amigos, assim como toda a fartura de comida preparada por Esme, Melanie e minha mãe que enchia os olhos de qualquer pessoa tamanha a beleza daquele jantar de Ação de Graças.

O enorme peru, o molho de cranberry, as tortas de frango e legumes, os purês de batata e abóbora, os cogumelos recheados, as berinjelas à parmegiana, as batatas-doce caramelizadas, o milho refogado, espinafres aos montes, saladas diversas, legumes cozidos, pão feito em casa. Era impressionante a quantidade de comida que se estendia pela enorme mesa dos Cullen, e mesmo estando abarrotada ainda sobrava espaço para os nossos pratos e as bebidas que estavam espalhadas – vinhos para os adultos, refrigerantes e sucos para os adolescentes.

- Mãe, vamos começar a passar todos os Thanksgiving aqui. Olha só que coisa mais linda tá esse peru da Sra. Cullen. – falou meu irmão salivando, fazendo com que todos rissem menos a minha mãe que dava um tapa ardido nas mãos dele que pareciam atraídas pela enorme ave.

- Emmett Swan! Modos. – pediu Renée envergonhada pela completa falta de educação do meu irmão.

- Acho que deveríamos começar a dar graças pelo ano, certo? – interferiu Carlisle, que pela forma que olhava para o imenso peru estava tão esfomeado quanto Emmett.

Desta maneira sucedeu-se cada um agradecendo o ano que teve, as pessoas presentes, o alimento que iríamos comer, a Deus, as conquistas durante o ano, tudo o que poderíamos agradecer. Henry, o pai de Rosalie, que era um importante advogado, fez um agradecimento emocionante, de deixar todos arrepiados. Em contrapartida, Emmett com o seu jeito brincalhão, fez um com que todos rissem. Alice fora outra que conseguira fazer com que todos rissem ao agradecer marcas de roupas e até mesmo as Spice Girls por existirem.

- Eu quero agradecer – começou Edward animadamente se pondo de pé em frente à mesa. – a minha família por sempre me dar apoio, estar presente e principalmente aceitarem o que eu quero para o meu futuro. Ao meu pai por ser um dos meus melhores amigos, a minha mãe por ser uma mulher excepcional, a minha irmã Alice por ser irritante e única – logrou o ruivo, enquanto Alice mostrava a língua para o seu irmão em brincadeira. -, agradeço também o fato que os spartans estarem conseguindo fazer um campeonato brilhante, traçando desde já um futuro incrível para todos nós quando acabarmos a escola. Aos meus amigos que sempre estão comigo, me fazendo rir, companhia e às vezes me dando conselhos bobos. – ele deu uma encarada em Jasper e depois em Emmett, que riam divertidos de algo particular deles.

“Aos nossos convidados por estarem aqui e por sempre me tratarem como um membro de sua família quando vou às suas casas.” – ele sorriu em direção a Melanie e Henry e depois ao meu pai e minha mãe. – “Mas esse ano, eu quero agradecer ainda mais a Charlie e Renée, por terem colocado a garota mais linda desse universo no mundo,” – disse sorrindo em minha direção e depois aos meus pais, voltando os seus olhos verdes para encontrar os meus castanhos. – “e principalmente ao fato dela estar comigo, sendo a minha namorada.” – sorriu torto, dando uma imperceptível piscadela em minha direção.

“Por último e não menos importante, quero agradecer a Bella,” – falou o meu nome com suavidade, fazendo com que a minha pele se arrepiasse por completo e um sorriso apaixonado brotasse em meu rosto. – “por ser tão minha amiga, a pessoa que me faz perder o ar, que me faz sorrir, que domina todos os meus pensamentos. Tudo.” – disse dando de ombros e enterrando suas mãos no bolso de sua calça jeans. – “Bem é isso.” – terminou com as bochechas levemente rubras, mas com um sorriso amplo em seu rosto.

Um sorriso pateta e completamente apaixonado dominava o meu rosto. Minha visão estava embaçada, tamanha a minha emoção com as palavras do ruivo. Assim que tornou a se sentar na cadeira ao meu lado, não consegui me conter e dei um beijo estalado na bochecha avermelhada de Edward, que repetiu o gesto em mim. Foi inevitável que não me encolhesse minimamente envergonhada, eu sabia que todos estavam encarando nossa interação.

Ainda completamente tímida me pus de pé, encarando o rosto de todas as pessoas da mesa. Algumas eu conhecia bem na minha vida adulta, outras nem tanto, como no caso de Henry, pai de Rosalie, que falecera algumas semanas depois que começamos a faculdade. Mas mesmo assim, durante todo o tempo que conheço a esposa do meu irmão, ela nunca deixou de lembrar-se do pai com orgulho, dizendo que ele foi o melhor exemplo em toda a sua vida.

- Bem – comecei com a voz miúda, mas dando uma leve tossida para deixá-la um pouco mais alta. -, eu quero agradecer a todos vocês por estarem presentes em minha vida. Aos meus pais, ao meu irmão, aos meus amigos e seus pais. Hum... er... a tudo que está acontecendo na minha vida neste momento. – balbuciei esta última parte meio incerta, por não saber se deveria ou não agradecer o fato de estar com 17 anos outra vez.

“E também quero agradecer a Edward, por ser tudo o que ele é.” – o ruivo olhou intensamente para os meus olhos com seu genuíno e paralisante sorriso torto, que por mais que eu retribuísse o geste naturalmente, sentia minhas bochechas e orelhas ficando mais rubras do que elas já estavam. – “Edward tem sido meu amigo, meu porto seguro. Agradeço por ele me fazer perder o ar, consumir meus pensamentos. Tudo.” – disse dando de ombros, completamente acanhada enquanto repetia as suas palavras fazendo com que ele ampliasse ainda mais o seu sorriso.

Mais envergonhada do que nunca pela atenção de todos em mim e Edward, tornei a sentar na minha cadeira abaixando o meu rosto para esconder o vermelhão de minha face. Contudo, a ação foi completamente interrompida por meu namorado, que ignorando o fato que estávamos em frente a outras pessoas, inclusive os nossos pais, deu um beijo suave e apaixonado em meus lábios. Por mais que sentisse os olhos de todos em nós, não me importei. Edward estava do meu lado e enquanto isso acontecesse, eu estava mais do que bem.

O jantar de Ação de Graças decorreu tranquilamente com todos fartando-se da saborosa comida, enquanto conversas paralelas assomavam-se aos sons dos talheres, das porcelanas e dos copos. As travessas que antes estavam abarrotadas de comida, agora se encontravam quase vazias. Todos pareciam empanturrados. Mas depois que Esme, minha mãe e Melanie retiraram as sobras do jantar e trouxeram as sobremesas, ninguém foi capaz de recusar os doces que nos enchiam os olhos.

Emmett e Rosalie foram os primeiros a deixar a mesa, dizendo que iam dar uma volta pelos jardins. Alice e Jasper foram logo em seguida, para refugiarem-se na sala de televisão no segundo andar. Charlie, Carlisle e Henry retornaram a sala para saborearem um conhaque enquanto suas esposas retiravam a mesa. Edward enlaçou seus dedos aos meus e me guiou lentamente até o sótão, onde ficava o seu quarto.

Sentindo o meu estômago pesado, literalmente me joguei sobre o sofá de couro negro, ficando praticamente deitada. Edward sorriu torto diante do meu comportamento, que para variar, comecei a reclamar que havia exagerado por comer demais e que agora teria que ficar semanas sem comer. Drama feminino épico de sempre, como ele chamava quando me comportava desta maneira.

O ruivo, que seguira para o seu aparelho de som onde escolhia algum CD para ouvirmos, retornou ao sofá me dando um suave beijo nos lábios no mesmo segundo em que a poderosa voz de Freddy Mercury preencheu todo o ambiente cantando os maiores sucessos do Queen.

Como estava praticamente deitada sobre o sofá, Edward sentou quase na ponta, próximo da minha cabeça, a colocando sobre suas pernas. Suas mãos suaves acariciavam as minhas madeixas castanhas, quase me embalando no sono. O seu corpo estava em uma posição estranha, o que fazia com que nossos rostos ficassem próximos. As duas esmeraldas de seus olhos brilhavam para mim de forma intensa e enamorada, os meus retribuíam o sentimento na mesma intensidade.

Um sorriso no canto de seus lábios me deixava mole, e sem ter plena consciência eu sorria da mesma maneira para ele. Uma de suas mãos afastara-se dos meus cabelos e agora brincava com os dedos da minha mão, massageando, enlaçando-os e às vezes levando aos seus lábios dando serenos beijos. Eu me sentia tão feliz, que por mais que eu pensasse não conseguia recordar um momento de minha vida que senti tamanha felicidade.

- O que foi? – ele perguntou baixinho deslizando seu dedo indicador por minha face.

- Nada. – sorri. – Só estou me sentindo feliz. – disse levando a minha mão ao seu rosto e acariciando.

- Eu também estou me sentindo feliz. – falou com um sorriso enviesado e sedutor aproximando seus lábios dos meus para em seguida capturar em um beijo sôfrego, mas calmo, completamente apaixonado.

Não houve aquela urgência desesperadora para que nossas línguas se tocassem ou então para que nossos dentes participassem daquele ato. Tudo era muito calmo, muito tranqüilo, sereno, complacente. Perfeito. Eu sentia meu coração batendo acelerado em meu peito, mas até mesmo a velocidade como as asas de um colibri era cadenciada. Minha respiração estava normal, assim como a de Edward, e nem para tomar ar precisávamos nos separar. Não sei dizer por quanto tempo ficamos ali apenas nos beijando naquela calma estrangeira para nós, que sempre ficávamos afoitos em nossos beijos.

Poderia ter passado horas ou apenas minutos, o tempo simplesmente não nos era importante. Lentamente nos separamos, encarando os olhos um do outro com devoção. Edward sorria em minha direção, com mais uma vez seus olhos brilhantes, e eu sentia que o meu rosto era uma cópia do seu.

- Feliz dia de Ação de Graças, Bella. – murmurou sedutoramente.

- Para você também, Edward. – repliquei sorrindo. – Obrigada por isso. – dei de ombros. Ele ampliou o seu sorriso, colando em seguida nossos lábios mais uma vez em um beijo calmo e cheio de palavras não ditas.

Nunca poderia existir um Thanksgiving mais perfeito que aquele, e diante de tantos agradecimentos eu tinha apenas um para fazer:

Obrigada por essa chance de reviver esse momento.

.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

N/A: Oh meu Deus!! Que coisa mais fofinha esses dois! Até mesmo eu me surpreendo a cada capítulo com eles, nunca imaginei que um dia ia conseguir escrever tanta fofurice!
Bem... pelos próximos 3 capítulos esse clima leve e fofo vai continuar, mas não sei se será o mesmo lá pra frente, sabe como é... TIC TAC... TIC TAC.... o relógio daqui tá correndo contra a Bella... mas o que será que vem?! Algum palpite?!
Hoje eu não tenho muito que dizer, porque acho que o capítulo fala por si próprio... no próximo esses fofos vão ao cinema ver Titanic, e quem quer apostar que vai rolar muitas historinhas, ceninhas de ciúmes fofas?! Ahhh, qual é gente?! Eu posso fazer isso aqui! *HUAHUAHUAHUAHUA*
Obrigada a todos que toda semana estão aqui comigo acompanhando a história, vocês que são o estímulo para continuar, e continuar, e continuar até o fim! Obrigada incondicionalmente aqueles que comentam, recomendam, indicam... vocês que fazem dessa fic o que ela é, e por isso sou grata a vocês! Patti, obrigada mais uma vez por estar sempre aqui comigo me ajudando, você baby é responsável por esta fic tanto quanto eu. ;D
Nos veremos no próximo domingo, no mesmo lugar de sempre! ;D
Boa semana e bom feriado a todos.
Beijos,
Carol.
.
N/B: Levanta a mão quem acha que a Bella deveria ter aproveitado que tocou lá e checado o tamanho do material. Haushuahsuhaushauhsuahshuahsuas. Ai, essa Bella me diverte!
Deus, Titanic!!!! Não foi só a Bella que ficou arrepiada! Não consigo contar em uma mão as vezes que fui ao cinema ver o filme, e AAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHH Também era fã do Leo DiCaprio na época. Tinha pastas e mais pastas com fotos, revistas, pôsteres! Jesus, que fase boa! Bem, eu ainda gosto dele atualmente, mas pelo excelente trabalho como ator, que eu o considero como um dos melhores da atualidade, principalmente depois de vê-lo em Prenda-me Se For Capaz!
E sim, My Heart Will Go On, tocou até grudar que nem chiclete. Quem não virou fã da Celine Dion na época depois do sucesso barulhento de Titanic? Até CD dela ainda tenho kkkkkkkkkkk
Bons tempos! Que não voltam....
O que dizer do Thanksgiving? Uma das partes mais lindas dos dois juntos que acredito eu que só irá perder para a primeira vez, que eu tenho certeza que irei morrer lendo quando finalmente acontecer. Eles estão cada vez mais envolvidos, mais apaixonados e em breve mais íntimos. Também já deu para perceber após o final que não tardará o eu te amo. Ai, ai...
Que tal encher o capítulo de reviews carinhosos, assim como fora o capítulo?
Obrigada por lerem! E Carol, você está em deixando viada com esses agradecimentos *shame*shame*. Eu que agradeço a oportunidade de ser beta disso aqui! É com um enorme prazer que faço!
Uma ótima semana e bom feriado.
Patti xx
.
Quer fazer uma pobre autora feliz? oO
Deixa uma review ou um comentário para mim, dizendo se você gostou, ou se odiou, se você tem alguma sugestão! Pois sugestões e palpites aqui são fundamentais! *.*
Ficarei encantada em ler!