Teenage Dream escrita por Sophie Queen


Capítulo 21
Só nós dois


Notas iniciais do capítulo

Disclaimer: TWILIGHT não me pertence, muito menos a música TEENAGE DREAM, porém Tanya tomando um banho de tinta roxa, sim! Então, por favor, respeitem.
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N/A: Olá amores...
Como todos passaram a semana?! Curtindo Rock in Rio em casa como essa autora ainda gripada que vos fala?! Oh sim, eu ainda estou sofrendo com a mesma gripe da semana passada, acreditem se quiser.
Eu ri demais com as reviews de vocês, apesar da diminuída que deu. Achava que só eu, Alice e Rosalie fossemos vingativas, mas vocês... Deus... vocês são cruéis demais com a Tanya! *HUAHUAHUAHUA* Sem contar que todo mundo tá com a pulga atrás da orelha com as reflexões da Bella. Como já disse um milhão de vezes: Edward não voltou aos 17 anos como a Bella, e ela não mudará em nada o futuro em que vive, ou que acontece/aconteceu com seus amigos, só com ela será alterado, então parem de ficar achando isso gente, é sério não é esse o mistério, é algo mais óbvio. LOL
Sobre esse capítulo... acho que muita gente vai odiá-lo em sua metade, mas irão amar o final pedindo uma intimidade, que já aviso: não virá no próximo capítulo, vai demorar um pouquinho ainda galera. Paciência, essa não é uma fic de lemons e sim do crescimento pessoal de uma adolescente e de uma mulher de 30 anos que ainda sofre com o que não lhe aconteceu quando tinha 17 anos. Tenham consciência disso.
Como eu já havia adiantado capítulo passado, neste capítulo eles foram ao show de uma das bandas que eu, Carol, adoooro, e que por uma acaso uma música desta banda, que eu cito neste capítulo que dá nome ao outtake que será escrito na visão do Edward para o aniversário de 30 anos da Bella. Será que vocês conseguiram adivinhar que canção é?! Será que vocês tão começando a compreender o mistério da história? Quero ver vocês me contando nas reviews.
Antes de deixá-los com o capítulo vou fazer uma breve propaganda para uma short-fic que eu comecei a postar hoje chamada RUMOR HAS IT, bem ela é completamente diferente de TEENAGE DREAM, primeiro capítulo (que é esse on) tem uma enorme lemonada, então depois que terminarem aqui corram para lá, basta ir ao meu perfil e localizar a história.
Bem, vou ficando por aqui, porque vocês querem ler o capítulo. Obrigada por estarem sempre comigo, me incentivando a continuar esta fic. Vocês são incríveis!!
Agora... Boa leitura. ;D
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CAPÍTULO 21 – Só nós dois

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Os dias seguintes ao Halloween passaram-se tranqüilos, ou tranqüilos na medida do possível. Uma semana depois da festa promovida por minhas melhores amigas e do banho de tinta roxa que Tanya havia tomado, ela ainda carregava não só em sua pele branca, como também em seus cabelos avermelhados vestígios da vergonha que passara. O seu olhar assassino em direção a Rose, Alice e consequentemente a mim, era de fazer qualquer pessoa temer. Eu temia. Alice e Rose não, para o meu desespero.

Até mesmo Edward com toda a sua calma e galanteios característicos tentou me convencer de que eu estava fazendo uma tempestade num copo d’água, e que Tanya e as plastics não iriam fazer nada contra nós, ou contra mim. Por mais que eu gostaria de acreditar em suas palavras, eu simplesmente não conseguia. O peso da verdade, da realidade da qual a minha mente de 30 anos vive, sabe que de nada adiantaria no futuro aquelas palavras tranqüilizadoras.

E não me venha com essa história de pensamento positivo, de que se eu estou vivendo isso novamente com toda a certeza irei mudar o futuro; esta sentença é tão ridícula quanto achar que em 2010 estamos andando em carros voadores como os Jetsons faziam no desenho. Veja que estamos tão longe de ter carros voadores nos anos 2000, quanto para descobrirmos a cura da AIDS. Para se ver: pensamento positivo na minha situação, só traz falsa sensação de segurança.

Nem mesmo o fato de saber que Emmett e Edward haviam voltado às boas, depois que o baque do nosso namoro finalmente começou a fazer sentido para meu irmão, melhorou meu ânimo. Alice e Rose, perceptivas e conhecedoras de mim, notaram que eu estava preocupada com alguma coisa, mas se elas sabiam o que era nunca falaram, apesar de exigirem que eu me doasse mais durante os treinos das cheerios. Edward era outro que fazia malabarismos para tentar me animar, ficando o máximo de tempo que podia ao meu lado, mesmo com seus horários apertados com os treinos do football que exigiam dele cada vez mais.

Fora na noite de quinta-feira que as coisas ficaram um pouco diferentes por assim dizer. Edward, como sempre, foi em casa depois do seu treino para jantar comigo e com os meus pais. Entretanto, quando o meu pai chegou da delegacia por volta das sete da noite o ruivo pediu gentilmente para lhe falar em particular. Dizer que fiquei curiosa é um eufemismo idiota, eu estava ensandecida para saber o que meu namorado gostaria de conversar pessoalmente com o meu pai, o Chefe de Polícia, e quando os dois se acomodaram na mesa para o jantar, alguns minutos depois, compartilhando risadas e comentários aleatórios sobre esportes, fiquei meio aliviada, meio intrigada.

O que será que Edward queria falar com meu pai? Por que não podia falar na minha frente?

“Alerta paranóia, Swan!” – ecoou a voz da Prazeres distante em minha mente, trazendo-me a realidade. Oh sim, apesar de odiar na maioria das vezes essa minha consciência, eu a ouvia como um guia, uma irmã mais velha, porque querendo ou não a ordinária sempre tinha razão em suas palavras grossas e que tinham o efeito de me fazer perceber que esse sonho era algo meu, fruto da minha imaginação, e como ele nunca iria mudar nada no futuro eu deveria aproveitá-lo ao máximo.

Tentei questionar Edward sobre o que ele conversou com Charlie, mas tão bem quanto Alice, o ruivo conseguia fazer com que eu esquecesse minhas perguntas com uma facilidade inexplicável, dando beijos suaves ou me mostrando alguma banda nova que ele havia descoberto recentemente. Escusa-se dizer que ele sempre era muito eficiente na tarefa de me distrair e depois eu sequer lembrava o que havia lhe questionado.

E nem mesmo quando o acompanhei até a varanda de casa, aproveitando para beijá-lo com mais animação, o incentivando a se render a mim, contando-me o que conversou com meu pai, conseguiu esquivar-se respondendo que em breve eu saberia.

Já disse que odeio surpresas? Pois é... eu as odeio.

Sexta-feira passou em um piscar de olhos. Os spartans fizeram um jogo memorável contra os Sharks de Seattle, se consolidando na primeira posição do campeonato estadual, e Edward obviamente como artilheiro do mesmo. Alguns olheiros das grandes universidades do país, que vieram acompanhar o jogo e especular quais atletas que gostariam de levar as suas instituições, mostraram demasiado interesse em Edward, afirmando que ele já estava com uma bolsa de estudos para qualquer faculdade que ele quisesse 100% garantida.

Como se o futuro dele fosse uma dúvida? Jogando em plena forma como ele estava em nosso senior year, não me admira que ele tenha conseguido ingressar na NFL antes de encerrar o seu contrato com o time da universidade durante as playoffs do seu penúltimo ano, e com apenas 31 anos, ele já era o atleta mais valioso de todo o país.

O futuro de Edward era cristalino e vitorioso. Ele iria ganhar a vida sendo um jogador profissional de football e isso era inevitável, tanto quanto o sucesso que ele faria não só por sua genialidade nos gramados, quanto a sua beleza sobrenatural estampando anúncios publicitários em todas as revistas, outdoors, jornais, canais de televisão...

Oh sim, vislumbrar Edward fazendo campanha para a Adidas sem camisa, completamente suado no intervalo do noticiário da noite, deixava qualquer mulher animada para ouvir as notícias não tão boas que viria a seguir.

Pra quê ficar sonhando, deslumbrando, suspirando por David Beckham quando se tem Edward Cullen muito mais bonito, deslumbrante, e principalmente solteiro no mesmo comercial para se admirar?

“Aí está algo que concordamos, Isabella” – concordou sonhadora a Prazeres. – “Ainda não superei o último comercial da Adidas com ele no chuveiro ou o da Armani Underwear. Deus! Que homem!” – suspirou afetadamente. Não pude deixar de concordar com ela. Edward era uma bela vista, ainda mais molhado ou só de cueca boxer.

Ok, Bella. Chega. Você é uma garota de 17 anos, e é impróprio ficar tendo estes pensamentos pelo... hum... seu namorado aos 31 anos? Caramba, isso soa tão sujo, vulgar, quando pensado sem meias palavras.

De qualquer forma, no sábado fui cedo para a casa dos Cullen. Alice insistiu dizendo que precisava passar um tempo comigo. Tempo de menina, como ela havia chamado; Edward como um bom irmão e namorado aceitou ceder-me a irmã, enquanto ele resolveria umas coisas com Jasper na parte da manhã e início da tarde. Novamente me senti curiosa para saber que coisas seriam essas, mas tanto ele quanto Alice, disseram que não era nada importante. Como se eu já não tivesse notado que eles estão me escondendo alguma coisa?

“Alerta paranóia, criatura!” – exclamou a Prazeres.

Claro, se eu pudesse cometer um homicídio a primeira a dizer adeus a esse mundo seria essa minha consciência. Puta que pariu que pessoa mais inconveniente, impertinente e irritante! Deus como pode?

“Só não sou mais irritante, impertinente e inconveniente do que você, Swan.” – desdenhou cheia de sarcasmo. – “Oh, espera! Nós somos a mesma pessoa sua idiota!” – comentou entre gargalhadas.

Como eu disse, ela consegue ser insuportável.

Minha manhã com Alice passou divertida. Ela ficou pelo menos umas duas horas falando de como o seu relacionamento com Jasper estava às margens de se tornar oficial. Surpreendi-me quando ela disse com veemência que eles não haviam compartilhado um beijo sequer, mas como ela gostava de frisar, ainda, afirmando que os dois estavam muito próximos de se tornar um casal.

Por mais que eu saiba que os dois, ao contrário de Emmett e Rosalie que nunca se separaram desde que começaram a namorar no senior year, a certeza com que Alice falava do seu futuro com Jasper era de arrepiar, mesmo que no futuro eles ficassem separados por anos por conta das escolhas profissionais que fizeram, contudo era como se ela com apenas 17 anos soubesse que ele foi destinado para ela, e que o futuro dos estavam traçados e nada poderia mudar o destino. Sua alma gêmea.

Eu invejava minhas melhores amigas, que com 17 anos já haviam encontrado as pessoas a quem foram destinadas; enquanto eu, veja a ironia, com 30 anos, estou tão longe de sequer ter um amigo mais especial, do qual eu posso usar e abusar dos benefícios dessa amizade pra lá de colorida.

Esme, que havia preparado um almoço simples, contudo delicioso, nos acompanhou no almoço – já que Carlisle estava no hospital e Edward na casa dos Hale. Apesar de ser a minha sogra, Esme não me deixava constrangida quando Alice começava a falar de Jasper para nós duas, me obrigando sempre a falar alguma coisa sobre Edward. Nestas situações ela sempre emendava com alguma história sobre a sua adolescência ou como ela e Carlisle se comportavam no início de seu namoro, causando o constrangimento de Alice que sempre protestava brandindo: ‘informação demais, mãe!’.

Após estarmos completamente satisfeitas com o almoço, retornamos para o quarto de Alice, acomodando-nos confortavelmente em sua cama enquanto líamos em meio a risadas escandalosas um artigo da Cosmopolitan que se intitulava: ‘50 maneiras de levar o seu homem a loucura na cama’. Não que eu fosse pudica, mas algumas das dicas dadas pela revista eram coisas que prostitutas ou atrizes pornô faziam.

Estava tão entretida nas gargalhadas que eu e Alice compartilhávamos que assustei-me quando o despertador escandaloso e chamativo da minha amiga tocou estridentemente.

- Está na hora! – exclamou a Mestre dos Magos, saindo da cama em um pulo e batendo suas mãos juntas olhando com aquela cara de ‘hoje você será a minha boneca’ em minha direção.

- Oh... não, não, não, Alice. – comecei a protestar antes de sequer ouvir o que ela tinha a me dizer. Ela rolou seus olhos verdes em indignação, ignorando completamente meus protestos.

- Vai tomar banho Bella. Eu vou te arrumar para o seu encontro com o Edward hoje à noite. – disse sem rodeios.

Encarei seu rosto de fada desconfiada. Edward e eu iríamos sair e eu não sabia disso ainda?

- Encontro? – perguntei incerta e desconfiada. Ela sorriu torto, muito similar ao seu irmão mais velho.

- Isso! – exclamou animada. – Mas prometi a Edward não contar a você aonde ele irá te levar. – completou, respondendo a pergunta que eu sequer havia feito, mas que estava prestes a fazer. – O que eu só posso dizer é que vocês irão a este encontro sozinhos e sem horário para voltar. – instigou lançando uma piscadela em minha direção.

- Sozinhos? – repeti desconfiada. Ela sorriu amplamente, lançando uma toalha felpuda rosa em meu rosto.

- Sim, agora banho! – exclamou cheia de autoridade.

Evitando contestá-la segui para o banheiro do seu quarto. Não me surpreendi ao sair do banho e encontrar sobre a sua cama a roupa que deveria usar; uma mistura de peças minha, dela e uma jaqueta que eu desconhecia. Olhei intrigada para Alice que limpava uma escova de cabelo para escovar os meus.

- Tênis? Você irá deixar que eu vá de tênis? – perguntei atordoada, arqueando as minhas sobrancelhas, tamanha era a minha surpresa.

Ela deu de ombros com um sorriso enviesado.

- Aonde vocês irão é recomendável ir de tênis. – explicou misteriosamente com um sorriso torto.

- Qual é Alice, me conta que lugar é esse? – implorei tentando fazer o bico que ela sempre fazia quando queria algo, contudo falhando miseravelmente em convencê-la.

- Bella, eu não posso! – disse fingindo aflição. – Prometi a Edward. – desculpou-se com seus grandes olhos verdes marejados. – Agora venha aqui, vamos fazer uma escova neste seu cabelo. – demandou, indicando a cadeira rosa para que eu me sentasse. Soltando um suspiro abafado e me abraçando mais no roupão branco dela, me sentei onde ela havia pedido.

Com agilidade e uma perícia inquestionável, a minha melhor amiga alisou meus cabelos com perfeição, deixando que em suas pontas largos cachos se formassem. Quando terminou pediu para que eu vestisse a roupa que ela havia escolhido enquanto buscava um lanche para nós.

A roupa que Alice havia escolhido para mim era bem a minha cara, contudo o estilo peruesco dela estava presente, mesmo que discretamente para os seus padrões. Uma calça jeans azul tradicional, um suéter preto de manga longa, meu all star preto surrado, um lenço branco com estampa de caveiras, uma jaqueta de um material brilhoso e uma boina preta. O detalhe da boina eu achei exagero, por isso deixei para inquiri-la se deveria usar, ainda mais que os meus cabelos estavam tão lindos da escova que ela havia feito.

Quando retornou, a baixinha ficou animada ao me ver com a roupa que havia escolhido, rindo e falando algumas aleatoriedades enquanto saboreávamos o lanche. Em seguida me maquiou, deixando meus olhos bem destacados. Às quinze para as cinco da tarde eu estava pronta, e com Alice colocando a boina em meus cabelos sobre a afirmativa que iria esfriar a noite. Descemos para a sala de estar da casa dos Cullen em que Esme e Carlisle estavam sentados apenas curtindo a presença um do outro.

- Está tudo bem Bella? – perguntou Carlisle quando me acomodei no sofá ao lado de Alice, me encarando com olhos examinadores.

- Uhum... – murmurei incerta. – Só queria saber o que está acontecendo. – comentei dando de ombros e olhando com o canto do meu olho para Alice que admirava suas unhas verdes por conta do jogo de ontem.

- Fique tranqüila, Bella. Não tem nada com que se preocupar. Na realidade acho que você irá adorar o que vai acontecer. – tranqüilizou Esme, trocando um olhar orgulhoso e apaixonado com Carlisle. – Edward é parecido demais com o pai dele. – completou. Carlisle que mantinha seus dedos enlaçados aos da esposa levou-os a sua boca, depositando suaves beijos nos nós dos dedos de Esme com uma devoção de causar inveja em qualquer pessoa.

- Bella é dramática. – replicou Alice sorrindo para os pais. – Dá pra acreditar que ela morre de medo de surpresas? – divertiu-se.

Bufei irritada.

- Não tenho medo, só não gosto. – repliquei entre os dentes, fazendo com que os três Cullen rissem.

- Posso saber qual é a graça? – a voz profunda de Edward que descia as escadas questionou. – E por que não vejo a minha namorada rindo? Vocês tão tirando sarro dela? – emendou divertido, acompanhando seus pais e sua irmã com a sua risada musical.

Com minhas bochechas rubras de vergonha por ser o centro das atenções, voltei o meu olhar ao meu namorado que como sempre estava lindo. Calça jeans escura, jaqueta de couro preta, uma camiseta preta com a estampa do smile de olhos em cruz do Nirvana, nos pés os seus tradicionais Adidas Hemp verdes. Seus cabelos bronzes estavam na corriqueira desordem natural, seus olhos esmeraldinos brilhavam e um sorriso torto estampava a sua face.

- Desculpe por isso Bella, mas você sabe como são os três. – replicou Edward para sua família, dando um beijo estalado em minha bochecha. Meu rosto que já estava vermelho ficou mais rubro se possível.

- Não foi nada. – murmurei dando de ombros.

- Ela só está curiosa para saber aonde vocês irão, filho. Conte logo para ela. – balbuciou Esme, dando uma piscadela para mim.

- Logo ela saberá. – replicou misteriosamente Edward dando uma piscadela para mim e Alice. – De qualquer maneira devemos ir Bella, é um longo caminho. – completou enlaçando meus dedos e me ajudando a levantar do sofá, me abraçando possessivamente quando eu finalmente estava de pé.

- Ok, vão lá crianças. – falou o patriarca da família Cullen, levantando-se do sofá. – Aproveitem o... encontro. – completou tão misteriosamente como todos os membros da sua família, dando uma piscadela cúmplice ao seu filho mais velho.

- Dirija com cuidado Edward, e não se esqueça: qualquer coisa ligue. Tudo bem? – recomendou Esme maternalmente.

- Pode deixar, mãe. Está tudo certo, não vai dar nada errado. – tranqüilizou o ruivo. – Vamos Bella? – perguntou apertando mais os seus braços em torno de mim, sorrindo sonoramente em meu ouvido. – Você está linda. – sussurrou para que só eu ouvisse. Encolhi meus ombros em constrangimento.

- Ok, vamos. – murmurei incerta, mordiscando o meu lábio inferior e compartilhando um olhar de desespero e dúvida com Alice, que sorria animada.

- Aproveita Bella. – falou ao me abraçar inesperadamente. – Você irá gostar muito. Eu sei que vai. – completou misteriosamente.

- Hum... obrigada Alie. – respondi incerta.

Era muito ruim você ir a um lugar em que todos parecem saber onde é menos você. Com as últimas despedidas a Esme, Carlisle e Alice, Edward começou a me rebocar para a garagem onde seu Volvo prateado estava, contudo a voz cheia de autoridade de Carlisle fez com que parássemos.

- Não esqueça o que você prometeu ao Chefe Swan, Edward. Eu não irei assumir suas responsabilidades caso você faça alguma coisa errada. Estarei de olho. – alertou paternalmente o médico, abandonando o seu olhar amigável e alegre de segundos atrás e encarando os olhos do filho com determinação.

- Pode deixar pai. Não farei nada que eu possa me arrepender ou que possa me causar problemas. – concordou o ruivo. Com um sorriso satisfeito do médico seguimos para o carro de Edward, e logo que estávamos acomodados, guiou com destreza o automóvel pelas rodovias do Estado de Washington.

Tentei inquirir Edward sobre onde iríamos, que tipo de encontro teríamos, ou o que ele havia prometido ao meu pai para conseguir com que saíssemos sozinhos, sem a companhia de qualquer um dos nossos amigos. Entretanto, o quarterback fora sempre muito esquivo limitando-se a sorrir torto enquanto o som clássico e marcante de Johnny Cash preenchia o carro. Logo descobri que o nosso destino não era Port Angeles como imaginava anteriormente, mas sim Seattle.

- Seattle? – perguntei confusa quando o vi pegando a rodovia que levava a principal cidade do nosso estado.

- Sim. A surpresa acontece lá. – respondeu sorrindo torto, dando de ombros.

- Uau. Meu pai deixou você me levar a Seattle, que querendo ou não são 3 horas de distância de Forks? – questionei confusa. – O que você fez para ele aceitar isso? O subornou? – pedi divertida.

- Algo assim. – murmurou dando de ombros e sorrindo torto.

Com o nome do nosso destino sendo finalmente conhecido por mim, a ansiedade e o temor da surpresa que assolavam sobre mim diminuiu. Contudo, a insistente questão do que íamos fazer na cidade onde o maior fenômeno do rock da década de 90 surgiu, o Nirvana, ainda era um mistério. Edward recusava a responder as minhas perguntas ou dizer algo a mais do que eu já sabia.

Mas, para a minha surpresa, quando entramos na cidade depois das oito da noite, comecei a notar que o ruivo ao meu lado estava ficando nervoso e ansioso. Ele apertava com força sua mão em torno do volante deixando os nós de seus dedos brancos, e quando não estava fazendo isso os batia contra o painel do carro com impaciência.

- Algum problema Edward? – perguntei incerta ao vê-lo errar duas vezes o ritmo da batida de Sabotage do Beastie Boys.

- Não. – respondeu rapidamente parando os movimentos dos seus dedos. Arqueei minhas sobrancelhas o inquirindo com um olhar, porque o estado de nervosismo que ele estava era claro que algo havia acontecido. – Ok, eu... caramba Bella, estou com medo de você não gostar da surpresa. – confessou parando o seu carro em um grandioso estacionamento parcialmente lotado.

Olhei do meu namorado para o estacionamento e para as pessoas que caminhavam por ele.

- Onde nós estamos? – questionei lentamente, mordida de curiosidade.

- Na arena DV8. – respondeu rapidamente me encarando hesitante.

- E... hum... o que estamos fazendo aqui? – repliquei com um sorriso nervoso; ainda confusa.

- Bom... – murmurou timidamente, tirando um envelope branco do bolso interno de sua jaqueta e passando para mim. Rapidamente abri e vi dois bilhetes para um show. – Aquele dia quando estávamos assistindo MTV você disse que sempre quis ver um show do Foo Fighters e aí coincidiu deles estarem aqui... achei legal te trazer. Fiz mal? – disse rapidamente, completando com uma pergunta incerta e me encarando meio apavorado.

- Oh meu Deus, Edward! – exclamei ao vê-lo hesitante. – Eu amei isso! – gritei praticamente pulando para os seus braços o abraçando com força e dando vários beijos em seu rosto antes de finalmente engajarmos em um beijo sôfrego e urgente.

Nos separamos quando o ar ficou escasso, com Edward sorrindo torto e alegre para mim, feliz por eu ter adorado a surpresa que havia feito. Como estava quase na hora do show começar saímos do carro e fomos para o local onde ocorreria o mesmo, assumir nossos lugares.

O show do Foo Fighters obviamente foi incrível. Dave Grohl tem uma presença de palco inestimável e inexplicável, e interpretando os maiores sucessos dos álbuns ‘The Colour and the Shape’ e do primeiro da banda, este foi incrível. Animando a galera, relembrando do seu melhor amigo Kurt Cobain e da banda que o despontaram para todo o mundo: Nirvana, fazendo o cover de uma das músicas mais conhecidas da banda: ‘Smells Like Teen Spirit’.

Edward e eu cantávamos animados todas as músicas, ou pelo menos eu cantava todas as que eu sabia. No momento em que a adrenalina do show diminuiu um pouco e os rock mais pesados deram lugares aos mais calmos, começando aquelas baladinhas relativamente românticas, o ruivo me abraçou e começou as cantá-la em meu ouvido.

Cada frase que ele sussurrava de ‘See You’, ‘Up in Arms’, ‘February Stars’, meu coração palpitava de uma maneira acalentadora. Era como se ele tivesse ali dedicando aquelas letras a nós, ao nosso futuro, independente do que aconteceria nele. Um sorriso pateta tomava o meu rosto, eu estava me sentindo plena, feliz, como nunca havia me sentido em toda a minha adolescência. Contudo, quando Dave Grohl, Taylor Hawkins, Pat Smear e Nate Mendel começaram a tocar os primeiros acordes de ‘Everlong’ uma sensação diferente de todas que já senti me consumiu.

Mesmo com meus 30 anos, e mais de uma década depois que foi lançada ‘Everlong’, toda vez que ouvia a canção uma sensação inexplicável me dominava. Ela me trazia uma calma, uma sensação de que tudo ficaria bem e que um dia eu encontraria alguém que valeria a pena esperar ‘por toda uma eternidade’, como diz a primeira estrofe da música. E por mais que eu soubesse, tivesse conhecimento que Edward nunca a cantou para mim, a forma que ele cantava agora em meu ouvido era como se eu já tivesse vivido aquilo por mais surreal que possa parecer essa ideia.

- ‘Se tudo pudesse ser tão real para sempre’. – ele tornou a cantar a segunda estrofe do refrão, quando a banda encerrou a canção, em seguida me puxando para um beijo urgente.

Seu corpo esguio e ligeiramente musculoso por causa do football me segurava com força contra ele, me abraçando enquanto uma de suas mãos grandes e quentes se enlaçava entre meus cabelos da nuca, fazendo um carinho suave. O outro braço que me abraçava, apertava-me contra ele, possivelmente para nos aproximar mais. Minhas mãos trançavam-se entre seus cabelos bronzes os deixando mais desorganizados do que naturalmente já eram.

Nossos lábios, apesar de estarem ávidos um pelo outro se entendiam perfeitamente em uma dança própria deles, indo do violento ao suave na mesma velocidade que ia do superficial ou profundo. A minha língua acariciava a dele em uma massagem sensual no espaço de nossas bocas. Algumas vezes, para aumentar a intensidade do beijo que partilhávamos, Edward ou eu mordiscava o lábio inferior do outro e o sugava em seguida.

Poderíamos estar em um lugar público, repleto de pessoas a nossa volta, com uma banda fantástica dando um show incrível no palco, mas era como se estivéssemos sozinhos. Em uma bolha nossa: completamente impenetrável. Quando nos separamos depois do beijo incrível que compartilhamos, sorrimos cúmplices um para o outro, seguido por Edward me abraçando possessivamente para ouvir as três últimas músicas do show. Ao fim deste, mesmo com a saída um pouco tumultuada fizemos com rapidez, entrando no Volvo dele para nos aquecer. O ar gelado de novembro já mostrava as caras do que poderíamos esperar da próxima estação.

Para a minha surpresa, depois que saímos da arena DV8 Edward não conduziu o seu carro para a interestadual, mas sim para o centro da cidade, parando em frente a um hotel luxuoso. Olhei confusa para ele. O que faríamos ali?

- Vamos passar a noite aqui. – respondeu com um fio de voz, fazendo com que suas bochechas se tingissem de vermelho.

- Vamos? – me surpreendi, sentindo o meu coração batendo mais rápido e em expectativa. As palmas de minhas mãos começaram a suar e o meu corpo a tremer. De repente comecei a me sentir muito nervosa com o que tudo aquilo significava.

- Hum... – começou incerto o ruivo. – vamos. Mas se você não quiser tenho certeza que podemos encontrar uma Starbucks e ficar tomando café até que a neblina na estrada tenha diminuído e possamos seguir para Forks. – completou rapidamente. Eu podia sentir a hesitação e o nervoso nas palavras dele.

- Ei, Edward, calma. – pedi com um sorriso, correndo a minha mão trêmula e gelada por seu rosto que estava minimamente atordoado com a minha reação. – Eu só me surpreendi. Acho uma boa ideia dormirmos um pouco antes de voltar para Forks. Querendo ou não já está tarde e estamos a três horas de distância de casa. – comentei dando de ombros, sentindo as minhas bochechas e orelhas ficando quentes.

Ele sorriu torto, dando um suave beijo em meus lábios antes de sair do carro e vir ao meu lado abrir a porta para que eu o deixasse. Com nossos dedos enlaçados seguimos pela recepção do hotel, sendo recebidos por um recepcionista simpático que cumprimentou Edward efusivamente, comentando que Carlisle havia ligado reservando um quarto para nós e acertando todos os detalhes de pagamento e que qualquer coisa que precisássemos da cozinha os empregados estariam a nossa completa disposição a qualquer hora.

Novamente fui pega completamente desprevenida ao ver que Edward tinha trazido uma mochila para nós dois, com pijama e uma troca de roupa. Posteriormente ele disse que fora Alice que insistiu para que ele trouxesse.

Anotação mental: não me esquecer de agradecer àquela força sobrenatural da natureza que é a minha melhor amiga desde sempre por isso. Ela era incrível. Era como se soubesse que eu precisava urgentemente de um banho depois do show.

Antes de seguirmos para o quarto, paramos no restaurante para fazer um lanche que haviam preparado para nós. Eu fui a primeira a tomar um banho quando chegamos ao quarto em que passaríamos a noite, que previsivelmente era um quarto com duas camas de solteiro. Aquecida e vestindo o meu pijama de inverno que sempre usava quando dormia na casa de Alice, me acomodei confortavelmente sob os edredons da cama em que ocuparia aquela noite quando Edward entrou no banheiro para tomar o seu banho.

Foi inevitável que a minha mente perversa e tomada pelos meus hormônios adolescentes consideraria o fato de que atrás da porta de madeira branca elegante, Edward estava completamente nu. Uma pressão estrangeira para mim começou a se intensificar em meu estômago e uma pulsação acelerada ficou incomoda no ponto entre as minhas pernas. Por mais que eu quisesse tirar esses pensamentos impróprios sobre o meu namorado nu de minha mente eu não conseguia. E como sempre a Prazeres não ajudava nem um pouco, instigando a minha imaginação a criar uma visão de Edward como veio ao mundo e me possuindo intimamente.

Evidente que quando ele deixou o banheiro eu estava completamente vermelha com as imagens visuais que meu cérebro fazia de seu corpo nu. Ele me questionou com o seu sorriso torto o que eu estava pensando, mas nem morta eu contaria a ele o que estava se passando pela minha cabeça, apesar de achar que ele sabia muitíssimo bem o que era. Com ele deitado confortavelmente em sua cama, ficamos um longo tempo conversando sobre o show, relembrando os momentos mais incríveis de Dave Grohl no palco.

Em algum ponto a inconsciência começou a nos dominar. Senti o meu corpo fraco, cansado, adormecido, enquanto a voz de Edward estava embromada e somente conseguia distinguir palavras monossilábicas em suas frases. Contudo, uma sensação estranha não deixava que o meu corpo se relaxasse por completo.

- Edward? – chamei alto para acordá-lo de seu sono.

- Bella? – rapidamente me respondeu. Vi seus olhos verdes abrindo-se para me encarar conforme me sentava na cama que ocupava.

- Hum... será que eu posso me deitar com você? Não estou conseguindo dormir. – pedi, explicando os meus motivos corando intensamente ao dizer isto.

- Claro. – respondeu com um fio de voz, mas notando que possivelmente não o ouvi repetiu com mais amplitude. – Claro, venha. – convidou abrindo um espaço ao seu lado na cama para que eu pudesse me deitar, levantando os edredons para que pudesse me juntar a ele debaixo das cobertas.

Seu corpo estava quente. Seus braços que estavam desnudos por conta da camiseta que usava para dormir me abraçaram fortemente. Magicamente o meu corpo pequeno e feminino ondulou-se ao lado do seu, me acomodando junto a ele, próximo a ele, encostando a minha cabeça sobre o seu ombro, sentindo o seu calor e presença, enquanto ouvia o seu coração palpitar alto e cadenciadamente.

Ao seu lado, rapidamente o meu corpo começou a relaxar, meus olhos a pesarem e a inconsciência me dominar. Senti Edward me apertando mais em seus braços, sussurrando algo que não consegui compreender por causa do meu estado adormecido. Acredito que em algum ponto eu devo ter murmurado um agradecimento a ele, mas não podia responder com toda a certeza, pois a inconsciência do sono me levou para a terra dos sonhos, relembrando neste que eu estava dormindo nos braços do garoto que sempre fora o meu sonho de consumo.

O homem dos meus sonhos.

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Notas finais do capítulo

N/A: Morre com a fofurice dos dois! Qual é gente? Vai dizer que vocês não ficam todas awn, own com os dois?! Eu não me agüento com eles. Gostaram do show que eles foram? Já descobriram a musica que dá nome ao outtake do Edward?! Ah... tá bem fácil gente!
Eu sei que muitos me mandaram reviews exigindo que os dois deixe as coisas mais quentes, mas GALERA, helloooooooou... eles tão juntos a um mês, um pouco cedo ainda para intimidade, não é?! Não esqueça que eles são adolescentes ainda! ;D
Não sei se o capítulo ficou tão bom assim, mas a ideia do que eu queria, dos dois sozinhos, longe de Forks, acho que consegui. Ain nem tenho muito o que dizer hoje aqui...
Obrigada a todos por lerem, e espero ver a opinião de vocês nas reviews ou nas indicações. Qualquer pergunta ou dúvida fiquem a vontade de perguntar, tentarei responder o mais breve possível. Obrigada por sempre estarem aqui, me dando força por tudo! Patti, thanks por tudo mais uma vez, você é incrível, baby! ;D
Nós vemos no próximo domingo, sem falta. Tenham uma excelente semana.
Amo vocês!
Beijos,
Carol.
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N/B: Sim, simmmm. Muitos awn e own. Awwwwwwwwwwww
Meu Deus, vou virar diabética e isso é tudo culpa da Carol! Baby, ler essas fofurices a essa hora da noite em pleno domingo não é saudável. Não para mim que vou dormir já, já sem ter um Edward não cama ao lado para que eu possa perguntar se posso me juntar a ele porque não estou conseguindo dormir! kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Morreram de fofurice? Espero sinceramente que não e que ainda estejam vivas para deixar um monte de reviews sobre as impressões deste capítulo que só me fizeram me apaixonar ainda mais por esses dois. Já estou louca aqui pensando na manhã seguinte!
Será mesmo que a Tanya conseguirá estragar um dia essa bolha? Mimimimmi
Tenham uma ótima semana!
Patti xx
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Quer fazer uma pobre autora feliz? oO
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Ficarei encantada em ler!