Teenage Dream escrita por Sophie Queen


Capítulo 13
Escondidos


Notas iniciais do capítulo

Disclaimer: TWILIGHT não me pertence, muito menos a música TEENAGE DREAM, porém o Edward e a Bella, inocentes, fofos e um pouco ingênuos, sim! Então, por favor, respeitem.

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N/A: Olá amores...

*olha para os lados para ver se tem alguém ainda aqui*

Eu sei, não tem desculpas para esse meu abandono disso aqui por quase dois meses, mas acreditem não foi a minha intenção. É que infelizmente algumas coisas da minha vida pessoal exigiram a minha atenção de maneira exaustiva, porém como eu já disse milhões de vezes antes, volto afirmar: não vou abandonar essa fic, e também não me esqueci dela!

Bom, espero que vocês curtam esse capítulo e fiquem atentos as coisas agora vão começar realmente acontecer nesta fic, quando vocês menos esperarem estaremos novamente no ponto de partida. ;D

E para quem está curioso para saber o que aconteceu com a Bella no aniversário de 30 anos e todas as questões relacionadas a isso: SE ACALMEM, logo vocês irão entender tudo o que acontece aqui. Infelizmente não posso adiantar nada porque senão conto o final.

Obrigada a todos pela paciência em esperar este capítulo, e por lerem essa história. A minha beta maravilhosa Patti que sempre está a minha disposição para e ajudar ou betar isso aqui rapidinho.

Chega de falação. Boa leitura para todos! ;D



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CAPÍTULO 13 – Escondidos

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Um sorriso genuíno e autêntico cresceu em meus lábios. Uma felicidade, uma plenitude mágica, surreal dominou meu corpo. Meus batimentos cardíacos, apesar de estarem acelerados, mantinham um ritmo sossegado, como se tudo ali estava correto, se encaixando, perfeito.

Tomei uma respiração profunda, contudo, não para tranqüilizar o meu espírito, mas sim para me recordar que estava viva, e que podia vivenciar aquilo que acontecia com toda a veracidade, tenacidade e voracidade cabíveis, porque aquilo era o certo, era o que deveria ter acontecido. O que era para ser.

Ampliando o meu sorriso e abrindo os meus olhos castanhos para encarar aqueles intensos, brilhosos e espetaculares olhos verdes, que pareciam sorrir para mim assim como os lábios de Edward sorriam em minha direção. Com uma coragem de espírito que somente havia conseguido exercer em momentos chaves da minha vida, onde eu necessitava dela, disse com a voz mais clara e calma que eu conseguia:

- Eu aceito. – o sorriso que estampava o rosto do garoto no qual eu me encontrava em seus braços aumentou, tão natural, tão apaixonante, tão único, que mesmo se eu quisesse não conseguiria conter os meus lábios de imitar o gesto, por isso sorri tão amplamente como Edward sorria, indicando com toda a certeza absoluta que o meu ser poderia reunir que eu queria aquilo mais que tudo. E para clarificar, assim evitando qualquer duvida, emendei com uma felicidade arrebatadora:

“Eu aceito ser a sua namorada Edward. Eu nunca quis tanto uma coisa, como ser a sua namorada em toda a minha vida.” – quando estas palavras saíram por meus lábios, a única coisa que senti foram os lábios do quarterback os acariciando suavemente. Novamente meus dedos ansiosos se enroscaram entre os cabelos bronzes dele, colando mais do que já estavam nossos corpos. Era um beijo que selava o casal que havíamos acabado de nos tornar.

Somente nos separamos quando o ar começou a ficar faltante em nossos pulmões e minha cabeça parecia querer rodar pela ausência de oxigênio. Edward nos deixou eretos, mas em nenhum momento quebrou o abraço que dávamos. Suas mãos grandes por conta da prática de football acariciam minhas costas, e onde elas tocavam pareciam ser consumidas por fogo. Seu rosto estava na curva do meu pescoço, inspirando e expirando tranquilamente, sentindo o perfume da minha pele, assim como eu sentia o dele enquanto meu rosto estava grudado em seu peito. Minhas mãos estavam indecisas com o que queriam fazer. Elas se dividiam em acariciar e apertar os músculos de seus ombros e enlaçar-se entre seus sedosos fios bronzes.

Não sei definir quanto tempo ficamos ali, em meio ao jardim da casa dos meus pais abraçados. Uma paz aterradora, onde a única coisa que não poderia faltar era a presença um do outro, nos consumia, bastava. O silêncio que perdurava e nos engolfava era tão calmo, tão sereno que qualquer outro som parecia uma ofensa aquela paz. Entretanto, foi exatamente um som que nos tirou daquela bolha apaixonante que estávamos; a de uma luz sendo acesa e de uma porta batendo dentro da minha casa. Ambos sabíamos o que aquilo significava: estava na minha hora de entrar.

Infelizmente nos desvinculamos do abraço que dávamos. Contudo, nossos dedos incapazes de perderem o contato se enlaçaram indicando que eles se encaixavam com exatidão. Minha mão pequenina cabia perfeitamente dentro da de Edward, bem como seus dedos grandes e grossos – muito quebrados por causa do esporte que ele praticava desde criança – entre os meus. Seu polegar fazia pequenos círculos em minha palma, era um gesto tão mínimo, que eu tinha as minhas duvidas de que Edward percebia o que ele estava fazendo.

- Acho que você deve entrar. – disse com um sorriso tristonho. – Antes que o Chefe Swan apareça aqui com a sua espingarda e me alveje. – brincou. Eu rolei meus olhos. Meu pai considerava Edward um herói, uma preciosidade para a cidade.

- É mais fácil ele me culpar por estar aqui te prendendo do que ele dizer qualquer coisa a você. – contrapus com um meio sorriso.

- Você é absurda Bella. Acredite se quiser, seu pai e Emmett seriam capazes de matar qualquer cara que encoste um dedo em você, e por mais que ambos gostam de mim não duvido o que eles possam ser capazes de fazer quando descobrirem que agora eu sou seu namorado. – sorriu enviesado, o que foi repetido por mim. – Para ser bem sincero, vou ter que começar a pensar em bons argumentos para dizer aos dois que tenho boas intenções com você. – explicou, colocando uma mecha dos meus cabelos atrás da minha orelha. Sorri.

- Você sabe que não precisa fazer isso, certo? – inquiri, mordiscando meu lábio inferior.

- Fazer o que? Dizer minhas intenções ao seu pai e a seu irmão, ou retirar uma mecha de seus cabelos do olho? – perguntou divertido.

- Os dois. – dei de ombros sorrindo, o que foi imitado por Edward. – Mas sério Edward, você não precisa falar com os dois. Eles te conhecem a vida toda, por assim dizer, sabem muito bem que podem confiar em você. – ponderei, desenlaçando uma de nossas mãos e levando a minha a sua face para acariciá-la.

- Bella, eu quero fazer isso direito, com todas as formalidades que um relacionamento exige. – falou seriamente com seus olhos verdes brilhando intensamente para os meus.

- Ok, mas não precisa ser hoje ou amanhã, precisa? – questionei incerta.

- Não, mas no máximo em duas semanas sim, tudo bem? – pediu. Sorri e assenti com a minha cabeça. – Certo minha namorada, agora vá para dentro antes que eu ponha este nosso trato por água a baixo antes do tempo. – advertiu divertido, me puxando para um abraço.

- Quem o escuta dizendo assim até acredita que você me convenceu a namorar com você a força. – disse rolando meus olhos, ele sorriu torto.

- Nunca se sabe. – brincou, dando uma ligeira piscadela e me puxando para um abraço apertado. – Será que eu vou poder te ver amanhã? – perguntou me afastando de seus braços e fitando-me com intensidade. – Eu queria muito te ver amanhã, posso? – sorri amplamente.

- Claro, mas... como? Onde? – perguntei prendendo meu lábio inferior aos meus dentes outra vez, num claro gesto de ansiedade.

- Hum... – pensou por um segundo. – Sabe a igreja de St. Anne? Quase em frente do Hospital Comunitário? Na quinta avenida? – questionou seqüencialmente, assenti enfaticamente. – Bem, tem tipo um coreto atrás dela, o melhor acesso é pela rua ‘E’, será que tem como você me encontrar lá, por volta das três da tarde? Queria te mostrar um lugar. – falou incerto, mordiscando desta vez seu lábio inferior e tingindo o topo de suas bochechas de vermelho.

- Ok. – confirmei hesitante. – Mas não é muito perto daqui de casa? – pedi confusa. Ele sorriu amplamente.

- É... mas não acho que seja necessário você andar muito. Na verdade preferia te pegar aqui na frente da sua casa, mas não quero correr o risco de seu pai me ver e ter a chance de me acertar com uma espingarda. – disse dando de ombros, rolei meus olhos incrédula.

- Você é realmente irmão da Alice. – brinquei com um sorriso. – E outra coisa, eu posso pegar o carro do Emmett, ou então andar mais um pouco se for necessário. Não me incomodo. – dei de ombros.

- Não há necessidade Bella. Posso contar com você no coreto da St. Anne às três? – pediu com um sorriso fletido.

- Pode. – sorri.

- Ótimo! – animou-se me apertando em seus braços. – Agora vá Bella, antes que sejamos pegos. – disse, porém não retirou seus braços em torno de mim.

- Serio mesmo que você está com medo do meu pai ou de Emmett? – perguntei erguendo meu rosto para encarar o dele, ainda em seus braços.

- Você realmente não tem ideia de como o seu pai e seu irmão podem ser quando estão bravos, né? – interrogou curioso, dei de ombros. Edward riu nervoso. – Digamos que eu nunca quero ver o Chefe Swan ‘soltando fogo pelas ventas’ ou Emmett atacando como um verdadeiro urso selvagem novamente. É de deixar qualquer pessoa aterrorizada. – pontuou com a cabeça perdida em pensamentos.

- Tudo bem, você tem o seu ponto. – disse me afastando dele. – Amanhã, às três horas no coreto da St. Anne. – repeti em voz alta para não me esquecer, como se fosse minimamente possível.

- Exato. – sorriu torto, me puxando mais uma vez para os seus braços e dando um beijo suave em meus lábios, sinal de uma breve despedida. – Leve um casaco amanhã. – pediu, agora se afastando realmente de mim. Imediatamente senti falta de seu corpo contra o meu.

Com um suspiro pesado caminhei em direção a porta da minha casa. Porém, quando cheguei à escada que dava a acesso a varanda desta me virei para ele que permanecia parado exatamente onde estava quando me afastei.

- Boa noite Edward. – murmurei com um sorriso suave para ele, que ampliou o seu.

- Boa noite Bella. – disse. Subi agilmente os degraus da escada e abri a porta de casa, dando um leve aceno em sua direção que foi imitado por ele. Lentamente cerrei a porta, perdendo completamente Edward de vista.

Meu coração, que até segundos atrás batia cadenciado, inesperadamente se acelerou. Minhas pernas ficaram moles, pareciam que eram feitas de gelatina. Minha respiração estava errática e ruidosa. Os eventos da noite passavam em minha cabeça com uma velocidade nauseante. Tudo parecia tão mágico, tão encantador, tão fascinante que se não fosse o sentimento genuíno e forte que crescia em meu peito afirmando que tudo aquilo era real, eu nunca seria capaz de acreditar.

Uma vontade pungente crescia em minha garganta. Uma vontade de gritar aos quatro ventos que agora eu era a namorada de Edward Cullen se alastrava como fogo em um palheiro por todo o meu corpo. Mas infelizmente eu sabia que se fizesse isso a uma da madrugada meus pais e nossos vizinhos não ficariam nem um pouco satisfeitos; por conta disso somente pulei e fiz danças ridículas da vitória, tamanha era a minha felicidade.

A Prazeres, que estava quieta e analisava toda a cena com curiosidade sentada em um banquinho ornamentado branco de minha consciência sorriu animada e lançou uma piscadela cúmplice para mim. Ela também estava orgulhosa de mim. Fui até a cozinha saltitando nos meus sapatos de salto relativamente altos, animada demais para pensar em dormir. Bebi vorazmente seguidos copos de água, até aquele segundo mal havia percebido que estava morrendo de sede.

Tendo plena consciência que ficar dançando que nem uma idiota na cozinha poderia parecer estranho tanto para se um dos meus pais resolvesse aparecer ali, ou caso Emmett chegasse, que ainda sorrindo como uma boboca subi para o meu quarto, para retirar este vestido preto que havia me trazido mais sorte do que eu imaginava quando o vesti hoje mais cedo.

Lavei meu rosto para tirar a maquiagem que usava, escovei meus dentes e me vesti com meu pijama – uma calça de malha preta de poás brancos e uma regata cinza com a estampa de um floco de neve -, amarrei meus cabelos em um coque baixo e ainda saltitando voltei para o meu quarto.

O meu estado de espírito animado e empolgado, totalmente girlie, indicava que seria impossível conseguir dormir. Pela primeira vez em toda a minha vida eu estava fazendo completo jus a minha condição de adolescente, agindo verdadeiramente como uma. Tendo pleno conhecimento que seria ridículo tentar dormir neste estado de euforia, peguei meu diário – que ficava sob uma tábua solta do assoalho – e comecei a narrar tudo o que havia acontecido naquele estranho dia.

Cerca de uma hora depois, onde narrei com extrema cautela relembrando cada mínimo detalhe que recordava, fechei meu diário, o tranquei e o guardei novamente sob a tábua do assoalho, apagando a luz do meu abajur. Assim que deitei confortavelmente em minha cama, a última coisa que me recordo de pensar, ou melhor, lembrar, foram os lábios suaves, gentis e quentes de Edward contra os meus, os reivindicando como meu namorado.

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Na manhã de domingo acordei com o aroma de panquecas e de café penetrando por minhas narinas. O sol preguiçoso de início de outono entrava envergonhado pela pequena fresta da cortina do meu quarto. Antes mesmo de abrir meus olhos e me espreguiçar, um sorriso legítimo tomava o meu rosto. Sim, eu era namorada de Edward Cullen, nada daquilo foi um sonho.

Revigorada com essa ideia e com a premissa de me encontrar a sós com ele mais tarde, literalmente pulei da minha cama, ignorando completamente a bagunça que estava meus cabelos, ou as remelas em meus olhos. Me encarei no antigo espelho da minha bisavó que ficava no meu quarto e com um sorriso que alcançava meus olhos disse para a minha própria imagem:

- Você Isabella Swan é namorada de Edward Cullen.

Pela segunda vez em um período inferior a doze horas tive vontade de gritar aos quatro ventos a minha mais nova condição, ou melhor, quem era a outra parte desse relacionamento. Contudo, sabendo mais por minha consciência e experiência de 30 anos do que meus hormônios adolescentes de 17, que deveria guardar essa informação para mim mesma, pelo menos pelas duas próximas semanas, contive minha necessidade de clamar. Afinal, o antigo ditado já dizia: “O que é escondido/proibido é mais gostoso”. Desta maneira, literalmente saltitando sobre meus pés, fui ao banheiro fazer a minha higiene pessoal antes de descer à cozinha acalentadora de minha mãe com seus armários amarelos para tomar meu café da manhã.

Meu estado de animo era tamanho que mesmo sabendo que iria surpreender meus pais e meu irmão dei beijos estalados em suas bochechas, os dando bom dia. Obviamente que minha alegria não passou despercebida pelo Chefe Charlie Swan, meu pai, e a professora Renée Swan, minha mãe. Entretanto, antes que eu pudesse dizer o motivo da minha felicidade Emmett o fez, ou pelo menos o fez em parte, contando para meus pais que na noite anterior eu havia sido coroada rainha do Homecoming, o mesmo título que minha mãe recebeu em sua escola em Phoenix, Arizona, há 23 anos.

Devido a minha vitória, algo que até aquele estágio da minha vida sempre fora relacionado à minha inteligência do que a uma beleza que não sabia que tinha, como por exemplo, o vice campeonato na olimpíada de matemática no ano anterior em Seattle, deveria ser comemorado de maneira grandiosa. Por isso, uma hora e meia depois da notícia, meus pais, eu e meu irmão nos espremíamos no Chevy Cutlass Supreme 89 azul marinho de minha mãe rumo a Port Angeles.

Apesar da comemoração, optamos por almoçarmos em nosso restaurante preferido, o Bella Itália. Meu pai, que não usava seu rotineiro uniforme azul de chefe de polícia parecia jovem e extremamente animado atrás de sua enorme bigodeira, o mesmo pode-se dizer de minha mãe, que vestia calças jeans e um suéter de malha. Ambos, que apesar de terem seus quarenta anos, não aparentavam, e lançar aquele olhar para os dois extremamente novos e para Emmett, usando um dos seus ridículos camisões de football e boné para trás, fez com que uma saudade dessa época crescesse em meu peito. Fiz uma anotação mental para que tirássemos uma foto desse dia quando chegássemos em casa.

O almoço se passou descontraído, minha mãe divagava sobre o baile de formatura, e dizia que devido a minha coroação como rainha de boas vindas, existia uma grande probabilidade do título de rainha do baile vir para mim. Papai e Emmett, apesar do orgulho evidente pelo meu título evitaram entrar na conversa da minha mãe, entrando em uma discussão animada sobre qual seria a escalação do NY Giants e do Dallas Cowboys que se enfrentariam logo mais por um jogo da NFL, seguido – pelo que eu entendi – de um jogo da NBA, Boston Celtics versus Los Angeles Lakers. Sim, domingo dia de folga do Chefe Swan eram sempre iguais: ele e Emmett tomando posse da sala e da TV para ficarem assistindo a todos os esportes possíveis já inventados pelo homem.

A volta para Forks foi feita de forma tortuosamente lenta. Ou pelo menos foi para mim. A iminência do encontro com Edward deixava meus nervos à flor da pele. Eu não tinha certeza se a roupa que vestia – calça jeans preta, camiseta listrada preta e branca, e converse all star brancos – estava boa ou não. Uma necessidade de ligar para Alice e questioná-la rondava a minha cabeça, porém, conforme entramos em Forks, eu sabia que não poderia fazer isso, infelizmente. Ou colocaria tudo a perder.

Quando chegamos em casa, corri para o meu quarto para pegar uma jaqueta de moletom, e aproveitando que estava no andar dos quartos passei no dos meus pais e peguei a câmera fotográfica para tirarmos uma foto familiar. Felizmente não houve objeção de nenhum dos três membros da minha família. Assim, aquele momento, aquele dia ficaria registrado para sempre.

Dando um beijo em meu pai que já se encontrava acomodado em sua poltrona com uma latinha de cerveja em mãos, e um em minha mãe que estava na mesa da cozinha corrigindo alguns trabalhos de seus alunos, avisei que iria dar uma volta, mas que até o fim da tarde estaria de volta. Emmett, como um impertinente irmão mais velho, fez um longo questionário de onde eu iria e com quem. Porém fui salva de responder suas perguntas por meu pai que pediu para que meu irmão parasse de me importunar.

Agradecendo aos céus por ter um pai relativamente compreensível, sai de casa, amarrando a jaqueta na cintura enquanto andava a passos rápidos – ou rápidos suficientes para alguém que tem a coordenação motora falha como a minha – as seis quadras até a igreja de St. Anne.

Para a minha completa surpresa, quando finalmente cheguei ao espaço onde ficava o coreto que Edward havia me dito, lá estava ele me esperando com as mãos enterradas no bolso de sua calça jeans encostado em seu Volvo prata. Foi inevitável que um sorriso genuíno aparecesse em meu rosto e fosse imitado por ele, enquanto encerrava a distância entre nós.

Uma timidez singular tomou meu corpo, sentia minhas bochechas se enrubescendo a cada passo que dava em sua direção. Sua pele pálida e seus cabelos desordenados daquele tom distinto, brilhavam de maneira surpreendente na luz serena do sol de fim de setembro. O negro da camiseta que usava contrastava de maneira inquietante com a pele, os cabelos e os olhos esmeraldinos. Suas mãos deixaram seus bolsos enquanto ele dava duas largas passadas e se encontrava comigo no meio do diminuto parque.

Serenamente uma de suas mãos afastou uma mecha do meu cabelo que caia sobre meus olhos a colocando atrás da minha orelha. Em seguida a mesma mão quente e suave como uma pluma acariciou meu rosto.

- Você está cinco minutos adiantada. – brincou com um sorriso torto. Dei de ombros, esboçando um sorriso tímido.

- Fiz o trajeto mais rápido do que imaginava. – expliquei como se fosse óbvio.  Seu sorriso sumiu e uma expressão de tristeza e rancor tomou o lugar. Aquilo me assustou imediatamente.

- Você não deveria ter andado, eu queria poder ter ido buscá-la na porta da sua casa. – disse mal humorado. Rolei meus olhos diante da teimosia dele para aquele assunto que já havíamos conversado na noite anterior.

- Você preferia passar a tarde sendo interrogado pelo meu pai e Emmett? No melhor estilo Os Suspeitos? – questionei cruzando meus braços no meu peito, fazendo uma referência ao filme de Bryan Singer protagonizado por Kevin Spacey em 1995.

- Não. – bufou. – Mas eu deveria agir como um verdadeiro homem, e não como um maricas. – respondeu acidamente fazendo um ligeiro bico, muito similar aos muitos que Alice fazia quando estava contrariada.

- Você irá ficar neste mau humor? – perguntei, ficando agora má humorada pelo comportamento infantil de Edward. – Porque se você for ficar assim, eu vou voltar para casa. Jane Austen me espera. – declamei virando de costas e andando até a construção de mármore branco, abóboda circular e colunas gregas.

Mal havia dado dois passos quando suas mãos quentes e fortes seguraram o meu braço. O contato da pele de Edward com a minha fez com que uma corrente elétrica surpreendente perpassasse por todo o meu corpo e um sorriso vitorioso estampasse o meu rosto.

- Fica. Eu prometo não deixar meu mau humor estragar a nossa tarde. – disse, me virando para encarar o seu rosto, que sorria torto, porém tristonho. – Queria te mostrar um lugar. – explicou enlaçando suas mãos nas minhas. Sorri com o gesto. Era estranhamente impressionante como um gesto simples como segurar na mão dele me deixava emocionada, feliz.

- Um lugar? – repeti arqueando uma de minhas sobrancelhas. Imediatamente ele ampliou seu sorriso.

- O meu preferido. – explicou. – Mas antes de irmos, tem uma coisa que eu gostaria de fazer. – disse me puxando para um abraço e reivindicando meus lábios para um beijo lento. Nossas línguas se acariciavam suavemente no espaço limitado de nossas bocas, nossos lábios contemplavam um ao outro com devoção.

Quando nos afastamos por conta da falta de oxigênio sorrimos um para o outro, enquanto Edward apoiava sua testa na minha. Ficamos daquele jeito por um longo tempo, até que o ruivo me deu um pequeno selinho e me rebocou para o seu carro, abrindo a porta do passageiro como um verdadeiro gentleman.

Edward guiou com demasiada perícia pela estrada cheia de curvas da La Push Road, porém antes de chegar na vila quileute ele pegou uma estradinha íngreme de pedra que levava ao alto de uma montanha. O olhei curiosa, contudo o jogador limitou-se a rir.

Inesperadamente Edward parou o Volvo em meio a enormes árvores e ainda com o sorriso torto em seu rosto ele saiu do carro e me ajudou a sair deste. Caminhamos por uns cinco minutos no terreno irregular cheio de raízes de árvores retorcidas, folhas verdes e secas espalhadas pelo chão. O aroma verdejante das folhas penetrava em meu cérebro, me inebriando. Aquele cheiro me recordava em muitos aspectos Edward.

De repente, uma enorme superfície plana ausente das enormes árvores que a rodeavam se abria. Inúmeras flores azuis, lilases e brancas preenchiam o ambiente, dando o aspecto de um pequeno paraíso. Um novo jardim do Éden. Sorri completamente encantada e atordoada por existir um lugar como aquela em meio a uma floresta no extremo noroeste dos Estados Unidos, que vivia sobre uma grossa camada de nuvens nubladas e um clima constantemente úmido. Edward balbuciou que ali era um lugar que constantemente ele vinha para pensar e relaxar e que queria compartilhá-lo comigo, e sem pestanejar me guiou até o meio da imensa e íntima campina.

Passamos uma tarde agradável no pardo. Conversamos sobre nós, contando coisas sobre nosso passado, presente, nossas futuras aspirações. Logo conclui que conversar com Edward era tão fácil como conversar com Alice, Angela, ou até mesmo Rosalie, que era a mais séria e fechada das minhas amigas, entretanto com o bônus que vez ou outra poderíamos trocar um beijo ou uma carícia mais íntima. E para a minha surpresa, o jogador não tentou nada além de beijos e carícias em meus cabelos, pescoço, costas e braços. Ele definitivamente me tratava com muito respeito, algo que me fez perceber que ele realmente queria aquele relacionamento em que estávamos.

No final da tarde, quando o crepúsculo avançava suavemente por entre as montanhas mais altas em torno da campina, Edward e eu fizemos novamente o caminho para Forks. Ele segurava a minha mão enlaçada com a sua sobre a sua perna, vez ou outra levava aos seus lábios e dava suaves beijos nos nós dos meus dedos, me deixando completamente derretida com o gesto intimista.

Sim. Definitivamente eu estava completamente, incondicionalmente e irrevogavelmente apaixonada por Edward Cullen. Se era possível, ainda mais do que fui em toda a minha vida.

Por insistência dele, concordei que ele me deixasse na esquina da minha casa, e dando um longo beijo de despedida voltei completamente nas nuvens para casa.

Segunda-feira veio e se foi com extrema rapidez. O mesmo foi imitado pela terça-feira, e assim por diante. Quando me dei conta era sexta-feira novamente.

Eu e Edward havíamos conseguido levar nosso relacionamento escondido durante toda a semana, nos encontrando em corredores escondidos da escola, ou então na sala de música ou em algumas situações na biblioteca, sem contar que ele parecia ter uma vasta gama de desculpas para me tirar das minhas classes e roubar um beijo ou dois. Não que eu esteja reclamando, mas uma curiosidade crescia em mim para saber como ele conseguia isso, e fiz uma anotação mental para questioná-lo quando ficássemos a sós.

A sexta-feira amanheceu chuvosa e gelada, algo bem característico de Forks. Apesar da enorme vontade de ficar na cama, debaixo das cobertas o dia todo, me arrastei para o banheiro para tomar um banho e me trocar para ir para a aula, e consequentemente ver Edward, meu namorado.

Para me proteger do frio e da chuva vesti uma calça jeans modelo flare, uma blusa de gola alta e de manga comprida azul marinho, um casaco apropriado para chuva vermelho com as mangas beges e converse all star vermelhos de cano alto. Desde o dia que havia retornado aos meus 17 anos, se realmente possa se dizer assim, passei a ter um extremo cuidado com a escolha das minhas roupas, algo que agradou e muito Alice e minha mãe.

Infelizmente, mesmo usando guarda chuva e o capuz da minha blusa os pingos grossos que caiam me molharam, fazendo com que por causa disso fosse diretamente para o banheiro da escola quando cheguei acompanhada de Emmett para me secar. Estava em uma distraída missão de passar os dedos pelos nós dos meus cabelos para deixá-los ondulados, ao invés de armados, como ficariam por causa da chuva e do clima úmido, quando uma irritada Alice entrou bufando no banheiro, batendo seus pés cobertos por um sapato oxford preto.

- Edward está escondendo alguma coisa! – brandiu entre os dentes. Interrompi o que fazia em meus cabelos imediatamente e encarei completamente atordoada o rosto de Alice pelo seu reflexo no espelho à nossa frente. Será que ela havia descoberto sobre seu irmão e eu?

Sabia que era impossível esconder qualquer coisa dela, porém optei por me fingir de inocente. Talvez tivesse sorte.

- O que você quer dizer? – perguntei como não quer nada.

- Aí que está, eu não sei! – suspirou pesadamente. – Só sei que ele está escondendo alguma coisa. – disse frustrada. – A semana toda ele esta rindo tolamente, ou sumindo sem dizer aonde vai. Você acredita que domingo ele dispensou assistir ao jogo do NY Giants com meu pai, algo que ela adora fazer, por sinal, mas em poucas vezes o faz por conta da agenda do meu pai no hospital, para sair? E detalhe, só voltou no final da tarde todo misterioso. Quando perguntei onde ele tinha ido só disse que não era da minha conta. – disse rapidamente estridente a cada silaba que dizia.

- Alice, às vezes ele está precisando passar um tempo sozinho. Ele não precisa te dizer tudo o que acontece. – tentei interpor, ela bufou novamente irritada, cruzou seus braços em seu peito e rolou os olhos.

- Você parece a minha mãe falando. – falou amargurada. – Mas Bella, esse não é o Edward. Ele nunca me escondeu nada em toda a vida, e eu sempre soube tudo o que ele faz. E essas atitudes dele... não é ele, está acontecendo alguma coisa! – disse chorosa.

- Acho que você está paranóica. – brinquei, retornando a minha atividade de passar meus dedos pelos meus cabelos, extremamente aliviada por ela nem mesmo considerar que o irmão estava namorando com sua melhor amiga.

Maldição! Dizendo assim “seu irmão namorando sua melhor amiga”, soa como uma enorme traição. Só espero que quando contarmos a todos sobre o nosso namoro, ela não fique tão brava e nos perdoe por não contar a ela de imediato.

“Pensamento positivo!” – a Prazeres gritou na minha cabeça. Somente pedi para que ela tivesse certa sobre isso.

- Você não me disse o que a senhora Cope queria com você ontem durante a aula de história. – comentou pensativa, me retirando da minha auto-reflexão, relembrando quando o professor de história pediu para que eu fosse à sala da coordenadora. Mas tal pedido era só uma desculpa que Edward arrumou para que pudéssemos nos encontrar no armário do zelador.

- Hum... er... falar sobre o projeto da bolsa de estudos das empresas Meyer. – respondi a primeira coisa que veio em minha cabeça.

- Novamente? – perguntou surpresa.

Droga! Já havia dado aquela mesma desculpa para Alice essa semana.

- Uhum. – murmurei envergonhada por estar mentindo para a minha melhor amiga. – Ela queria me explicar algumas regras novas. – disse. Não era uma total mentira, mas a senhora Cope já havia me dito aquilo na reunião que tivemos no começo da semana. Alice somente deu de ombros terminando de retocar seu gloss e blush.

- Tenho certeza que você irá conseguir. – sorriu encarando meus olhos com orgulho. – Você é a melhor aluna da nossa série, sem contar que vem batalhando para isso há anos, desde quando te conheço. – elogiou sorridente, imitei o gesto dela. Alice sabia o quanto eu estava trabalhando duro por isso nos meus outros anos, afinal era a minha única chance de ir para uma universidade renomada depois que terminasse o high school.

- Espero Alie, eu realmente quero muito isso. – concordei. Ela ampliou seu sorriso, guardando seu estojo de maquiagem em sua bolsa.

- Agora eu vou indo, nos vemos na sala do senhor Brown, ok? – disse já próxima a porta.

- Você não irá me esperar para irmos juntas para a sala? – perguntei atordoada. Alice sempre me esperava para irmos juntas para a aula de geografia.

- Hoje não Bella. Preciso descobrir o que meu irmão está escondendo e a melhor maneira é seguindo ele. – disse sorrindo maliciosamente, puxando a porta do banheiro e saindo do mesmo.

Merda! Eu precisava dizer a Edward que sua irmã estava desconfiada. Mas como diria isso sem chamar a atenção de Alice?! Pela primeira vez lastimei que em 1997 celular não fosse algo tão trivial como é em 2010 para enviar uma SMS para o ruivo.

Eu estava tão fodida.


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Notas finais do capítulo

N/A: Hey meus amores!

Então o que acharam desse capítulo?! Bella e Edward namorando escondidos todos cheios de awns e owns, não?! Fofos demais! Porém no caminho sempre temos uma Alice Cullen, o que será que ela vai aprontar? Será que ela irá descobrir o segredo de seu irmão e da melhor amiga?! Se sim como ela irá agir diante dessa traição?! E Emmett e o Chefe Swan, como agirão com Edward quando souberem que o herói da equipe football está colocando muitas mãos e outras coisas (a língua dele suas safadas) na Bella?!

Cenas dos próximos capítulos! ;D

Obrigada a todos por continuarem comigo aqui nesta fic, e nos vemos no próximo capítulo!

Obrigada por lerem, comentarem, favoritarem e recomendarem, vocês são fantásticos!! Vou ficar aguardando as opiniões de vocês sobre esse capítulo, hein?!

Amo vocês!

Beijos,

Carol.

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N/B: Awwwwwwwwwwwwwwwwww. Estou tomada por uma extensa camada de purpurina!!!! Quanto amor, quanta fofurisse!! Tô viadaaaaaa!!! Esse início, esse pedido de namoro, isso é tão 17 anos!!! Pelo menos o da minha época. HUASHUASHUASHUASHUAS. Bella safadinha já pensando no escondido é mais gostoso. Nha, quem não sabe disso? Quem nunca teve encontro às escondidas?? Bom demais!!!!!

Eu AMEI que em TD também teve a parte da campina, umas das cenas que mais AMO em Twilight. Não sei se digo que pena ou ainda bem que o Edward não tentou nenhum carinho avançado demais com a Bella. Ok, escolho a segunda opção, apesar de adorar amassos adolescentes. Kkkkkkkkkkkk. Bom, pelo menos isso significa que ele a respeita acima de qualquer coisa e, como ela mesmo fala, que isso significa que ele leva muito a sério o relacionamento. Awwww, Edward!!!

Estou intrigada com esse súbito medo dele com o pai e o irmão da Bella. Por que será???

Ainnn, estou in love com a Prazeres *______________*. Ah, e Alice, deixe seu irmão em paz!!!! Pufff, você não é mãe e muito menos namorada dele! Vá preencher seu tempo com Jasper! Adorei o final, a boca suja da Bella. kkkkkkkkkkkkkkkk

Agora é com vocês. Vamos comentar, vamos comentar??? A opinião de vocês é o combustível da Carol.

Beijos, Patti XX

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Quer fazer uma pobre autora feliz? oO

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Ficarei encantada em ler!