Teenage Dream escrita por Sophie Queen


Capítulo 1
Pedido


Notas iniciais do capítulo

***TEENAGE DREAM***
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Título: Teenage Dream (Sonho de Adolescente)
Autora: Sophie Queen
Beta: Pattitorres
Shipper: Bella & Edward
Personagens: Humanos
Gênero: Romance / Humor
Classificação: M maiores de idade
Sinopse: Em seu aniversário de trinta anos, Bella Swan faz um pedido inusitado: voltar aos seus dezessete anos para realizar seu sonho de adolescente. O sonho não era nada simples, conquistar o capitão do time de football: Edward Cullen.
Teenage Dream Katy Perry
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Disclaimer: TWILIGHT não me pertence, nem a música TEENAGE DREAM, porém a Bella surtada voltando ao passado sim. Então, por favor, respeitem.



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XxXxXxXxXxXxX

You make me feel like I'm living a Teenage dream
Você me faz sentir como se eu estivesse vivendo um sonho de adolescente
The way you turn me on
O jeito que você me excita
I can't sleep Let's run away and
Eu não consigo dormir vamos correr e
Don't ever look back, don't ever, look back
Nunca olharemos para trás, jamais olharemos para trás

My heart stops when you look at me,
Meu coração para quando você olha para mim,
Just one touch now baby I believe
Apenas um toque agora, baby, eu acredito
This is real so take a chance and
Isto é real, então, dê uma chance e
Don't ever look back, don't ever look back
Nunca olhe para trás, jamais olhe para trás

We drove to Cali, and got drunk on the beach
Nós dirigimos para Cali, e ficamos bêbados na praia
Got a motel and built a fort out of sheets
Temos um motel e construímos um forte de folhas
I finally found you my missing puzzle piece
Eu finalmente encontrei você minha peça que faltava no quebra-cabeça
I'm complete
Eu estou completa


XxXxXxXxXxXxX

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CAPÍTULO 01 - PEDIDO

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Vinte e três horas e cinquenta e oito minutos. Agora cinquenta e nove...

"Respira Bella, é só mais um dia como qualquer outro." – minha mente tentava me acalmar, mas eu podia apostar que ela estava mais histérica do que eu nesse instante.

Meia noite.

Oficialmente dia treze de setembro, o pior dia do universo para mim. O por quê? Simples, era meu aniversário. Aniversário de trinta anos. Tentei conter o gemido que saiu por meus lábios. Nunca me imaginei com trinta anos, bem sucedida na carreira, mas totalmente infeliz no amor, como provavelmente sempre seria.

"If you wanna be my lover, you gotta get with my friends. Make it last forever, friendship never ends…" – meu celular tocou, gemi outra vez de frustração, determinada a ignorar aquela ligação afundei minha cabeça no meu travesseiro.

Ok, ignorar a ligação daquela 'Mestre dos Magos' é o mesmo que pedir para que não chova por uma semana em Forks. Respirei fundo, tateando sobre meu criado mudo, buscando meu celular no mesmo instante que começava novamente:

"If you wanna be my lover, you gotta get with my friends. Make it last forever, friendship never ends…"

PARABÉNS! – gritou Alice Cullen, minha melhor amiga há quase quinze anos, antes mesmo que eu pudesse dizer qualquer coisa.

– Alice. – gemi entre os dentes.

Bella. – falou meu nome com descaso. Eu podia visualizá-la rolando seus olhos verdes como esmeralda. – Já está mais do que na hora de você começar a gostar do seu aniversário! Você chegou aos trinta, a flor da juventude e você já está nesse mal humor? Não é a toa que você está com rugas! – exclamou.

– Ei! Eu não tenho rugas! – protestei, correndo até um espelho para analisar meu rosto, felizmente não encontrando nenhuma marca de expressão.

Mas se continuar desse jeito, logo, logo terá. – advertiu.

Suspirei ligeiramente irritada.

– De que jeito Alice? – desafiei.

Bom – começou, ignorando minha pergunta. -, senhorita Swan você irá ter uma maravilhosa noite de sono, porque amanhã ou hoje, como preferir, nós vamos comemorar seu aniversário, com direito a tudo. – explicou mais animada do que o normal.

– É mesmo necessário Alice? – tentei protestar, sabendo que seria em vão.

Você está querendo discutir comigo Isabella Swan? – inquiriu autoritariamente.

Alice era como uma força da natureza. Mary Alice Cullen era um furacão, não tinha como você ter uma vida normal depois que ela entra na sua vida. Por quê? Bem... ela sempre consegue deixar tudo de cabeça para baixo. Uma completa bagunça a meu ver, mas ela encara como "mudanças necessárias". O que é surpreendente para seu um metro e cinquenta e cinco, como ela gosta de frisar.

– Não Alice, não quero discutir com você, mas eu estava pensando em...

Ficar em casa vendo um filminho chorando as pitangas por causa das coisas que você não fez no colegial? – completou autoritária. – Bella, aquilo lá passou, faz parte de outra vida, de outra pessoa. Você não é mais aquela nerd que era motivo de chacota para todo o colégio. Você é linda, sexy, independente e... caramba bem sucedida na sua carreira. O que falta? – perguntou sarcástica.

– Um amor. – murmurei.

Bella, meu anjinho, isso é questão de tempo você logo encontrará seu amor. E quem diz que não será nesse próximo ano, hein? – tentou me animar, como sempre quando entravamos nesse assunto, se as palavras de Alice surtissem algum efeito eu já teria arrumado pelo menos uns treze pretendentes, um para cada ano.

– É, né... quem sabe. – respondi desinteressada, brincando com a barra da camiseta que usava para dormir.

Sem desânimos Bella! – exasperou-se Alice. – Bom, tenho que ir, Jasper está dançando Backstreet Boys para mim. – riu. – Falamos mais tarde, te amo Bella e feliz aniversário. – falou, logo em seguida gargalhando toda afetada. Optei por desligar o telefone eu mesma, pois ouvir Alice e Jasper em suas fantasias sexuais era a última coisa que queria neste momento.

Me joguei contra meus travesseiros enquanto respirava profundamente, fechando meus olhos enquanto uma retrospectiva passava em minha cabeça. Aquilo, sem dúvidas, era um típico momento em que tentava avaliar minha vida, não notando muito sucesso.

Soltei um suspiro irritadiço, enquanto analisava milimetricamente o teto do meu quarto, não encontrando nada que pudesse prender minha atenção. Não havia nada que eu pudesse fazer para mudar minha vida, somente se voltasse ao passado e deixasse todas as experiências que ignorei fazer parte da minha vida. Fechei meus olhos em frustração, que por incrível que parece foi algo bom, uma vez que adormeci quase que imediatamente, com o peso dos trinta anos me tomando.

XxXxXxXxXxXxX

Acordei subitamente, totalmente suada, não sei se pelo sol quente da manhã que entrava pela janela de meu quarto ou pelo sonho estranhamente vivido que tivera.

Esfreguei meus olhos com os nós dos meus dedos, tentando afastar as imagens do sonho. Era extremamente estranho que depois de quase doze anos que terminei o colégio ainda sonhava com aquele incrível quarterback de espetaculares olhos verdes, cabelos bagunçados de um tom singular de bronze, corpo atlético, com músculos bem definidos, que atualmente jogava no New York Giants, sendo um dos melhores e mais caro atleta do país.

Suspirei afetada.

Nem mesmo o fato de Edward Cullen ser irmão da minha melhor amiga, ajudou que ele me notasse. Mas também o que eu queria: o capitão do time de Football que sempre tinha uma loira azeda e com seios imensos ao seu lado, nunca perderia seu tempo olhando para uma total nerd, estranha, comum e feia? Provavelmente eu em seu lugar também nunca olharia.

Puxei um dos meus travesseiros e tapei meu rosto, soltando um grito de fúria contra ele.

Podemos até mesmo morar na mesma cidade atualmente, mas nunca que Edward iria trocar modelos ou atrizes belíssimas e interessantes, por uma chata, estranha e modesta jornalista.

Tirei o travesseiro de meu rosto, tomando uma grande lufada de ar.

– Por favor, Isabella Swan supere Edward Cullen, vocês são que nem água e óleo, nunca se misturarão. – disse para mim mesma, alto o suficiente para que aquelas palavras grudassem de uma vez por todas em meu cérebro.

E com essas palavras em mente, saltei de minha cama e fui enfrentar o dia extremamente longo que vinha por ai. Odiava finais de semana, porque não precisava ir trabalhar ainda mais para que aumentasse a minha frustração era sábado, primeiro dia do fim de semana e meu aniversário. Muito castigo para uma pessoa só.

Desanimadamente arrastei-me até o banheiro para lavar meu rosto e escovar meus dentes, vestindo uma roupa confortável para ficar em casa, iria ler um livro até a hora de ir a maldita festa que Alice me convocou.

Óbvio que até mesmo ler um simples livro nesse maldito dia era impossível, já que meu telefone parecia programado para me irritar tocando de vinte e vinte minutos com alguém querendo me desejar feliz aniversário.

Porque não podiam esquecer isso?

Como era irremediavelmente impossível adiar o inevitável, resolvi começar a me arrumar para a tal festa, ou o que quer de fosse, Emmett – meu irmão mais velho – e sua esposa Rosalie passariam para me buscar por volta das sete da noite, vendo que já era quase seis e nem mesmo uma roupa eu tinha escolhido e que me encontrava um lixo teria que agir rápido, muito rápido.

Assim depois de um banho rápido, fui para o meu quarto vestir a única roupa que fugia dos padrões que usava para trabalhar: uma calça jeans justa, uma bata xadrez vermelha com preto acinturada que foi presente de Rosalie, uma sandália de salto – para o meu desgosto, mas se eu não usasse minhas duas amigas provavelmente obrigariam que voltasse para casa e colocá-las – que foi presente de Alice.

Depois de vestida fui até o banheiro dar uma ajeitada nos meus cabelos, que estavam no seu pior comportamento definitivamente em um bad hair day, mas como havia lavado ele na noite anterior me recusei a fazer novamente, e me maquiar. Me arrumar desta maneira era algo que eu odiava, mas conhecendo minhas amigas como eu conheço sabia que não teria muita escolha.

Mal acabei de sair do banheiro para ouvir uma batida na porta do meu apartamento: Emmett e Rosalie. Com os saltos mortais que estava nos meus pés, caminhei o mais rápido possível até a porta para abri-la.

Bastou que eu abrisse a porta para que os braços fortes e grandes do meu irmão me apertassem em um abraço de urso.

– Bells! – exclamou alto demais no meu ouvido. – Que saudade de você maninha.

Emmett apesar de ser um ano mais velho do que eu, era um eterno crianção. Até hoje não entendia como uma líder de torcida linda, poderosa, loira quase a encarnação de uma Barbie como Rosalie foi se apaixonar por ele, e ainda estivessem juntos há quase treze anos. Rose dizia que era por causa dos seus incríveis e curiosos olhos castanhos que ela se apaixonou, o que era estranho já que se tinha duas coisas que Emmett e eu compartilhávamos além dos mesmos pais, era a cor dos cabelos e dos olhos.

Então como Emmett poderia com dezesseis anos ter encontrado o amor de sua vida e eu com trinta nem chegava próximo a isso?

– Saudade de você também irmãozão. – respondi, dando um beijo estalado em sua bochecha. Sempre quando estava próxima de Emmett me sentia como uma adolescente, mas era bom pelo menos em um momento da minha vida não lembrar a idade que tinha. Assim que me afastei dele, vi sua belíssima esposa nos observando.

Lembro como se fosse hoje quando a imponente e desejada capitã das lideres de torcida me procurou no banheiro para ajudá-la a conquistar meu irmão. Foi surpreendente ver aquela cabeleira loira reluzente. Olhos de um azul lápis-lazúli tão vivos que às vezes era incomodo olhar para eles por muito tempo. Sua pele que não tinha as imperfeições que normalmente adolescentes tem, e um corpo escultural demais para uma garota de dezessete anos.

Rosalie parecia uma boneca, na verdade ela ainda era uma boneca até hoje; e vendo ela naquela situação, tão vulnerável pedindo algo que estava mais fácil do que respirar para ela foi inestimável, pois mostrou para mim que até mesmo a autoconfiante e linda líder de torcida era vulnerável ao amor, a um garoto.

Tanto que depois que ela passou a namorar Emmett pediu para que entrasse para as lideres de torcida, mas tímida, desajeitada, estranha e nerd como eu era, recusei a proposta. Como me arrependo disso, talvez Edward tivesse me notado.

– Hey gostosa. – cumprimentou Rosalie, vindo me abraçar. – Como é que pode alguém a cada ano parecer mais nova? Qual é seu segredo? – inquiria uma divertida Rosalie.

– Segredo. – a provoquei.

– Me conte ele então, porque encontrei um pé de galinha hoje. – sussurrou em meu ouvido, fazendo com que eu gargalhasse alto.

– O que as duas mulheres da minha vida estão fuxicando? – questionou Emmett vindo até onde estávamos na soleira da porta com uma maça que ele pegou em minha cesta de frutas sobre a mesa em mãos.

– Deixe mamãe te ouvir falando isso. – provoquei. Emm somente rolou os olhos, aquilo era um gesto tão meu que foi impossível não rir.

– Emmett você acabou de comer em casa e vem aqui e ataca as coisas da sua irmã? – ralhou Rosalie, novamente ele rolou os olhos.

– Vamos? – disse com a boca cheia, visivelmente mudando de assunto, arrancando risos de mim e um olhar enviesado de Rosalie.

– Vamos – concordei. -, só vou pegar minha bolsa. – falei indo até meu quarto com rapidez e pegando a bolsa que estava sobre minha cadeira, e indo ao encontro dos dois que estavam rindo de algo na sala. – O que foi? – perguntei sem rodeios.

– Você correndo de salto Bells. – gargalhou Emmett. Somente fechei meus olhos em fendas tentando controlar o surto de irritação que estava prestes a me assolar.

– Vamos logo antes que Alice venha pessoalmente nos buscar por chegar um segundo sequer atrasado. – bufou Rosalie, olhando para seu telefone, provavelmente vendo alguma mensagem de Alice.

XxXxXxXxXxXxX

O lugar que escolheram para fazer a tal festa em comemoração ao meu aniversário é um pub irlandês chamado Saint Patrick, em pleno Soho, que se encontrava abarrotado de gente comemorando sabe-se lá o que. Por sorte Emmett com sua corpulência conseguiu abriu caminho até a mesa que estava reservada para nós – Alice como sempre não deixava nada pela metade -, porém a mesma ainda estava vazia, sem sinal de Alice ou seu noivo Jasper.

– Ué? Cadê a pintora de rodapé? – perguntou Emmett divertido para Rose.

– Ela disse que já estava chegando, duvido muito que ela e meu primo tenham decidido fazer alguma aventura sexual uma hora dessas. – ponderou Rosalie, no mesmo instante que os uma saltitante Alice com seus cabelos curtos, mas com pontas meticulosamente espetadas para fora, aparecia logo atrás de Rosalie.

Seus olhos verdes curiosos me olharam de cima abaixo, analisando clinicamente minha escolha pelas roupas. Me encolhi internamente, mas logo recebendo um sorriso radiante dela aprovando o look que havia escolhido.

– Bella! – gritou, se jogando em meus braços me abraçando com força. – Parabéns amiga tudo de bom para você, mas vamos comemorar? Ah!, temos muito o que comemorar. Poxa você está fazendo trinta anos! Trinta. Isso é um marco histórico. Precisamos todos perder as estribeiras, agir como adolescentes novamente. – dizia com rapidez uma animada Alice.

– Ali, baby, deixe Bella respirar um pouco. – disse pausadamente e reconfortantemente Jasper, paixão de Alice desde os tempos da escola, mas que se separaram quando ele foi servir o exército e a baixinha estudar moda em Paris. Porém, felizmente se reencontraram há três anos e desde então mergulharam nessa paixão avassaladora que os dominava desde quando éramos adolescentes, e estavam de casamento marcado para daqui oito meses.

Jasper Hale Whitlock era primo por parte de mãe de Rosalie, e assim como ela tinha cabelos loiros meio dourados, porém ao contrário dos da prima os de Jasper eram crespos, seus olhos não eram do mesmo tom azul de Rose, eram mais escuros, profundos e perceptivos, como duas safiras. Sorri compassiva para Jasper, o cumprimentando com um abraço enquanto me desejava parabéns.

Uma das melhores coisas de viver em Nova Iorque é que meus amigos do colégio também viviam aqui, e sempre estavam ao meu lado para o que desse e viesse, mesmo quando estávamos somente os cinco assim, ou resumindo dois casais e eu a tocha olímpica preferida deles.

– Por que vocês demoraram Alice? – questionou Rose curiosa.

– Tivemos uma visita surpresa e tivemos que trazê-lo junto. – explicou Alice dando de ombros.

– E que visita? – perguntamos eu e Rosalie em uníssono. A baixinha deu um sorriso divertido, enquanto se erguia na ponta de seus pés – mesmo com os saltos gigantescos que usava -, procurando a pessoa.

Ali! – disse apontando para a multidão, onde um homem alto com um boné do New York Giants tentava se esquivar das pessoas que o rodeavam.

Todos entramos em um silêncio de surpresa, tamanho era o choque.

Edward? – a voz de Emmett soou impressionada. – Aquele é o Edward? Ele que é a visita? – Alice e Jasper sorriram amplamente, no mesmo instante em que ele se aproximava da nossa mesa.

Tive que engolir em seco.

Edward Cullen continuava admiravelmente lindo. Tudo bem que acompanhava a NFL somente para poder vê-lo, mas uma coisa era vê-lo naquele uniforme azul, vermelho e branco, com capacete e aqueles imensos protetores nos ombros, outra totalmente diferente era ver Edward de calça jeans e camiseta preta de alguma banda.

Seus cabelos desgrenhados se escondiam por debaixo de seu boné, mas alguns fios rebeldes apareciam aos lados, revelando sua cor exótica e singular de bronze. Seus olhos verdes do mesmo tom dos de Alice estava fixo onde estávamos, enquanto um sorriso ligeiramente torto e encantador brilhavam em seu rosto de anjo.

Percebi minhas pernas ficando fracas. Não estava preparada para encontrar com Edward, tudo bem que ele nunca soube que assim como todas as meninas do Forks High School – tirando apenas Rosalie e Alice – tinha uma quedinha, ou no meu caso um tombo por ele, e reencontrá-lo depois de quase doze anos no dia do meu aniversário era algo no mínimo peculiar.

– Não acredito no que meus olhos vêem, Edward Cullen o grande astro do Giants e o melhor jogador da liga por quatro anos seguidos em um modesto pub no Soho, o que fizemos para ter tamanha honra? – questionou um divertido Emmett, tomando a frente de todo indo onde o ruivo estava parado, o abraçando em um tipo de abraço camarada e másculo.

Emmett e Edward jogaram lado a lado no time do colégio, obviamente o ruivo na mesma posição que ele era conhecido nacionalmente, enquanto meu irmão era Fullback. Todavia, Emm não tivera a sorte de Edward jogando na universidade, tendo uma lesão grave logo no primeiro ano que resultou seu afastamento definitivo dos campos, enquanto Edward depois de ser destaque por quase quatro anos nas ligas universitárias, finalmente foi convidado para jogar na National Football League, onde rapidamente se tornou o jogador mais valioso, promissor e desejado por todos os times do país.

– Emmett Swan! – exclamou Edward com sua voz rouca e profunda, porém incrivelmente sexy. – Como você tem andado? Alice me disse que você virou empresário de artigos esportivos, precisando de um garoto propaganda? – inquiriu divertido, fazendo com que todos rissem, uma vez que não era segredo que Edward era garoto propagando de várias empresas de artigos esportivos e todas elas que Emmett revendia em sua loja.

– Desta vez irei passar. – respondeu Emmett, dando um tapa nas costas do ruivo, que logo virou para a loira ao lado do meu irmão.

– Não acredito que essa é Rosalie Hale, aquela líder de torcida que achava durona, mas bastava ficar perto do Teddy Bear aqui – bateu no ombro de Emmett. -, que se derretia feito sorvete no verão. – brincou. Rosalie riu sonoramente, antes de abraçá-lo.

– Você continua péssimo como sempre com essas piadinhas Cullen. – provocou a loira. Edward gargalhou, finalmente olhando para mim.

Engoli em seco seguidas vezes, sentindo meu coração bater em minha garganta e minhas pernas fraquejarem.

– Porém você eu não a reconheço. – disse fechando seus olhos em fenda. – Alice disse que era aniversário de uma amiga, Isabella Swan, mas que eu me lembre Isabella Swan era uma nerd estranha que andava com ela no colégio, mas você não se parece nenhum pouquinho com aquela garota. – explicou me analisando de cima abaixo. – Você parece sexy como o inferno, decidida, linda, nada haver com aquela menina do colégio. – completou sorrindo torto.

– Ei! Não fale assim da minha irmã. – ponderou Emmett, Edward olhou dele para mim, de mim para ele, e com a voz totalmente atrapalhada questionou:

Isabella? Isabella Swan? – confirmei com a cabeça, recebendo um novo olhar de cima a baixo de Edward, que assobiou baixinho. – E o patinho feio, realmente virou um cisne. – murmurou sobre sua respiração, me deixando completamente vermelha e sem graça.

Jasper coçou sua garganta, enquanto Alice e Rosalie se entreolhavam e seguravam uma risada prestes a explodir por suas bocas.

– Parabéns Bella.

Oh. Meu. Deus.

Ele disse meu nome.

Edward Cullen o meu sonho de consumo mais que metade da minha vida havia me chamado de Bella. Por favor, alguém me belisca ou me acorde porque isso só pode ser um sonho.

Balancei minha cabeça, tentando tirar dos meus pensamentos a comemoração interna que acontecia dentro de mim por ouvir Bella escorrendo por aqueles lábios. Eu sentia minhas bochechas rubras de vergonha, enquanto meus dentes mordiscavam com ansiedade meu lábio inferior.

– Obrigada. – murmurei timidamente, recebendo em troca seu inigualável sorriso torto.

Ok, talvez esse meu aniversário não estivesse tão ruim e fazer trinta anos não era tão terrível como passei o dia tentando me convencer.

Rapidamente nos acomodamos na mesa. Os casais obviamente ficaram lado a lado, deixando com que eu e Edward ficássemos frente a frente, enquanto o papo leve, marcado pelas lembranças alegres dos cinco no FHS preenchia a noite, regada de bebidas.

Odiava sentir-me excluída, mas no caso as lembranças do colégio era algo que eu realmente não tinha nada a partilhar, a não ser claro que fosse sobre a biblioteca da escola.

Após uma enxurrada de lembranças, que incluíram algumas coisas da faculdade, para a minha vergonha, me encontrava levemente zonza quando finalmente a garçonete trouxe o bolo que Alice havia comprado. Como sempre a baixinha acertara, escolhendo meu favorito: chocolate trufado.

Foi absurdamente constrangedor ver os cinco começando cantar parabéns, que rapidamente foi seguido por todo o bar, que cantavam a plenos pulmões.

Coisas de bêbado.

Corei furiosamente me amaldiçoando internamente por ter sido uma adolescente tão introspectiva e recatada no colégio. Se eu tivesse agido de modo diferente naquela época, as coisas hoje, com toda a certeza seriam diferentes.

– Faça um pedido, Bella. – pediu Alice que estava ao meu lado.

Como estava livre de qualquer pensamento do que acontecia no momento, continuei minha linha de raciocínio anterior, enquanto mentalmente o pedido era feito, porque, por favor, isso nunca iria acontecer:

"Que eu pudesse ter dezessete anos outra vez."

Assim que mentalizei as palavras assoprei com força as velas com os números três e zero na minha frente. Para acompanhar o bolo, mais uma rodada de bebidas veio, seguida de outra, e mais outra e assim consequentemente.

XxXxXxXxXxXxX

Eu sentia minha cabeça latejando e extremamente pesada. Era como se uma pilha de tijolos tivesse caído sobre ela, e ninguém teve a capacidade de retirar. Não fazia a mínima ideia de como tinha voltado para casa na noite anterior, talvez meu irmão e Rose tivessem me trazido, ou Alice e Jasper, eu não sei, mas eu era imensamente grata a qualquer um deles por me tirar daquela roupa que vestia e colocar minha camisola de algodão em mim.

Com os olhos ainda fechados por conta da dor de cabeça que sentia, espreguicei-me em minha cama, sentindo-a estranhamente diferente, porém não me incomodei muito. Talvez aquilo fosse somente o efeito do álcool ainda correndo em meu sangue.

Tão lentamente como era possível abri meus olhos, ainda embaçados por causa do sono, mas a primeira coisa que focalizei foi o lustre acima da minha cama. Não eram os pratas do meu apartamento em Nova York, eram os bronzes da casa dos meus pais em Forks.

Talvez eu ainda estivesse bêbada e imaginando coisas. Virei em direção à janela do meu quarto para ver o sol vibrante do final de verão na cidade que nunca dorme, mas me surpreendi mais uma vez, em ver a neblina e a chuva inquietante que caia.

Estranho.

Notando que eu precisava de uma aspirina imediatamente, porque estava imaginando coisas, levantei ainda sonâmbula, indo até minha cômoda pegar uma, porém minhas coisas pareciam não estar em seus devidos lugares. Lutando contra meus olhos que não queria se abrir mais do que estavam, forcei com que eles analisassem o local, me surpreendendo ao ver que aquele era meu quarto na casa dos meus pais. Meu quarto de quando estava no High School.

Corri até a janela, para observar a imagem extremante verde e melancólica que somente Forks no estado de Washington tinha. Estranho, o que eu estava fazendo na casa dos meus pais, um dia depois do meu aniversário de trinta anos?

Resolvi que era melhor procurar alguém e descobrir que raios estava acontecendo. Porém, quando passei em frente ao espelho da década de vinte que pertencera a minha bisavó, congelei.

Meus olhos – provavelmente ainda sob o efeito do álcool -, não olhava a mulher decidida, profissional que eu sou, mas sim a adolescente tímida e medrosa que eu era no colegial. Aquilo só podia ser uma alucinação. Pisquei seguidas vezes, tentando clarear minha mente e voltar a ver as coisas normalmente. Mas para a minha infelicidade, nas três vezes seguintes eu continuava a mesma garota de dezessete anos.

– Mas que merda! – murmurei, ao mesmo tempo em que alguém batia na porta do meu quarto, assustando-me.

Agiliza Bells, não podemos chegar atrasados na escola hoje! – a voz retumbante e forte de Emmett gritou.

Meus olhos se arregalaram de pavor, analisando mais uma vez a imagem que era refletida no espelho.

– Oh. Meu. Deus. – falei para o reflexo no espelho, tocando seu rosto enquanto este fazia o mesmo.

Não, não, não... Não podia ser! Foi um pedido idiota e essas coisas não funcionam, não assim trazendo para o passado, certo? Lógico que era certo.

Mas então por que...

– Vamos Bells! Vou deixar você em casa. – gritou Emmett novamente, próximo a porta do meu quarto.

Respirei profundamente, tentando me tranqüilizar. Quer dizer como eu poderia me tranqüilizar, não tinha como.

Eu simplesmente tinha dezessete anos mais uma vez.


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Notas finais do capítulo

N/A: Hey meus amores!
Eu sei, vocês devem estar pensando: "Mas o que é isso? Carol escrevendo coisas fuffly e SAP (sweet as possible)? Chegou 2012 e ninguém percebeu?", não gente eu não fui abduzida e não estamos vivendo em uma realidade alternativa, somente *suspira* cansei dos meus dramas policiais que me tomam muito tempo, me dão mais trabalho do que se pode imaginar, me desgastam e as vezes não atrai algumas pessoas, mas acalmem não vou largá-los, somente estou criando algo que me relaxe, e é exatamente isso que TEENAGE DREAM será: relaxante.
Além de não ter aqueles dramas poéticos que vire e mexe eu escrevo, essa aqui também não será o tipo de fanfic com capítulos looooooongos e exaustivos, que também é minha marquinha pessoal. Ela será com capítulos pequenos, rápidos e divertidos, porque COME ON, você com seus trinta anos voltar a ter dezessete assim do dia para a noite é no mínimo divertido. Alguma semelhança com o filme De Repente 30, não é mera coincidência. *KKKKKKKKKK*
Bem... como surgiu a ideia: fazia tempos que estava com vontade de escrever algo adolescente, mas até então não havia surgido A ideia, mas dia 11/11/10 assistindo Glee, tocou Teenage Dream, da Katy Perry em uma versão pseudo-gay, e como eu sou uma beesha já fiquei toda animada e... puft... já era, tive que pausar o episódio e escrever a sinopse e alguns detalhes da minha ideia no meu caderninho de ideias. Então o resto vocês já imaginam, com uma dor do inferno em meu pulso esquerdo, efeito de uma tendinite, passei a noite escrevendo isso aqui para presenteá-los com uma nova história.
Quero dar boas vindas a mais nova integrante do meu grupo de betas: Pattitorres, e se JUST JUSTICE atrasar é culpa dela, ok? *brincadeirinha* Outra boas vindas é a minha colaboradora nessa fanfic Cella E.S (quem nunca leu as fics da Cella, corre para ler), e também as pessoas que me ajudam com dados sobre como é o High School nos EUA e etc: Blueberrytree, Oh Carol (autora de fics comédia e tradutora, respectivamente) e ao queridíssimo Google, que sempre é tão eficiente.
Espero que vocês gostem e comentem, porque como eu disse, capítulos, curtos e leves, isso significa que postarei com mais frequência que o normal, não vou delimitar datas, porque bem... eu tenho uma vida e às vezes ela berra para que eu a dê atenção. Vou ficar aguardando as reviews de vocês dizendo o que acharam, ok?
Nós vemos em breve... ;D
Beijos,
Carol.
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N/B: Oi genteeeeeeeeeeeeeeeeeeee!
Ai puxa, sem palavras em ser beta da Carol. É "INEXPLICAVELMENTE BOM DEMAIS" a sensação. Sinto- me honrada pelo convite, e confesso que também estou com medinho de decepcionar! HUASHUASHUASHUAS. Mas vamos deixar o blá blá blá e vamos ao que interessa! Tem combinação mais 'perfect' que a Música da Katy com De Repente 30? Lógico que tem! E você acabou de colocar o olho nela: TEENAGE DREAM! O mais novo filho da dona Carol Venancio. Povo... essa fic vai A B A L A R as minhas estruturas e as suas! O que é esse Edward Cullen chegando lindo e triunfante bem no níver da Bella? MORTAAAAAAAAAA. Pior, dizer que ela está sexy como um inferno. Joga água fria em mim pufavÔôôôôôÔ. Vamos ignorar que ele a chamou de patinho feio HUASHUASHUASHUA. Provocadorzinho! Só eu achei esse Edward interessante? Aposto que não!
Peopleeee... correndo colocando o dedinho no teclado e deixando MUITOS REVIEWS! Sejam bem-vindos a mais nova aventura literária da Carol, que apesar de fugir um pouco da linha de Inexplicavelmente Amor e Just Justice, promete muito romance, muitas risadas, e claro: DRAMA! Leiam, deliciem-se e opinem! E como a nossa querida autora vos fala no início, COME ON, vamos ver a Bella surtada voltando ao passado!
Beijos da Patti :X
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Quer fazer uma pobre autora feliz? oO
Deixa uma review ou um comentário para mim, dizendo se você gostou, ou se odiou, se você tem alguma sugestão! Pois sugestões e palpites aqui são fundamentais! *.*
Ficarei encantada em ler!