Vida louca escrita por Alexia Road, Alexia Stewart


Capítulo 24
#2°temporada-Capítulo 5 - Pequena Erin.


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!Nem adianta reclamar u.u demorei mas vai recompensar.
O capítulo está médio e muito necessario.
Eu gostei de escreve-ló e acho que vão gostar também.
Tenho que falar,por algum motivo chorei escrevendo-o.
Obrigada a Nat pela ajuda.
Curtam:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/108729/chapter/24

POV Bella

Eu já imaginava que alguma “catástrofe ecológica” aconteceria aqui.

Kebi rastejou para baixo dos acentos e começou a arranhar o estofado. O barulho era altamente irritante.

– Eu disse que não era uma boa ideia trazer esse bicho! - Rose acusou.

–Ele tinha que vir! - Emm protestou meio manhoso para namorada.

Rose foi ao seu encontro e lhe deu um beijo calmo. – Esse bicho é possuído - sussurrou.

– Dá para alguém fazer alguma coisa? - Perguntei nervosa. O barulho estava mesmo ficando insuportável.

– Emmett que cuide. - Alice disse sentando e cruzando as pernas, perfeita folgada.

Emmett desgrudou-se de Rose e foi atrás de Kebi.

– Edward? - Perguntei com os olhos suplicantes. Ele saiu do meu lado e foi correr atrás da Iguana com Emmett.

– Sai daí. - Edward sibilou para Emm que estava abaixado tentando pegar o bicho possuído.

– Cuidado Edward. - Karine que até então estava quieta ao lado de Fernando pediu.

– Não queremos ninguém machucado. - Samantha sibilou lá trás.

Até tinha me esquecido que aquela peste estava ali, melhor assim.

Ouvi o rastejo de Kebi.

– PEGA! PEGA! - Rose gritou com Lice em seu encalço.

Dessa vez Edward ajoelhou e tateou o chão, finalmente se levantou com a coisa nos braços.

– Kebi! Trate de se comportar! - Emm resmungou para Kebi, enquanto o pegava do colo de Edward.

Suspirei aliviada quando o barulho cessou, minha cabeça não estava nada bem.

“Atenção, iremos decolar, por favor, botem os cintos, desejo uma boa viagem a todos” A voz de Adrian soou pelo avião.

Edward sentou-se ao meu lado novamente e pôs o cinto, fiz o mesmo e gemi baixinho com a cabeça latejando.

– Está tudo bem amor? Sono? - Perguntou acariciando meu rosto.

Juntei-me a ele o máximo possível, meu nariz próximo a sua clavícula toquei meus lábios ali sentindo seu cheiro altamente delicioso.

– Um pouco, uma dor de cabeça que não me deixa em paz. – Sussurrei.

Ele acariciou meus cabelos, e beijou minha testa. – Durma um pouco.

Com seu carinho fui relaxando e perdendo a noção de onde estava, rendi-me ao cansaço que não sabia de onde vinha e adormeci.

Sentia-me leve, como se estivesse em um sonho, na realidade eu tinha absoluta certeza de que era um sonho, pois eu estava vestida toda de branco, meus cabelos mais compridos e enrolados, caindo em cascatas emoldurando meu rosto.

Em meus braços um pequenino ser, um bebê adormecido, com os lábios curvados em forma de sorriso, parecia uma princesinha e a minha frente estavam minha mãe e Carlisle. Renée olhava-nos com adoração, seus olhos iluminados com um orgulho inexplicável. Carlisle com um sorriso aberto, eu podia sentia o amor irradiar de seus corpos.

Edward estava à uma certa distância, perto do mar, que até então não havia notado.

Olhei em volta e me encontrei, na praia perto da casa do Caribe, as ondas quebrando na areia as gaivotas soando no céu.

O bebê em meus braços agarrava-se em minha blusa e virava o rosto contra meu peito.

Onde exatamente eu estava?

– Se prepare minha filha – Minha mãe disse, sua feição iluminada evaporou, tornando-se agora triste e chorosa.

Eu não conseguia pronunciar uma palavra sequer, minha mãe e o pai de Edward... Ali de frente para mim. Pessoas que tanto sofro com falta, que penso, que sinto que estão sempre comigo, mesmo que não possa vê-los.

– Bella, lembre-se que as coisas acontecem e precisam acontecer, a culpa não é sua filha.

Do que eles estavam falando? Tenho certeza que uma feição confusa se formou em meu rosto, minha mãe sorriu em compreensão.

– Oo-que exatamente vai acontecer? - Gaguejei.

Carlisle passou a mão por meu rosto, secando minhas lágrimas que desciam inconscientemente.

– Não chore querida, pense nas coisas boas.

Eles falavam coisas sem sentido, não conseguia ligá-las a nada.

O bebê se remexeu em meus braços e minha atenção se voltou inteiramente para aquela coisa miúda.

– Lembre-se Bella, sempre estaremos com você. - Renée sussurrou.

Passou seus dedos por cada traço de meu rosto, seu toque parecia uma pluma em minha pele, era bom.

Desviei meu olhar para criança que puxava minha blusa, ela continuou a se remexer e sem entender nada a ajeitei nos braços.

O que aquela pequena fazia ali comigo?

– Pequena Erin... - Sussurrei. Não tive controle de minhas palavras dessa vez, elas simplesmente saíram.

A criança me fitou com seus olhos incrivelmente verdes assim que pronunciei o nome.

Olhei em volta à procura de Edward, ele não me olhava. Estava sentado na areia com os pés esticados, as ondas iam e vinham molhando seu corpo. Parecia nem notar minha presença, passou a mão pelo rosto e vi seu peito subindo e ele começando a soluçar...

Abri os olhos de uma vez.

– Bella? - Olhei para o lado e lá estava Edward fitando-me preocupado. - O que aconteceu?

– E-eu não sei... Um sonho esquisito.

– Não chore amor. - Ele secou minhas lágrimas com a ponta dos dedos e depositou um beijo em minha testa.

Não disse mais nada, olhei para cima onde havia um “painel de informações” e a opção de levantar era permitida.

– Vou ao banheiro. – Disse sem fitá-lo.

Levantei e soltei nossas mãos.

Dentro do banheiro olhei para o espelho da cabine apertada.

Estava pálida, muito mais que o normal, meus olhos vermelhos acompanhados do nariz.

Os cabelos lisos emoldurando meu rosto.

O que era aquele sonho? Porque estava me perturbando tanto?

Sentei na tampa do vaso e comecei a chorar.

Minha mãe e Carlisle... Eles estavam felizes, tão lindos e jovens como eu me lembrava.

Nesse momento senti algo em meu ombro e tremi, olhei em volta e nada.

Eu estou enlouquecendo? Nem sei o porquê de estar chorando.

Meu coração pareceu se contrair dentro de mim, no momento em que fitei a linda menininha em meus braços, minha pequena Erin. Nunca havia visto ela, porém me lembrava tanto Edward.

POV Samantha

Não entendi absolutamente nada quando Bella levantou chorando e se trancou no banheiro.

Dei uma espiada para ver Edward e como desconfiei ele parecia preocupado e confuso.

Desde o aeroporto notei Bella com uma cara estranha, estava mais pálida e parecia cansada, olheiras escuras embaixo dos olhos.

Algo parecia estranho nela e mais ainda em mim, por estar me importando com isso.

Claro que as novidades haviam chegado aos meus ouvidos; à noite romântica dos pombinhos em um lugar secreto.

A verdade é que eu não estava nem aí. Para mim não muda nada.

O que me incomodou de verdade foi saber que ela poderia estar gravida. Já tive pessoas próximas a mim que a tal pílula do dia seguinte não resolveu nada. Isso sim mudava tudo.

Posso não parecer muito madura, mas sei valorizar uma vida.

Um bebê, um ser, uma criança, mais um ser humano. Não mexeria com isso, sou muito imatura e admito que sim tenho inveja de minha prima. Porém seria burrice e irresponsabilidade mexer com uma mulher grávida.

Ser irresponsável? Pra mim é a mesma coisa que ser responsável. Mas uma das poucas coisas que absorvi dos ensinamentos de minha mãe é que não é esperto mexer com algo que envolva uma vida.

Então até que estivesse provado que Isabella não está grávida, eu ficaria na minha, só tentando atrair os olhares de Edward.

Veja bem, eu pararia de mexer com Bella e com Edward escrachadamente, porém nada mais perfeito botar uma parte do plano em prática como se fosse algo natural.

Eu rezo para que Bella não esteja grávida, assim eu poderei continuar tudo que planejei com tanto cuidado.

Bella voltou para seu assento e estava com uma aparência péssima, ela havia chorado, e pelo nariz vermelho e olhos inchados, chorado muito.

POV Edward

Não sabia o que Bella tinha sonhado, mas precisa saber.

O que era capaz de deixá-la naquele estado? Tristeza estampada em suas feições. Ela tinha ido ao banheiro para chorar longe dos meus olhos.

O que estava acontecendo com a minha Bella? Assim que ela descansasse no Caribe eu iria interrogá-la.

Ela se acomodou em meu ombro e em poucos minutos estava dormindo de novo.

Sua bolsa de mão estava em seus pés, aberta, seu caderno roxo pulava para fora da bolsa, logo tudo estaria no chão.

Segurei a cabeça de Bella o mais gentilmente possível e peguei sua bolsa, nada caiu.

O Caderno me chamou a atenção na primeira página tinha “AUTOBIOGRAFIA - ISABELLA SWAN”

Arrumei a bolsa e a fechei apoiando-a em meus pés.

Abri o caderno, e com a curiosidade gritando, comecei a ler.

Eu não ligava muito para que fazia quando pequena, obedecia tudo que os irmãos Cullen’s falavam.

Desafios eram os meus preferidos, sempre disse para não duvidarem de nada, pois no meu mundo tudo é possível.

Minha irmã Rosalie era bem maldosa quando éramos pequenas, lançava desafios nojentos e difíceis, mas eu não ligava.

Chiclete pisado do chão? Encarava.

Tocar companhia do cara mais estressado do bairro? Encarava.

E tantas outras artimanhas que um grupo de crianças pode inventar. Porém, a perda dos nossos pais mudou tudo.

Eu me fechei para certas coisas e usava meu tempo vago para chorar pelos cantos. Pode parecer absurdo, mas mesmo depois de todo esse tempo sem meus amados pais, eu não me sentia sozinha, a companhia deles... Eu podia sentir.

Minha infância acabou um pouco mais cedo do que eu queria, mas me sentia responsável por minhas irmãs.

Por mais que quisesse me esbaldar com outras crianças em brincadeiras divertidas, em casa estava cercada de tristeza e infelicidade.

Uma parte de mim só queria se esconder de tudo, chorar até não aguentar mais. Pensei inúmeras vezes no valor de minha vida, sem meus pais não havia porque viver.

Porém o dia que peguei meu melhor amigo chorando sentando em um canto de seu quarto, encolhido como um bichinho sabia que tinha que ajuda-los.

Meus amigos... Minhas irmãs... O resto de família que me sobrara precisava de mim.

Rosalie é a mais velha, mas nunca fez sentido ela cuidar de algo ou alguém. Ela não estava preparada para isso e era uma das que mais precisava de cuidados.

Passei um dia quase todo agarrada ao meu melhor amigo, Edward. Nós chorávamos juntos e buscávamos forças um no outro, mas não havia nada. Nenhum dos dois tinha forças e nem palavras. Só tínhamos um ao outro.

Até agora a morte dos meus pais foi à coisa mais triste e difícil que tive que enfrentar...

Meus diários viraram cobaias da minha tristeza, eu tinha que falar com alguém... Mas quem? Quando todos estavam sofrendo? Pela mesma coisa que eu?

Foi então que criei a Marie, minha amiga “imaginária”, meu diário.

02 de Agosto de 1999.

"Querida Marie,

Preciso colocar meus sentimentos de uma vez por todas para fora, pois não posso jogá-los aos sete ventos. Minha infância infelizmente durou pouco, perdi as duas pessoas mais importantes da minha vida, meus heróis, meus ídolos, meus modelos, meus amados pais. Isso é claro, não me impedia de me preocupar com minhas irmãs, ou até de me sentir responsável por elas, sempre fui super protetora, é algo que está contido em mim.

Mesmo que no fundo eu quisesse me esbaldar em brincadeiras com outras crianças, minha casa agora já não era assim, havia virando um túmulo, onde cada pedacinho me lembrava eles, e trazia tristeza, infelicidade e impotência, impotência por não ter sido capaz de salvá-los. Uma parte de mim; queria nada mais, nada menos do que me esconder e isolar do mundo, e chorar até não me aguentar mais.

Inúmeras vezes pensei no valor de minha vida, afinal de que valia estar ali se eles já haviam partido? Não fazia sentido viver, não sem meus pais.

Mas quando peguei meu melhor amigo chorando sentando em um canto de seu quarto encolhido em uma posição fetal, como um bichinho indefeso, eu sabia que tinha de ajudá-los.

Meus amigos, minhas irmãs, o resto da família que agora estava despedaçada precisava de mim. Eles eram motivos mais do que suficientes para viver.

Rosalie apesar de ser a mais velha, nunca pensou em nada mais do que seu próprio umbigo, e certamente ela não estava preparada para isso, como aparentemente eu estava.

Passei um dia inteiro, praticamente grudada em meu melhor amigo Edward, partilhávamos a mesma dor, chorávamos juntos e buscávamos forças um no outro.

Não havia nada além do silêncio e das lágrimas, não havia formas de expressar nossa dor.

Até hoje, a morte deles foi o que mais me abalou, um dos obstáculos mais difíceis que já tive que superar..."

Fechei o caderno com as mãos trêmulas. Relembrar aquela época, assim tão de perto, contada por Bella foi algo que... Não esperava.

Não esperava que ela contasse isso tão vividamente, reescrevendo partes de seu diário.

Depois daquela tarde que me agarrei a Bella, ela simplesmente não chorou mais. E agora sabia como ela havia conseguido se manter forte.

Minha Bella salvou a todos nós. Sendo forte ela ajudou cada um com seus sentimentos e tristezas.

Eu poderia ser um garoto revoltado, uma parte da vida sendo criado pelos tios, mas não.

Graças a Bella, nenhum de nós ficou sozinho ou perdido no mundo. Graças a minha amada, estávamos juntos.

Minha Bella salvou a todos nós.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? exagerei no choro? rsrsrs
Deixei vocês curiosos certo?
Queria pedir de todo coração para deixar recomendações,fiquei sabendo do medo de vocês.
Não tem importancia se a 2° temporada está junto com a 1°, recomendem e façam uma autora feliz *-*
E Então o que acharam da pequena Erin?
Essa ai será uma completa sofredora...
Surpressas vêm por ai.
Beijos!
Alexia.