Vida louca escrita por Alexia Road, Alexia Stewart


Capítulo 22
#2 Temporada-capítulo 3 - Pra sempre sua.


Notas iniciais do capítulo

Olá amores.
Primeiramente mil desculpas pela demora.
O capítulo estava pronto desde quinta,mas a Lana está estudando muito e iria betar hoje,quando a mesma chegou em casa,estava sem net.
Eu entrei em desespero e do nada a Salvação chegou.Marcella Barotini leitora e parceira de fics comigo entrou,por tanto esse capítulo é betado por ela.Espero que gostem.
Um beijo.
Alexia.
P.s: Atualizado com a betação da Lana.



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Terceira Pessoa.

Chocados. Ainda estavam assim. Ninguém ousava se pronunciar.

Samantha estava ansiosa para saber, se seus “queridos” primos haviam caído em seu papo.

O primeiro a falar foi Emmett que já não aguentava mais se segurar, ele com uma expressão de pavor disse:

–Foi abduzida! Eu disse! – Ele disse tremendo os braços. Bella e Karine se abraçaram e riram.

Samantha continuou olhando pros primos calada como se Emmett não tivesse falado. E como se fosse um gesto comum de sua parte, entrelaçou as mãos na frente do corpo, passando a imagem de uma garota agradável.

Bella rolou os olhos percebendo seu gesto e se aninhou nos braços de Edward.

–Samantha isso é sério? – Jasper perguntou.

–É primo, eu apenas estou cansada de aprontar, de ver todos me odiando, não me suportando, só quero ser amada. Quero paz.

–Quem costuma tirar a paz daqui é você... – Bella murmurou. Edward a apertou um pouco em seus braços.

Samantha teve que se segurar para não fazer uma careta com sua frase, ela em seu estado racional nunca diria isso. Deus o que ela estava fazendo?

–Samantha eu posso ser sincera? – Rosalie perguntou.

–Sim – ela respondeu e levantou o olhar de suas mãos.

–Eu não acredito em você, nem um pouco.

–Não estou pedindo que acreditem em mim, apenas me perdoem. Não espero uma aceitação rápida dessa minha “mudança, eu mostrarei a vocês que mudei, essa aqui é a nova Samantha.

Duas semanas depois...

POV Bella

Já estamos em reta final de férias, logo mais a rotina recomeçaria.

Alice estava animada. Ela iria começar sua faculdade de moda em breve e Rose terminaria a sua.

Eu estava totalmente satisfeita e bem nos estudos. Jornalismo é algo bem interessante.

Edward será um grande empresário. E Emmett e Jasper combinaram de seguir as mesmas profissões, médicos. Cada um com o seu “destino” no mercado de trabalho.

Como nosso tempo total de diversão estava acabando resolvemos fazer uma despedida para essas lindas férias, onde tanta coisa aconteceu. Viajaríamos para o lugar preferido de nossos pais, a casa de praia em Ilhas Virgens Britânicas no Caribe.

Nessas duas semanas todos os preparativos estavam sendo feitos, passagens, ligações, malas e arrumações na outra casa. Ela não ficava abandonada, sempre tinha empregados e vizinhos de total confiança.

Então tudo já está arrumado. Daqui a três dias viajaríamos e todos estavam muito animados.

Infelizmente foi definido que Samantha iria conosco, nessas duas semanas ela tinha realmente mudado. Por incrível que pareça, tinha sido útil e nada irritante, mostrando-se muito prestativa. Mas eu ainda não acreditava nela, duas semanas não superam uma vida toda.

Karine também não relaxou do seu posto de “defensora”, porém andou saindo algumas noites com o tal Dr. Fernando.

Eles andaram se encontrando e às vezes a pegava escondida em um canto da casa, falando ao telefone.

Dois dias depois que a viajem foi definida, Karine avisara que Fernando ia conosco também, não questionamos. Eu estou imensamente feliz pela minha prima. Porém desconfiada das intenções do tal Fernando.

Ela parecia ser a única pessoa, além de mim, a não relaxar em relação à Samantha. Que ela está armando não tenho dúvidas, mas o que exatamente?

Edward parecia meio convencido de sua mudança, ele não falava dela como antes, ela estava conseguindo manipular a quase todos. Eu queria saber o objetivo de todo o teatro.

O resto da gangue, inclusive Edward, estavam lhe dando uma chance. Eu não manifestei minha opinião, estava tentando aprender a ser mais paciente.

As dez mil libras que ganhamos na festa do Jacob foram repartidos entre Rose, Alice e eu, nós resolvemos guardar para projetos futuros.

Enquanto todos estavam envolvidos com seus próprios afazeres eu estou aqui, na parte de trás da casa, onde há uma grande árvore, sentada em sua sombra com o caderno e caneta na mão.

Há muito tempo não tinha ideias para escrever algo. Escrita sempre me chamou a atenção, o prazer de poder se expressar sem ser julgado ou repreendido.

Milhares de diários, desde a adolescência ficam jogados em meu closet e hoje página por página, li todos. Ri dos fatos idiotas, das lembranças da minha infância com meus tios...

Minha vontade de escrever é imensa, mas sobre o que? Sobre quem? Para que? Quero um tema divertido e que possa trazer as leitoras para dentro de minhas histórias, envolvê-las com tudo.

–Bella? – Eu arfei de susto e quase soltei um gritinho.

–Ai meu deus, quer me matar de susto garota? – Alice estava parada bem na minha frente com uma expressão preocupada. – O que foi Allie?

–É a Rose, ela está com problemas técnicos e joga tudo em cima de mim. – ela fez um biquinho.

–Problemas técnicos? – perguntei com uma sobrancelha erguida.

–É... Uma espinha na testa. – eu soltei uma gargalhada.

–Fala para ela passar pomada, pasta de dente...

–Ela não quer sair do quarto e fica descontando o mal humor em mim.

–Ah! Não fica assim, você sabe como ela é.

–É, eu sei. Mas fica avisada, o humor dela está péssimo.

–Quanto drama! É só uma espinha. – ela sentou na sombra da árvore ao meu lado e me abraçou.

–Escrevendo sobre o que? – Alice perguntou.

–Por enquanto sobre nada. Não acho um bom tema. – suspirei.

–Bella... Já pensou em fazer uma autobiografia? Contando sobre nós? Sobre nossa vida? Seria bem legal.

–Autobiografia? Um livro?

–É, por que não?

–Alice! Um livro exige tempo, trabalho, paciência e talento. O máximo que escrevi foram diários contando nossas palhaçadas...

Ela levantou uma sobrancelha.

–Você escutou o que acabou de falar ou o quê? – ela negou com a cabeça –Bella... Bella... Você escreve a tanto tempo, seus diários dariam muitos livros...

–Eu não sei Alice – disse relutante.

Eu? Uma autora de livros?

–Você escreve muito bem, lembra da peça de teatro que teve que escrever? O roteiro ficou o máximo e seu professor adorou.

–Um livro é muito mais que uma peça idiota.

–Deixa de ser boba, não seja insegura, tente pelo menos.

–É, quem sabe...

–Quem sabe. Olha eu vou tentar ajudar a Rose.

–Tudo bem.

Ela se levantou, dando-me um beijo estalado na bochecha e saiu.

Alguns minutos depois e meus diários estavam espalhados ao meu redor, comecei com os mais antigos, aqueles rabiscos, garranchos. Estava cercada de loucuras e coisas que me fazem realmente gargalhar.

A minha decisão foi tomada, uma autobiografia, com as minhas lembranças, meus momentos, minha vida.

Escrever é uma arte, é o local que você pode ser revelar, executar coisas que não pode fazer na vida real, mas em uma história? Ah! Você pode tudo.

Fazer sua própria versão das coisas, mudar o fim de algumas... Criar outras... Escrita é uma diversão, um prazer e eu sou apaixonada por isso.

Eu estava gargalhando com um dos diários na mão quando alguém fez sombra, eu me sentei e olhei pra cima.

–Tudo bem? – perguntei ainda sorrindo. Edward se sentou ao meu lado, me envolvendo em seus braços.

–O que tanto você ri?

–Meus diários antigos... – ele riu e me interrompeu.

–Ah é! Os famosos e secretos diários da Bella, quem chegasse perto era ameaçado.

–Vocês são muito curiosos, mereciam pena de morte. – virei e o beijei.

Nessas duas semanas que se passam, eu e Edward estávamos cada vez mais “próximos” muitos amassos quentes tinham rolado, e eu não me arrependia nem um pouco.

Na verdade, quase sempre éramos interrompidos.

Eu não me sentia insegura e nem com medo em seus braços. Edward sempre foi meu porto seguro e sei que ele é o cara certo para qualquer coisa. E minha primeiríssima vez, com certeza seria com ele.

Edward já sabe que sou virgem, foi besteira “mentir” para ele sobre isso. Ele não me acusou de nada, nós só rimos e ele disse um “eu sabia” me provocando. Claro que sabia, ele saberia se eu não fosse. Porque acima de tudo, Edward é meu melhor amigo.

O controle quando estávamos em momentos como esse, era quase inexistente, não me culpo, Edward é irresistível.

Eu já estava em cima de Edward e nós dois mais envolvidos do que imaginávamos, acabamos rolando para mais perto da árvore e Edward bateu no tronco de lado, derrubando folhas em cima de nós.

Da onde saiu esse fogo?

Eu saí de cima dele rindo.

–Tá vendo o que você faz comigo? – ele perguntou rindo enquanto alisava o lado direito do quadril.

–Ah! Agora eu sou a culpada. – Falei com uma expressão fingida. Me esparramei na grama verde e fiquei olhando para o céu até voltar a olhar pra ele. – Está tudo bem?

–Uma pancadinha dessas não serve nem para deixar vermelho. – eu ri e me foquei no céu azul novamente.

–Edward, será que podemos acampar uma noite na clareira?

Ele veio para cima de mim e olhei para seus olhos lindamente verdes.

–É uma ótima ideia, quer ir hoje? – ele perguntou acariciando minha bochecha com uma das mãos.

–Não, amanhã é melhor.

–Tudo bem, vou arrumar as coisas. – ele fez menção de sair de cima de mim.

–Ah, não vai não! – apertei-o um pouco.

Ele sorriu de lado e se aproximou mais.

–Amor, o que acha de sair dessa grama e ir dar um mergulho comigo? – ele sussurrou entre meus cabelos. “Amor”, segunda vez que ele me chama assim, não foi possível segurar um sorriso bobo. – O que foi? – Perguntou, olhando minha expressão.

– “Amor” ... Isso é tão... Lindo. – disse corando. Ele se enfiou o rosto em meus cabelos de novo.

–É sim, meu grande amor...

–Que que isso? Estamos em público! Vamos parar com essa pornografia – Emmett disse rindo.

Como eu disse, sempre interrompidos.

Eu suspirei e Edward sorriu de lado enquanto saia de cima de mim. Eu arrumei meus diários e os empilhei em meus braços.

–Vou botar um biquíni. Chama o resto da gangue, Emmett. – eu disse.

Não esperei uma resposta, entrei em casa e fui pro meu quarto, deixei os diários na minha cama e fui atrás de todos e com todos juntos arrumei-os na minha estante.

Botei meu biquíni e peguei o rádio, porque não uma festa entre nós?

Shontelle - Battle Cry

Quando saí da casa todos já estavam na piscina, gritando e pulando. Liguei o som e começamos a curtir.

Férias são sagradas, temos é que aproveitar.

Soltei um grito e me joguei na piscina estilo bomba.

Terceira pessoa.

Todos estavam se divertindo muito, até Samantha.

A garota gosta de uma bagunça, ela dançava com todos e ria enquanto se jogava na piscina.

Rosalie finalmente havia saído do quarto, feliz e agora se divertia com todos.

Eles estavam embalados na música já conhecida.

–HEY HEY HEY-EY ESSE É O NOSSO GRITO DE GUERRA! – eles gritaram rindo.

Edward agarrou Bella e os dois caíram na piscina.

Karine empurrou Alice que estava rindo com Jasper, Alice ficou vermelha dentro da piscina, mas depois começou a rir também.

Rose e Sammy começaram a dançar no ritmo da música rindo.

Samantha aproveitou para rebolar bastante, seu plano ainda estava em andamento.

Todos saíram da piscina e começaram a dançar, Samantha foi a primeira a pular na piscina, seguida por quase todos, menos Edward e Bella que estavam se beijando.

Acham que Samantha desistiu de chamar a atenção? Continuou dançando e rebolando, levando as mãos à cabeça. Rose a acompanhou e Alice também. Bella apenas olhava e ria, até Alice a puxar para a dança.

Era uma cena bem engraçada, as cinco dançando e os três namorados olhando para suas meninas.

Bella se divertia com Karine, as duas montavam passinhos e até toques juntas.

Elas foram se aproximando da piscina até do nada Rose empurrar Bella na piscina. Edward pulou também e agarrou Bella, os dois ficaram colados corpo a corpo. Só ai, que ela foi perceber que estava faltando alguma coisa...

–Pronto, isso aqui ainda devia ser uma casa de família! – Emm gritou.

Bella olhou pra baixo e corou violentamente. Sua parte de cima já não estava onde devia. Olhou para Edward e tremeu um pouco com seu olhar sensual, isso sim é uma perdição. Ele riu de lado, e esticou a mão até biquíni vermelho que boiava na água...

A festa na piscina tinha acabado em grande estilo. Emmett nadando atrás de Kebi que pulara na piscina também.

Essa iguana realmente estava na família certa. Nem os animais domésticos ali eram normais...

POV Bella

Quando o poente estava próximo, a temperatura começou a cair.

Resolvemos encerrar a pequena festinha e se agasalhar, menos Emmett que ainda estava tentando pegar a iguana na piscina. Kebi usa e abusa do dono.

Juntei tudo e botei na mesa da sala, voltei para fora. Com certeza, ia chover.

Aqui em Londres as estações são muito bem definidas, inverno é certo ter neve e verão muito calor. A sorte é que vamos para o Caribe, muito sol e praia nos aguardam.

Subi abraçada com Edward até seu quarto.

–Vou tomar um banho. – anunciei. Ele sorriu em resposta e sem pensar muito, entrei e me tranquei no cômodo.

Sentei na banheira e a deixei encher, olhei para janela de vidro amarelo que estava um pouco aberta, foquei-me no céu azul.

Hoje foi sem dúvida um dia muito bom e feliz. Repassando todos os momentos, me lembrei como nem me importei com a presença de Samantha e como meus “irmãos” estavam felizes.

Voltei a pensar na escrita... Eu queria mesmo me envolver com isso?

“Sempre achei que os livros modificam os homens e, por conseguinte, tornam as coisas bem melhores do que são. Se todo mundo lesse – ou se todo mundo pudesse ler– tenho certeza de que viveríamos uma outra realidade, por que a literatura trabalha sobre a consciência permitindo eu o homem exerça sua plena liberdade. Onde é que alguém pode ser mais livre, senão entre as páginas de um bom livro?” *

Essa frase é muito famosa e totalmente certa. Quando escrevo me sinto em outro plano, esqueço de tudo, de todos.

É uma forma de meditação e descanso da própria vida. Então sim, Isabella Marie Swan, você será autora de uma autobiografia

Eu sorri em pensar nisso. Será um desafio e uma realização.

Edward sempre me incentivou a ler e escrever, ele e minha tia admiravam meus milhares de diários. Nunca os deixei ler, mas como bons curiosos eles fuxicavam e depois me elogiavam, eu morria de vergonha, porém ficava feliz.

Edward... Sempre nos meus pensamentos, nas minhas palavras, nas letras, na mente, na alma e no coração.

Definitivamente o meu amor, meu porto seguro, a cada dia me sentia melhor em seus braços. Nossas conversas divertidas, nossas burradas e palhaçadas... Ri lembrando de mais ou menos uma semana atrás onde nós resolvemos fazer uma torta de maçã...

Obvio que deu tudo errado, todas as receitas daquele livro eram fáceis e nunca falhavam, exceto a droga da torta de maçã. Pedi inúmeras vezes para Edward me ensinar já que ele se “especializara” nela.

Nem mesmo assim. O resultado foi uma torta murcha e queimada, farinha de trigo pelo corpo e açúcar nos cabelos.

Sim, aconteceu uma guerra de comida. Mas eu não desistiria, a torta de maçã ainda seria minha.

Terminei meu banho, esvaziei a banheira e procurei pela toalha.

Nossa, que surpresa! Eu não havia pego, procurei por algo para me cobrir e achei o branco roupão de Edward.

Peguei, coloquei-o no corpo e sem resistir puxei um pouco o tecido e exalei o cheiro dele, seu cheiro tão gostoso, cravado no roupão. É de enlouquecer, cheiro de homem. Meu homem.

POV Edward

Quando Bella saiu do banheiro enrolada em meu roupão não pude evitar de dar um suspiro grave.

–Banheiro liberado. – ela sorriu.

–Está linda no meu roupão. – eu disse indo abraçá-la.

–Não pude resistir, seu cheiro... – eu sorri e a beijei. Minha mão passeou pelas suas costas até o quadril enquanto a outra massageava sua nuca.

–Meu anjo... – eu sussurrei em seus lábios. A apertei contra meu corpo enquanto explorava sua boca com calma. Sentir Bella em meus braços é uma sensação insaciável, seu gosto único e deliciosamente doce, só fazia meu desejo subir.

Momentos simples como esses para muitos não significava grande coisa, porém para nós tinha muita importância, um modo de nos sentir além de pensamentos e sentimentos profundos. Quando nossos corações disparam juntos, quando nos tocamos juntos, quando sentimos juntos.

Nós nos separamos e percebi que a tinha molhado.

–Estou te molhando de novo, vou tomar um banho. – sussurrei mordiscando sua orelha.

–E eu vou me vestir. – ela respondeu ofegante.

POV Bella

Depois de ficar agasalhada e confortável, desci para sala de cinema.

Com a noite, como eu previra a temperatura havia caído, agora eram um pouco mais das nove e eu estava cansada.

Queria apenas deitar e relaxar no quentinho.

–Bellita! – Alice gritou pulando em mim. Cambaleei pega de surpresa.

–Por que você sempre faz isso? – ela sorriu e saiu me puxando até o sofá. – Cadê o resto da gangue? – perguntei.

–Já devem descer. – ela deu de ombros.

O sofá se tornava cada vez mais confortável. Me estiquei nele e botei a cabeça no colo de Alice, ela ajeitou meus cabelos e começou a acariciar meu coro cabeludo.

–Alice, posso te perguntar uma coisa? – Perguntei, fitando-a.

–Sabe que pode. – respondeu sorrindo.

–Não é uma pergunta, na verdade, mas quero sua opinião.

–Fala de uma vez. – ela rolou os olhos.

–Eu vou me entregar pro Edward. – eu disse enquanto acariciava meu punho. Ela sorriu.

–E o que tem nisso? – ela perguntou obviamente não entendo.

–O que você acha? – insisti.

–Bella, acho que isso já era muito esperado, vocês se amam desde de pequenos, duas crianças se amando sem malícia nenhuma, porém vocês já são bem grandinhos, é normal.

–Eu sei que é, estou feliz, só com medo.

–Não é a única. – ela soltou uma risadinha.

Eu ri também e nos abraçamos.

–Obrigada. – ela agradeceu.

–Pelo que? - Perguntei.

–Por ser minha irmã. – Ela deu de ombros

Nós rimos de novo

–Nem sou uma irmã tão boa assim.

***

Não sei como, mas acordei na cama.

Já estava virando rotina não me lembrar de como fui parar em algo macio. Como as outras vezes, Edward tinha me levado pra cama, ou melhor para cama dele.

Eu estava em seu peito, abri os olhos e me movimentei para fitá-lo, dei de cara com seus incríveis olhos verdes me observando.

–Bom dia. – ele disse.

–Hoje realmente será um bom dia. – sorri.

Era hoje, nosso dia na clareira. Eu estava ansiosa, aquele lugar me chamava. Para melhorar tudo, o dia amanheceu ensolarado, com apenas algumas nuvens.

Como no dia anterior fomos para piscina e depois do almoço dispensei Irina para aproveitar o dia de sábado.

Como prometido, Edward arrumou as coisas, avisou a todos que iriamos passar a noite na clareira e nós partimos.

Agora Edward estava montando a grande barraca enquanto eu escrevia com meus diários em volta.

Nothing But a Song –Tiago lorc

Autobiografia Isabella Swan.

Escrever algo nunca é fácil, mas em minha opinião criar uma vida, um personagem é mais fácil do que contar de você, de sua vida, dos seus sentimentos.

Lembranças, fatos e a mais pura realidade tudo se mistura. Mas no fim tudo faz parte de você.

Cada um tem um modo de ver a vida, ela tem milhares de jeitos de ser contada.

Quem sou eu? Eu sou eu horas! Uma menina mulher, que mesmo com acontecimentos difíceis teve uma infância muito boa.

Sempre vivi cercada de bons amigos e irmãs maravilhosas, cresci sendo amada, protegida e feliz. Saudável, esbelta e louca também. Mas me explique qual é a graça de ser normal? Não vejo nenhuma.

Meus pais eram adultos ótimos, sempre educados e bem humorados conosco. Renée e Charlie foram muito responsáveis e minha irmã Rosalie nasceu planejada.

Não demorou muito e eu vim e mais um tempo minha outra irmã, Alice.

Nossa família desde linhagens atrás é unida a família dos Cullen, velhos amigos, pode-se chamar de amizade de sangue.

Nós nos tratamos como uma única família do modo que sempre fui paparicada e chamada de princesinha. Mas nunca aparentei ser uma.

Quando criança era uma perfeita moleca, detestava vestidos, sapatinhos fofos ou coisas rosas.

Eu gostava mesmo era de andar com os irmãos Cullen, brincando de polícia e ladrão, bolinha de gude, peão e outras coisas.

Sempre descalça, cansada de ouvir meus pais me mandando para pôr o chinelo...

–Então quer dizer que minha namorada está escrevendo um livro? – Edward perguntou vindo sentar ao meu lado.

–Acho que sim.

–Sobre? – ele perguntou interessado.

–Nós. Todos nós.

–Uma autobiografia?

–Isso.

–Nossa, eu quero ler.

–Eu comecei agora! – ele rolou os olhos.

–Pra que os diários?

–São lembranças. – eu sorri.

Ele pegou um diário aleatoriamente e abriu em qualquer página.

– “Hoje eu e o Edward tivemos uma briga, não me leve a mal, não queria brigar com ele. Mas aquela namoradinha, ficante, sei lá o que dele, me tira do sério. Será que ele não vê o quanto ela é chata e provocante?” – ele leu alto.

–Hey! Devolve isso. – eu disse tentando pegar de suas mãos.

–O nome do capeta é Amanda, lembre-se bem Isabella sua filha nunca se chamará Amanda. Garota mal caráter, interesseira...

–Dá pra parar? – eu me joguei em cima dele e o diário voou de suas mãos.

Ele riu e eu me deixei relaxar, nossos rostos estavam a centímetros de distância.

–Quer dizer Isabella, que você passou a vida escrevendo de seus ciúmes nos diários? – ele perguntou ainda sorrindo.

–Eu detestava ver vocês com aquelas lambisgoias, mas você parecia feliz com elas. – o sorriso dele sumiu.

–Anjo, eu estou feliz com você. – ele me beijou. – Isso sim é a felicidade.

Amanda Seyfried – Little House

A madrugada chegou e caiu sobre nós como um manto. O vento calmo e suave passou por meu rosto fazendo cócegas.

Edward segurava minha mão e a apertou levemente. Aquele sempre foi o nosso lugar preferido, onde podíamos ter toda a beleza e calmaria. Ali era o lugar certo para um novo começo. O começo de uma nova fase na minha vida, no nosso relacionamento.

Eu estava mudando, estava amadurecendo e crescendo com todas as peças que a vida vinha me pregando.

Edward acariciava carinhosamente minha mão enquanto também olhava para o céu.

As flores da clareira tinham um cheiro leve e gostoso. A noite estava linda, estrelada e prendendo nosso olhar a grandiosa lua que brilhava em seu estado cheio.

Sem dizer absolutamente nada, Edward se moveu ao meu encontro juntando mais nossos corpos.

O calor de seu braço em volta de meus ombros, sua respiração em meu pescoço, faziam-me arrepiar mais que o vento da própria noite.

–Eu te amo, muito.

Ele mudou de posição e ficou em cima de mim com o rosto muito próximo.

–Bella, eu queria que soubesse que em toda minha vida, pensei em como tive a sorte e felicidade de encontrar você, de ser capaz de te cuidar quando mais foi necessário, de nunca abandoná-la por nenhum motivo, por influenciar em seus caminhos e suas mudanças. A sua vida é a minha, seu coração bate em sintonia com o meu, por esse misto de sensações que você me causa, sei que é a mulher certa para mim, a única da minha vida. Eu também te amo minha Bella, muito.

Sem me dar a menor possibilidade de responder ele pressionou seu corpo com o meu e juntou nossos lábios. Sua língua passeou por cada canto de meu lábio, eu gemi baixinho. Com calma e volúpia chupei seu lábio inferior degustando de seu gosto doce e gostoso.

Nossas línguas começaram a dançar juntas em uma sintonia que jamais foi constatada.

Ignoramos completamente a falta de ar, quase brigando para não se separar, mas foi inevitável.

Meu peito subia e descia conforme minha respiração acelerava, meus olhos permaneceram fechados, senti a palma de sua mão em minha bochecha e inclinei meu rosto.

Abri os olhos calmamente desfrutando de seu toque.

Lembranças me vieram à tona, todas as nossas caricias, brincadeiras e momentos extremamente loucos e felizes que sempre tivemos.

“-Edward volte já com o meu sapato!

–Corre Bells!”

“-É sim! Feio! Um menino muito feio.

–Ah vamos, duvido que se você e eu não fossemos amigos de infância, você estaria caidinha por mim!”

“-Essas bochechas rodadinhas, cabelo escuro lisinho e bem longo, pele branca e sem nenhuma marca, esses olhos castanhos grandes e penetrantes, essa boca num formato perfeito...”

“Edward sorria abertamente. Ver o sorriso dele fez meu coração bater mais forte.”

“O puxei para debaixo do chuveiro colando nossos lábios.”

“Seria Edward o antídoto perfeito pra mim?”

“Virei-me e ele me encarava com seus olhos verdes intensos, corei com seu olhar quente”

“Eu gosto de você, gosto muito”

“Bella eu estou apaixonado por você”

“Bella quer namorar comigo?”

“Ele me ama, não tinha dúvidas que fossemos ficar juntos”

“-Mais o importante é que estou aqui com você.”

“-Você nem imagina como você é linda”

“Cada carícia, cada jura, cada momento é regado de muito amor e único.”

“Edward e eu somos duas pessoas que têm a vida escrita nas estrelas, somos perfeitos juntos e nos completamos”

Edward fazia parte da minha vida desde sempre, mas no aqui e agora eu o queria de uma nova forma e totalmente completa, o queria por inteiro, de corpo, porque de alma já éramos um do outro á muito tempo.

Passei minha mão por seus cabelos, deslizando por cada fio, fazendo-lhe um cafuné calmo. Nossos olhares se prenderam e vi tudo o que mais prezava; Amor.

Os dois sabiam que aquele momento era o certo, estávamos preparados e imensamente satisfeitos pelo rumo de nossas vidas.

Eu tirei minhas costas da grama da clareira e me inclinei para beijá-lo novamente. Minha mão desceu de seus cabelos e foi para sua nuca.

Seu toque em meus ombros desceu por minhas costas me fazendo tremer e amolecer em seus braços, eu estava totalmente entregue as sensações e ao amor que ali estavam presentes.

Sem dizer nada, apenas não nos impedimos. Tudo fluiu naturalmente e com a maior calma e paciência do mundo.

Sua mão passeou por minhas costas em movimentos circulares. Ele subiu até a alça da minha blusa e carinhosamente a puxou para baixo, continuei a beijá-lo enquanto uma das mãos despregava botão por botão de sua blusa.

Passei meus dedos por seu abdômen subindo e descendo, ele alargou as costas e a blusa deslizou por seus ombros tocando o chão.

Minha blusa saiu de contato com meu corpo, ele me deitou nas flores e separou nossos lábios, acariciando apenas meu rosto.

–Você é minha vida, meu lindo amor. – sussurrei em seu ouvido.

Não desprendemos os olhares enquanto ele mesmo tirava meu sutiã e acaricia minha pele agora exposta.

Todas as sensações diferentes e prazerosas estavam presentes. Não pensei, apenas segui meus sentimentos.

Despidos enfim, nos exploramos e descobrimos.

Preparei-me para a parte que mais temia, Edward com muita calma se introduziu em mim.

Não era um mito, realmente doía, tentei me concentrar em tudo menos na dor, o que não foi difícil. Edward sussurrava palavras calmas e ternas enquanto beijava meu pescoço. Eu massageei sua nuca e ele enfim continuou.

Minha testa estava molhada de suor assim como a de Edward, nossos rostos colados enquanto estávamos em movimento.

A dor inicial parecia uma pluma perto do turbilhão de emoções e prazer que eu sentia agora. Uma única lágrima escorreu por meu rosto e Edward a beijou com suavidade.

Tudo em seu devido tempo e lugar, juntos em sincronia nossos corpos agora eram um só.

Ofegantes e tomados pelo prazer, chegamos às nuvens juntos e sem intenção de sair delas, apenas fizemos tudo o que jamais foi imaginado, éramos um do outro, aqui e para sempre, juntos. E olhando as estrelas pude jurar que nossos nomes estavam nelas.

* Frase de Álvaro Cardoso Gomez


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Notas finais do capítulo

E ai amores?
O que será que acontecerá agora?
Gostaram da Bella escritora?Da primeira noite deles?
Das musicas?
Comentem!
Recomendem!
Beijos.